tag:blogger.com,1999:blog-46883663120655458902024-03-14T09:21:13.630-04:00CULTURA HEBRAICALeonardo Ferreira, natural do Rio de Janeiro (RJ), é formado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, pós graduado em Comunicação e Mídia Digital, estudante de Pós Graduação em Transtorno do Espectro Autista, além de membro do Temple Beth-El of Jersey City (www.betheljc.org), fundado no estado de New Jersey (EUA), em 1864. Unknownnoreply@blogger.comBlogger1089125tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-46860855023833597472024-03-12T16:59:00.000-04:002024-03-12T16:59:55.490-04:00A RAINHA ESTHER E A FESTA DAS MÁSCARAS (PURIM)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvIQrZIzoSlx8zATO_lmPs34R0f6An48BkFtH6quwsRy-GsgywhaCMuGaGXPIV4skA2YF88ovAKIhs1lzLV74wdXZ4PKCI3h6g8RuI_cBMhAFqDsHV0ZtUl8qRvWwPm0oS-H5b_PW76rUHOhcpkhTeR1yh4jITlKBUF4WiVnACXh-DepA1gTp9aKDIcpg/s1200/Rainha%20Esther.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="627" data-original-width="1200" height="167" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvIQrZIzoSlx8zATO_lmPs34R0f6An48BkFtH6quwsRy-GsgywhaCMuGaGXPIV4skA2YF88ovAKIhs1lzLV74wdXZ4PKCI3h6g8RuI_cBMhAFqDsHV0ZtUl8qRvWwPm0oS-H5b_PW76rUHOhcpkhTeR1yh4jITlKBUF4WiVnACXh-DepA1gTp9aKDIcpg/s320/Rainha%20Esther.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; text-align: left;"><b><i>Falando-se metaforicamente, quase todos os personagens da Meguilat Esther “usam máscaras”, especialmente sua protagonista, a Rainha Esther, que esconde sua identidade judaica até o final da história</i></b></span></div><br /><div><br /></div><div><span style="font-family: verdana;">Em Purim, é costume crianças e mesmo adultos usarem máscaras ou fantasias. a data é conhecida por ser a Festa das Máscaras já que seu tema principal é a ocultação ou a dissimulação: quase tudo em sua história é oculto e secreto e sua narrativa é constituída por uma série de voltas e reviravoltas e uma súbita virada na sorte.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><span><a name='more'></a></span></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Falando-se metaforicamente, quase todos os personagens da Meguilat Esther1 “usam máscaras”, especialmente sua protagonista, a Rainha Esther, que esconde sua identidade judaica até o final da história. Na verdade, um dos mistérios na história de Purim é o fato de o Rei Achashverosh, que, há quatro anos buscava uma rainha, ter escolhido Esther, após ter analisado mais de 1.400 pretendentes, sem saber praticamente nada sobre sua família e origem. Como alguém se torna rainha de um império sem que sua vida tenha sido previamente escrutinizada? Ademais, é curioso e irônico que Haman, o antagonista da história, que era obcecado pelos judeus e os queria exterminar, um a um, nunca tivesse sequer suspeitado que sua Rainha era judia, era um “deles”! Na Meguilat Esther há muitos outros mistérios e segredos. Até mesmo o próprio nome da Rainha Esther era um disfarce; seu nome verdadeiro era Hadassah (Meguilat Esther 2:7). O Talmud (Chullin 139b) nos ensina que a razão para ela ser chamada Esther, e não Hadassah, é o fato do nome Esther derivar da palavra hebraica Hester (oculto) e aludir a um versículo da Torá no qual D’us afirma: Va Anochi Haster Astir Panai: “e Eu me ocultarei, certamente ocultarei Minha face” (Deuteronômio 31:18).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O outro protagonista na história de Purim, Mordechai, também é uma figura disfarçada. Ele age encoberto, em coordenação com Esther, para frustrar o plano de Haman de uma Solução Final da Questão Judaica. Um aspecto misterioso da vida de Mordechai é que apesar de ser o líder do Povo Judeu, à época, e um conselheiro de confiança do Rei Achashverosh, ele trabalhava na sombra. Por que razão ele não teria usado sua posição de influência – especialmente após desmascarar uma trama para matar o Rei, salvando sua vida – para anular o decreto de Haman? Mordechai também exibe emoções conflitantes ao longo de toda a narrativa de Purim: ele reage com angústia ao ouvir o decreto genocida de Haman contra os judeus e, ainda assim, diz à Rainha Esther que com ou sem sua ajuda, os judeus seriam salvos, de alguma forma: “Pois se ficares em silêncio e nada fizeres desta vez, tenho fé de que socorro e salvação para os judeus lhes advirá de outro lugar” (Meguilat Esther 4:14).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O arquivilão de Purim, Haman, também é uma figura envolta em mistério. De onde teria vindo e como se havia tornado primeiro-ministro de tão poderoso império? A Meguilat Esther não nos esclarece isso. Apenas revela sua genealogia: ele pertence à nação de Amalek – personificação do mal neste mundo e antítese e arqui-inimigo dos Filhos de Israel. O fato de sabermos que Haman era um amalequita nos basta para entender por que era consumido pelo desejo de aniquilar o Povo Judeu. Era parte de seu DNA espiritual um ódio assassino, inato e obsessivo, aos judeus – assim como o foi para seu futuro alter ego, Adolf Hitler. Somente no Midrash encontramos alguma informação sobre Haman. Lá está escrito que Mordechai e Haman se conheciam há muito tempo – muito antes de Haman se tornar primeiro-ministro. O Midrash tambémconta que Haman tinha sido cabeleireiro e atendente dos banhos, em um pequeno vilarejo. E por que essa informação é relevante? Talvez o propósito do Midrash seja alertar o Povo Judeu para o fato de que, muitos dos homens poderosos e perigosos que nos odeiam, começaram como figuras sem importância. Essa explicação também se aplica a Hitler – pintor fracassado e soldado medíocre, que viria a ser o líder poderoso de uma nação poderosa, e que trouxe ao mundo a morte, exterminando mais de seis milhões de judeus.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O Rei Achashverosh também é uma pessoa enigmática. O Talmud não o tem em alta consideração: considera-o pessoa instável e facilmente manipulável. Ainda que não fosse um antissemita raivoso como Haman, de acordo com o Talmud ele também não era muito amigo dos judeus. Na verdade, no Livro de Esther, vemos a facilidade com que ele concorda com o plano diabólico de seu primeiro-ministro de exterminar o Povo Judeu.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Contudo, ao final da história de Purim, é o próprio Achashverosh quem defende sua bela rainha judia e salva o seu povo – o Povo de Israel. É ele quem ordena o enforcamento de Haman e quem dá aos judeus o direito de se defender contra seus inimigos. Também foi o Rei Achashverosh quem prestigiou Mordechai, nomeando-o primeiro-ministro no lugar de Haman. Quem era, na verdade, o Rei Achashverosh? Um inimigo do Povo Judeu que foi influenciado por sua encantadora rainha judia ou um tolo, inconsequente, que foi manipulado pelo mais execrável dos homens, mas que, felizmente, voltou a si, em tempo? Não o sabemos. O rei continua sendo uma figura enigmática.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Mas, na Meguilat Esther, não são apenas os protagonistas e os antagonistas que usam máscaras. Em nível mais profundo, toda a história de Purim, em sua essência e conteúdo, é uma história cheia de disfarces. Ainda que não haja nem um único fenômeno sobrenatural na Meguilat Esther, a história é constituída por uma série de eventos estranhamente bem-sincronizados. Tudo no Livro de Esther é entrelaçado: não há pontas soltas. Na história de Purim, os temas religiosos são disfarçados. Não há referências explícitas a milagres, profecias ou orações. E, contudo, a Rainha Esther diz a Mordechai que o segredo para a salvação dos judeus do decreto de Haman não está em seus poderes de persuasão e sedução, mas no jejum de todo o Povo Judeu, durante três dias.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Todos os principais participantes na história de Purim estão mascarados, mas é D’us quem usa o maior disfarce. Na Meguilat Esther, D’us não é mencionado– nem uma única vez! – nem mesmo implicitamente. A ausência do Nome de D’us nesse Livro constitui a “máscara das máscaras” de Purim. A Meguilat Esther é, sem sombra de dúvida, um livro sagrado. É um dos livros do Tanach, e quando o estudamos – seja em Purim ou em qualquer outro dia do ano – estamos cumprindo o mandamento de estudar a Torá. Além disso, recita-se uma bênção antes e depois de sua leitura, na festa de Purim, em que agradecemos a D’us por Seus milagres salvando-nos da tentativa de Haman de aniquilar nosso povo. No entanto, a ausência do Nome Divino em Meguilat Esther é muito estranha, dando a entender que Ele não teve participação na história. </span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Máscaras e encobrimento são temas constantes na Meguilat Esther, mas é a ocultação da Face Divina – a máscara usada por D’us ao longo de toda a história – o que está no âmago da festa de Purim. Realmente, a ocultação Divina – Va Anochi Haster Astir Panai,“e Eu me ocultarei, certamente ocultarei Minha face” – é o tema principal dessa festa. Na história do Povo Judeu, o decreto de Haman foi o mais terrível, ainda que tivesse sido frustrado. Somente Hitler, Yimach shemó v’zichro2, chegou perto de conseguir o que Haman planejara: exterminar cada um dos judeus, homens, mulheres e crianças, da face da Terra. Quando o decreto de Haman foi enviado aos quatro cantos do reino persa – e tudo indicava que o Povo Judeu houvesse sido condenado ao extermínio –, cada um daqueles judeus deve ter pensado que D’us os abandonara.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">No entanto, ao final da história, essa ocultação da Face Divina mostrou não ser mais do que uma máscara. Uma vez removida, revelou-se uma Face Divina repleta de misericórdia e favorecimento – uma total reviravolta na sorte do Povo Judeu. Isto porque não apenas Haman foi executado na mesma forca que havia armado para Mordechai; e não apenas porque Mordechai assume o lugar de Haman como primeiro-ministro do Império Persa, mas porque foram os judeus que triunfaram sobre seus inimigos, os mesmos que haviam planejado exterminá-los. Em vez de sofrimento e morte, “luz e júbilo, e felicidade e honra” (Meguilat Esther 8:16) recaíram sobre os judeus.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A aterradora ameaça de genocídio não apenas desapareceu, mas foi substituída por júbilo e salvação. E como a história de Purim gira em torno de segredos e ocultações, especialmente a ocultação Divina, celebramos o acontecido usando máscaras e fantasias.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Um mundo de ocultação:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O mundo em que vivemos é permeado por ocultações e dissimulações. A palavra hebraica para “mundo”, Olam, deriva-se da palavra Helem, ocultação. O universo físico, que é o mais inferior dos mundos, oculta a Existência Divina. D’us é a única Realidade – somente Ele é realmente real –, ao passo que a existência de todos e tudo é tênue e completamente dependente d’Ele. E, ainda assim, a maior parte de nós não consegue perceber D’us e muitos ainda questionam ou mesmo negam Sua Existência.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Podemos entender por que é necessário um certo grau de ocultação Divina para que o mundo exista. Se D’us Se revelasse em toda a Sua glória, toda a Criação, inclusive os mundos espirituais mais elevados – que são finitos – seriam nulos e anulados por Sua Infinitude.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">No entanto, o fato de a ocultação Divina ser necessária para que nosso mundo possa existir não significa que essa ocultação tenha de ser absoluta. Na verdade, certas vezes e em certos lugares, D’us efetivamente revelou algo de Sua glória aos seres humanos, particularmente no Monte Sinai, quando Ele deu Sua Torá aos Filhos de Israel. Durante os 40 anos em que Moshé Rabenu liderou o Povo de Israel pelo deserto, a Presença Divina era palpável, particularmente no lugar em que ficava o Mishkan, o Tabernáculo. Da mesma forma, quando os Filhos de Israel viviam na Terra de Israel, eram inúmeras as profecias e era possível comunicar-se com D’us por meio de Seus profetas e do Urim VeTumim3. Mas depois da queda do Primeiro Templo de Jerusalém e consequente expulsão dos judeus da Terra de Israel e do início da Diáspora judaica – onde e quando ocorre a história de Purim –, a Presença Divina deixou de ser evidente, não sendo mais possível consultá-La como no passado. Estava-se diante de uma dupla medida de ocultação Divina. O versículo da Torá em que D’us diz “e Eu esconderei, certamente esconderei o Meu rosto...” (Deuteronômio 31:18) tinha, de fato, se tornado realidade.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O Nome Divino não aparece na Meguilat Esther porque a história de Purim constitui o exemplo clássico do que ocorre quando D’us Se oculta, fazendo com que Sua Existência e Sua Presença deixem de ser evidentes. Quando isso ocorre, o mundo se cobre de escuridão: tudo se torna encoberto e incerto. Na falta de profecias, o futuro se torna ainda mais imprevisível do que já é e mesmo o presente se torna sombrio. A ocultação do Rosto Divino talvez não incomode os seres humanos quando os seus planos se concretizam e tudo em sua vida corre bem. Mas em momentos de crise – quando as coisas não saem de acordo com o planejado e o homem se vê diante de uma situação incerta e assustadora –, a incapacidade de perceber D’us e de com Ele se comunicar se torna um problema grave. O Livro de Esther retrata essa escuridão – a ansiedade, confusão e sofrimento que surgiram quando o Povo Judeu se viu diante de uma grave crise – a ameaça de genocídio – e D’us estava incomunicável e, aparentemente, em nenhum lugar onde O pudessem encontrar.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A razão pela qual a história de Purim é um relato feliz é o fato de ter terminado bem: os heróis saem vencedores e os vilões perdem. Sof Tov, Hakol Tov, afirmam nossos Sábios: “Quando acaba bem, fica tudo bem”. Mas a geração de judeus que viveu os eventos narrados na Meguilat Esther certamente não sabia que a história terminaria bem. E se não tivesse sido tão fortuita, as coisas poderiam ter terminado de forma bem trágica para eles.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Nós, que conhecemos o final da história de Purim, ouvimos a leitura da Meguilat Esther com alegria e nos divertimos fazendo barulho sempre que o nome de Haman é mencionado. Mas Haman não era objeto de riso e deboche para os judeus cuja vida ele pôs em risco. Eles sofreram muitíssimo enquanto a ameaça de genocídio pairava sobre sua cabeça. E, de fato, foi terror e desespero o que levou todo o Povo Judeu a jejuar durante três dias seguidos, noite e dia. E quanto à Rainha Esther, principal personagem da história, ela também enfrentou grandes provações durante todo o tempo em que exerceu um papel que nunca escolheu para si – o de salvadora do Povo Judeu.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Há quem considere muito bonita e romântica a história de Esther, a bela, encantadora, moça judia que se tornou rainha persa. Mas não houve nada de romântico no ocorrido. O Talmud traz diferentes opiniões sobre a idade de Esther, mas de acordo com a leitura literal de Meguilat Esther, ela era uma jovem religiosa que foi levada contra sua vontade para ser concubina no harém do Rei Achashverosh. É verdade que o rei se apaixonou por ela e a fez sua rainha. Mas ela desconhecia o fato de que, entre todas as jovens levadas ao palácio real, ela seria aquela a quem o rei escolheria para rainha. E, mesmo que Esther soubesse disso, é provável que ela tivesse escolhido outro destino para si, se lhe tivessem dado o direito de escolha. Uma moça judia religiosa como Esther teria preferido se casar com um judeu religioso e, com ele, construir um lar judaico – a ser escolhida, à força, por um rei estrangeiro, instável e perigoso. O Talmud nos ensina que Esther foi uma das quatro mulheres mais lindas que já existiram. Podemos imaginar que, ao ser escolhida para ser levada para o palácio real, contra sua vontade, ela deve ter pensado que sua beleza se houvesse convertido em um castigo, uma praga.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Foi somente quando Haman subiu ao poder e convenceu o rei de que devia lhe permitir aniquilar todos os judeus que Esther começou a perceber a razão pela qual o destino a levara até o Rei Achashverosh. Como ensina o Talmud, D’us envia a cura antes da doença. Quando Mordechai pede que a Rainha Esther interceda perante o rei em favor dos judeus, ele lhe diz: “Quem sabe você tenha chegado à realeza justamente para um momento como este?” (Meguilat Esther 4:14). Em outras palavras, Mordechai diz a Esther: você chegou a uma posição de poder sem ter planejado isso; e agora se encontra em uma situação em que pode agir de modo a alterar o curso dos eventos e, assim, salvar seu povo. Você não julga significativa essa aparente coincidência?</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">À medida que se desenrola a história de Purim, as coisas começam a se encaixar, as pontas soltas na história de vida da Rainha Esther começam a se conectar. Ela percebe que o fato de ter sido levada para o palácio real contra a sua vontade não havia sido uma ocorrência aleatória nem infeliz. Pelo contrário, ela, a Rainha Esther, foi a cura que antecedeu a doença chamada Haman. E, de fato, ela era a pessoa ideal para frustrar a trama de Haman – não só por ser judia, mas porque era sobrinha de Mordechai, que, como seu tio, pôde compeli-la a arriscar sua vida ao interceder junto ao rei. Mesmo que outra mulher judia tivesse sido alçada à posição de rainha, essa mulher poderia recusar o pedido de Mordechai ou até mesmo ocultar sua identidade judaica de modo a se proteger do decreto genocida de Haman.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O autossacrifício de Esther – as provações e tribulações sofridas por ela – foram essenciais para salvar o Povo Judeu do genocídio. Nós judeus, existimos hoje graças a Esther e a Mordechai, mas especialmente graças a Esther. Por isso, não surpreende o fato de que o livro que narra a história de Purim leve seu nome – Meguilat Esther. Mas há uma continuação a esse livroque muitos desconhecem: a Rainha Esther e o Rei Achashverosh tiveram um filho. Essa criança veio a ser o rei persa que iria permitir que o Povo Judeu retornasse à Terra de Israel e reconstruísse o Templo de Jerusalém. E ainda que o Segundo Templo viesse a ser destruído e o Povo Judeu fosse novamente mandado para o exílio, o retorno à Terra de Israel, ocorrido após a história de Purim, foi imprescindível para a perpetuação do Judaísmo. Isso porque os Profetas e Sábios que viviam na Terra de Israel durante a existência do Segundo Templo Sagrado de Jerusalém foram aqueles que organizaram o Judaísmo de modo a sobreviver nos subsequentes dois mil anos de exílio. Em outras palavras, nós, Povo Judeu, existimos hoje graças à Rainha Esther e às provações às quais se submeteu.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Conectando os pontos da vida:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Uma das lições de Purim é que devemos abandonar a ideia de que temos pleno controle de nossa vida por meio de planos racionais e bem calculados. Essa festividade nos ensina que quando D’us Se oculta e não há profetas para nos ajudar a prever o futuro, apenas conseguimos compreender nossa vida se olharmos para trás para entender a maneira pela qual a Divina Providência a guiou, de forma quase que imperceptível. Essa lição se aplica a todos os seres humanos bons e meritórios, independentemente de sua religião ou nacionalidade. Ainda que Purim seja uma festa judaica, que celebra a salvação do Povo Judeu, muitos de seus temas são atemporais e universais.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Muita gente boa não entende muito do que lhes acontece, especialmente quando as coisas não saem da maneira que planejaram. Muita coisa na vida pode parecer aleatória, sem significado, injusta e mesmo cruel. Uma das mensagens centrais da história de Purim é que só podemos começar a entender certos eventos em nossa vida se olharmos para o nosso passado, vendo que as coisas aconteceram por uma determinada razão, e ver de que maneira se juntaram todas as peças do enorme quebra-cabeça que é a nossa vida. Em alguns casos, no entanto, as pessoas apenas compreendem a sua vida ao deixarem este mundo, pois seus feitos apenas dão frutos quando ascendem às Alturas, ou mesmo gerações depois disso. Essa ideia é um tema comum no Tanach e no Talmud. E, visando a esclarecer que isso se aplicava não apenas em tempos antigos e não apenas a Profetas e Sábios, mas também em nossos dias, oferecemos abaixo um exemplo contemporâneo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Em 1o de abril de 1976, Steve Jobs e Steve Wozniak fundavam a Apple Computers Inc., na garagem da casa dos pais de Steve Jobs. Ele tinha, na época, 20 anos. Em 10 anos, a Apple cresceu e já era uma empresa que valia US$ 2 bilhões e contava com quatro mil funcionários. Ao fazer 30 anos, Steve Jobs foi demitido da Apple, empresa que fundara e construíra. Sentindo-se arrasado – especialmente pelo fato de que sua demissão ter sido noticiada mundo afora –, ele pensou em abandonar a carreira. Mas, após alguns meses de incerteza, decidiu que não ia abandonar sua paixão – o trabalho na área da computação e tecnologia. Decidiu recomeçar. “Na época da minha demissão da Apple eu não percebi isso, mas acabou sendo a melhor coisa que poderia ter-me acontecido”, diria vários anos depois. E explicou por que dizia isso: os cinco anos após ter sido despedido da Apple foram os mais criativos em sua vida. Ele conheceu e se casou com aquela que seria o amor de sua vida e fundou duas empresas: a NeXT, de software e computação, e a Pixar, um estúdio de animação computadorizada. A Pixar foi um sucesso tão grande que, em 2006, foi adquirida pela Disney, por US$ 7.4 bilhões. Mas, numa série de eventos ainda mais notável, a Apple comprou a NeXT e, em 1996, Steve Jobs voltou à Apple. A tecnologia que ele desenvolvera na NeXT estava no âmago do renascimento da Apple.