O jornalista Leonardo Ferreira, natural do Rio de Janeiro (RJ), é formado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, pós-graduado em Gestão Comercial & Marketing Digital, pós-graduado em Transtorno do Espectro Autista: Inclusão Escolar & Social, além de membro do Templo Beth-El of Jersey City (www.betheljc.org). O templo foi fundado no estado de New Jersey (EUA), em 1864.
18 de outubro de 2008
SINAGOGAS, CLUBES, ASSOCIAÇÕES CULTURAIS, ESCOLAS & ASILOS JUDAICOS NO RIO DE JANEIRO
ASSOCIAÇÕES JUDAICAS - BRASIL
Ministério do Turismo de Israel no Brasil - (11) 3034-6423.
Embaixada de Israel - (61) 2105-0500.
Congresso Judaico Mundial
Congresso Judaico Latino Americano
Agência Judaica
Keren Kayemeth LeIsrael
Bnai Brith - Distrito XXV
Câmara de Comércio Brasil-Israel
Associação Brasileira dos Participantes da Marcha da Vida
Confederação Israelita do Brasil - (11) 3063-2852.
Associação Cultural de Brasília - (61) 273-8255.
Associação Israelita Catarinense - (48) 232-7377.
Centro Israelita do Pará - (91) 223-4671.
Centro Israelita do Rio Grande do Norte - (84) 217-5144.
Comitê Israelita do Amazonas - (92) 234-9558.
Federação Israelita de Pernambuco - (81) 227-0418 e 445-1185.
Federação Israelita do Estado de Minas Gerais - (31) 3224-6673.
Federação Israelita do Estado de São Paulo - (11) 3088-0111.
Federação Israelita do Paraná - (41) 33-7575 e 338-7922
Federação Israelita do Rio Grande do Sul - (51) 3019-4600.
Sociedade Israelita da Bahia - (71) 321-4204.
Sociedade Israelita do Ceará - (85) 3813-4776.
INSTITUIÇÕES JUDAICAS - RJ
Federação Israelita-RJ (FIERJ) - 2236-4367.
Organização Sionista (OSURJ) - 2246-5804.
Agência Judaica - 2256-7177.
Amigos de Israel - 2235-5588.
Associação dos Advogados e Juristas Brasil-Israel - 2240-6681.
Associação Brasileira dos Israelitas Sobreviventes da
Perseguição Nazista-RJ (Sherit Hapleitá) - 2255-4909.
B´nai Brith - 2285-3197.
Câmara Brasil-Israel de Comércio e Indústria - 3873-8688.
Fundo Comunitário - 2257-2556.
Keren Kayemet LeIsrael (KKL) - 2263-6124.
Comitê Maoth Chitim - 3852-8530.
sinagogas no Rio de Janeiro – Telefones:
ARI - 2156-0444.
Beit Lubavitch-Barra - 2408-5036.
Beit Lubavitch-Leblon - 2294-3138.
Beit Yaakov (Lar dos Velhos - Ipanema) - 2513-0762.
Centro Cultural Bircat Abraham - 2235-2324.
Congregação Beth-El - 2548-5545.
Congregação Judaica do Brasil (CJB) - 2493-5735.
Grande Templo Israelita - 2232-3656.
Sinagoga Agudat Israel - 2267-5567.
Sinagoga Ahavat Shalom (Olaria) - 2560-5424.
Sinagoga Beit Aharon - 2225-3507.
Sinagoga Beit Yaakov - 2521-6742.
Sinagoga Beit Yehudá - 2284-9812.
Sinagoga Beyruthense - 2238-8744.
Sinagoga de Copacabana - 2255-0191.
Sinagoga Israelita Brasileira - (24) 2242-6707.
Sinagoga Kehilat Moriah - 2235-3110.
Sinagoga Maguen David - 2572-6172.
Sinagoga do Méier - Beit Yehuda - 9874-1423
Sinagoga Shalom Beit Lubavitch de Teresópolis - 2642-3225.
Sinagoga Shel Guemilut Hassadim - 2541-7449.
Sinagoga Talmud Torah - 2569-0505.
Templo Sidon - 2268-3392.
Templo União Israel - 2288-1753.