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A volta de Steve Jobs a essa empresa – que, na época, estava à beira da falência – é lendária. Os produtos que passaria a fabricar, como o iPhone, iriam revolucionar a tecnologia, mudando o mundo para sempre. E a Apple se tornou a primeira empresa americana a atingir o valor de mercado de US$ 1 trilhão, em 12 de agosto de 2018. Em 31 de julho de 2020, superou a Aramco, a petrolífera estatal saudita, tornando-se a empresa de capital aberto mais valiosa do mundo. Em 2020, bateu a marca de US$ 2 trilhões, superior ao PIB de vários países, como Brasil, Itália, Canadá, Rússia e Coreia do Sul.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Analisando sua vida extraordinária, lamentavelmente curta, seus altos e baixos, suas reviravoltas, Steve Jobs declarou: “Olhando para a frente, você não consegue ligar os pontos de sua vida; você só os consegue conectar olhando para trás. Portanto deve confiar que esses pontos irão se conectar no futuro”.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Evidentemente, não se pode comparar a demissão de Steve Jobs da Apple com as provações que a Rainha Esther enfrentou ou as enormes tragédias que algumas pessoas sofreram na vida. Mas a percepção de Steve Jobs de que “você só consegue conectar os pontos olhando para trás” é essencialmente o que se depreende da história de Purim.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A vida da Rainha Esther sintetiza essa ideia. Seu legado sem paralelo para o Povo Judeu somente pode ser entendido em se olhando para trás. Da mesma forma, todos os fenômenos fortuitos narrados na Meguilat Esther – a cadeia de eventos que culminaram na salvação do Povo Judeu – apenas podem ser apreciados no final da história. Da mesma maneira, a maioria de nós somente compreenderá a Meguilá de nossa vida – o Livro de nossa vida – bem ao final ou mesmo após ter sido escrita.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Isso é válido não apenas para nós como indivíduos, mas para o Povo Judeu em sua totalidade, assim como para toda a humanidade. “No fim, tudo dá certo”, escreveu Fernando Sabino, “e, se não deu certo, é porque ainda não chegou ao fim”.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">É disso que trata a história de Purim, e é por essa razão que essa festa é um dos dias mais felizes no calendário judaico.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Bibliografia:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>Steinsaltz, Rabbi Adin Even-Israel, Purim – The Festival of Masks</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>https://steinsaltz.org/essay/Purim5776/</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>Steinsaltz, Rabbi Adin Even-Israel, Purim: Life is a Masquerade</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>https://steinsaltz.org/essay/Purimmasquerade/</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>Steinsaltz, Rabbi Adin Even-Israel, The Steinsaltz Ketuvim, Koren Publishers, Jerusalem</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>1 O Livro de Esther (literalmente, Pergaminho de Esther), que é um dos livros que fazem parte do Tanach (Torá, Profetas e Escrito).</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>2 Yimach shemó v’zichro – que seu nome e memória sejam apagados.</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>3 Urim V’tumim refere-se a um pedaço de pergaminho que continha a inscrição do Nome Inefável de D’us. Era colocado dentro do peitoral (Choshen) do Cohen Gadol, o Sumo Sacerdote. Nossos Sábios ensinam que, por meio do Urim V’tumim, era possível consultar e se comunicar com D’us.</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Fonte:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>https://www.morasha.com.br/purim/a-rainha-esther-e-a-festa-das-mascaras.html</i></b></span></div><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-61236757765906650392024-03-12T16:41:00.000-04:002024-03-12T16:41:14.956-04:00CONSELHO BRASILEIRO DO JUDAÍSMO MESSIÂNICO -CBJM<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQ11fMuu23rTXrN_2RvWN5cu6RcYEsBhUdwXRcTt5O_5AoUXuewtHhxPX-jB2xvnY2pmbeZaWPrtFoz2UXaFWSY8jVECQLU9N-r5_7BLliuSVarKO_5FEz_SjicYuO_NZZiMr49ys0boRtLnu8Bxxd28XiQlhP2gSgu0BxAFJksxZjvl_aJZBrFmoZawU/s640/CBJM.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="640" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQ11fMuu23rTXrN_2RvWN5cu6RcYEsBhUdwXRcTt5O_5AoUXuewtHhxPX-jB2xvnY2pmbeZaWPrtFoz2UXaFWSY8jVECQLU9N-r5_7BLliuSVarKO_5FEz_SjicYuO_NZZiMr49ys0boRtLnu8Bxxd28XiQlhP2gSgu0BxAFJksxZjvl_aJZBrFmoZawU/s320/CBJM.jpg" width="320" /></a></div><br /><div><span style="font-family: verdana;">Missão: Ser uma instituição relevante e representativa às comunidades conservadoras e monoteístas do judaísmo messiânico, mantendo uma prática judaica comprometida com a completude entre as mitzvot da Torá e a Brit Chadashá.<span><a name='more'></a></span></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj-y_-HItFjfypHKIvUYzkG2jPuU2EY3CBXCng9RQYoKgajO_pyLC-hR7zkQ0GIbSuwMversnb_g_t1Q_Glbxo2GG1sYWV4-Kqrj-xPE4_h9RKqIaHWlGHCR9vOh3knVkNGUKa5pH0a-igvBZ9XoDu8trk9hDKHha37SOCCHguAKht6VYqbR2QPsOKYMQ/s2048/CBJM-.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1447" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj-y_-HItFjfypHKIvUYzkG2jPuU2EY3CBXCng9RQYoKgajO_pyLC-hR7zkQ0GIbSuwMversnb_g_t1Q_Glbxo2GG1sYWV4-Kqrj-xPE4_h9RKqIaHWlGHCR9vOh3knVkNGUKa5pH0a-igvBZ9XoDu8trk9hDKHha37SOCCHguAKht6VYqbR2QPsOKYMQ/s320/CBJM-.jpg" width="226" /></a></div></span></div><div><b style="font-family: verdana;"><br /></b></div><div><b style="font-family: verdana;">. Contatos:</b></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>Tel.: (47) 98803-2804</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>E-mail: contato@conselhobrasileirojudaicomessianico.com</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>https://www.facebook.com/Conselhobrasileirojudaicomessianico/</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>Website: www.conselhobrasileirojudaicomessianico.com</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Fonte:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>https://www.facebook.com/Conselhobrasileirojudaicomessianico/</i></b></span></div><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-52945970605878118802024-03-12T16:24:00.003-04:002024-03-12T16:27:01.306-04:00CONGREGAÇÃO JUDAICO MESSIÂNICA BEIT MASHIACH (CJM Beit Mashiach) EM SÃO PAULO - SP<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEika1NGvE2CgcnU_3VVx_-mg6bzEZGpmCXN_7S_YCeRtKlDIeGUbN2Ff9ywOP6vcL4ndBcM204oKmFP9KlpJWI3n0i9QZZ_0h0WtXMFdelyBhJwocvpBiebLSKohmbYkd6yq2HRA-juIFRpoMW3NkWOUcawSzB-W8lV3IuFs1UCRwyRZR3GP54F5FtygRc/s960/congregacao%20messianica---.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="960" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEika1NGvE2CgcnU_3VVx_-mg6bzEZGpmCXN_7S_YCeRtKlDIeGUbN2Ff9ywOP6vcL4ndBcM204oKmFP9KlpJWI3n0i9QZZ_0h0WtXMFdelyBhJwocvpBiebLSKohmbYkd6yq2HRA-juIFRpoMW3NkWOUcawSzB-W8lV3IuFs1UCRwyRZR3GP54F5FtygRc/s320/congregacao%20messianica---.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><span style="font-family: verdana; text-align: left;"><i>"</i></span><span style="font-family: verdana; text-align: left;">Sendo um lugar onde um judeu, um descendente de judeu e um gentio se unem em adoração ao nome de D’us, enfatizamos que esta união é a perfeita e agradável vontade do Eterno</span></b><b style="font-family: verdana; text-align: left;"><i>", informa a entidade em seu website</i></b></div><br /><div><b style="font-family: verdana;">. Nossa história:</b></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Em 1996 um grupo de judeus e gentios que criam em Yeshua como o Mashiach vindo de D’us passou a se reunir para orar pela salvação do povo de Israel. Com o tempo este grupo cresceu e viu-se a necessidade de ter um espaço próprio para se reunir e professar sua fé em Yeshua e celebrar sua identidade judaica de forma plena.<span><a name='more'></a></span></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqY7iVAovcrvtLsojqFeQDv5FFUUAYCXxIQVGeTfG6EnDmKXDgs2VDgEwwBbn_N1HgHp8SV0Nxbv9-aYvns3apjc7IrrWaJU-yzdaszuNYpvueivSlY4Hd-5gSJ_rGCgjrZDlbEIZGbNjxGEKe5dwEH-NdJlY3V9KI09Hg9VffPJ6GoxsEAw4jBOu88q8/s720/congregacao%20messianica.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqY7iVAovcrvtLsojqFeQDv5FFUUAYCXxIQVGeTfG6EnDmKXDgs2VDgEwwBbn_N1HgHp8SV0Nxbv9-aYvns3apjc7IrrWaJU-yzdaszuNYpvueivSlY4Hd-5gSJ_rGCgjrZDlbEIZGbNjxGEKe5dwEH-NdJlY3V9KI09Hg9VffPJ6GoxsEAw4jBOu88q8/s320/congregacao%20messianica.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: left;"><b><i>Congregação (Foto: Website) </i></b></span></div></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Inauguração - 1997:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Com esse propósito iniciou-se a Congregação Judaica Messiânica Beit Mashiach, que teve a inauguração oficial dia 17 de janeiro de 1997.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Atualmente:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Hoje, somos uma Congregação onde os judeus podem professar que creem que Yeshua é o verdadeiro Messias de Israel e ainda viver plenamente a sua vida judaica; e onde gentios, que compartilham amor pelo povo de Israel, possam juntos adorar o santo nome de HaShem.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Sendo um lugar onde um judeu, um descendente de judeu e um gentio se unem em adoração ao nome de D’us, enfatizamos que esta união é a perfeita e agradável vontade do Eterno.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">“Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Mashiach também. Pois todos nós fomos imersos em um Ruach, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Ruach.”</span></div><div><span style="font-family: verdana;">I Cor. 12:12-13</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O principal alvo da C. J. M. Beit Mashiach é levar o conhecimento sobre o Messias judeu aos judeus.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOQDvDsO3vCitfQ7dPUjAAYTgBmA8xQGAwmqchK_x0DUOh3Yuw04gJlN3PJE_sZ16auVpOfDyrmIOLaw9-YAn0HBJP5KIoBtYEf7t9ADR9qReH79VdJxOyaSCvfkU5pHSzBGMxQBFDBUUKK8x5ygPmH6yXu5HTWWeXeu32z32akdQbv2oje6ZRPhR5dF8/s960/congregacao%20messianica--.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="960" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOQDvDsO3vCitfQ7dPUjAAYTgBmA8xQGAwmqchK_x0DUOh3Yuw04gJlN3PJE_sZ16auVpOfDyrmIOLaw9-YAn0HBJP5KIoBtYEf7t9ADR9qReH79VdJxOyaSCvfkU5pHSzBGMxQBFDBUUKK8x5ygPmH6yXu5HTWWeXeu32z32akdQbv2oje6ZRPhR5dF8/s320/congregacao%20messianica--.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="font-family: verdana; text-align: left;"><i>Congregação (Foto: Website)</i></b></div></div><div><b style="font-family: verdana;"><br /></b></div><div><b style="font-family: verdana;">. A Palavra de D’US:</b></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Um judeu que toma a decisão de dedicar a sua vida a Hashem e recebe Yeshua como korban (sacrifício) costuma ser muito mais fiel à Torá do que o era anteriormente, pois a sede de ter um relacionamento pessoal com D’us torna intenso o desejo de conhecer intimamente as Escrituras que formam o Tanach, e estas passam a ter um significado mais vivo e completo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Cremos que a palavra de D’us, a Bíblia, é única e perfeita. Hashem nos enviou a Torá e nos revelou o Tanach para que nosso povo pudesse andar sob sua santidade e direção. Em nossa Congregação, a Brit Hadashá tem a mesma importância da Torá e do Tanach, pois ela preserva as revelações, os ensinamentos e as profecias proferidas pelo Messias durante sua primeira vinda. E juntas estas escrituras formam a completa revelação do coração de D’us ao homem.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4KYzZ1ObK69ypJLKIzNt5QsQhJBcdQgLRrTUjuhu1A3l-a5K1RsxzclOwf6BtDYxUUZppjS-kUZxsL9Cx6hYihdPy8H8EbxyJAdmgEzTCWZRsLCptN65lMO2mVIFc-ZdurOWzuYdfA_w1x1aWrEia3mi7Mknr8tBLKUNXDx8J5DlUBct2DRHUSzlw5y0/s960/congregacao%20messianica-----.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="960" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4KYzZ1ObK69ypJLKIzNt5QsQhJBcdQgLRrTUjuhu1A3l-a5K1RsxzclOwf6BtDYxUUZppjS-kUZxsL9Cx6hYihdPy8H8EbxyJAdmgEzTCWZRsLCptN65lMO2mVIFc-ZdurOWzuYdfA_w1x1aWrEia3mi7Mknr8tBLKUNXDx8J5DlUBct2DRHUSzlw5y0/s320/congregacao%20messianica-----.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="font-family: verdana; text-align: left;"><i>Congregação: Dança folclórica (Foto: Website)</i></b></div></div><div><br /></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Identidade messiânica:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Não é nosso propósito transformar gentios em judeus e nem judaizar nenhum outro grupo religioso, por isso não fazemos conversões de gentios para o judaísmo. Ao mesmo tempo não fazemos discriminação entre nenhuma origem étnica, são todos bem-vindos entre nós, por isso um judeu que crê em Yeshua como Messias continua judeu e um gentio continua gentio, ainda que messiânico, conforme a orientação do Shaliach Shaul em I Coríntios 7.17-20.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Consideramos que somente um judeu que receber Yeshua como Messias poderá ter a unção do Ruach HaKodesh, pois foi declarado por Yeshua que somente quem tem o Filho de D’us tem comunhão com o próprio D’us, conforme João 14:21, João 14:16, 1 João 2:23, 1 João 5:12. Portanto não reconhecemos a autoridade espiritual de nenhuma liderança religiosa que não recebeu o Mashiach Yeshua.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Vivemos plenamente as alianças e pactos do Eterno para com o povo de Israel, distinguindo-os das alianças para com os gentios.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Contato:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>End.: Rua Joaquim Murtinho, 252</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>Bom Retiro, São Paulo (SP), 01123-050</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>E-mail: info@beitmashiach.org.br</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Fonte:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b>www.beitmashiach.org.br</b></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i><br /></i></b></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>https://beitmashiach.org.br/pages/contato</i></b></span></div><div><br /></div><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-38072249648510647412024-02-25T13:57:00.000-05:002024-02-25T13:57:35.625-05:00ALIÁ: O QUE É A LEI DO RETORNO?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDJ_5DmG5UE9FVfBGZEt3ByppT8KVxql8t8qO_JgAUhZy7xomwS27VpbQEDugQitliL4MW707cuFPC2hLx0HeldRyc_SUfe41m2mZ5ahPhCkVTAi1Ql7SbO1-sy8xrn1K5QY67mO6X48PgI94lDhd9w0QFJb1D_hE7ovElmAcOeSMuddhn5CveDYD1-ic/s2560/Jerusalem.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1707" data-original-width="2560" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDJ_5DmG5UE9FVfBGZEt3ByppT8KVxql8t8qO_JgAUhZy7xomwS27VpbQEDugQitliL4MW707cuFPC2hLx0HeldRyc_SUfe41m2mZ5ahPhCkVTAi1Ql7SbO1-sy8xrn1K5QY67mO6X48PgI94lDhd9w0QFJb1D_hE7ovElmAcOeSMuddhn5CveDYD1-ic/s320/Jerusalem.webp" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; text-align: left;"><b><i>Com a criação do Estado de Israel, dois mil anos de peregrinação estavam oficialmente terminados</i></b></span></div><br /><div><span style="font-family: verdana;">Em 1950, o Knesset de Israel aprovou uma notável lei, começando com algumas simples palavras que definiam o principal propósito de Israel: “Todo Judeu tem o direito de imigrar para este país...”.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Com a criação do Estado de Israel, dois mil anos de peregrinação estavam oficialmente terminados. Desde então, os Judeus adquiriram o direito de simplesmente se apresentarem e requisitarem a cidadania Israelense, presumindo-se que eles não representavam nenhum perigo iminente para a saúde pública, a segurança do Estado, ou ao povo Judeu como um todo. Essencialmente, todos os Judeus em toda parte são cidadãos israelenses por direito.<span><a name='more'></a></span></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Em 1955, a lei foi levemente alterada para especificar que criminosos perigosos poderiam ter esse direito negado. Em 1970, Israel deu outro passo histórico através da concessão de cidadania automática não só para os Judeus, mas também para seus filhos não-Judeus, netos e cônjuges, e os cônjuges não-Judeus de seus filhos e netos. Esta adição não só garantiu que as famílias não seriam separadas, mas também prometeu um refúgio seguro em Israel para não-Judeus sujeitos a perseguição por causa de suas raízes Judaicas.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. A Lei do Retorno, 5710-1950:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"> Todo Judeu tem o direito de vir para este país como um Oleh.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">a.> O Oleh deve receber visto para poder fazer Aliá.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">b.> O visto de um Oleh deverá ser concedido para cada Judeu que tenha expressado sua vontade de se estabelecer em Israel, salvo se o Ministro da Imigração estiver convencido que o requerente:</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Esteja envolvido em alguma atividade contra o povo Judaico ; ou </span></div><div><span style="font-family: verdana;">seja susceptível de pôr em perigo a saúde pública ou a segurança do Estado.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"> </span></div><div><span style="font-family: verdana;">Um Judeu que tenha vindo para Israel e subsequentemente à sua chegada, tenha expressado sua vontade de se estabelecer em Israel, poderá, enquanto estiver em solo Israelense, receber um certificado de Oleh.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">As restrições especificadas na seção 2 (b) são aplicáveis também para a concessão de um certificado de Oleh; mas uma pessoa não deve ser considerada como perigo para a saúde pública por conta de uma doença contraída após sua chegada a Israel.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Todo Judeu que tenha imigrado a este país antes da entrada em vigor desta Lei, e todos os Judeus que nasceram neste país, seja antes ou depois da entrada em vigor desta Lei, serão considerados como uma pessoa que veio a este país como um Oleh nos termos desta Lei.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O Ministro da Imigração é responsável pela implementação desta Lei e poderá fazer regulamentos a qualquer questão relacionada à sua implementação e também em relação à concessão de vistos de Oleh e certificados de Oleh a menores até a idade de 18 anos. </span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A Lei do Retorno, 5714-1955: Primeira Emenda</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Na seção 2 (b) da Lei do Retorno, 5710-1950:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O ponto final no final do parágrafo (2), deverá ser substituído por um ponto e vírgula, e a palavra "ou" inserida posteriormente;</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O seguinte parágrafo será inserido após o parágrafo (2):</span></div><div><span style="font-family: verdana;">"(3) é uma pessoa com um passado criminal, susceptível de pôr em perigo o bem-estar público."</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Nas seções 2 e 5 da Lei, as palavras "o Ministro da Imigração" é substituída pelas palavras "O Ministro do Interior".</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">. A Lei do Retorno, 5730-1970: Segunda Emenda</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1. Na Lei do Retorno, 5710-1950, as seguintes seções serão inseridas após a seção 4: "Direitos dos membros da família”: </span></div><div><span style="font-family: verdana;">4A.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">a. Os direitos de um Judeu sob esta Lei e os direitos de um Oleh sob a Lei da Nacionalidade, 5710 - 1950, bem como os direitos de um Oleh sob qualquer decreto, também são garantidos a um filho e um neto de um Judeu, ao cônjuge de um Judeu, ao cônjuge de um filho de um Judeu e ao cônjuge de um neto de um Judeu, com exceção de uma pessoa que tenha sido um Judeu e que voluntariamente mudou sua religião.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">b. Será irrelevante se ou não um Judeu, por cujo direito, um direito sob a subseção (a) é reivindicado, esteja vivo e se ou não ele emigrou para Israel</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">c. As restrições e condições prescritas em relação a um Judeu ou a um Oleh por ou sob esta Lei ou pelos decretos referidos na subseção (a) serão igualmente aplicáveis a uma pessoa que reivindica um direito sob a subseção (a). Definição:</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">4B. Para os efeitos desta Lei, "Judeu", significa uma pessoa nascida de mãe Judia ou que tenha se convertido ao Judaísmo e que não é um membro de outra religião.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Na seção 5 da Lei do Retorno, 5710-1950, o seguinte deve ser adicionado ao final: "Regulamentos para os fins das seções 4A e 4B requerem a aprovação do Comitê de Constituição, Legislação e Justiça do Knesset."</span></div><div><span style="font-family: verdana;"> </span></div><div><span style="font-family: verdana;">Na Lei do Registro de População, 5725-1965, a seguinte seção deve ser inserida após a seção 3:</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">3A. Uma pessoa não será registrada como um Judeu através de afiliação étnica ou religião, se uma notificação nos termos desta Lei ou outra entrada em Registro ou documento público indica que ele não é um Judeu, desde que a mencionada notificação, entrada ou documento não tenha sido convertida de forma satisfatória na avaliação do Diretor de Registro ou contanto que um julgamento declaratório de uma corte ou tribunal competente não tenha determinado o contrário.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"> </span></div><div><span style="font-family: verdana;">Para os fins desta Lei e de qualquer registro ou documento a esse título, "Judeu" tem o mesmo significado que na seção 4B da Lei do Retorno, 5710-1950.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"> </span></div><div><span style="font-family: verdana;">Esta seção não será derrogada por um registro efetuado antes da sua entrada em vigor.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Essa tradução da Lei do Retorno provém do website do Ministério das Relações Exteriores. </span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><div><b>. Resumo:</b></div><div><br /></div><div>A Lei do retorno é uma das mais importantes leis do Estado de Israel já que concede o direito de residência e cidadania a qualquer judeu, originário de qualquer país do mundo, que deseje emigrar para o território israelense - sendo que esse direito é extensivo aos seus descendentes não judeus até a terceira geração (filhos e netos, bem como os respectivos cônjuges e filhos menores). A lei foi adotada pelo Knesset em 1950 (dois anos depois da proclamação do Estado de Israel) e declara que o país constitui um lar não apenas para os habitantes do território israelense, mas também para os judeus de todo o mundo, quer vivam em pobreza e medo das perseguições, quer vivam uma vida com afluência e segurança.</div><div><br /></div><div>A Declaração da Independência definiu explicitamente que o Estado de Israel permaneceria aberto à imigração judaica e para o regresso dos dispersos. Sob esse princípio, a Lei do Retorno estabelece o direito de qualquer judeu de se assentar em Israel. A lei se aplica apenas aos judeus não israelenses, tornando a sua naturalização legalmente aceita a priori. A naturalização de não judeus é regulada por outras leis.</div><div><br /></div></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Fonte:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>https://archive.jewishagency.org/pt/lei-do-retorno/</i></b></span></div><div><br /></div><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-62436674932065031942024-02-14T09:18:00.000-05:002024-02-14T09:18:29.895-05:00OS JUDEUS BANIDOS DO RECIFE (PE) QUE FUNDARAM NOVA YORK<span class="fullpost"></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/MiETCtsgcd0" width="320" youtube-src-id="MiETCtsgcd0"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><i><span style="color: #eeeeee;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: verdana;">Fugindo da Santa Inquisição Portuguesa, os judeus brasileiros fugiram da região nordeste do pais e buscaram refugio na nova colônia holandesa: A Nova </span></span><span style="font-family: verdana;"><span style="caret-color: rgb(19, 19, 19);">Amsterdã</span></span></span></i></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #eeeeee;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #eeeeee;">A bordo do navio Valk, cerca de 600 judeus deixaram o Recife, em Pernambuco, expulsos pelos portugueses. Era o fim da ocupação holandesa no Brasil e também da liberdade de praticar sua religião. Eles queriam voltar à terra natal — a Holanda, onde o culto do judaísmo era permitido devido ao calvinismo, uma versão mais liberal do cristianismo. </span></span></div><div><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;"><span class="yt-core-attributed-string--link-inherit-color" style="background: none; border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;">
Mas tinham mais problemas pela frente – entre eles, piratas e a Inquisição espanhola. No fim, parte deles seguiu para um destino mais próximo do que a Europa: a colônia holandesa de Nova Amsterdã, atual Nova York, então um mero entreposto comercial.
Confira, neste áudio, como esses judeus ajudaram a fundar uma das cidades mais importantes do mundo, um dos símbolos do "sonho americano".
Leia também a reportagem: </span><span class="yt-core-attributed-string--link-inherit-color" style="background: none; border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; white-space: pre-wrap;"><a class="yt-core-attributed-string__link yt-core-attributed-string__link--display-type yt-core-attributed-string__link--call-to-action-color" force-new-state="true" href="https://www.youtube.com/redirect?event=video_description&redir_token=QUFFLUhqa1BNa1doc3ZmWkNiSktPc3ljRGJaNTF2bjdlUXxBQ3Jtc0tsQzJVMUZOU3FNU0loN2dsalZpb1dTX1BRdjNfUDBuMGFscS1DdEZaS0Y5QVpvZm93WUhsX0tDTEE0dlM3TmFLUi1CNVFkeFN6TE9lMHlGOXZWX2ZuVXFHby1KYjhRYXR5eG5XVHo1UkxURjBZajhNNA&q=https%3A%2F%2Fwww.bbc.com%2Fportuguese%2Fbrasil-56423846&v=MiETCtsgcd0" rel="nofollow" style="display: inline; text-decoration: none;" tabindex="0" target="_blank">https://www.bbc.com/portuguese/brasil...</a></span></span></div><div><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;"><b>. Legenda:</b></span></div><div><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="background-color: #b2b2b2;">Ω</span></div><br />https://youtu.be/MiETCtsgcd0?si=mDIoKFqsjUzT3fHD</i></b></span></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-59394848403519399892024-02-12T08:34:00.001-05:002024-02-12T08:34:47.372-05:00ADOLFO KAMINSKY: O FALSIFICADOR DE PARIS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyif3xRYA3dUyYtFv4P_UZ3mhtxX2ker_RrWup_perBQ35SGlaXG5D6IdGCX9ZFtck2RYNSqnTe030oj0MTle7QYfcVQIkDxTMWYJ22MdDAfkrjYg0HClCiUiaVzzISqiI5qW0OgOG59JqgEdohTlD77NDO6fVQ7ABeIZDTCmVYIgPacmYK9OXRRuWYfo/s1024/Adolfo%20Kaminsky-.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="684" data-original-width="1024" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyif3xRYA3dUyYtFv4P_UZ3mhtxX2ker_RrWup_perBQ35SGlaXG5D6IdGCX9ZFtck2RYNSqnTe030oj0MTle7QYfcVQIkDxTMWYJ22MdDAfkrjYg0HClCiUiaVzzISqiI5qW0OgOG59JqgEdohTlD77NDO6fVQ7ABeIZDTCmVYIgPacmYK9OXRRuWYfo/s320/Adolfo%20Kaminsky-.jpeg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="caret-color: rgba(0, 0, 0, 0.8); font-family: verdana; text-align: left;"><b><i><span style="color: #eeeeee;">É impossível saber-se com precisão quantas vidas ele e outros como ele que trabalhavam na Resistência Francesa, chamada na França de La Résistance, conseguiram salvar, mas estima-se que o trabalho deles tenha salvado cerca de 14 mil judeus</span></i></b></span></div><span style="color: #eeeeee;"><br /></span><p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 28px;"><span style="font-family: verdana;"><span style="color: #eeeeee;">Judeu francês Kaminsky salvou milhares de correligionários durante o Holocausto falsificando documentos e mudando sua identidade. O fato de se ter um documento que não contivesse o carimbo “juif” ou “juive” representava a diferença entre vida e morte. Aos 18 anos de idade, ele foi um dos melhores falsificadores a resistir aos nazistas.</span></span></p><p style="color: rgba(0, 0, 0, 0.8); font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 28px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="font-family: verdana;"><span></span></span></span></p><a name='more'></a><p></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">É impossível saber-se com precisão quantas vidas ele e outros como ele que trabalhavam na Resistência Francesa, chamada na França de La Résistance, conseguiram salvar, mas estima-se que o trabalho deles tenha salvado cerca de 14 mil judeus.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Nas palavras de Kaminsky, o Holocausto lhe ensinara que “de cada um daqueles documentos dependia a vida ou a morte de um ser humano”. Sem documentos, os judeus eram condenados à imobilidade, o que muito provavelmente era sinônimo de sua morte.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Ele e seu grupo de amigos falsificadores imitaram cédulas de identidade, cartões de racionamento, certificados de batismo, certidões de casamento, certidões de nascimento e passaportes. Esses documentos ajudaram crianças e adultos a escapar da deportação aos campos de concentração e, em muitos casos, a fugir dos territórios ocupados pelos nazistas em direção a portos seguros. Os cartões de racionamento os ajudavam a se alimentar. Documentos falsos portando nomes não-judeus e sem a palavra Juif ou Juive foram a tábua de salvação que manteve a vida de milhares de judeus.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;"><b>. Sua vida:</b></span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Adolfo era filho de Salomon e Anna, judeus russos que fugiram dos pogroms. A subida ao trono de Nicolau II (1895-1918), último dos Romanovs, conhecido na história judaica como o Czar dos Pogroms, havia dado início na Rússia Imperial a mais um período marcado por extremo sofrimento judaico. Seus pais se conheceram na França, em 1916, mas após o início da Revolução de Outubro de 1917, na Rússia, ambos foram expulsos da França devido à sua ideologia declaradamente marxista. Em seu passado, eles haviam sido membros do Bund, a organização socialista dos operários judeus do Império Russo. O casal se mudou para Buenos Aires, Argentina, onde Adolfo nasceu, em 1925. De posse da nacionalidade argentina, em 1932 a família Kaminsky voltou à França. Seus pais queriam viver no “país dos direitos humanos”. O pai, que deixara de ser simpatizante dos comunistas, começa a trabalhar como alfaiate. Em 1938 a família se muda para a cidade de Vire, na Normandia, para escapar do ambiente parisiense hostil aos judeus que não eram cidadãos franceses.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Kaminsky, já com 13 anos, sonhava em se tornar um artista. Mas seus pais lutavam para se sustentar e a economia da França estava muito fragilizada. Assim sendo, após terminar o primário, Adolfo consegue um emprego em uma empresa que fabricava peças para aviação.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Em maio de 1940, os exércitos alemães atacam a França. Em junho, a França capitula e assina um armistício com a Alemanha de Hitler. A batalha pela França durou apenas 46 dias. O país é, então, dividido – o Norte, que incluía Paris, e a costa do Atlântico ficam sob ocupação nazista, enquanto o Sul e o Sudeste passam a ter um governo leal à Alemanha, o Regime de Vichy. No território sob ocupação nazista são impostas a segregação racial e a obrigatoriedade aos judeus de se identificarem como tal junto às autoridades. Em 4 outubro de 1940, o governo da Zona Livre de Vichy voluntariamente promulga leis contra os judeus: o Statut des Juifs, que se baseava nas “diretrizes” nazistas já postas em prática na zona sob ocupação alemã. Judeus são demitidos de seus empregos e Adolfo Kaminsky se vê à procura de trabalho.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Com 15 anos, o rapaz começa a trabalhar como aprendiz em uma tinturaria onde o proprietário, um engenheiro químico, ensina-lhe a remover e alterar a cor das manchas de tinta. E Adolfo aprende, também, a fazer com que tintas indeléveis desaparecessem dos mais delicados tecidos, bem como a tingir casacos de uniformes militares velhos, possibilitando seu uso por civis necessitados. Kaminsky assimila conceitos avançados de química e desenvolve um profundo conhecimento das cores e de seu tingimento; como usar os agentes apropriados para fazer com que os tecidos absorvessem ou liberassem os pigmentos das cores.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">O rapaz fica tão interessado e envolvido com seu trabalho que começa a fazer experimentos com tintas e corantes até mesmo em casa – aborrecendo muito a mãe que tinha que limpar o que ele utilizava e o que ia deixando paratrás. No entanto, os conhecimentos e a habilidade que Adolfo adquiriu seriam centrais para a sua própria sobrevivência e a de milhares de seus irmãos, judeus, durante os trágicos anos do Holocausto. O rapaz também trabalhava como químico-aprendiz em uma fábrica de laticínios. Esses dois empregos lhe deram um profundo conhecimento de química.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Em 1940, sua mãe, Anna, morre em um acidente de trem que não foi bem explicado. Kaminsky acreditava que ela houvesse sido propositalmente atirada nos trilhos – durante uma viagem de volta para casa, após alertar seu irmão, em Paris, de que ele estava para ser preso pela Gestapo.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">O futuro seria até mais sombrio para a família Kaminsky e os judeus da França. Em 20 de janeiro de 1942, os líderes do Terceiro Reich adotaram a “Solução Final” para a questão dos judeus na Europa ou seja, o extermínio em massa dos judeus europeus, incluindo os judeus franceses. Em 11 de novembro daquele mesmo ano, alemães e italianos invadem o território francês, ocupando a Zona Livre e quebrando o Armistício. Quando a Alemanha invadira a França, em 1940, aproximadamente 350 mil judeus viviam no país, muitos deles refugiados da perseguição nazista em outros lugares. Dos 77 mil judeus deportados da França para os campos de extermínio – a maioria para Auschwitz – apenas 2.500 retornaram.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Em 1943, Adolfo Kaminsky e sua família são agrupados a outros judeus e presos, em Vire, e enviados a Drancy. A cidade era, então, um campo de trânsito ao norte de Paris onde os prisioneiros sofriam de frio e fome e de onde a grande maioria deles eram enviados ao campo de extermínio de Auschwitz, onde poucos sobreviveram.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Kaminsky testemunhou milhares de seus irmãos judeus serem abarrotados em trens de carga a caminho de Auschwitz. “Semanalmente, via mil pessoas serem deportadas. O sofrimento era terrível... o número gigantesco, incontável mesmo, de pessoas assassinadas sem motivo”.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Após três meses, a família Kaminsky foi libertada em Drancy. Um irmão de Adolfo conseguira enviar cartas ao Consulado da Argentina, que interveio em seu favor. Os Kaminskys eram judeus, mas sua cidadania era argentina e esse país ainda mantinha neutralidade, na guerra. Eles foram uma das poucas famílias judias que conseguiram deixar Drancy.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Após serem libertados, o pai de Adolfo contatou a Resistência francesa. Julgou que seria mais seguro para sua família que seus membros se separassem adotando identidades falsas. O rapaz, então com 18 anos, foi encarregado de retirar seus novos documentos com um membro da Resistência diante da Sorbonne, a conceituada universidade. Quando esse combatente soube que Adolfo Kaminsky trabalhava com tingimento e sabia remover marcas de tinta, imediatamente recrutou-o para ser um dos falsificadores no laboratório deles, em Paris. Ele lhe perguntou: “Você sabe remover manchas de tinta?”, ao que o rapaz prontamente respondeu que sim, e que era mesmo a sua especialidade! “E tintas indeléveis?”, insistiu o francês da Resistência? E Kaminsky respondeu: “Tal coisa não existe” ...</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">O laboratório do grupo underground judaico conhecido como “La Sixiême” foi instalado em um apartamento do Quartier Latin, na Paris ocupada pelos nazistas. Kaminsky, usando o pseudônimo Julien Keller, e outros três se faziam passar por pintores para evitar atrair a atenção dos vizinhos com o cheiro dos produtos químicos. Chegavam mesmo a ter pinturas pelas paredes, telas, pincéis e várias latas de tintas espalhados pelo apartamento.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Os falsificadores inundaram a França toda com documentos impecavelmente falsificados. Esse laboratório secreto iria se tornar um dos maiores fornecedores de documentos forjados para os judeus franceses e sua reputação se espalhou rapidamente. Não tardou para que eles passassem a receber pedidos dos partisans em vários países europeus.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">As habilidades de falsificação de Kaminsky comprovaram ser espetaculares na remoção da tinta azul permanente, usada em documentos oficiais, um feito considerado impossível por vários técnicos experientes. “Essa verdadeira arte foi muito importante pois nos permitia usar documentos reais, uma vez que se podia apagar dados sem deixar qualquer vestígio”, Adolfo declararia décadas depois em uma entrevista no programa 60 Minutes, da CBS, nos Estados Unidos.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Sua hábil técnica lhe permitia apagar nomes que indicavam sua origem judaica, como Abraham ou Esther, nos documentos de identificação franceses e os substituir por outros tipicamente gentios. Exemplificando, ele transformou o nome de uma menina judia, Edith Mayer, em uma menina não-judia chamada Elise Maillet. Além disso, parte importantíssima do seu trabalho era a remoção completa da palavra Juif ou Juive que era carimbada em tinta vermelha nos documentos de identidade.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Ele não apenas alterava os documentos – também os criava do zero, mesmo carteiras de identidade, de racionamento de alimento, de tabaco, bem como certidões de nascimento e casamento. Um axioma norteou toda a sua vida: “Tudo o que é concebido e feito pelo homem pode, naturalmente, ser reproduzido por outro homem”.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Seu grupo de falsificadores trabalhava dia e noite, usando meios improvisados a fim de fornecer identidades falsas a judeus que tentavam escapar das garras do Nazismo. Usavam instrumentos de cozinha, máquinas de costura, carimbos e até mesmo uma máquina para envelhecer os documentos feita com um pneu de bicicleta! As máquinas de costura eram usadas para criar as perfurações nos selos e passaportes. Já na fase de acabamento, para dar uma impressão de uso intenso e desgaste por ficar dias e dias nos bolsos, eles envelheciam os documentos com resíduo de tabaco e uma poeira especial que eles centrifugavam, em grande velocidade, numa roda de bicicleta que fazia as vezes de centrífuga.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Kaminsky sabia replicar com tremenda autenticidade nomes e endereços com a caligrafia rebuscada dos funcionários municipais; ele conseguia imprimir o papel em camadas e fazer gravações até que a página ficasse idêntica à original. Falsificava assinaturas e reproduzia marcas d’água à perfeição. Tudo nele era detalhe e precisão – um erro podia custar uma vida.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Os documentos falsos inundaram a França, ao ponto de levar a polícia a começar a procurar “o falsificador de Paris”. Os documentos eram impecáveis, tão perfeitos que a polícia nunca suspeitou, à época, que o falsificador que procuravam era um garoto de 18 anos de idade.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Em determinado momento, a Resistência pediu que Adolfo Kaminsky produzisse 900 documentos, de uma tacada. Eram certidões de nascimento e de batismo, além de cartões de racionamento para 300 crianças judias que estavam em instituições e que estavam às vésperas de serem capturadas pelos nazistas. Até mesmo crianças pequenas precisavam de cartões de racionamento para poderem se alimentar. O objetivo era despistar os alemães até que as crianças conseguissem ser contrabandeadas para fora das instituições e levadas a famílias cristãs que viviam em zonas rurais, ou para conventos, ou para a Suíça e a Espanha. Deram-lhe três dias para completar o trabalho no qual ele estava grudado, dia e noite, até que desmaiou de exaustão. Mas se levantou e seguiu trabalhando. Posteriormente ele contaria que uma hora de seu sono poderia significar a diferença entre a vida e a morte de várias crianças...</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Na entrevista acima mencionada na CBS, o jornalista Anderson Cooper lhe perguntou se ele teve medo ao se filiar à Resistência francesa. “Medo de quê?”, Kaminsky reagiu. “O risco era o mesmo se você não fizesse nada. Então, pelo menos o meu trabalho na Resistência era uma forma de lutar. Eu lutava em prol da humanidade.”</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Ele não sabe exatamente quantos documentos conseguiu falsificar durante a guerra, mas estima que tenham sido milhares. Após a guerra ele guardou para si alguns dos documentos que criara e os originais usados como modelo.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Kaminsky nunca foi preso. Testemunhou a libertação de Paris em 25 de agosto de 1944 e logo após a cidade ter sido libertada, ele foi recrutado pela inteligência militar da França para produzir documentos para os espiões franceses enviados às linhas inimigas pois a guerra continuava, no restante da Europa. A capitulação nazista só ocorreu em maio de 1945.</span></span></p><p style="color: rgba(0, 0, 0, 0.8); font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></span></p><p style="color: rgba(0, 0, 0, 0.8); font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; font-style: normal; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe6nhm_nagjCOpcmC35oFUBbV43CW0egavTLR90tuR8bq_jRGdZ_qVrkTqOhZvlWc5uO9an26qYODUmdWq_uyf5Ixq5TPOzvlyzobAf72PiTgY4qO2kph9GdGlitYG4vy0WtAjJSUZZgBXGKHQ4RiDiq4ZWITKtL3IzQ09re2sjYEzBQN6GgourlQBvkY/s1280/Adolfo%20Kaminsky.