Sinagogas no Rio de Janeiro – Informações Gerais
Sinagoga Kehilat Yaacov
Tels.: 2255-0191 – 2236-3922
Sinagoga Kehilat Moriah
Tel.: 2235-3110
Congregação Religiosa Israelita Sinagoga Beth-El
http://www.sinagogabethel.com.br
bethel.sinagoga@ig.com.br
Tel.: 2548-5545
Sinagoga Maimônides
Tel.: 2548-3413
Sociedade Educacional Beneficente Binyan Olam
http://www.nigraph.com.br/binyanolam
binyanolamrj@highway.com.br
Tel.: 2255-2764
Centro Cultural Israelita Bircat Abraham
cciba@ig.com.br
Tel.: 3208-5663 - 3208-5664
Sinagoga Agudat Israel
Tel.: 2294-3138
Associação Cultural Beneficente Beit Lubavitch
http://www.beitlubavitch.org.br
lubavitch.rio@openlink.com.br
Tels.: 2294-3138 – 2267-5567
Sinagoga Beit Aaron
Tel.: 2225-3507
União Israelita Shel Guemilut Hassadim
sinagoga.shel@openlink.com.br
Tels.: 2541-7449 – 2541-7391
Associação Religiosa Israelita do Rio de Janeiro –ARI
http://www.arirj.com.br
Tel.: 2156-0444
Grande Templo Israelita do Rio de Janeiro
Tel.: 2232-3656
Sinagoga Ben Yehuda Monte Sinai
Tel.: 2284-9812
Associação Beneficente Israelita União
Tel.: 2273-7626 – 2502-5522
Sociedade Israelita Religiosa Beneficente Sefaradita do Rio de Janeiro – Templo União Israel
tuirj@ig.com.br
Tels.: 2288-1753 – 2238-3995
Sociedade Israelita Templo Sidon
Tel.: 2268-3392
Sinagoga Família Safra
Tel.: 2569-3958
Sinagoga Talmud Torah Hertzlia
Tel.: 2569-0505
Sociedade Israelita Sinagoga Beirutense
Tel.: 2582-6106 – 2582-6107
União Beneficente Magen David
Tel.: 2258-6172
Lar da Velhice Israelita Religiosa
Tels.: 3392-5703 – 3392-1230
Congregação Judaica do Brasil – CJB
http://www.cjb.org.br
cjb@marlin.com.br
Tel.: 2493-5735
Sinagoga Ahavat Shalom - Olaria
Tel.: 2560-5424
Sinagoga Centro Israelita Niterói
Tel.: 2620-8598
Sinagoga da Yeshivá Colegial Machané Or Israel
Tel.: (24) 2237-6952
Congregação Judaica P´Nei Or
ryallouz@compuland.com.br
Sinagoga Israelita Brasileira
Tel.: (24) 2242-6707
Sinagoga Shalom
Tel.: 2642-6919
Sociedade União Israelita de Campos
Tel.: (24) 2722-1727
Associações culturais - RJ
Associação Scholem Aleichem (ASA) - 2535-1808.
Biblioteca Bialik - 2552-2948.
Centro Brasileiro de Cultura Ídish - 2521-9335.
Centro Cultural Mordechai Anilevitch (CCMA) - 2527-5497.
Centro de História e Cultura Judaica (CHCJ) - 2275-7096.
Conselho Sefaradi - 2524-0034.
Coral Israelita Brasileiro - 2551-3773.
Kabbalah Centre - 2526-3353.
Museu Judaico - 2240-1598.
Associações femininas – RJ
Conselho da Mulher Judia - 2265-7074.
Departamento Feminino do Beit Lubavitch - 2294-3138
Emmunah - 2256-8112.
Grupo Feminino Chaviva Reich - 2527-5497.
Liga Feminina - 2236-3740.
Na´amat Pioneiras - 2553-0983.
Wizo - 2275-1188.
Clubes - RJ
Centro Adolpho Bloch - 2498-2111.
CIB - 3816-8600.
Hebraica - 2557-4455.
Macabi-Rio - 2205-0375.
Monte Sinai - 2284-9812.
Shalom-Beit Lubavitch (Teresópolis) - 2642-3225.
Colégios - RJ
Centro Educacional R.M. Stivelman - Escola Beit Menachem - 2558-4207.
Colégio A. Liessin-Scholem Aleichem - 2539-1845.
Colégio TTH-Bar-Ilan - 2235-3110.
Conselho de Educação Judaica - 2286-1658.
Creche "Espaço Baby Claudio Cohen" - 2294-9081.
Escola Eliezer Max - 2156-6100.
Instituto de Tecnologia ORT - 2539-1842.
Entidades beneficentes - RJ
Froien Farain - 2569-5149.
Hospital Israelita Albert Sabin - 2568-8822.
Lar da Esperança - 2571-3090.
Juventude - RJ
Bnei Akiva - 2549-3947.
Central de Programas em Israel (CEPI) - 2547-1781.
Chazit Hanoar - 2535-0944.