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe6nhm_nagjCOpcmC35oFUBbV43CW0egavTLR90tuR8bq_jRGdZ_qVrkTqOhZvlWc5uO9an26qYODUmdWq_uyf5Ixq5TPOzvlyzobAf72PiTgY4qO2kph9GdGlitYG4vy0WtAjJSUZZgBXGKHQ4RiDiq4ZWITKtL3IzQ09re2sjYEzBQN6GgourlQBvkY/s320/Adolfo%20Kaminsky.png" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; font-style: normal; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; text-align: left;"><b><i>Kaminsky imediatamente se pôs a criar documentos falsos para o Mossad LeAliyah Beit (Organização para Imigração “Ilegal”) – que contrabandeava judeus deslocados para a Palestina sob Mandato Britânico</i></b></span></div><br /><span style="font-family: verdana; font-style: normal;"><br /></span><p></p><p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><b style="font-family: verdana;"><span style="color: #eeeeee;">. Após a Guerra:</span></b></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Seu trabalho como falsificador não terminou com o final da 2ª Guerra Mundial. Em suas palavras, “Em janeiro de 1946, eu estava na Alemanha e vi um acampamento de DP (Displaced People), pessoas deslocadas pela guerra. A situação dos judeus, que compunham a grandissíssima maioria das pessoas deslocadas, era insustentável. Aqueles judeus, querendo ir para a então Palestina sob Mandato Britânico, não tinham para onde ir. Nem lhes passava pela cabeça retornar à Alemanha ou Polônia, de onde tinham sido escorraçados e não queriam se estabelecer na França, tampouco. Tinham que deixar a Europa para trás, e precisavam de ajuda para isso, e eu fiz todo o possível para os ajudar”.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Kaminsky imediatamente se pôs a criar documentos falsos para o Mossad LeAliyah Beit (Organização para Imigração “Ilegal”) – que contrabandeava judeus deslocados para a Palestina sob Mandato Britânico. Ele também fez documentos falsos para membros do Irgun e do Lehi, as organizações underground judaicas que trabalhavam em prol da independência de Israel do domínio inglês.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">“Sentia-me muito orgulhoso”, escreveu em seu livro, “por ter ajudado a facilitar a imigração ilegal de dezenas de milhares de sobreviventes dos campos de concentração nazistas, contribuindo também para a criação do Estado de Israel”.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Durante décadas ele trabalhou em inúmeras organizações clandestinas e movimentos revolucionários, tais como o Movimento anticolonialista pró-Independência da Argélia. Ajudou, também, com seu trabalho, em diversas causas em países como Angola, Venezuela, Argentina, Peru, Uruguai, Santo Domingo, Chile, Nicaragua, Haiti, entre vários outros. Tinha grande orgulho de dizer que nunca havia cobrado por seus serviços. Também forjou documentos para os americanos que tentavam escapar do alistamento forçado nos Estados Unidos durante a guerra no Vietnã.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">A história de Adolf Kaminsky foi contada com riqueza de detalhes num livro escrito por sua filha, Sarah Kaminsky, publicado em 2009 e escrito na primeira pessoa, com sua voz. E no documentário do The New York Times, The Forger, vencedor de um Emmy Award, lançado em 2016.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Paralelamente a seu impressionante trabalho voluntário forjando documentos, Kaminsky se tornou fotógrafo profissional. Trabalhou como falsificador até o ano de 1971, sem jamais cobrar por seus serviços e sem nunca ser preso. Em 1971, abandonou esse trabalho numa ocasião em que estava para ser pego. Um ano depois, mudou-se para a Argélia, onde conheceu sua futura esposa.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Posteriormente voltou para a França, onde trabalhou em tempo integral como fotógrafo. Ele faleceu em 9 de janeiro deste ano de 2023, em sua casa em Paris, com 97 anos. Deixou esposa, dois filhos e nove netos.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;">Teve seu trabalho merecidamente muito reconhecido, tendo recebido várias condecorações e, muito destacadamente, a Medalha da Resistência da França.</span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana;"><b>. Bibliografia:</b></span></span></p><p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>The Forger, documentário, The New York Times, https://www.youtube.com</i></b></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>Con Artist: The True Story of a Master Forger, artigo de Sefy Hendler publicado pelo jornal Haaretz em 7 de março de 2013, https://www.haaretz.com</i></b></span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>Adolfo Kaminsky saved thousands of Jews by changing their identities, obituário publicado pela revista The Economist em 19 de janeiro de 2023, https://www.economist.com/obituary</i></b></span></span></p>
<p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>Little-known WWII hero tells his story on 60 Minutes, produção da CBS, 26 de outubro de 2017, https://www.cbsnews.com/news</i></b></span></span></p><p style="font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-kerning: none;"><span style="color: #eeeeee; font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>Revista Morasha</i></b></span></span></p><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-77152329460779965192024-01-08T13:41:00.005-05:002024-01-08T13:46:55.956-05:00CANÇÃO: VOLTANDO PARA ELES (באה אליכם) - BA'A ELECHEM - CANTORA: MIRI MESSIKA (TRADUÇÃO DO HEBRAICO PARA O PORTUGUÊS POR LEONARDO FERREIRA)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/ZO2Qk_w_9KM" width="320" youtube-src-id="ZO2Qk_w_9KM"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><b>Ba'a Elechem (באה אליכם) significa "voltando para eles" no gênero feminino (Ba'a = Vir no feminino e Ba = Vir no masculino)</b></i></span></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Quando está triste e as coisas não dão certo</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Quando fica assustador e complicado</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Estou indo até você, estou indo até você</span></div><div><span style="font-family: verdana;">O carro trafega ao longo da estrada</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Provavelmente, também pode sentir isso</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Estou indo até você, estou indo até você<span><a name='more'></a></span></span></div><div><span style="font-family: verdana;"> </span></div><div><span style="font-family: verdana;">Papai vai dizer: "A princesa está aqui"</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Em um instante, mamãe está radiante de alegria...</span></div><div><span style="font-family: verdana;"> </span></div><div><span style="font-family: verdana;">Nossa garotinha, o quanto sentimos sua falta</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Espere só um pouco, minha garota</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Antes de você crescer</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Nossa garotinha, o quanto sentimos sua falta</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Espere só um pouco, minha garota</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Antes de você crescer</span></div><div><span style="font-family: verdana;"> </span></div><div><span style="font-family: verdana;">Uma garota pequena em uma longa estrada</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Não para de amarrar o cadarço</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Estou correndo para você, estou correndo para você</span></div><div><span style="font-family: verdana;">E a história na minha língua</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Voa e já sai</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Estou correndo para você, estou correndo para você</span></div><div><span style="font-family: verdana;"> </span></div><div><span style="font-family: verdana;">Papai vai dizer: "A princesa está aqui"</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Em um instante, mamãe está radiante de alegria...</span></div><div><span style="font-family: verdana;"> </span></div><div><span style="font-family: verdana;">Nossa garotinha, o quanto sentimos sua falta</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Espere só um pouco, minha garota</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Antes de você crescer</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Nossa garotinha, o quanto sentimos sua falta</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Espere só um pouco, espere só um pouco...</span></div><div><span style="font-family: verdana;"> </span></div><div><span style="font-family: verdana;">Nossa garotinha, o quanto sentimos sua falta</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Espere só um pouco, minha garota</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Antes de você crescer</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Original em Hebraico:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">באה אליכם</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">כשעצוב ולא הולך</span></div><div><span style="font-family: verdana;">כשמפחיד ומסתבך</span></div><div><span style="font-family: verdana;">אני באה אליכם אני באה אליכם</span></div><div><span style="font-family: verdana;">האוטו שט על פני הכביש</span></div><div><span style="font-family: verdana;">כנראה גם הוא מרגיש</span></div><div><span style="font-family: verdana;">אני באה אליכם אני באה אליכם</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">[פזמון]</span></div><div><span style="font-family: verdana;">"אבא יגיד: "הגיעה הנסיכה</span></div><div><span style="font-family: verdana;">אמא ברגע מוארת משמחה</span></div><div><span style="font-family: verdana;">ילדה שלנו כמה התגעגענו</span></div><div><span style="font-family: verdana;">חכי מעט ילדה שלי</span></div><div><span style="font-family: verdana;">לפני שתגדלי</span></div><div><span style="font-family: verdana;">ילדה שלנו כמה התגעגענו</span></div><div><span style="font-family: verdana;">חכי מעט ילדה שלי</span></div><div><span style="font-family: verdana;">לפני שתגדלי</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">[בית 2]</span></div><div><span style="font-family: verdana;">ילדה קצרה על שביל ארוך</span></div><div><span style="font-family: verdana;">לא תעצור לסגור השרוך</span></div><div><span style="font-family: verdana;">אני רצה אליכם אני רצה אליכם</span></div><div><span style="font-family: verdana;">והסיפור על הלשון</span></div><div><span style="font-family: verdana;">עף וכבר נכנס ראשון</span></div><div><span style="font-family: verdana;">אני רצה אליכם אני רצה אליכם</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">[בית 3]</span></div><div><span style="font-family: verdana;">"אבא יגיד: "הגיעה הנסיכה</span></div><div><span style="font-family: verdana;">אמא ברגע מוארת משמחה</span></div><div><span style="font-family: verdana;">ילדה שלנו כמה התגעגענו</span></div><div><span style="font-family: verdana;">חכי מעט ילדה שלי</span></div><div><span style="font-family: verdana;">לפני שתגדלי</span></div><div><span style="font-family: verdana;">ילדה שלנו כמה התגעגענו</span></div><div><span style="font-family: verdana;">חכי מעט ילדה שלי</span></div><div><span style="font-family: verdana;">לפני שתגדלי</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Fonte:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>https://youtu.be/ZO2Qk_w_9KM?si=aacb4ZnYvO-9onxJ</i></b></span></div><div><br /></div><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-9937253575004131192024-01-04T16:35:00.004-05:002024-01-04T16:35:58.175-05:00RARIDADE: FILME BRASILEIRO (1996): O JUDEU <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/UvB2LD9PGjI" width="320" youtube-src-id="UvB2LD9PGjI"></iframe></div><br /><div><br /></div><div><span style="font-family: verdana;">O Judeu conta a saga do artista e sua família após seu julgamento pelo Tribunal do Santo Ofício, em Lisboa, Portugal, para onde os infiéis eram levados. Antônio José e o irmão André da Silva, naturais do Rio de Janeiro (RJ), tornam-se estudantes da prestigiada Universidade de Coimbra, até que, quando o jovem completa 21 anos, novamente sua família é acusada de judaísmo. E, mais uma vez, a mãe, os irmãos e ele próprio enfrentam a prisão e a tortura das autoridades eclesiásticas, sendo porém colocados em liberdade, por falta de provas.....</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Fonte:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>https://youtu.be/UvB2LD9PGjI?si=VONhShB7ydArH5HG</i></b></span></div><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-16777795567277426472024-01-03T16:06:00.065-05:002024-01-04T16:28:10.851-05:00SINAGOGA SEM FRONTEIRAS: CONVERSAO FORMAL (EM HEBRAICO: גיור, GIYUR) - NACIONALIDADE E RELIGIAO: ESCLARECIMENTO IMPORTANTE<p style="color: #18191a; font-feature-settings: normal; font-kerning: auto; font-optical-sizing: auto; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-variant-alternates: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; font-variant: normal; font-variation-settings: normal; line-height: normal; margin: 0px 0px 14px;"><span style="font-family: verdana;"><span style="background-color: white; font-kerning: none;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; font-style: normal; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/Yo5BXaQwya0" width="320" youtube-src-id="Yo5BXaQwya0"></iframe></span></div><div class="separator" style="clear: both; font-style: normal; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; font-style: normal; text-align: center;"><b style="font-family: verdana; text-align: left;"><i>No Judaísmo, trata-se também de uma identidade nacional (naturalização), ou seja, permitindo, conforme cada caso, a imigração para Israel</i></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><b><i><br /></i></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><b><i><br /></i></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>Conversão formal ao Judaísmo (em hebraico: גיור, giyur) é o processo pelo qual gentios adotam a identidade judaica e se tornam membros da comunidade etnorreligiosa judaica. Assim, assemelha-se tanto à conversão a outras religiões quanto à naturalização, pois trata-se também de uma identidade nacional. O procedimento e os requisitos para conversão dependem da denominação responsável. Além disso, uma conversão feita de acordo com uma denominação judaica não é garantia de reconhecimento por outra denominação. Normalmente, embora nem sempre, as conversões realizadas por denominações mais rigorosas são reconhecidas por denominações menos rigorosas, mas não o contrário. Às vezes, uma conversão formal também é realizada por indivíduos cuja ascendência judaica é questionada ou incerta, mesmo que tenham sido criados como judeus, mas na verdade não podem ser considerados judeus de acordo com a lei judaica tradicional (Halachá).<span><a name='more'></a></span></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>Existem alguns grupos que adotaram costumes e práticas judaicas. Por exemplo, na Rússia, os subbotniks adotaram a maioria dos aspectos do judaísmo sem conversão formal ao judaísmo. No entanto, se os subbotniks, ou qualquer pessoa sem uma conversão formal, desejarem se casar em uma comunidade judaica tradicional ou imigrar para Israel sob a Lei do Retorno, eles devem ter uma conversão formal.</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i style="font-family: verdana;"><b>. Prática moderna:</b></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>Os requisitos para conversões variam um pouco dentro dos diferentes ramos do judaísmo, portanto, se uma conversão é ou não reconhecida por outra denominação, muitas vezes é uma questão repleta de política religiosa. A rejeição ortodoxa de conversões não-ortodoxas é derivada menos de escrúpulos com o próprio processo de conversão, uma vez que as conversões conservadoras e até mesmo algumas reformistas são muito semelhantes às conversões ortodoxas com relação à duração e ao conteúdo, mas sim quanto à presunção ortodoxa de que a conversão não foi devidamente instruído na Lei Judaica para os padrões Judaicos Ortodoxos.</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>Em geral, a imersão no mikveh é uma parte importante de uma conversão tradicional. Se a pessoa que está se convertendo for do gênero masculino, a circuncisão também faz parte do processo de conversão tradicional. Se o homem que está se convertendo já tiver sido circuncidado, ocorrerá um ritual de remoção de uma única gota de sangue (hatafat dam brit). No entanto, ramos mais liberais do judaísmo têm uma exigência mais relaxada de imersão e circuncisão.</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><b>. Conversão ortodoxa:</b></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i style="font-family: verdana;">A Conversão ortodoxa segue as Leis da Halachá. É também a forma de conversão mais demorada, pois o rabino em questão deve avaliar a sinceridade do candidato tornando assim a conversão mais difícil. Ela é gratuita, sendo que, no Brasil, o único gasto que o candidato tem que fazer é uma viagem para Israel ou para os Estados Unidos para finalizar a conversão perante um tribunal rabínico (Beit Din). Em Portugal, geralmente utilizam-se tribunais rabínicos da Inglaterra, Marrocos, França ou Israel.</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><b>. Conversão Masorti (Conservadora):</b></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i style="font-family: verdana;">As autoridades do Judaísmo Conservador (também conhecido como Masorti fora dos Estados Unidos e Canadá) requerem que as conversões sejam conduzidas de acordo com a Lei Judaica tradicional (Halachá). Efectuar uma conversão sem os tradicionais requisitos de imersão ritual e circuncisão para os homens é uma violação dos Padrões da Assembleia Rabínica punível com expulsão para o rabino que a efectuar. As autoridades Masorti geralmente reconhecem qualquer conversão feita segundo os requisitos da Lei Judaica, mesmo que que seja efectuada fora do movimento conservador.</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><b>. Conversão reconstrucionista & reformista:</b></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i style="font-family: verdana;">Na prática, os requisitos para a conversão de qualquer indivíduo são determinados pelo rabino que se responsabiliza pelo convertido. Normalmente, os rabinos reformistas exigem que os possíveis convertidos façam um curso de estudo no judaísmo, como um curso de "Introdução ao judaísmo", participem do culto em uma sinagoga e vivam como judeus (no entanto, isso é interpretado pelo rabino individual) por um período de tempo. Um período de um ano é comum, embora os requisitos individuais dos rabinos variem. Quando o rabino responsável sente que o candidato está pronto, um Bet Din pode ser convocado. Outros rituais como imersão em mikvah, circuncisão (ou Hatafat dam brit) e uma cerimônia pública para celebrar a conversão também ficam a critério do rabino.</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><b>. Conversão samaritana:</b></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i style="font-family: verdana;">O samaritanismo é resistente à conversão tanto de judeus de outra linha religiosa (como ortodoxos, conservadores ou reconstrucionistas) quanto de não-judeus. No entanto, os samaritanos não se consideram judeus e sim parte do povo hebreu e praticantes da "verdadeira fé hebraica". Não há comunidades samaritanas no Brasil.</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><b>. As leis de Noé:</b></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i style="font-family: verdana;">É importante que o candidato à conversão esteja praticando as Leis de Noé, ou seja, é importante que o candidato já seja um Bnei Noah (do hebraico בני נח: Filho de Noé). As Leis de Noé, originalmente dadas a Adão e depois a Noé para toda humanidade, então mesmo que um não-judeu não queira praticar o judaísmo, deve de seguir as Leis de Noé. Segundo o judaísmo, a Torá é uma verdade de Deus para a humanidade, judia ou não. A Torah é ensinada em sinagogas. As leis são as seguintes:</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>Acreditar em Deus — Não aceitar qualquer forma de idolatria;</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>Honrar a Deus — Não blasfemar;</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>Preservar a Vida Humana — Não matar;</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>Respeitar os laços familiares — Não cometer adultério, incesto e outros relacionamentos proibidos;</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>Respeitar os bens dos outros — Não roubar;</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>Respeitar todas as Criaturas — Não se alimentar de carne retirada dum animal ainda vivo;</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>Estabelecer tribunais honestos e um sistema legal e justo.