Colônia de Férias Kinderland - 2266-1980.
Grupo Jovem Messibá - 8182-0002.
Grupo Noar
Habonim Dror - 9412-6265 e 9125-3208.
Hagshamá - 2548-4975.
Hashomer Hatzair - 2527-5497.
Hillel - 2246-0039.
Lar da criança / Lar dos velhos - RJ
Lar da Amizade (Rio Comprido) - 2502-5522.
Lar da Criança Israelita - 2572-6162.
Lar da Velhice (Jacarepaguá) - 2509-0383.
Lar dos Velhos (Ipanema) - 2513-0762.
Cemitérios - RJ
Cemitério Comunal Israelita (Caju) - 2580-4379.
Associação Chevra Kadisha (Funerais e sepultamentos) - 2502-9933.
Pequenas comunidades - RJ
Associação David Frischman - ADAF (Niterói) - 2711-8993.
Associação Judaica de Nova Friburgo - (22) 9205-1486.
Centro Israelita de Niterói - 2620-8598.
Amigos do Memorial Judaico de Vassouras- 2621-1205.
Congregação Judaica Pnei Or (Petrópolis) - (24) 2242-3453.
Sinagoga Shalom Beit Lubavitch (Teresópolis) - 2642-3225.
Sociedade Hebraica de Niterói - 2717-7902.
Sociedade Israelita de Campos - (22) 2722-1727.
Yeshivá de Petrópolis - (24) 2237-6952.
16 de outubro de 2008
JUDAÍSMO: A RELIGIÃO MONOTEÍSTA MAIS ANTIGA DO MUNDO
O judaísmo não é uma religião missionária, apesar de aceitar conversões, não busca converter pessoas
BBC Brasil - Quinta, 11 de setembro de 2003
O judaísmo é a mais antiga das quatro religiões monoteístas do mundo e a que tem o menor número de fiéis. Ao todo são cerca de 12 a 15 milhões de seguidores. Segundo analistas, se não houvesse o Holocausto - matança em massa de judeus, ocorrida entre as décadas de 30 e 40 no século 20 -, o número de judeus seria de 25 a 35 milhões em todo o mundo. E muitos deles viveriam na Europa.
Atualmente, a maioria dos judeus vive em Israel e nos Estados Unidos. Na Europa, a maior comunidade judaica encontra-se na França. O judaísmo não é uma religião missionária, à procura de converter pessoas. Aqueles que se convertem, no entanto, devem observar os preceitos da Torá (a lei judaica), que incluem, entre outras coisas, a circuncisão masculina.
Origens
O começo do judaísmo como uma religião estruturada acontece com a transformação dos judeus em um povo influente através de reis como Saúl, Davi e Salomão, que construiu o primeiro templo em Jerusalém. Mas em cerca de 920 a.C, o reino de Israel se dissolve, e os judeus começam a se dividir em grupos. Essa foi a época chamada de Era dos Profetas. Em cerca de 600 a.C, o templo é destruído e a liderança israelita assassinada.
Vários judeus foram enviados para a Babilônia. Apesar de alguns serem autorizados a retornar a casa, muitos permaneceram no exílio formando aí a primeira Diáspora, que significa "viver afastado de Israel".
Os pilares da fé
Segundo os judeus, existe somente um Deus, todo-poderoso que criou o universo e tudo o que nele há. Os judeus acreditam que Deus tenha uma relação especial com o seu povo, consolidada no pacto que fez com Moisés no Monte Sinai, 3,5 mil anos atrás.
O local de culto dos judeus é a sinagoga. O líder religioso de uma comunidade judaica é chamado de rabino. Ao contrário de líderes de outros credos religiosos, o rabino não é um sacerdote e não goza de status religioso especial.
O dia da semana sagrado para os judeus é o sábado, ou sabat, que começa com o pôr do sol na sexta-feira e termina com o pôr do sol no sábado. Durante esse dia, judeus ortodoxos tradicionais não fazem nada que possa ser considerado trabalho. Entre as atividades proibidas estão dirigir e cozinhar.
Fundamentos da Fé Judaica
Analistas definem a essência de ser judeu como participar de uma comunidade judaica e viver de acordo com as tradições e leis judaicas. O judaísmo é um modo de vida fortemente associado a um sistema de fé e convicções religiosas.
O judaísmo surgiu em Israel há cerca de 4 mil anos. Tanto o cristianismo como o islamismo - até certo ponto - derivam do judaísmo. O judaísmo não estabelece doutrinas ou credos, mas é uma religião que segue a torá, interpretado como a orientação de Deus através das escrituras.
Os judeus vivem sob um pacto com Deus, segundo eles, não para benefício próprio, mas para o benefício de todo o mundo. O grande estudioso do judaísmo Hillel (que viveu entre 70 a.C e 10d.C) resumiu assim o significado da religião: "Não faça a seu próximo aquilo que não gostaria que fosse feito a você. Esse é o centro da lei judaica, o resto são meras observações".
Judeus e fé
Os judeus acreditam que os seres humanos foram feitos à semelhança de Deus. Obedecer a "lei" é fazer a vontade de Deus e demonstrar respeito e amor por Deus. É por isso que judeus religiosos seguem certas práticas espirituais sem precisar de razões extra-religiosas para obedecer as regras.
Um exemplo para isso seria a obediência às leis gastronômicas do costume judaico. Todos os judeus têm uma forte ligação com Israel, que seria a terra prometida por Deus a Abraão, e à cidade considerada sagrada de Jerusalém.
Livros sagrados
A Torá, ou a Bíblia hebraica que é chamada pelos cristãos de Velho Testamento, reúne especialmente os cinco primeiros livros da Bíblia cuja autoria é atribuída a Moisés, o chamado Pentateuco. Pelo menos uma cópia da Torá, em hebraico, é guardada em cada sinagoga em forma de pergaminho. O Talmud, um compêndio da lei e comentários sobre a Torá aplicando a situações contemporâneas e circunstâncias variadas.
O símbolo do judaísmo é a "MAGEN" (Estrela em Hebraico) chamada de estrela de Davi. Muitas pessoas se consideram judias sem tomar parte em nenhuma das práticas religiosas ou até mesmo sem aceitar os fundamentos do judaísmo, mas somente pelo fato de se identificarem com o povo judeu e por seguirem os costumes gerais de um estilo de vida judaico. Entretanto, caso não haja uma conversão formal, essas pessoas permanecem não judias.
Festivais
No judaísmo, o chanuká, o festival das luzes, é comemorado com a preparação de tradicionais bolos de batata e muitas velas acesas. O chanuká é interpretado hoje em dia como um símbolo da sobrevivência do povo judeu. Panquecas de batatas, Latkes, um dos pratos preferidos para o Chanuká.
Em países cristãos onde o Natal é a festa mais importante no fim de ano, o chanuká tornou-se uma espécie de equivalente judaico. É comum presentear as crianças nessa época.
Deus e o Messias
Os judeus acreditam na existência de somente um Deus que criou o universo e continua responsável pela sua manutenção. Segundo o judaísmo, Deus sempre existiu e sempre vai existir. Ele não pode ser visto ou tocado.
Entretanto, Deus pode ser conhecido através do louvor e se pode chegar mais perto de Deus através de estudos e a prática da fé. Deus separou os judeus como povo escolhido para servirem de exemplo para o resto da humanidade.
Deus deu a torá aos judeus como uma guia para obediência e uma vida santa que Ele quer que os judeus tenham. Os judeus acreditam que "o Messias", que é uma pessoa especialmente ungida por Deus, (o que significa particularmente enviada) um dia virá ao mundo. A chegada do Messias vai trazer consigo uma era de paz. Os judeus não adorarão o Messias, ou seja, ele somente trará uma era de paz.
Definição de Deus
Para o judaísmo, Deus existe e é somente um. Ele não pode ser dividido em diferentes pessoas, como se crê no cristianismo. Entre os outros princípios dos judeus em relação a Deus, estão:
# Judeus devem adorar somente um Deus e não outros deuses.
# Deus é transcendental, está acima de qualquer coisa.
# Deus não tem um corpo, ou seja não é masculino, nem feminino.
# Ele criou o universo sem ajuda.
# Deus é onipresente e onipotente.
# Deus é atemporal. Sempre existiu e sempre vai existir.
# Deus é justo, mas também é misericordioso.
# Ele é um Deus pessoal e acessível. Deus se interessa por cada um individualmente, ouve a todos individualmente e fala com as pessoas das mais diferentes e surpreendentes formas.
Família
O judaísmo é uma religião da família. Os judeus se consideram parte de uma comunidade global com laços estreitos com outros judeus. Grande parte da fé judaica é baseada nos ensinamentos recebidos no lar e nas atividades em família.
A cerimônia de circuncisão, por exemplo, acontece no oitavo dia de vida de um bebê do sexo masculino (Brit Milá), seguindo assim as instruções que Deus deu a Abraão, 4 mil anos atrás. Um outro exemplo é a refeição do sabat celebrada em família.