</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><i style="font-family: verdana;"><b>. Referências:</b></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>Craig R. Prentiss (junho de 2003). Religion and the Creation of Race and Ethnicity: An Introduction. [S.l.]: NYU Press. ISBN 978-0-8147-6700-9 "Thus, by converting to Judaism, the religion, a gentile becomes not only a Judahist—one who practices Judaism—but a jew. Such a one is then part of the Jewish community as much as of the community of Judaism"</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>«Converting to Judaism». BBC. 12 de julho de 2011. Consultado em 18 de novembro de 2016</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>Heilman, Uriel (6 de outubro de 2014). «So You Want to Convert to Judaism? It's Not That Easy». Haaretz. Consultado em 18 de novembro de 2016</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>«Russian Saturday!». Molokane.org. Consultado em 21 de julho de 2012</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>«www.jrtelegraph.com». jrtelegraph.com. 25 de novembro de 2008. Consultado em 21 de julho de 2012. Arquivado do original em 17 de agosto de 2011</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>https://www.elle.com/es/living/ocio-cultura/a41490633/blonde-marilyn-monroe-verdadera-historia-critica/</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>«Denominational Differences on Conversion»</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>«concert.org: THE CONVERSION PROCESS». Convert.org. Consultado em 21 de julho de 2012</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>«Choosing Judaism». ReformJudaism.org. Consultado em 7 de abril de 2015</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>«Choosing Judaism». Reform Judaism</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>Sanghani, Radhika (10 de novembro de 2015). «Zooey Deschanel is Jewish. These three women changed their religions for love too». The Telegraph. Arquivado do original em 12 de janeiro de 2022 Verifique o valor de |url-access=subscription (ajuda)</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><b><i><br /></i></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><b><i>. Fonte:</i></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><b><i><br /></i></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><b style="font-family: verdana;"><i><span style="font-size: x-small;">https://youtu.be/Yo5BXaQwya0?si=PSzX6E82hHHoE3LM</span></i></b></div></div><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-41719521250512093362024-01-03T15:34:00.012-05:002024-01-03T16:10:36.140-05:00JUDEUS POR ESCOLHA (גר - GUER, PLURAL: גרים - GUERIM) NA SINAGOGA ADAT ISCHRUM (עדת ישרון) - SHUL DA VILA - SP<div><span style="font-family: verdana;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/EC8C7tWqpZI" width="320" youtube-src-id="EC8C7tWqpZI"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="caret-color: rgb(5, 5, 5); text-align: left; white-space: pre-wrap;"><i>Judeus por escolha </i></b><b>(גר - Guer)</b><b style="caret-color: rgb(5, 5, 5); text-align: left; white-space: pre-wrap;"><i> na Sinagoga Adat Ischrum - SP</i></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="caret-color: rgb(5, 5, 5); text-align: left; white-space: pre-wrap;"><i><br /></i></b></div></span></div><span style="font-family: verdana;"><span style="background-color: white; caret-color: rgb(5, 5, 5); white-space: pre-wrap;"><div> </div><div>A Sinagoga Adat Ischrum (<span style="border-color: currentcolor; border-style: none; border-width: 0px; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(101, 103, 107); cursor: pointer; list-style: none; margin: 0px; outline: currentcolor; padding: 0px; text-align: inherit; touch-action: manipulation;"><a class="x1i10hfl xjbqb8w x6umtig x1b1mbwd xaqea5y xav7gou x9f619 x1ypdohk xt0psk2 xe8uvvx xdj266r x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r xexx8yu x4uap5 x18d9i69 xkhd6sd x16tdsg8 x1hl2dhg xggy1nq x1a2a7pz xt0b8zv xzsf02u x1s688f" href="https://www.facebook.com/shildavila?__cft__[0]=AZWjV9gWeRj9ZQXFNxvehD2W8SKpnu0ZX5JMR_I8iFxIsxYdMNuJqm9O5nMnQVVABFfWx0syViqtB2Mk0QazZR9DsbrGZD0M7ysaERGRW0T4nb1T04fvc94GiaMdn0lwS1ibgYAcAoAWHE23OI-mGg9uaNaY7V_lSoM4rklqP2ppPNTwJRlsAS2T3BbWF1G3JB0&__tn__=-UC%2CP-R" role="link" style="border-color: currentcolor; border-style: none; border-width: 0px; box-sizing: border-box; cursor: pointer; display: inline; list-style: none; margin: 0px; outline: currentcolor; padding: 0px; text-align: inherit; text-decoration: none; touch-action: manipulation;" tabindex="0">עדת ישרון</a>) </span>- ShUl da Vila, entidade filiada à FISESP – Federação Israelita do Estado de São Paulo, em parceria com a Loja Maçônica Zohar 694, filiada à Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo.</div><div><br /></div><div><b>. Fonte:</b></div><div><b><br /></b></div><div><span style="font-size: x-small;"><b><i>https://youtu.be/EC8C7tWqpZI?si=gqDbgfB1R49c84Ez</i></b></span><b style="caret-color: rgb(0, 0, 0); white-space: normal;"><i>pZI?si=gqDbgfB1R49c84Ez</i></b></div></span></span><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-55253736958502164952024-01-02T11:32:00.001-05:002024-01-02T11:32:54.477-05:00FIERJ - NOSSA COMUNIDADE TEM HISTÓRIA: LINHA DO TEMPO DOS JUDEUS NO RIO DE JANEIRO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXm9hupPhQRO6MuDAQL7O0FP-GyVXdkIrv4mhkZ8gzQERZPW12wSApWI5Bv-oTJIMXJQpNk4EzKbW5T5tk6cuSojFT2CABdygYCkFWnVrPvzLH2nS8dsjZjlIeoXj1qVKSRnwcUGhnFAlGhyphenhyphenLZtQ97z0Src80l3EflJBHstVddo5ilLaOQ2O-CBl1Pars/s2250/Judaismo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="2250" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXm9hupPhQRO6MuDAQL7O0FP-GyVXdkIrv4mhkZ8gzQERZPW12wSApWI5Bv-oTJIMXJQpNk4EzKbW5T5tk6cuSojFT2CABdygYCkFWnVrPvzLH2nS8dsjZjlIeoXj1qVKSRnwcUGhnFAlGhyphenhyphenLZtQ97z0Src80l3EflJBHstVddo5ilLaOQ2O-CBl1Pars/s320/Judaismo.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; text-align: left;"><b><i>O Brasil era a quarta preferência para a imigração nas Américas. depois de Argentina, Canadá e Estados Unidos</i></b></span></div><br /><div><br /></div><div><span style="font-family: verdana;">Entre o ano de 1496 e 1808, a partir da expulsão dos judeus de Portugal, estes ficaram proibidos de habitar qualquer porção do Império português. Além do Brasil, foram proibidos aos judeus a região africana da Grande Angola, que atravessava a África do Atlântico ao Índico, parte de Madagascar, partes do litoral oeste da Índia, Goa e o Timor. O Tratado de Tordesilhas, dividindo o Mundo Novo, encontrado e confirmado por Cristóvão Colombo em 1492, foi firmado entre o Reino de Portugal e o Reino de Castela, no do de 1494. Como os judeus já haviam sido expulsos do Reino Unido de Aragão e Castela em 1492, a proibição de habitação aos judeus também se deu em todo o Império Espanhol até o início do século 19.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><span><a name='more'></a></span></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Fugindo da invasão francesa comandada por Napoleão Bonaparte, a Família Imperial portuguesa com a Corte, vão para Salvador, onde ficam por seis meses ainda em 1807 e depois para o Rio de Janeiro em 1808, transformando a cidade na capital do Império Português. Esta mudança radical no Brasil foi propiciada pela vinda de 15.000 portugueses para uma cidade então com 50.000 habitantes, inclusive trazendo toda a Guarda Imperial palaciana, que posteriormente daria origem a Polícia Militar.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">No mesmo ano, 1808, aliando-se à Inglaterra, inimiga da França de Napoleão, a Coroa Portuguesa assina o tratado econômico de Abertura dos Portos às nações amigas, na cidade de Salvador, nos primeiros dias doa ano, partindo para o Rio de Janeiro no dia 29/jan.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1810-ago – Assinado o Tratado de Aliança e Amizade e, o Tratado de Comércio e Navegação entre Portugal e Inglaterra. O artigo 9o do primeiro tratado deixava de reconhecer a Inquisição no território brasileiro. O artigo 12º do segundo tratado concedia liberdade religiosa no Brasil aos súditos ingleses protestantes. Provavelmente a Coroa nem lembrava que havia judeus por aí. Com isso, a partir de 1810, algumas famílias judias inglesas, da área comercial de importação e exportação e também da área bancária, enviam homens jovens adultos ao Rio de Janeiro para estabelecer as pontas comerciais de tais empresas na capital do Império Português, o Rio de Janeiro.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Estas famílias, provavelmente eram em parte descendentes de judeus sefaraditas tanto dos expulsos da Espanha, quanto de Portugal pouco mais de 300 anos antes. A maior parte dos judeus britânicos é sefaradita. Até os dias de hoje nunca foi encontrada qualquer documentação que mostre a formação de uma comunidade ou estabelecimento de uma sinagoga. Mas devemos inferir que sendo cerca de 40 a 70 judeus, cidadãos britânicos, partilhando da língua inglesa, que eles se integraram como uma comunidade.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Apesar dos enterros no Brasil serem apenas de católicos ou escravos batizados, em terrenos, pisos ou paredes de igrejas até o ano de 1863, a Coroa permitiu a criação do Cemitério dos Ingleses, no então afastadíssimo Saco da Gamboa (encosta virada para o mar do Morro da Providência, local acessado apenas por barco. Lá estão enterrados os ingleses anglicanos e setenta judeus desta imigração inicial com caráter temporário e comercial. Não havia a intenção de permanecer no Brasil e só três ou quatro famílias o fizeram, todavia perderam o contado com o judaísmo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Os cristãos-novos não eram considerados judeus (obviamente) nem pela Coroa portuguesa nem pela Igreja. Existia um livro de leis, o Estatuto dos Cristãos-Velhos e Cristãos-Novos. Um exemplar original se encontra do Museu da Inquisição, em Belo Horizonte. Os judeus, também de origem portuguesa e espanhola que acompanharam as tropas holandesas de Fernando de Nassau, não estiveram, politicamente no Brasil e sim, por apenas 24 anos, no território denominado Nova Holanda. O país de Orange permitia liberdade religiosa total.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O historiador Salomão Serebrenik, em 1952, foi o único a se arriscar na seguinte questão: se não havia mais Inquisição no Brasil a partir de 1810, qual teria sido o motivo de não ter havido um retorno dos descendentes de marranos ao judaísmo naquele momento? E a resposta de Salomão é muito coerente. A imensa maioria da população no Brasil era analfabeta. Não existia nem a informação, nem o acesso a informação que os Bnei Anussim possuem contemporaneamente. Os judeus eram cidadãos de segunda categoria em todos os países onde habitavam, menos na Inglaterra e na França. O Estatuto dos Cristãos Velhos e Cristãos Novos deixou de se aplicado, passando a existir apenas um “tipo” de cristão. Portanto, foi introduzida a liberdade de ser um cristão não vigiado aos descendentes de cristãos novos, praticamente uma libertação para eles dentro da própria religião que praticavam.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">População Judaica do Rio de Janeiro, de acordo com dados do IBGE a partir de 1940 e da JCA antes disto: 1860 (menos de 100), 1890 (menos de 1.000), 1910 (em torno de 2.000), 1940 (19.743), 1950 (25.222), 1980 (27.689). Em 1900 havia 3 milhões de judeus nos EUA. O Brasil era a quarta preferência para a imigração nas Américas. depois de Argentina, Canadá e Estados Unidos. De 1875 a 1885 apenas 34 judeus, 18 esposas e 41 filhos (total 93) foram naturalizados brasileiros com domicílio no Rio de Janeiro. A existência de imigrantes antigos naturalizados e estrangeiros no Brasil existia até os anos 1990</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1824 – Constituição Política do Império, art. 5o (no original): “A Religião Chatholica Apostolica Romana continuará a ser a Religião do Imperio. Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto doméstico, ou particular em casas para isso destinadas, sem fórma alguma exterior de templo.” Portanto a lei imperial obrigou o culto judaico, anglicano, evangélico (protestante), africano, muçulmano e outros, para as casas particulares e impediu a construção de qualquer sinagoga ou templo de outras religiões.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1828 – fundada a sinagoga Porta do Céu (Shar ha Shamaim) por judeus marroquinos, a primeira em Belém, em uma casa obedecendo o art 5o da Constituição do Império. Apenas após a independência do Brasil se iniciou o fluxo de migração do Marrocos para a Amazônia. Várias famílias do Pará e Amazonas, ao longo do século seguinte, iriam se estabelecer no Rio de Janeiro, tanto como capital do Império Brasileiro, como capital da República.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1863 – Data estabelecida pelos historiadores Egon e Frieda Wolf, para a criação da União Israelita do Brasil, tanto como sinagoga, como assistencial aos imigrantes.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1867 – Se estabelece uma sede da Aliança Universal Israelita, instituição francesa dedicada a imigração de judeus da Europa para as Américas e o estabelecimento de colônias agrícolas para judeus que não eram agricultores.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1873-jan-28 – Concessão do alvará para União Israelita do Brasil, assinado pelo Imperador D. Pedro II. Ao contrário da crença popular da União (hoje União Israelita Shell Guemilut Hassadim), ter sido criada pelos imigrantes do Marrocos, ela foi fundada por imigrantes franceses da Alsácia-Lorena, região de exploração de carvão e ferro cedida à força pela França à Alemanha, em 1871, após a derrota da francesa na Guerra Franco-Prussiana. A chegada dos vencedores germânicos, fez com que parte da população fosse embora de lá, inclusive para o Brasil, tanto judeus quanto não judeus. (foto)</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1873 – Criada a Irmandade de Proteção Israelita com a finalidade de estabelecer uma sinagoga e um cemitério judaico no Rio de Janeiro (nenhum dos dois chegou a ser realizado). É muito provável que esta instituição esquecida tenha sido responsável pelos sepultamentos de judeus na ala de acatólicos do Cemitério Público de São Francisco Xavier, entre os anos de 1873 (primeiro túmulo de um judeu, o alemão Sigfried Nathan), até a criação da ABFRI – Associação Beneficente Funerária Israelita que também utilizou aquele cemitério, desde 1906, até 1916, quanto abriu o Cemitério Israelita de Inhaúma, passando a sepultar judeus e judias em ambos os cemitérios. Hoje, há mais de 2.000 túmulos judaicos no São Francisco Xavier cuidados pela Comunal Israelita. (foto)</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1889 – Criada a Sinagoga Irmãos Israelitas da Ilha de Rodes (existiu até os anos 1940).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1890-jan-07 – Decreto nº 119-A, de autoria de Ruy Barbosa, institui a liberdade culto no Brasil. Até o momento havia apenas a liberdade de credo e só o culto católico apostólico romano podia estar nas ruas.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1890 – Diretoria publicada oficialmente da União Israelita à rua do Hospício, 81. Presidente, Marcos Rosenwald; vice, E. S. Hanau; Tesoureiro, Albert Welisch; Primeiro-Sec, Isidore Hass; Segundo-Sec, Maximién Bloch; Conselheiros: H. Hass, Henry Levy, C. Haguenauer e Dr. Harelburg. (foto da publicação oficial dos nomes)</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1891 – Sinagoga dos Marroquinos, à rua General Câmara 3 B (ainda era chamada de Cidade Nova).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1900 – A JCA – Jewish Colonization Agency (Agência de Colonização Judaica), criado em São Petersburgo, Rússia e financiado pelo Barão Hisrh começa as atividades do Rio Grande do Sul, 10 anos após começar na Argentina. Também era chamado por ICA – Instituto de Colonização Agrícola. O JCA tinha escritório, no Rio de Janeiro, a capital.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1902 – Chega ao Rio de Janeiro o rabino Mordechai Guertzenstein (1868-1944) contratado pela JCA para ser o grão-rabino (rabino-chefe) dos projetos da JCA na América do Sul. Atuou no Brasil e Argentina, entre os anos de 1902 e 1944, nas colônias da JCA e também nas diversas cidades brasileiras onde havia comunidades judaicas. É dele e da esposa dele o único mausoléu do Cemitério Israelita de Vila Rosali, da Chevra Kadisha.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1903 – Até este ano a comunidade judaica habitava as ruas Buenos Aires, Alfândega, Luis de Camões e Regente Feijó, basicamente. Alguns poucos imóveis ainda existem. A cidade terminava no Campo de Santana. A estação de trens D. Pedro II, ficava fora da cidade.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1904 – Sinagoga formada na casa de José Gustavo Cahen, à rua Luis de Camões 56, que é a pré-localização da organização comunitária das prostitutas judias. O rabino contratado era o inglês David Hornstein que permaneceu por dois anos no Brasil. A sinagoga era a sala da frente da casa, descrita em pormenores num artigo de jornal. Existiam outros dois rabinos conhecidos no RJ: Moysés, de origem espanhola-marroquina, da União Israelita e Salomão “o hassid”. Cahen passou a exercer funções de rabino até seu falecimento em 1912.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1904 – Sinagoga dos Franceses, à rua Visconde de Maranguape 3, Lapa.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1906 – Criada a Sinagoga da ABFRI – Associação Beneficente Funerária Israelita funcionou até 1974 quando último endereço, em prédio construído como sinagoga foi demolido pelas obras do Metrô na Praça Onze. A sede burocrática da ABFRI era inicialmente à rua Luis de Camões 68, uma pequena casa vizinha à sinagoga de José Cahen. Depois se mudou para a Praça da República 51 sobrado (prédio que ainda existe como anexo do Tribunal de Contas). A legalidade era tão grande que este prédio está na mesma calçada da então Chefatura de Polícia, um quarteirão para a direita (prédio ainda existe) e a dois quarteirões da então Prefeitura do Rio de Janeiro. Um jornal escreveu: “Como podem os bailes mais animados do Rio acontecerem numa funerária?” (fotos)</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1907 – Chega ao Rio, contratado para a sinagoga da ABFRI, o rabino inglês David Solomon Epstein, vindo da Palestina Turco Otomana, com carta de apresentação do grão-rabino da Turquia, Moysés Levy, e do grão-rabino de Jerusalém, Jacob Saul Eliajachar. Passa a fazer abate kosher nas residências (muito comum antigamente), circuncisões e a dar aulas de hebraico. Cria curso para mohel. Rua da Carioca, 35. Permanece por quase 3 anos.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1910 – Fundado o Centro Israelita do Rio de Janeiro, como sinagoga em sobrado, por imigrantes ashkenazitas, liderados por Anno (Hano) Lent. Ao longo dos anos iria arregimentar imigrantes de outros países europeus ocidentais. É desta instituição que surgem a Tiferet Sion (1913), a Chevra Kadisha (1920) e o Grande Templo Israelita (1932).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1910 – Ao mesmo tempo que a comunidade europeia se organiza, a comunidade árabe faz o mesmo, criando o Centro Israelita Marroquino.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1910 – Criada a Sinagoga Beirutense por imigrantes judeus árabes originários de Beirute, no Líbano. Existe até hoje. Diz a história oral, ter tido sua primeira sede numa pequena e pobre casa no Morro do Castelo, área praticamente favelada naquele momento.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1910 – Rabino Chaim Kratkovsky contratado pela sinagoga da ABFRI. Foge de navio em 1913, alertado de que seria preso acusado por ser cafetão. A prisão de estrangeiros por qualquer acusação resultava em extradição sumária como ato policial e não judicial. Inexistia apuração, apenas acusação.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1912 – Fundada a Achi Ezer (irmandade de auxílio, ajuda ao meu irmão), com biblioteca e teatro amador, depois Sociedade Beneficente Israelita de Amparo aos Imigrantes – Releif, na praça Onze, sob a presidência de Jacob Schneider. No final dos anos 1920 se mudou para a rua São Cristóvão 189, hoje rua Joaquim Palhares, onde funcionava também um curso de português para imigrantes. O ensino de português era uma agenda nacionalista judaica, oposta pelos idichistas, que pregavam a manutenção do ídiche como língua comum entre os judeus europeus. (foto)</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1912 – Fundada a Biblioteca Sholem Aleichem – BIBSA – na rua São Leopoldo 13, depois na rua Júlio do Carmo. No início dos anos 1920 foi para um sobrado à rua Senador Euzébio 57, Praça Onze. Livros em ídiche, russo e hebraico. Possuiu um bem-sucedido grupo teatral meio século, pelo menos. Era uma instituição sionista até 1927 quando seus associados judeus de esquerda assumiram a presidência pelo voto legítimo em assembleia e os dissidentes sionistas fundaram a Biblioteca Hatchia (Renascença) quase ao lado no número 44 da Senador Euzébio. A BIBSA se transformou em ASA – Associação Sholem Aleichem com a derrubada da Praça Onze, em 1941, indo para a Rua São Clemente em Botafogo, onde está até hoje.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1913 – Chega ao Rio de Janeiro seu primeiro rabino ortodoxo, dissociado da prostituição. Chamava-se Yehuda Leib Schereschevsky. Segundo a história contada por sua neta, ficou sem comer carne até 1923, por não aceitar a kashrut (as normas alimentares judaicas de higiene) que existiam por aqui, pois o responsável era o rabino David Solomon Epstein (da ABFRI), e os que ele formou. (foto)</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1913 – Fundada a organização sionista Tiferet Sion (A Beleza de Sion) no Rj, por Jacob Schneider. Esta teria sido a primeira tentativa de organização político comunitária dos judeus no Rio de Janeiro. Presidentes em 1914, José Davi Peres e em 1917, Sinai Elikovirch Faingold.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1913 – Criada a Sinagoga Sidom, da Sociedade Israelita Síria à rua Senhor dos Passos (n/d) depois na rua Buenos Aires 290. Em 1930 foi para a rua General Câmara 351, com as obras da pres. Vargas, mudou-se para a rua Conde de Bonfim 512 e depois para o 521 Existe até hoje.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1913 – Criada a Sinagoga da Congregação Hadas Bnei Israel na rua Senhor dos Passos 51 (lado árabe da cidade), depois rua de Santana 40 (Praça Onze). Hadas em hebraico é a planta mitrilo, uma das quatro espécies de Sucot, nome muito utilizado para sinagogas em todo o mundo no século 19.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1913-set – Estreia no Teatro Pholitheama, à rua Visconde de Itaúna 443 (Praça Onze) a Cia Israelita de Operetas, Dramas e Comédias, dando início às primeiras duas décadas de teatro ídiche no Rio de Janeiro, sempre com muito sucesso. A grande questão daquela época é que os patrocinadores do teatro ídiche eram os cafetões judeus e por isso, a medida em que a sociedade judaica foi se avolumando, aconteceram conflitos. Portanto, existiram as peças de teatro patrocinadas pela prostituição (que era absolutamente legalizada, mas a função de cafetão era proibida), e as peças da BIBSA, da comunidade judaica, digamos convencional. Há ampla documentação de ambas, em jornais, arquivos e na biblioteca da ASA. As peças produzidas pelo ramo da prostituição foram aos palcos dos melhores e maiores teatros do Rio de Janeiro. Jornais escreveram: “Como pode estar lotado um teatro onde não se entende uma só palavra do que é dito?”</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1914 – Fundada a sinagoga Beth Iacov (ou Yaacov. Registrada como Associação Beth-Jacob, Casa de Jacó) na Praça Onze, na rua São Pedro, depois no número 130 da Rua Visconde de Itaúna, com o rabino Leib Schereschevsky. Em 1930 teve seu último endereço rua de Santana 32. Seu registro público se deu em 15/jun/1916 e foi dissolvida em 1935.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1916 – Fundada a primeira escola judaica religiosa por Saadio Lozinsky, professor austríaco sionista, no estilo Cheder, ou seja recebendo os alunos em sua própria casa.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1916-jan-14 – José David Peres edita no RJ o jornal A Columna, em português, junto com o jornalista não judeu Álvaro de Castilho, publicado até dezembro de 1917. Tratava-se de uma publicação de caráter nacionalista, mas também sionista. Publicado na primeira sexta de cada mês Todos os exemplares podem ser acessados pela internet no site do Museu Judaico do Rio de Janeiro. (foto)</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1916 – O jornal A Columna era intimamente ligado à Tiferet Sion. Em um de seus primeiros números traz a decisão de uma assembleia onde a comunidade judaica daquele momento decidiu pela total separação entre europeus e árabes, alegando as diferenças de língua, de costumes, de cozinha e do culto judaico. Portanto, a separação parcial que perdura até os dias de hoje, não é acidental ou por questões étnicas, e sim uma decisão política conscientemente discutida e tomada através do voto pelos líderes de todas as instituições judaicas existentes no ano de 1916. (foto)</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1916 – Fundado o Comitê Central de Socorro às Vítimas da Guerras, no RJ, fazendo parte de um esforço internacional iniciado nos Estados Unidos. Visava arrecadar dinheiro para ajudar os judeus da Europa Oriental que ficaram na linha de fogo entre o Império Austro-Húngaro e a Alemanha, contra o Império Russo. Os combates se deram exatamente na região conhecida como Pale, estabelecida pela Imperatriz Catarina da Rússia em 1790, para servir de região tampão entre os impérios, onde os judeus foram instados a fixarem residência sob uma pretensa, mas irreal liberdade. Em 1880, quando as leis contra os judeus são endurecidas e começa o grande êxodo do Pale para as Américas, há mais de 8 milhões de judeus vivendo lá, entre a Estônia ao norte e a Crimeia ao sul. É o centro da vida judaica do século 19.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1916 – A ABFRI adquire a área de indigentes do Cemitério Municipal de Inhaúma, disponibilizada pelo prefeito a pedido do Centro Israelita no ano de 1912, mas a comunidade não conseguiu levantar o capital necessário para efetuar a aquisição. Conforme artigo publicado em A Columna, sem citar o cemitério “das polacas”, compreende-se que todo o dinheiro arrecadado até 1916 foi aportado ao fundo internacional para as vítimas de judias de guerra. O jornal traz a lista nominal de todos os doadores e valores. Este é o motivo pelo qual a ABFRI comprou Inhaúma e não o Centro Israelita. Não havia qualquer possibilidade de integração entre a minoria voltada para prostituição e bojo da Comunidade. Até 1920 havia duas opções básicas para enterros judaicos no RJ. Ou na área de acatólicos, misturada, no cemitério de São Francisco Xavier, ou no cemitério da ABFRI, absolutamente judaico, o único com quadras separadas para homens e mulheres. Há 770 túmulos de judeus lá, dos quais pouco mais de 250 são homens. O cemitério e a ABFRI tinham um negócio funerário legítimo e os sepultamentos lá não são apenas de prostitutas, muito pelo contrário. Alguns poucos judeus ilustres, ligados ao governo estão sepultados no Cemitério Público do Catumbi. Enquanto algumas centenas repousam no São João Batista, cemitério público que “sepulta pessoas”, sem levar em conta a religião delas, portanto, todos absolutamente misturados. (foto)</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1917 – Em documento da Tiferet Sion são citadas as seguintes instituições judaicas: Comitê de Organização do Primeiro Congresso Judaico do Brasil, Caixa de Empréstimos, Comitê em Prol das Vítimas de Guerra, Sinagoga Beth Iaakov, Sinagoga Mahazikei Hadas (Apoiadores da Lei-judaica). Outro documento de 1919, encontrado em SP, acrescenta as seguintes entidades: Biblioteca Judaica, Centro Sionista Ahavat Sion (Amor por Sion), BIBSA (Biblioteca Scholem Aleichem, Sinagoga Hadas Israel, Sinagoga Ezras Israel, e Sociedade dos Israelitas Sírios. Ambos, deixam várias instituições e sinagogas de fora.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1917 – O Centro Israelita do Rio de Janeiro presido por Zigmundo Jaimovich lança uma campanha de arrecadação e capitalização. 29 judeus entraram cada um, com 5 contos de réis (5.000$000, totalizando 150.000$000). As ambições eram de construir uma comunidade completa: templo, colégio, prédio para reuniões e conferências, hospital e lar para órfãos. Assim que pode, criou a Chevra Kadisha, comprou o terreno para o Cemitério Israelita de Vila Rosali e encerrou o monopólio de enterros da ABFRI (das polacas) iniciado em 1916. Entre outubro de 1918 e janeiro de 1920 o objetivo de todos era apenas sobreviver à Gripe Espanhola que matou 34.600 pessoas no Rio de Janeiro (então com 990.000 habitantes). Achava-se que era um número enorme até a pandemia de covid-19 iniciada em dezembro de 2019.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1917 – Fundada a Associação União Israelita de Niterói.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1919 – Fundado o Iuguend Bund (Clube Juventude Israelita), na Praça Onze, funcionando das 16 às 24h com finalidade de ser um lugar de encontros para jovens da comunidade. Era o endereço dos intelectuais. Funcionou até 1929.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1920-mar-1 – É criada a Chevra Kadisha do Rio de Janeiro, como Sociedade do Cemitério Israelita do Rio de Janeiro, à rua Visconde de Itaúna esquina com rua do Santana. Não havia possibilidade de terreno no distrito federal então a opção foi adquirir em São João do Merity, no bairro afastadíssimo denominado Vila Rosali. O movimento para a criação da instituição funeral e aquisição do terreno partiu do Centro Israelita do Rio de Janeiro e da Sinagoga Beth Iacov, dirigida pelo rabino Leib Schereschevsky. Seu primeiro presidente foi Anno (Hano) Lent (o mesmo que criara o Centro dez anos antes), e o vice era Boris Kushnir. A prefeitura de São João do Merity entendeu que judeus não exumam seus mortos, entendimento este, que só seria compreendido e adotado pela prefeitura do Rio de Janeiro em 1925. Os túmulos anteriores a 1925 nos cemitérios públicos costuma ter letras indicativas (EPPS) ou o termo ‘está pago para sempre’, alternativa encontrada para indicar que não deveria haver exumação. O percurso para Vila Rosali era feito por trem partindo a estação Francisco Sá (derrubada para a fábrica de concreto das obras do metrô para Ipanema e Barra da Tijuca) e o asfaltamento dos acessos aconteceu apenas em 1963, por ação direta do deputado Gerson Berger.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1920s – vários grupos de estudantes e jovens, também chamados de clubes foram criados. Liga Pró Eretz Israel Obreira filiada a Histadrut, por Marcos Kauffman; Mizrahi (partido religioso) de orientação árabe; e Hitachdut (União) de orientação liberal.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1921-nov-02 – Fundado o CIB – Centro Israelita Bené Hertzl (Filhos de Theodor Herzl) por judeus de origem sefaradita turca, por Salvador Silvain Hazan, instituição absolutamente sionista.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1922 – A Tiferet Sion se transforma em Federação Sionista do Brasil e realiza o Primeiro Congresso Sionista no Brasil com a participação de apenas quatro entidades não nominadas.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1922 – Fundada a escola judaica, a Maguen David (Escudo de David), pelo professor José David Peres. Depois se transformou em Ginásio Maguen David e posteriormente Colégio Hebreu Brasileiro, na rua Desembargador Izidro, 68. Em 1963, o nome ainda existia como Escola Primária Maguen David.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1922 – Fundada a Biblioteca Popular David Frischman, em Niterói, hoje ADAF – Associação David Frischman de Cultura e Recreação, cuja sede definitiva foi inaugurada em 1967. David Frishman (1850-1922) foi um escritor e poeta hebraísta do Império Russo e depois da União Soviética, que iniciou a carreira traduzindo obras clássicas de Shakespeare, Haime, Ibsen, Nietzsche e outros para o ídiche e para o hebraico. Foi autor de dezenas de livros e é considerado um dos país da renovação da língua hebraica.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1923 – Fundado o Froein Farain – A Sociedade das Damas Israelitas, por Sabina Schwartz, na Tijuca onde permanece como lar para idosos. Sua motivação inicial era remover e acolher as jovens e mulheres judias que estavam na prostituição integrando-as à comunidade.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1923 – Fundado o clube Kadima (Avante), de caráter apartidário, na sede do Relief. Anos depois de se transferiu para a sede da Federação Sionista, a rua Senador Euzébio 132 sobrado (dissolvido em 1927).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1923-nov-15 – Fundado o jornal Dos Idiche Vochenblat (O Semanário Israelita) por Aron Kaufman. De linha sionista, funcionou até 1927, na rua Visconde de Itaúna, 120.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1923-nov – fundada a sinagoga Beth Israel (Ysroel, na rua do Santana, 12, por dissidentes da Beth Iaacov. Foi a primeira sinagoga do Rio a ter sede própria construída como sinagoga em estilo europeu oriental (demolida pelas obras do metrô em 1974) (foto)</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1924 – A União Beneficente Israelita se transforma na sede local do JCA.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1924 – Chega ao Rio de Janeiro o rabino Isaias Rafallovitch (1870-1956) contratado pela JCA para ser o novo rabino-chefe, inicialmente trabalhando junto com o rabino Marcos Guertzenstein e depois sozinho. Foi rabino-chefe do Brasil entre os anos de 1924 e 1935. Uma das agendas deste segundo grão-rabino era a construção de um templo israelita nos moldes europeus e isso começa a se tornar realidade no ano seguinte.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1925 – Fundado o Centro Israelita de Niterói em um primeiro endereço, abrigando também uma escola em ídiche. Alguns anos depois, mudou-se para o local onde está até hoje. É a única sinagoga da virada dos anos 1920 para 1930 que restou em sua forma e edificação original. Enquanto foram realizados sepultamentos no Cemitério Israelita de São Gonçalo, a capela da Chevra Kadisha de Niterói funcionava numa casa nos fundos do terreno da sinagoga.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1925 – Inaugurado o Cemitério Israelita de São Gonçalo, no sub-bairro nomeado de Vila Iara, então fora da cidade. O primeiro sepultamento foi em 1927. É administrado pelo Centro Israelita de Niterói. Possui um pequeno memorial dedicado às vítimas do Holocausto.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1926 – Fundada a Organização Feminina Sionista Wizo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1926 – Fundada a União dos Prestamistas, para defender os interesses dos Klienteltschiks e teve curta duração. Não se tratou de um sindicato para os judeus que vendiam de porta em porta e introduziram o crediário, anotado em pedaços de papel de pão, prática depois adotada por todo o comércio.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1927 – Fundada, em Rosh Hashaná a Sinagoga Tiferet Beth Israel em Nilópolis (Beleza da Casa de Israel), prédio ainda existente, se bem que abandonado.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1927-out-15 – Fundada a Organização da Juventude Sionista Hatchia (Renascença) com o objetivo de congregar jovens sionistas russos, poloneses e palestinos. Também era chamada de Sociedade Sionista ou Federação Sionista. Ligada à Bené Herzl e clube Azul e Branco, ambos sionistas sefaraditas. Precisou mudar de nome, devido ao decreto lei 383 de 18/abr/1938, para Biblioteca Chaim Nachman Bialik, na Praça Onze e depois em um andar de prédio moderno à rua do Rosário 171.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1927 – Fundado o Comitê Central do Partido Poalei Sion (Trabalhadores de Sion), partido político da Polônia, de caráter sionista-socialista. Seria depois institucionalizado pelos judeus fora da Polônia, como o MAPAI – Partido dos Trabalhadores do Estado de Israel (1931), fundador do país tendo-o dirigido até 1969.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1927 – Fundado o Centro Operário Morris Vintschevky, comunista, num sobrado a rua Visconde de Itaúna. Promoveu campanha de arrecadação financeira para o estabelecimento de judeus na Criméia, em Birobijan e na Sibéria. Ao que consta, todas as ações de arrecadação obtiveram valores irrelevantes. Mas mostra uma gama pouco conhecida da esquerda judaica mais radical daquela época. Havia os que lutavam por criar um Israel socialista, os que lutavam por criar um Brasil comunista, os que lutavam para enviar os judeus para Birobidjan e ainda, os que pretendiam que cada país ocidental possuísse uma área autônoma judaica como Birobidjan. As duas últimas tendências se diluíram em poucos anos. O Oblast (região) Autônomo Judaico de Birobidjan (Birobidzhan) criadopor Stalin em 1934 ainda existe no mesmo formato, abrigando hoje 75.000 habitantes, dos quais 2.000 são judeus. No auge, chegou a ter 30.000 judeus.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1927 – Fundada a Sociedade dos Judeus Poloneses, de orientação de esquerda.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1927 – Fundada a Guemilut Hessed Farain (Sociedade de Empréstimos a Favor) por um grupo de judeus ortodoxos. Teve longa duração e bons resultados. Empréstimos sem juros.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1927 – Fundado o jornal Di Idishe Folkstsaitung (A Gazeta Popular Judaica) bi-semanal e diário a partir de 1935. Foi fechado pelo DIP em 1941. Em ídiche.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1927 – O jornal Dos Idiche Vochenblat se transforma no Brazilianer Idishe Press (Imprensa Israelita Brasileira), na rua do Santana 40, bissemanal circulando até novembro de 1929. Em ídiche.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1927 – O jornal Idische Volkszeitung (O Jornal do Povo Israelita) é criado por Eduardo Horowitz, dissidência do Dos Idiche Vochenblat, na rua Visconde de Itaúna, 67. Em ídiche.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1927 – Fundado o jornal Di Neie Welt (O Novo Mundo), por Adolfo Kishinovski, dedicado a contos, pequenas novelas e críticas literárias. Em ídiche.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1927 – Fundado o jornal Unzer Leben (Nossa Vida) também por Adolfo Kishinovski e Natan Ferman. Em ídiche.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1927 – Fundados os jornais Kadima (Avante) em hebraico e Di Yugent (A Juventude) em ídiche pelo movimento juvenil Kadima. Foram editados por dois anos até o final de 1929.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Também foram criados, nos anos 1920, sem data encontrada até o momento, os jornais em ídiche Der Onhoib (O Começo) dos partidários do sionismo e, Di Kraft (A Força) dos partidários do comunismo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1928 – Fundada a Escola Sholem Aleichem pela esquerda judaica na Tijuca (encerrada em 1997 e absorvida pelo Colégio A. Liessin). Seu primeiro diretor foi o escritor Eliezer Steimbarg, trazido da Romênia, mas ficou pouco no BRASIL, até 1930. Solomon Naumovich Rabinovich (1859-1916) foi o maior autor e dramaturgo em ídiche de nossa história. É mais conhecido pela estória de Tevie o Leiteiro, que foi aos teatros e cinemas como Um Violinista no Telhado. Em 1888 filiou-se ao partido Hovevei Zion (tradução livre: Aqueles que Aman Sion), e foi delegado norte-americano no Oitavo Congresso Sionista, em Haia, no ano de 1907.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1928 – Fundado o Banco Israelita Brasileiro. No regime Militar em 1964 o BIB foi incorporado pelo Banco Nacional de Minas Gerais.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1928-jul-19 – O rabino chefe Isaias Rafalovitch e Salvador Silvain Hazan lançam a pedra fundamental do prédio da rua Conselheiro Josino, 14, que viria a ser o principal endereço da Comunidade Judaica pelas três décadas seguintes. (foto)</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1928 – Fundado o Lai Sparr Casse (Caixa de Empréstimos e Poupanças) uma mini caixa-econômica, em sistema cooperativo sem fins lucrativos. Existia no início dos anos 1990.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1928 – Fundada União Beneficente Israelita Maguen David também conhecida como Sociedade das Damas Orientais do Brasil, sem sede. Em 1929 foi acolhida à rua Conselheiro Josino 14, depois à rua Conde de Bonfim 512, depois rua Conde de Bonfim 521 em conjunto com o Templo Sidom.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1928 – Criada a associação Iidishe Iugend Haim (Grêmio Juventude Israelita). Funcionou até 1934.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1929-jan-19 – Primeiro Congresso de Professores (Judeus) no Brasil, no Rio de Janeiro, compareceram 32 professores de 19 escolas judaicas. Havia 24 comunidades judaicas no país, com 27 escolas e um total de 800 alunos. Em 1956 havia 5.000 alunos em 40 escolas e 100 professores.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1929-jun-16 – Inaugurado o prédio o Centro Israelita Bené Hertzl (Filhos de Theodor Herzl – CIB) na rua Conselheiro Josino, 14, presidente Salomão Silvain Hazan. Localizado a menos de 30 metros do local onde seria construído do Grande Templo Israelita, do Centro Israelita Brasileiro. Foi o primeiro edifício em concreto armado da capital e sua inauguração teve a participação do presidente da república Washington Luis. Ao longo das décadas foi a sede de inúmeras instituições judaicas, inclusive da F.S.I.R.J – Federação das Sociedades Israelitas do Rio de Janeiro, em 1947 (atual FIERJ), emprestando suas salas, endereço e salão de festas. A sinagoga Beth El (Casa de Deus) era composta por um aron ha kodesh colocado no salão de festas, utilizado quando necessário. Se tornou o centro de palestras para a Comunidade Judaica, tendência que o CIB em Copacabana manteve. Foi demolido para a expansão do hospital INCA, desnecessariamente. Mas a indenização permitiu obter a maior parte dos fundos para a mudança para o bairro de Copacabana. Inicialmente no endereço onde hoje é o Barilan, com quadra de tênis, e depois onde está na Barata Ribeiro. Conselheiro Josino 14, foi o endereço mais emblemático da Comunidade Judaica do Rio de Janeiro. Funcionou até 1958. A distância da esquina da Tenente Possolo com Conselheiro Josino até as áreas residenciais judaicas da Praça Onze era de uma leve caminhada. (foto)</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1929 – Clube Azul e Branco (feminino de origem sefaradita, de 1929 a 1946 no Centro Israelita Brasileiro Bené Herzl, rua Conselheiro Josino 14) dedicado inteiramente a eventos de dança e entrosamento entre os jovens.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1929 – Passeata de 3.000 judeus sob o comando do jornalista Aron Bergman, organizada pela Hatchia, contra a passividade do governo brasileiro em relação aos pogroms movidos por árabes instados por Haj Amin al Husseini, o mufti de Jerusalém, que aconteciam contra os judeus na Palestina do Mandato Britânico. Foi da Praça Onze até a embaixada da Inglaterra, parando defronte a cada prédio dos jornais, para entregar um manifesto e ser fotografada. Recebeu publicação geral na mídia da capital. Foi a segunda manifestação sionista de rua no Brasil. A primeira foi em Belém do Pará. Efraim Geiger aproveita a mobilização e lança a Biblioteca Yossef Chaim Brener, escritor judeu considerado um dos pais da literatura hebraica moderna, assassinado no Pogrom de Jaffa em 1921. (foto)</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1929 – Inaugurada a Sinagoga Iavne do movimento religioso árabe Mizrahi na rua Senador Eusébio 132, em cima do cinema Rio Branco, na Praça Onze. Nas festas alugava o salão da Banda Portugal. No início dos anos 1940 foi para a rua Júlio do Carmo 12, na antiga sede da BIBSA onde permaneceu até 1961.