Os vários tipos de judaísmo
Os judeus estão divididos de acordo com suas práticas religiosas e origens étnicas. Há dois grupos de judeus, um originário da Europa Central, conhecido como Askenazi, e outro com raízes na Espanha e no Oriente Médio chamados de sefarditas.
As principais divisões baseadas na fé e na prática religiosas são: Judeus ortodoxos, conservadores e reformistas.
Judeus ortodoxos acreditam que a torá e o talmud foram revelados por Deus diretamente ao povo israelita. Por isso, eles consideram estas escrituras a palavra de Deus e a autoridade máxima para estabelecer as diretrizes e tradições do judaísmo. Eles obedecem estritamente as leis religiosas. Eles vivem em comunidades separadas e seguem seus próprios costumes. De uma certa forma, eles vivem isolados do mundo que os cerca. Os ultra-ortodoxos, um dos grupos que mais crescem entre os judeus, preferem o nome "haredi", em vez de ultra-ortodoxos.
Os judeus conservadores se localizam em uma espécie de meio termo entre os ortodoxos e judeus reformistas. Os conservadores também são conhecidos como masorti.
Judeus reformistas e judaísmo humanístico
Os judeus reformistas adaptaram sua fé e costumes à vida moderna e incorporaram as descobertas que estudiosos contemporâneos fizeram sobre os primeiros judeus. O movimento da reforma começou no início do século 19, na Alemanha.
Esse grupo não considera a torá e o talmud como a palavra real de Deus, mas como escrituras de seres humanos inspirados por Deus.
Judeus reformistas
Esse grupo crê que os textos da torá e do talmud podem ser reinterpretados para adaptar-se a tempos e espaços diferentes. Com base nesta leitura, homens e mulheres podem sentar juntos em uma sinagoga reformada, ao contrário de uma sinagoga ortodoxa, onde seriam segregados.
Mas há muitos elementos do judaísmo que são conservados como imutáveis pelos judeus reformistas, ainda que eles não observem outros preceitos básicos em outras áreas da religião. Uma característica fundamental do judaísmo reformista é a justiça social, o que tem levado muitos judeus reformados a liderar movimentos ativistas políticos.
Os judeus reformistas formam o maior grupo de fiéis do judaísmo nos Estados Unidos, onde também existe um movimento para resgatar as práticas tradicionais da adoração a Deus. O judaísmo reformista também é forte na Grã-Bretanha, onde existe uma versão mais tradicional que a praticada nos Estados Unidos. O equivalente britânico mais próximo do judaísmo reformista é o movimento liberal.
A corrente reconstrucionista e judaísmo humanístico são movimentos modernos americanos que não aceitam os elementos sobrenaturais encontrados em outros tipos de judaísmo.
BBC Brasil - Quinta, 11 de setembro de 2003
O judaísmo é a mais antiga das quatro religiões monoteístas do mundo e a que tem o menor número de fiéis. Ao todo são cerca de 12 a 15 milhões de seguidores. Segundo analistas, se não houvesse o Holocausto - matança em massa de judeus, ocorrida entre as décadas de 30 e 40 no século 20 -, o número de judeus seria de 25 a 35 milhões em todo o mundo. E muitos deles viveriam na Europa.
Atualmente, a maioria dos judeus vive em Israel e nos Estados Unidos. Na Europa, a maior comunidade judaica encontra-se na França. O judaísmo não é uma religião missionária, à procura de converter pessoas. Aqueles que se convertem, no entanto, devem observar os preceitos da Torá (a lei judaica), que incluem, entre outras coisas, a circuncisão masculina.
Origens
O começo do judaísmo como uma religião estruturada acontece com a transformação dos judeus em um povo influente através de reis como Saúl, Davi e Salomão, que construiu o primeiro templo em Jerusalém. Mas em cerca de 920 a.C, o reino de Israel se dissolve, e os judeus começam a se dividir em grupos. Essa foi a época chamada de Era dos Profetas. Em cerca de 600 a.C, o templo é destruído e a liderança israelita assassinada.
Vários judeus foram enviados para a Babilônia. Apesar de alguns serem autorizados a retornar a casa, muitos permaneceram no exílio formando aí a primeira Diáspora, que significa "viver afastado de Israel".
Os pilares da fé
Segundo os judeus, existe somente um Deus, todo-poderoso que criou o universo e tudo o que nele há. Os judeus acreditam que Deus tenha uma relação especial com o seu povo, consolidada no pacto que fez com Moisés no Monte Sinai, 3,5 mil anos atrás.
O local de culto dos judeus é a sinagoga. O líder religioso de uma comunidade judaica é chamado de rabino. Ao contrário de líderes de outros credos religiosos, o rabino não é um sacerdote e não goza de status religioso especial.
O dia da semana sagrado para os judeus é o sábado, ou sabat, que começa com o pôr do sol na sexta-feira e termina com o pôr do sol no sábado. Durante esse dia, judeus ortodoxos tradicionais não fazem nada que possa ser considerado trabalho. Entre as atividades proibidas estão dirigir e cozinhar.
Fundamentos da Fé Judaica
Analistas definem a essência de ser judeu como participar de uma comunidade judaica e viver de acordo com as tradições e leis judaicas. O judaísmo é um modo de vida fortemente associado a um sistema de fé e convicções religiosas.
O judaísmo surgiu em Israel há cerca de 4 mil anos. Tanto o cristianismo como o islamismo - até certo ponto - derivam do judaísmo. O judaísmo não estabelece doutrinas ou credos, mas é uma religião que segue a torá, interpretado como a orientação de Deus através das escrituras.
Os judeus vivem sob um pacto com Deus, segundo eles, não para benefício próprio, mas para o benefício de todo o mundo. O grande estudioso do judaísmo Hillel (que viveu entre 70 a.C e 10d.C) resumiu assim o significado da religião: "Não faça a seu próximo aquilo que não gostaria que fosse feito a você. Esse é o centro da lei judaica, o resto são meras observações".
Judeus e fé
Os judeus acreditam que os seres humanos foram feitos à semelhança de Deus. Obedecer a "lei" é fazer a vontade de Deus e demonstrar respeito e amor por Deus. É por isso que judeus religiosos seguem certas práticas espirituais sem precisar de razões extra-religiosas para obedecer as regras.
Um exemplo para isso seria a obediência às leis gastronômicas do costume judaico. Todos os judeus têm uma forte ligação com Israel, que seria a terra prometida por Deus a Abraão, e à cidade considerada sagrada de Jerusalém.
Livros sagrados
A Torá, ou a Bíblia hebraica que é chamada pelos cristãos de Velho Testamento, reúne especialmente os cinco primeiros livros da Bíblia cuja autoria é atribuída a Moisés, o chamado Pentateuco. Pelo menos uma cópia da Torá, em hebraico, é guardada em cada sinagoga em forma de pergaminho. O Talmud, um compêndio da lei e comentários sobre a Torá aplicando a situações contemporâneas e circunstâncias variadas.
O símbolo do judaísmo é a "MAGEN" (Estrela em Hebraico) chamada de estrela de Davi. Muitas pessoas se consideram judias sem tomar parte em nenhuma das práticas religiosas ou até mesmo sem aceitar os fundamentos do judaísmo, mas somente pelo fato de se identificarem com o povo judeu e por seguirem os costumes gerais de um estilo de vida judaico. Entretanto, caso não haja uma conversão formal, essas pessoas permanecem não judias.
Festivais
No judaísmo, o chanuká, o festival das luzes, é comemorado com a preparação de tradicionais bolos de batata e muitas velas acesas. O chanuká é interpretado hoje em dia como um símbolo da sobrevivência do povo judeu. Panquecas de batatas, Latkes, um dos pratos preferidos para o Chanuká.
Em países cristãos onde o Natal é a festa mais importante no fim de ano, o chanuká tornou-se uma espécie de equivalente judaico. É comum presentear as crianças nessa época.
Deus e o Messias
Os judeus acreditam na existência de somente um Deus que criou o universo e continua responsável pela sua manutenção. Segundo o judaísmo, Deus sempre existiu e sempre vai existir. Ele não pode ser visto ou tocado.
Entretanto, Deus pode ser conhecido através do louvor e se pode chegar mais perto de Deus através de estudos e a prática da fé. Deus separou os judeus como povo escolhido para servirem de exemplo para o resto da humanidade.
Deus deu a torá aos judeus como uma guia para obediência e uma vida santa que Ele quer que os judeus tenham. Os judeus acreditam que "o Messias", que é uma pessoa especialmente ungida por Deus, (o que significa particularmente enviada) um dia virá ao mundo. A chegada do Messias vai trazer consigo uma era de paz. Os judeus não adorarão o Messias, ou seja, ele somente trará uma era de paz.
Definição de Deus
Para o judaísmo, Deus existe e é somente um. Ele não pode ser dividido em diferentes pessoas, como se crê no cristianismo. Entre os outros princípios dos judeus em relação a Deus, estão:
# Judeus devem adorar somente um Deus e não outros deuses.
# Deus é transcendental, está acima de qualquer coisa.
# Deus não tem um corpo, ou seja não é masculino, nem feminino.
# Ele criou o universo sem ajuda.
# Deus é onipresente e onipotente.
# Deus é atemporal. Sempre existiu e sempre vai existir.
# Deus é justo, mas também é misericordioso.
# Ele é um Deus pessoal e acessível. Deus se interessa por cada um individualmente, ouve a todos individualmente e fala com as pessoas das mais diferentes e surpreendentes formas.