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1929-jul-28 – Fundado o Centro Israelita do Subúrbio da Leopoldina, em assembleia com a presença de 23 pessoas na casa de José Koifman, na Rua Leopoldina Rego, 397.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1930 – Criado o Comitê de Caridade Maot Chitim na Sinagoga Iavne na rua Júlio do Carmo 12, depois na avenida Gomes Freire (n/d), ainda existe.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1930s – O Relief cria a Policlínica Israelita onde hoje está o Hospital Israelita Albert Sabin, na Tijuca.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1930s – No início da década, fundada a Biblioteca I. L. Peretz na Praça Onze com curta duração e o Colégio I. L. Peretz em Madureira. Homenageia o escritor e autor teatral em ídiche Itzhok Leibush Peretz (1852-1915)</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1930 – Remanescentes do Clube da Juventude Israelita criam o Lar da Juventude Israelita à rua Hadock Lobo 142.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1931-set-16 – Inaugurado a sinagoga da Sociedade Beneficente Israelita Bené Sidom, à Rua General Câmara 351, em prédio construído como sinagoga, mudando-se de seu segundo endereço num sobrado à rua do Hospício (Buenos Aires). Seus associados foram em cortejo entre o endereço velho e o novo, com o grão-rabino Isaias Rafallovitch carregando a Torá pelas ruas do centro da cidade. O mobiliário desta sinagoga ainda existe e está em uso, na pequena sinagoga nos fundos do Templo Sidom na Tijuca. (foto)</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1931 – Fundada a Escola Israelita S. Ans-ski, em Nilópolis. Era uma escola complementar para o iídiche, torá e história judaica, formando com a Sinagoga do Centro Israelita de Nilópolis, a Wizo, o grupo de teatro, o clube Macabi com seu time de futebol, a Chevra Kadisha e o cemitério, as instituições judaicas daquela cidade. Adotou o pseudônimo do escritor em ídiche Shloyme Zanvl Rappoport (1863-1920). Seu maior sucesso foi o livro que virou peça, Dibuk, publicado somente 6 anos após sua morte. Foi um ativista político comunista e foi eleito para a assembleia constituinte russa como um deputado Socialista-Revolucionário após os sovietes bolchevistas tomarem o poder.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1931 – Fundado o jornal Idische Press (Imprensa Israelita) por Aron Bergman e partidários do partido trabalhista judaico polonês, o Poalei Sion. Circulou até ser fechado pelo DIP em 1941 caindo na portaria de proibição de jornais em língua estrangeira. Voltou a circular em 1945. Com a morte de Aron, Samuel Malamud assumiu a direção em 1946. Em fevereiro de 1951 foi contratado o jornalista David Markus. Em ídiche.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1932 – Lançamento da Pedra Fundamental do Grande Templo Israelita pelo pres. da república Washington Luiz. Realização do Centro Israelita do RJ. Foram vendidas as pedras para a construção dos alicerces com os nomes dos profetas de Israel. A meta de arrecadação foi amplamente superada. Em 1933 houve Rosh Hashaná e Iom Kipur no primeiro andar que já estava pronto, hoje é o salão do subsolo. Projeto do arquiteto italiano Mario Vodret.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1932-mai-31 – Empossada a primeira diretoria da Irmandade Israelita Cadisha, da colônia Sírio-Libanesa, à Rua Regente Feijó, 142. Presidente, Carlos Dutra; vice, Moysés Cohen; secretários, Marcos J. Nigri e Macro Cambaj; tesoureiros, Elias H. Nigri e José Cohen; procuradores, José Dana e Carlos D. Zeitune. Não há outros dados.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1932 – Primeira aliah (imigração, então para a Palestina do Mandato Britânico) de jovens judeus do RJ, pertencentes à Hatchia: B. Zagamik, Aron Spilberg, Manoel Goverman, Issachar Haimson, H. Rudniztki e Chapira.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1932 – O jornal Di Neie Welt publica a primeira novela escrita em ídiche no Brasil: Neie Heinmen (Novos Lares).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1932 – A revista Ilustração Israelita circulou durante um ano registrando a vida judaica no Rio de Janeiro, por Adolfo Aizen.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1933 – Após Adolf Hitler assumir constitucionalmente o poder na Alemanha, começa a emigração dos judeus alemães que entenderam a situação. No segundo semestre daquele ano, os primeiros imigrantes judeus alemães deste novo fluxo, intensificado no ano seguinte, se unem numa associação denominada Centro 33 (também conhecido por Clube 1933), aludindo ao ano da imigração, localizado à rua Marques do Paraná, no Flamengo. Até 1937 foram acolhidos no Brasil 8.000 judeus alemães. O Centro 33 iria formar a ARI – Associação Religiosa Israelita.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1933-nov-25 – Fundada a C.I.B. – Confederação Israelita Brasileira, à rua Conselheiro Josino, 14. Seu objetivo era uma entidade oficial interlocutora com o governo Vargas. Foi acusada de ser fascista pelas entidades de esquerda judaica. Existia um lema comunista naquele momento: “Catete x Cacete”, onde a luta era pela revolução de fato. Tomavam cacete da polícia, comunistas sem distinção de serem judeus ou não. A C.I.B. foi fundada com a presença de 450 pessoas, tendo como primeiro presidente, o advogado Marcos Constantino. O vice era Jacob Shneider e os outros diretores foram Emanuel Galano, Jacques Schweidon e o capitão Levy Cardoso. Este foi oficial superior da FEB, participou posteriormente do Regime Militar de 1964 chegando ao posto de Marechal. Converteu-se ao catolicismo após a guerra. A C.I.B. foi apoiada pela mídia judaica em português (nacionalista e sionista) mas duramente atacada pela mídia judaica predominante em ídiche, basicamente esquerdista. Uma das plataformas da C.I.B. era a oferta de cursos de português e profissionalizantes para os imigrantes judeus, inclusive os que já estavam aqui e os idichistas eram frontalmente contra tais iniciativas. A notícia nos jornais sobre a assembleia nos mostra exatamente como era a questão linguística no final de 1933: “Jacob Schneider precisou discursar em ídiche para todos entenderem.” A manutenção do ídiche era uma barreira contra os sefaraditas, árabes e turcos, além dos judeus já nascidos no Brasil. Em dois anos esta confederação deixaria de existir, tendo se saído vencedores os detratores dela. A CONIB, fundada em 1951, não é uma continuação da C.I.B.. (fotos)</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1934 – Inaugurado o Grande Templo Israelita à rua Tenente Possolo, obra do Centro Israelita do Rio de Janeiro. Quando a sinagoga Beth Israel foi demolida pelas obras do Metrô em 1974, seus ativos, sócios, biblioteca, e rolos de Torá foram incorporados ao Grande Templo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1934 – Inaugurado o Cemitério Comunal Israelita de Nilópolis na área de indigentes do cemitério municipal com o qual compartilha seu muro dos fundos. A comunidade judaica de Nilópolis começou a tomar vulto em 1920 com a chegada de imigrantes europeus para aquele município, principalmente judeus alemães, e poloneses das regiões de fala alemã, saídos da Europa devido a ascensão do nazismo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1936 – última experiência do ICA-JCA em Resende no Rio de Janeiro, tentando alocar judeus alemães que fugiam do nazismo. A colônia nunca recebeu mais de 100 pessoas e não deu certo. Os judeus alemães eram cidadãos urbanos, nada tendo a ver com a agricultura. Foi desapropriada para a construção da Academia Militar das Agulhas Negras em 1942.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1938-abr-18 – Decreto Lei 383, da Presidência da República (governo Vargas) “Veda a estrangeiros a atividade política no Brasil, Art. 2º É-lhes vedado especialmente: 1 – Organizar, criar ou manter sociedades, fundações, companhias, clubes e quaisquer estabelecimentos de caráter político, ainda que tenham por fim exclusivo a propaganda ou difusão, entre os seus compatriotas, de ideias, programas ou normas de ação de partidos políticos do país de origem.” Deste modo todas as instituições sionistas e comunistas ou precisaram fechar ou mudar seus nomes e estatutos. Não é uma lei voltada aos judeus, mas a todos os estrangeiros no Brasil. Até os anos 1990 ainda havia muitos imigrantes que possuíam carteiras de identidade de estrangeiro, jamais tendo se naturalizado. Outro decreto, de nacionalização da língua, exigia o uso do português em público e em todas as escolas. A agenda voluntária prevista pela C.I.B. e detonada pela comunidade, agora seria imposta como lei.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1938-nov-15 – Grande operação da polícia prende dezenas de integralistas e comunistas no Rio de Janeiro. Entre os segundos, vários judeus. As prisões de judeus comunistas não eram dissociadas das prisões de comunistas não-judeus. (foto)</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1938 – Fundado o programa de rádio “A Hora Israelita” conhecido por “Hora Idish”, por Jacob Parnes, sucedido por seu filho, Milton Parnes. Na primeira década ia ao ar nas terças e sextas das 20h às 21h e no domingo da 13h às 15h pela rádio Mauá. Percorreu vários canais e ficou décadas na Rádio Relógio federal. Foi uma referência para a Comunidade Judaica do RJ e encerrou suas atividades no início dos anos 1980. Em português.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1938 – União Sociedade Israelita Alemã à av. Rio Branco 9 (nenhum outro dado).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1939 – Fundado o Altherein (Lar para Idosos) pela União, na Rua Alice.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1939-ago-30 – Fundado o Lar da Criança Israelita, à rua General Canabarro 303 (foto)</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1939-jan-30 – Fundado o Clube dos Cabiras na rua Conselheiro Josino 14 e depois na rua Álvaro Alvim 21, na Cinelândia. Foi o primeiro a produzir grandes bailes de Carnaval na comunidade. Apesar do caráter absolutamente stalinista de sua diretoria, conforme revelado por David German, em entrevista no ano de 2017, aos 95 anos de idade, as atividades do clube eram apenas de dança. Chegou a possuir mais de 2.000 sócios pagantes. Em seus bailes, foram iniciados namoros que levaram a centenas de casamentos na Comunidade. David German foi um dos fundadores e quem deu o nome ao clube de dança. ‘Cabiras’, segundo as lendas gregas eram os poderosos que deram início a todas as coisas, inclusive aos deuses. Outro dos três fundadores foi David Lerner. German lembrava-se apenas do sobrenome Hoinef, do terceiro fundador. Outro nome que restou na história documental é o do dr. Nissin Castiel, secretário em 1942. (foto)</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1940-nov-29 – Hatchia autorizada a voltar a funcionar como Biblioteca Bialik.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1940 – Aron Neuman compra o pequeno título ‘Aonde Vamos, Hoje’ e o troca para ‘Aonde Vamos’ sendo uma publicação em português, de esquerda judaica dentro do governo Vargas, e desapareceu no início dos anos 1970. Era uma publicação intelectualizada e de alto nível. Em português. (foto)</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1940 (data não estabelecida) – Fundada a Escola Mendele Mocher Sforim em Olaria, à Rua Filomena Nunes. Na sede do Centro Israelita da Leopoldina. Era uma escola primária. Fazia parte das instituições judaicas os subúrbios da Leopoldina, numa época em que havia forte presença judaica em Olaria, Madureira, Penha, Vila da Penha, Cordovil, Ramos e Higienópolis. Funcionou até o final dos anos 1960. Mendele Mocher Sforim (1836-1917), nascido Sholem Yankev Abramovich é considerado “o avô da literatura ídiche). Especializado em sátiras e crônicas, é um dos mais interessantes e menos conhecidos. O salão do Centro serviu como sinagoga, até a inauguração da Sinagoga de Olaria, à rua Juvenal Galeno em 1942. No mesmo salão ainda coabitaram a Biblioteca Simon Dubnow, o Grêmio Cultural e Recreativo Stefan Zweig, e os movimentos juvenis Dror e Hashomer Hatzair locais, ao longo dos anos.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1940 – Por interferência do Vaticano, o Brasil recebe 3.000 judeus alemães convertidos ‘oficialmente’ ao catolicismo. Boa parte deles teve como destino as cidades do Rio de Janeiro, Petrópolis e Friburgo. A maioria das famílias, por medo justificado ou por conveniência jamais retornou ao judaísmo após o fim da guerra, existindo várias famílias católicas com sobrenomes absolutamente judaicos.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1941 – Uma cisão do Cabiras formou o terceiro Grêmio Cadima (Avante) que se reunia no Hotel Elite. Também com finalidade de dançar e promover o encontro de casais judeus.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1941 – Despacho do DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda do governo Vargas, amplia a proibição de jornais e revistas em língua estrangeira contida no decreto lei 406 de 1938 que as proibia apenas numa faixa de 150 km a partir das fronteiras terrestres brasileiras, para todo o território nacional. Com isso todos os jornais em ídiche precisaram fechar. O Brasil possuía inúmeros jornais em alemão, inglês, francês, japonês e até mesmo árabe. Todos foram fechados. Não se trata de uma lei contra os judeus. Um despacho anterior, com duração de menos de um ano, exigia que todas os textos em língua estrangeira nos jornais tivessem, ao lado, a tradução em português.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1943 – Estabelecido o ORT – Obchestvi Rasprostranienia Trudá (Sociedade Para Divulgação do Trabalho) no Brasil, ramo local da entidade educacional profissionalizante judaica criada em 1880 em São Peterburgo autorizada pelo Czar Nicolau da Rússia. Na Rua Maxwell 768. Hoje está em Botafogo, a rua Dona Mariana 213.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1944-nov-12 – Inaugurada a sinagoga em sede própria (casa) da ARI-Associação Religiosa Israelita, à Rua Martins Ferreira 52, em Botafogo. Desde a sua fundação, percorreu três endereços à rua Barata Ribeiro.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1944-mai – Fundada a Biblioteca Michael Klepfisz (fundada pela primeira geração dos poloneses bundistas, à rua da Constituição; praça Floriano Peixoto e em 1963 em uma sede própria à Avenida N. S. de Copacabana 690. Encontrava-se fechada e sem acesso na primeira década do século 21.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1945 – Terminada a Segunda Guerra Mundial, é anulado o despacho do DIP e voltam a ser permitidas as publicações em língua estrangeira no Brasil, bem como associações dedicadas à ideologias políticas estrangeiras. Por isso, rapidamente se criam os movimentos juvenis judaicos, todos sionistas (ideologia política absolutamente congelada durante a guerra).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1945 – Fundado o Colégio Israelita Brasileiro A. Liessim numa uma pequena casa na rua Barão de Itambi. Abraham Liessim (1872-1938) nascido Abraham Walt, na Lituânia, foi um conceituado jornalista judeu e poeta. Liessim não era um sionista, mas um nacionalista e ao longo da vida tentou definir um socialismo com base nas tradições judaicas</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1945 – Fundado o Colégio Hebreu Brasileiro Bialik à rua Lucídio Lago 292, no Meier. Funcionou até meados dos anos 1970. Chaim Nachman Bialik (1873-1934 ) é considerado ‘o poeta nacional de Israel’, nascido na Ucrânia. Era filiado ao movimento Hovivei Zion e ao longo de toda a sua vida uniu as atividades literárias ao sionismo político. Em 1925, proferiu o discurso principal da inauguração da Universidade Hebraica de Jerusalém.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1945 – Criado o movimento juvenil Betar de orientação de direita política, ligado ao Movimento Sionista Revisionista na rua Sete de Setembro quase na Praça Tiradentes. Encerraria suas atividades no RJ em 1971, retomando-as em 2018. O sionismo revisionista prega a retomada dos princípios originais de Theodor Herzl.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1945 – Criado o movimento juvenil Hashomer Hatzair de orientação sionista de esquerda por Moisés Glatt.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1945 – Criado o movimento juvenil Dror de orientação sionista de esquerda, os movimentos juvenis Bnei Akiva (sionista religioso), Ichud Habonim e Gordonia (Aaron David Gordon, sionismo prático e trabalhista).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1945 – Criada a Colônia Kinderland (Terra das Crianças), construída em Sacra Família do Tinguá (interior do Rio de Janeiro) pela comunidade judaica comunista através da Organização Feminina Vita Kempner – hoje é administrada pela ASA. Sua função inicial foi dar um lar e local de recuperação para órfãos judeus sobreviventes do Holocausto.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1946 – Fundado o Instituto Israelita Brasileiro de Cultura e Educação.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1947-jun-30 – Fundada da F.S.I.R.J. – Federação das Sociedades Israelitas do Rio de Janeiro, à rua Conselheiro Josino 14, com a participação de 42 entidades filiadas. O primeiro presidente foi o químico mundialmente famoso Fritz Feigl. A assembleia foi dirigida pelo rabino Henrique Lemle, da ARI. Hoje é a FIERJ.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1947-out-12 – Inaugurado o Memorial dos Mártires, no Cemitério Israelita de Vila Rosali, o primeiro memorial às vítimas do Holocausto nas Américas.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1948-out-10 – Lançada a pedra fundamental da sede própria da Sinagoga Shell Gemilut Hassadin, à rua Rodrigo de Brito, 37 em Botafogo. A inauguração aconteceu em 7/set/1950. A gestão foi do presidente Jomtob Azulay, que permaneceu no cargo até 1959.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1948 – Inaugurado o Cemitério Israelita de Vila Rosali Novo, da Chevra Kadsiha a um quarteirão de distância do ‘velho’.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1949 a 1952 – Samuel Malamud foi o primeiro cônsul honorário de Israel no Brasil, no Rio de Janeiro, única representação do Estado Judeu até a chegada de um embaixador oficial.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1950-jun – Fundado o Colégio Hebreu Brasileiro Max Nordau. Foi absorvido pelo Eliezer Steinbarg em 2001. Homenageia Simon Maximilian Südfeld (1849-1923), nascido na cidade de Pest, (então Áustria), médico, braço direito de Theodor Herzl e secretário dos primeiros Congressos Sionistas Mundiais. Também era jornalista e escritor com coluna publicada no Rio de Janeiro, no jornal O País, ainda nos anos 1880.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1951-set – Fundada a CONIB – Confederação Israelita Brasileira, no rio de Janeiro.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1951 – Fundada a Hebraica à rua das Laranjeiras.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1951 – Fundado o Diário Israelita, por Jacob Parnes (era semanal).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1951 – O Altherein é transferido para a Rua Santa Alexandrina</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1952-abr-08 Primeiro embaixador de Israel, o general David Saltiel, apresenta suas credenciais no Brasil. A embaixada foi localizada numa casa à rua Paissandu, 134, quase esquina com a rua Marquês de Abrantes. A casa defronte à Hebraica, à rua das Laranjeiras se tornou a residência do embaixador. Ambos os imóveis foram doados ao Estado de Israel pela incorporadora imobiliária Regina Feigl, esposa de Fritz.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1953 – Criado o Lar da Velhice Israelita, pelo rabino Moisés Zinguerevitch, seu primeiro presidente. Em 1965 seriam inaugurados os prédios em Jacarepaguá, com aporte financeiro da Chevra Kadisha.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1954 – Fundada o Escola Barilan (colégio religioso, mas com ensino também secular). O nome homenageia Meir Bar-Ilan (1880-1949), nascido na hoje Bielorrússia, com o nome Meir Berlin. Foi um dos expoentes do sionismo ortodoxo Mizrahi.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1954 – Fundado o Colégio Eliezer Steinbarg como uma evolução natural do Instituto Israelita Brasileiro de Cultura e Educação. Eliezer (1880-1832) foi escritor de fábulas em ídiche, poeta e professor, trazido da Bessarábia para assumir a direção do Colégio Scholem Aleichem em 1928.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1955 – Inaugurado o Cemitério Comunal Israelita no complexo funerário do Cajú. Em 02/mai/1953 a Prefeitura do RJ e a Santa Casa assinam acordo permitindo os judeus construírem um segundo cemitério judaico no município, em parte da área de indigentes do cemitério público de São Francisco Xavier, no Cajú. Os restos mortais dos indigentes foram removidos pela Santa Casa e o terreno rebaixado em 5 metros. O primeiro sepultamento aconteceu em 2/mai/1956. A norma católica de vender aos judeus as áreas de indigentes foi comum e aconteceu em Inhaúma, Nilópolis, Caju, Campos dos Goytacases, Salvador e Belém do Pará.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1955-jul – A Federação das Sociedades Israelitas do RJ e o prefeito do Distrito Federal, dr. Alim Pedro (1907-1975) inauguram a rua de apenas um quarteirão, em Botafogo, denominada rua Theodor Herzl, nos 51 anos da morte do pai do sionismo político.