Família
O judaísmo é uma religião da família. Os judeus se consideram parte de uma comunidade global com laços estreitos com outros judeus. Grande parte da fé judaica é baseada nos ensinamentos recebidos no lar e nas atividades em família.
A cerimônia de circuncisão, por exemplo, acontece no oitavo dia de vida de um bebê do sexo masculino (Brit Milá), seguindo assim as instruções que Deus deu a Abraão, 4 mil anos atrás. Um outro exemplo é a refeição do sabat celebrada em família.
Os vários tipos de judaísmo
Os judeus estão divididos de acordo com suas práticas religiosas e origens étnicas. Há dois grupos de judeus, um originário da Europa Central, conhecido como Askenazi, e outro com raízes na Espanha e no Oriente Médio chamados de sefarditas.
As principais divisões baseadas na fé e na prática religiosas são: Judeus ortodoxos, conservadores e reformistas.
Judeus ortodoxos acreditam que a torá e o talmud foram revelados por Deus diretamente ao povo israelita. Por isso, eles consideram estas escrituras a palavra de Deus e a autoridade máxima para estabelecer as diretrizes e tradições do judaísmo. Eles obedecem estritamente as leis religiosas. Eles vivem em comunidades separadas e seguem seus próprios costumes. De uma certa forma, eles vivem isolados do mundo que os cerca. Os ultra-ortodoxos, um dos grupos que mais crescem entre os judeus, preferem o nome "haredi", em vez de ultra-ortodoxos.
Os judeus conservadores se localizam em uma espécie de meio termo entre os ortodoxos e judeus reformistas. Os conservadores também são conhecidos como masorti.
Judeus reformistas e judaísmo humanístico
Os judeus reformistas adaptaram sua fé e costumes à vida moderna e incorporaram as descobertas que estudiosos contemporâneos fizeram sobre os primeiros judeus. O movimento da reforma começou no início do século 19, na Alemanha.
Esse grupo não considera a torá e o talmud como a palavra real de Deus, mas como escrituras de seres humanos inspirados por Deus.
Judeus reformistas
Esse grupo crê que os textos da torá e do talmud podem ser reinterpretados para adaptar-se a tempos e espaços diferentes. Com base nesta leitura, homens e mulheres podem sentar juntos em uma sinagoga reformada, ao contrário de uma sinagoga ortodoxa, onde seriam segregados.
Mas há muitos elementos do judaísmo que são conservados como imutáveis pelos judeus reformistas, ainda que eles não observem outros preceitos básicos em outras áreas da religião. Uma característica fundamental do judaísmo reformista é a justiça social, o que tem levado muitos judeus reformados a liderar movimentos ativistas políticos.
Os judeus reformistas formam o maior grupo de fiéis do judaísmo nos Estados Unidos, onde também existe um movimento para resgatar as práticas tradicionais da adoração a Deus. O judaísmo reformista também é forte na Grã-Bretanha, onde existe uma versão mais tradicional que a praticada nos Estados Unidos. O equivalente britânico mais próximo do judaísmo reformista é o movimento liberal.
A corrente reconstrucionista e judaísmo humanístico são movimentos modernos americanos que não aceitam os elementos sobrenaturais encontrados em outros tipos de judaísmo.
12 de outubro de 2008
JUDEUS NEGROS: ORIUNDOS DA ETIÓPIA
Artigo: Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro - FIERJ
Janeiro/2008
O rabino Capers Funnye é o líder espiritual da Beth Shalom B'nai Zaken Ethiopian Hebrew Congregation em Chicago. Os membros da comunidade são principalmente afro-americanos do lado sul da cidade. Um dos trabalhos do rabino é de aproximar sua congregação do resto da comunidade de Chicago.
"Eu fiz disso meu objetivo num nível pessoal para me envolver na comunidade judaica" disse Funnye. "Eu trabalhei parr organizações judaicas. Eu me formei em instituições judaicas. Meus filhos frequentam uma escola judaica." Funnye foi ordenado rabino na Israelite Rabbinical Academy em Nova Iorque onde todos os rabinos negros americanos recebem sua educação.
O rabino Funnye fez parte do grupo que celebrou chanuká na Casa Branca. "É importante para mim, para meus filhos e para outros judeus ver o judaísmo além de qualquer grupo racial."
As comunidade judaicas negras existem nos EUA desde o início do século 20. A maioria prefere ser chamada de "hebreus" ou "israelitas" e se mantém a parte da grande comunidade judaica norte-americana.
Em parte, essa divisão é um legado da segregação que separou igrejas para negros e para brancos, bem como sinagogas. Um dos pontos principais desa divisão é a crença, por parte dos judeus negros americanos de que os judeus originais eram africanos. Como outros afro-americanos que abraçaram outras fés que não a cristã, os judeus negros vêem o judaísmo como uma forma de retornar a herança que lhes foi retirada pelo tráfico de escravos. Eles o comparam ao Êxodo.
Como resultado, suas lideranças relutam em conversar e promover uma maior aceitação com a maioria judaica branca askenasi com medo disso minar seus clamores por sua descendência judaica.
"Nós somos pessoas que estão voltando ao conhecimento de quem nós somos," disse Moshe Ben Yisrael, presidente da sinagoga de Chicago. "Nós estamos encontrando algo sobre nossa identidade. Nos identificamos com o Deus do Tanach, o Deus de Israel."
Os serviços religiosos na Beth Shalom, são como em outros dezenas de sinagogas americanas. A porção semanal da Torah é lida em hebraico e as orações e cânticos, em sua mairoria são feitos em inglês a partir do "Artscroll Siddur" um livro ortodoxo de orações muito difundido nos EUA. Homens e mulheres sentam separados mas sem barreiras físicas. O kidush e as brachot são feitas em hebraico.
Mas a presença das tradições afro-americanas também é marcante. Depois do serviço do shabat, no sábado, um coro no estilo Gospel sobe ao palco, acompanhado por música em CDs, tambores e guitarra ao vivo executando vários números musicais, incluindo o "Lift Every Voice" conhecido como o "Hino Nacional Negro" americano.
Janeiro/2008
O rabino Capers Funnye é o líder espiritual da Beth Shalom B'nai Zaken Ethiopian Hebrew Congregation em Chicago. Os membros da comunidade são principalmente afro-americanos do lado sul da cidade. Um dos trabalhos do rabino é de aproximar sua congregação do resto da comunidade de Chicago.
"Eu fiz disso meu objetivo num nível pessoal para me envolver na comunidade judaica" disse Funnye. "Eu trabalhei parr organizações judaicas. Eu me formei em instituições judaicas. Meus filhos frequentam uma escola judaica." Funnye foi ordenado rabino na Israelite Rabbinical Academy em Nova Iorque onde todos os rabinos negros americanos recebem sua educação.
O rabino Funnye fez parte do grupo que celebrou chanuká na Casa Branca. "É importante para mim, para meus filhos e para outros judeus ver o judaísmo além de qualquer grupo racial."
As comunidade judaicas negras existem nos EUA desde o início do século 20. A maioria prefere ser chamada de "hebreus" ou "israelitas" e se mantém a parte da grande comunidade judaica norte-americana.
Em parte, essa divisão é um legado da segregação que separou igrejas para negros e para brancos, bem como sinagogas. Um dos pontos principais desa divisão é a crença, por parte dos judeus negros americanos de que os judeus originais eram africanos. Como outros afro-americanos que abraçaram outras fés que não a cristã, os judeus negros vêem o judaísmo como uma forma de retornar a herança que lhes foi retirada pelo tráfico de escravos. Eles o comparam ao Êxodo.
Como resultado, suas lideranças relutam em conversar e promover uma maior aceitação com a maioria judaica branca askenasi com medo disso minar seus clamores por sua descendência judaica.
"Nós somos pessoas que estão voltando ao conhecimento de quem nós somos," disse Moshe Ben Yisrael, presidente da sinagoga de Chicago. "Nós estamos encontrando algo sobre nossa identidade. Nos identificamos com o Deus do Tanach, o Deus de Israel."
Os serviços religiosos na Beth Shalom, são como em outros dezenas de sinagogas americanas. A porção semanal da Torah é lida em hebraico e as orações e cânticos, em sua mairoria são feitos em inglês a partir do "Artscroll Siddur" um livro ortodoxo de orações muito difundido nos EUA. Homens e mulheres sentam separados mas sem barreiras físicas. O kidush e as brachot são feitas em hebraico.
Mas a presença das tradições afro-americanas também é marcante. Depois do serviço do shabat, no sábado, um coro no estilo Gospel sobe ao palco, acompanhado por música em CDs, tambores e guitarra ao vivo executando vários números musicais, incluindo o "Lift Every Voice" conhecido como o "Hino Nacional Negro" americano.