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1956 – Fundada a Sinagoga Kehilat Yakov (Comunidade de Jacó), à rua Capelão Alvares Cabral, 16 em Copacabana. A instituição foi formada por sobreviventes do Holocausto poloneses e belgas, contando, desde o início e por mais de 35 anos com o rabino Eliezer Stauber. Por mais de 20 anos antes era conhecida como o Shill dos Belgas num sobrado na rua Barata Ribeiro. Ela não é uma sequência da antiga Beth Iaacov da Praça Onze.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1957-fev-19 – Desabamento do prédio de dez andares onde se localizava a Biblioteca Bialik, à rua do Rosário 171 terceiro andar, com a destruição de todo o acervo documental, fotográfico e de objetos reunido pela Comunidade sionista até aquele momento. Também perdeu todo o seu acervo documental a Associação Francesa do ex-combatentes que tinha um andar no mesmo prédio. A Comunidade Judaica do Rio de Janeiro, possui um corte documental, semelhante ao das cidades europeias destruídas na Segunda Guerra Mundial. Este é o motivo de nos faltarem tantos dados precisos sobre as instituições judaicas anteriores, seus livros de atas, cartazes, listas de associados, fotografias e objetos: todo o patrimônio histórico da Comunidade. Total de 22 feridos e 8 mortos, entre eles Samuel Graiwer, presidente da Bialik, Shlomo Jaffe, Willie Deutcher, comerciante e seu filho Abraão Deutcher, cronista teatral da revista judaica “Aonde Vamos”. O acervo da Comunidade de esquerda política se encontrava na BIBSA e atualmente está na biblioteca da ASA.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1958 – O movimento juvenil Habomin Dror é criado com a fusão do Dror, Ichud Habonim e Gordonia.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1959-set-27 – Fundado o clube Centro Cultural Esportivo e Recreativo do Monte Sinai, na Tijuca. Posteriormente, uma sinagoga foi construída dentro de sua área.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1960 – Inauguração do Centro Israelita Brasileiro – CIB, à Rua Barata Ribeiro, após ter estado à rua Pompeu Loureiro por um período de transição. A sinagoga Beth El em Copacabana seria construída em seguida deixando ser parte em um salão, para ter prédio e autonomia.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1960-nov-15 – Fundada a Revista Menorah, cujos primeiros dois anos foram jornais tabloides quinzenais e se encontra em circulação ininterrupta (2021), por Ariel Weiner, Arnaldo Niskier, Eliahu Chut, Helio Kaltman, Moises Fuks, Paulo Aizen, Zevi Ghivelder e Henrique Weltman.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1961 – Fundado o clube Sociedade Hebraica de Niterói</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1962-set-28 – Inaugurada a moderna sinagoga da ARI – Associação Religiosa Israelita, à rua General Severiano 170, num prédio com arquitetura premiada e então, o maior vão livre interno já construído no RJ além de ter sido instalado um arrojado órgão de tubos. No dia 22/dez foi inaugurada a “sinagoga pequena”, projetada para uso diário, com o mobiliário original da Martins Ferreira. Fica localizada imediatamente atrás da parede do fundo da sinagoga principal.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1964-jan-5 – Inauguração do novo prédio da Chevra Kadisha, à rua Barão de Iguatemi, 306, na gestão do rabino Moisés Zinguerevitch.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1965 – Entra no ar o primeiro programa de TV voltado para a Comunidade Judaica. Seu nome era Shalom, ao vivo pela TV Continental, apresentado por Décio Luis, produzido e estrelado por Moysés Fuks e Moysés Akerman. Permaneceu no ar, semanalmente, por quase dois anos.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1967 – Fundada a Yeshiva Colegial Machané Israel (escola religiosa para pré-formação de rabinos) pelo rabino Chaim Biniamini (sobrevivente do Holocausto) em Petrópolis, onde funciona até hoje (2021), dirigida pelo filho dele.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1967 – Criado o Centro de Estudos Judaicos no UERJ.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1974 – Inaugurado o Centro Israel Brasil Religioso e Cultural (Sinagoga Shalom e clube) no bairro Alto, em Teresópolis. Inaugurado pelo então último rabino-chefe do Rio de Janeiro, Rachmiel Blumenfeld.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1975 – Inaugurado o prédio da Sinagoga Beth Aron (Casa de Arão), mais conhecida como sinagoga da Gago Coutinho, rua do Largo do Machado. Antes ela se localizava à rua Machado de Assis. Durante a construção esteve em um período à Rua das Laranjeiras. O prédio teve um importante aporte de Chevra Kadisha.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1975 – Inaugurado um Memorial do Holocausto, composto por seis grandes pedras trazidas de um rio de Teresópolis, simbolizando os seis milhões de judeus mortos pelos nazistas, dentro do Cemitério Comunal Israelita no Caju, localizado logo após a entrada. (foto)</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1977 – Inaugurado o Museu Judaico, à rua México 70, onde permanece.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1985-nov – Lançado o programa Comunidade na TV às 8h de domingo na TV Record. O programa era da FIERJ, da gestão de Ronaldo Gomlevsky, tendo como diretor Osias Wurman. Está no ar semanalmente até hoje (2021). Passou por vários canais. Se tornou uma referência para a comunidade do Rio de Janeiro. Os mais velhos o chamam de “Hora Idish”. (foto)</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1987 – Se iniciam as atividades do Beit Lubavitch Rio de Janeiro com a chegada do rabino Yehoshua Binyomin Goldman e a esposa dele Chana. Funcionou em uma casa no final do Leblon por mais de 10 anos até a inauguração da sinagoga à rua General Venâncio Flores, 221. Posteriormente foram criadas a Escola Beit Menachem, na Hebraica-Rio e as sinagogas na Barra da Tijuca e Copacabana.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1989-jun – Fundada a CJB – Congregação Judaica do Brasil, por dois grupos egressos da ARI que acompanhavam o rabino Nilton Bonder e ativistas judeus residentes na Barra da Tijuca, pretendendo criar a primeira instituição naquele bairro. Nos primeiros momentos utilizaram de espaços na ASA, depois no Lar da Velhice de Ipanema e até alugar a primeira casa à rua Conde D’eu, no Leblon. A sinagoga à rua Professor Milward, na Barra, foi inaugurada em 1994.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1990 – Inaugurado o Cemitério Israelita de Belford Roxo (conhecido como de Vilar dos Teles), pela Chevra Kadisha, que a partir de então foi se tornando o principal desta geração que vai falecendo nas duas últimas décadas do século 20 e início do 21. A gestão era de Jorge Jurkiewicz e Izak Kimelblat como vice. Possui um memorial do Holocausto.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1991 – Fundado o clube Centro Cultural e Esportivo Israelita Adolpho Bloch, na Barra da Tijuca. Sua pedra fundamental foi lançada em outubro de 1993.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1997 – Inaugurado o prédio anexo da ARI com a Sinagoga Henrique Peres, para uso diário, salas de aula, bibliotecas e administração.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">1999 – Fundada a Sinagoga P’nai Or, em Petrópolis por judeus que se mudaram do RJ para aquela cidade. Esta sinagoga tem as mesmas características das antigas do início do século XX por ter sido implementada em uma casa modesta.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">2000 – Criado o programa Menorah na TV, por Ronaldo Gomlevsky, exibido por anos pelo canal 14 da NET-RJ (cabo) no ar até hoje (2020). O programa é semanal com uma hora de duração, caracterizado por um entrevistado apenas.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">2002 – Alegando motivos econômicos Israel fecha seu consulado no RJ.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">2002 – FIERJ se muda para parte do antigo consulado de Israel na avenida N. S. de Copacabana 769 na gestão de Osias Wurman.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">2003-mai-7 – Fundação do Hillel no Rio de Janeiro, para aglutinar jovens universitários em moldes parecidos com os das Hillel Houses das universidades dos EUA.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">2009 – Osias Wurman, ex-presidente da FIERJ é nomeado cônsul honorário de Israel no Rio de Janeiro.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">2015-ago – Inaugurada a Sinagoga Edmond J. Safra, à rua Nascimento Silva 115, Ipanema como uma modernização da Sinagoga Agudat Israel em novo prédio moderno.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"> </span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Sabemos que apesar de surpreendente esta lista está incompleta. Agradecemos, antecipadamente, o envio de correções, acréscimos, cópias (imagens) de documentos e fotografias que possam contribuir para a reconstrução da história da Comunidade Judaica do Rio de Janeiro.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Fonte:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>Pesquisa, compilação e texto de José Roitberg, jornalista e pesquisador em história.</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>Fontes resumidas: jornais de época, toda a coleção de livros dos historiadores Egon e Freida Wolf (publicados pela Chevra Kadisha), História dos Judeus no Brasil (prof. Falbel), Judeus da Leopoldina (Eliete Vaitsman), Os Judeus de Niterói (tese de Andréa Telo da Côrte), Breve História dos Judeus no Brasil (Salomão Serebrenick), Recordando a Praça Onze e Subsídio para a História dos Judeus no Brasil (Samuel Mallamud), Baile de Máscaras (Beatriz Kushnir), A História dos Judeus do Rio de Janeiro (Henrique Veltman).</i></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i><br /></i></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><div><span style="font-size: x-small;"><b><i>https://fierj.org.br/historia/</i></b></span></div><div><br /></div></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"> </span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"> </span></div><div><br /></div><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-3441473630655430242023-12-31T11:23:00.000-05:002023-12-31T11:23:08.915-05:00MISTICISMO: AS DUAS ALMAS DO SER HUMANO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3gA9xtKGUGji6MuwDe2sbmzs9kpJ3L7Ss1APKBvI64_kSffm0qmuljTN9mpuguOVrBFoJ28J6ChTxMK9GOPogEBYQaWagUb-JIszk9PN-E0JYLyZ-mZdGBmf3-GLI0gg9nnyCJ-pEKYgKFQujHY0zkXc-bpbBJM06GvijWVzne0Rhqt_7Wg74_4vXqT0/s800/god_of_war_ps4_ogre_1523529501581.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="409" data-original-width="800" height="164" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3gA9xtKGUGji6MuwDe2sbmzs9kpJ3L7Ss1APKBvI64_kSffm0qmuljTN9mpuguOVrBFoJ28J6ChTxMK9GOPogEBYQaWagUb-JIszk9PN-E0JYLyZ-mZdGBmf3-GLI0gg9nnyCJ-pEKYgKFQujHY0zkXc-bpbBJM06GvijWVzne0Rhqt_7Wg74_4vXqT0/s320/god_of_war_ps4_ogre_1523529501581.webp" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; text-align: left;"><b><i>Ambas as almas estão constantemente em guerra, esperando prevalecer sobre a outra, para que possam ter pleno controle do corpo humano</i></b></span></div><br /><div><br /></div><div><span style="font-family: verdana;">Ensina a Cabalá que cada pessoa, independentemente de sua natureza ou comportamento, possui duas almas1: uma Divina e uma natural. Essas são as almas básicas do ser humano; e não devem ser confundidas com a alma adicional que um judeu recebe durante o Shabat, ou com os cinco níveis da alma – Nefesh, Ruach, Neshamá, Chaya e Yechidá.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><span><a name='more'></a></span></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Ensina a Cabalá que cada pessoa, independentemente de sua natureza ou comportamento, possui duas almas1: uma Divina e uma natural. Essas são as almas básicas do ser humano; e não devem ser confundidas com a alma adicional que um judeu recebe durante o Shabat, ou com os cinco níveis da alma – Nefesh, Ruach, Neshamá, Chaya e Yechidá. É a interação entre a alma Divina e a alma natural e a maneira pela qual cada uma delas se manifesta que respondem pelos pensamentos, palavras e atos do ser humano.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Uma definição simples da alma é que é a entidade espiritual que dá vida à pessoa, cuja manifestação física é o corpo. Ao contrário da crença popular, o ser humano não é constituído por uma alma única, sagrada, em um corpo profano. O organismo humano, ensina a Cabalá, é como um campo de batalha, e é a guerra entre a alma Divina e a natural o que define se o indivíduo irá viver, ou não, como um ser humano justo e digno. A vida, em essência, é uma luta sem fim – não entre a alma e o corpo, mas entre a alma Divina e a natural, também chamada de alma animal.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Uma alusão a este conceito é encontrada em uma porção2 de Bereshit, o primeiro livro da Torá, onde aprendemos sobre Yaacov e Esav, os dois filhos de nosso segundo patriarca, Itzhak. Enquanto se encontravam no útero de sua mãe, Rivca, os dois irmãos já estavam em conflito. Nossa segunda matriarca, não percebendo que carregava gêmeos, preocupava-se com sua gravidez, pois sentia a agitação em seu ventre sempre que passava por um templo monoteísta ou uma casa de idolatria. Temerosa de dar à luz uma criança com problemas, talvez esquizofrênica, ela foi aconselhar-se com um profeta para perguntar sobre o feto que carregava. Foi quando soube que levava gêmeos e que eles, ao crescer, constituiriam duas nações que estariam em guerra entre si. Rivca também foi informada de que ambas as nações não iriam prevalecer simultaneamente: quando uma estivesse no ápice, a outra conheceria o declínio.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A elucidação cabalística para essa famosa passagem da Torá é que os dois gêmeos simbolizam as duas almas que coabitam dentro do ser humano – a Divina e a natural. Elas estão constantemente em luta, pois não podem, de fato, ser simultaneamente vitoriosas. Por um lado, a alma Divina, sendo parte de D’us Infinito, deseja cumprir a Vontade de Divina dedicando-se ao Eterno e a outros seres humanos. Desconhece o ego, o egoísmo, o vício e a auto-gratificação. Serve a D’us e desempenha boas ações sem nenhuma razão maior – apenas porque faz parte de sua natureza Divina fazê-lo. Seu único desejo é que todas as forças e órgãos do corpo sirvam como veículo de expressão da santidade. Por outro lado, a alma oponente da Divina, a alma natural, é essencialmente auto-centrada. Preocupa-se apenas com um aspecto, a auto-gratificação. Se estiver indomada, fará tudo a seu alcance para conquistar o que pretende.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A alma natural pode mesmo ser dócil, generosa e capaz de profunda reflexão, mas tudo o que faz é para seu próprio benefício. Somente se preocupa com suas necessidades e desejos. Seu objetivo é obter prazer, admiração e engrandecimento. Evidentemente, a alma natural e a Divina desejam o oposto e ambas querem ter o comando sobre todo o ser. Estão constantemente em guerra, esperando prevalecer sobre a outra, para que possam ter pleno controle do corpo humano.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Todo ser humano contém essas duas almas separadas e não, como se pensa, uma alma que age corretamente e um corpo que age com maldade. A percepção de que possuímos duas almas que se opõem entre si explica certos fenômenos que intrigam as pessoas e que, em geral, nos causam sofrimento: por que, às vezes, somos tão bondosos, e, logo depois, tão malvados? Como pode uma pessoa religiosa e boa subitamente comportar-se de forma deplorável? E como é possível que uma pessoa ignóbil e cruel possa, ocasionalmente, realizar atos grandiosos e abnegados? A resposta a estas e outras perguntas é que tais inconsistências ocorrem pelo fato de uma alma prevalecer sobre a outra. Certamente, o mundo está repleto de hipócritas. Mas, a maioria dos homens de bem que comentem erros não vivem vidas hipócritas nem esquizofrênicas. Erramos porque não somos criaturas unidimensionais. Está escrito no Pirkei Avot – a Ética dos Pais, um livro sagrado de sabedoria judaica – que um homem não pode estar completamente seguro de si mesmo até o dia de sua morte3. A razão disto é que mesmo um homem genuinamente justo está sempre aberto a alguma outra força dentro dele que pode reorientá-lo. Em algum momento de sua vida, ele até pode vir a acreditar que está sendo guiado apenas por sua alma Divina, mas então, quando menos espera, sua alma natural, que estava adormecida há muito tempo, pode subitamente despertar e subjugá-lo. Por este motivo, nunca devemos estar muito seguros de nós mesmos, já que a alma natural é astuta – ela se camufla e ataca de surpresa a alma Divina quando o ser humano menos o espera. </span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Na verdade, todos sabemos que um dos aspectos mais resistentes de nossa personalidade é sua inconstância: certos dias aspiramos alcançar os Céus e aperfeiçoar a Terra; em outros, nos deliciamos com nossos desejos egoístas, e entendemos a Vontade Divina como se impondo sobre o que consideramos nosso, por direito.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A vida é geralmente complicada porque a maioria de nós se empenha por um nível de bondade, decência, até mesmo de santidade. Mas, com freqüência, mesmo após trabalhar durante anos em nosso auto-aperfeiçoamento, há obstáculos no caminho e as coisas dão para trás – turbulências inesperadas durante as quais fazemos coisas que nos trazem embaraço. Felizmente, o oposto também é verdadeiro. Enquanto uma pessoa está viva, ela não pode ser espiritualmente derrotada. Sempre há oportunidade de corrigir erros passados e progredir espiritualmente, e muitas vezes a pessoa é inspirada a fazê-lo pelos Céus, e pela alma Divina que nela habita.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Contudo, a luta entre as duas almas não significa que a alma natural seja algum tipo de maldição que somos forçados a levar dentro de nós. Uma alma humana que não seja dividida e estática não consegue funcionar, assim como um pássaro com uma asa só não consegue voar. Sem algo contra que lutar, sem alguma resistência, não pode haver progresso. Assim como não conseguimos desenvolver e fortalecer nosso corpo sem treinamento de resistência e assim como não conseguimos dominar a Matemática sem solucionar problemas cada vez mais difíceis, precisamos, também, ser desafiados pela alma natural para que possamos nos aperfeiçoar. E, portanto, não é justo chamar a alma natural de “alma do mal”. Sua função é desafiar, e ainda assim, por ser fiel a seu Criador, sua esperança mais profunda é que o homem não caia presa de suas tentações.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O Zohar, obra fundamental da Cabalá, oferece uma famosa analogia para ilustrar este conceito. Fala-nos de um rei que contratou uma cortesã para testar seu filho. A cortesã foi enviada pelo rei para seduzir o filho que fora alertado para se manter afastado de tais mulheres. Por um lado, a cortesã, que fora enviada em missão pelo rei, precisava desincumbir-se de sua tarefa da melhor maneira possível. Mas, por outro, ela não queria realmente seduzir o príncipe, pois isto faria com que o rei se decepcionasse com o rapaz. O dilema da cortesã, que simboliza a alma natural, é óbvio. A alma natural nos desafia e nos testa, e, aparentemente, fará tudo a seu alcance para nos fazer cair. Mas, na verdade, torce, com veemência, para nosso sucesso. Não deseja que nós, filhos do Rei do Universo, cedamos a seus caprichos. Pois, falando de forma metafórica, isso causaria dor e desapontamento a D’us.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Além da alma natural, D’us inseriu em nosso interior uma parte d’Ele – a alma Divina – para poder elevar-nos e para que nós possamos, por nossa vez, elevar o mundo. Assim como os mineiros descem às profundezas da terra para trazer o valioso minério, também a alma Divina é introduzida no fundo do corpo humano para buscar o que há de precioso no mais íntimo do ser humano.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. A interação das Duas Almas:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O Talmud ensina que “quanto maior a pessoa, maior sua Inclinação para o mal”4. Isto significa que as pessoas que têm grande potencial para a santidade e bondade também possuem uma maior capacidade de pecar. Este ensinamento do Talmud não significa que um homem que comete ações terríveis é essencialmente um grande homem e, com certeza, não desculpa algum de seus pecados. O que o Talmud quer dizer é que um homem verdadeiramente santo e bondoso será mais tentado a transgredir a Vontade de D’us. E a razão para tanto é que se a pessoa possui uma alma Divina que se manifesta com força, a pessoa também possuirá uma alma natural que irá atraí-lo com força para o proibido.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Este conceito pode parecer um paradoxo – faria mais sentido se quanto maior o homem, menos inclinado ele fosse ao pecado – mas, na realidade, esta é a Justiça Divina básica. Afinal, por que um ser humano enfrentaria uma guerra espiritual mais fácil do que o outro? Para que o mundo seja justo, aqueles que são dotados de maiores aptidões para o jogo da vida também são forçados a enfrentar maiores desafios. Desta forma, a guerra entre as duas almas do homem tem intensidade e importância similar para todos. Se a pessoa nasceu com melhores aptidões para o jogo, ela terá que enfrentar um jogo mais difícil. Portanto, todos têm que se esforçar para melhorar – cada qual segundo seu nível. Um sábio dotado de extraordinários dons espirituais que não se esforce para viver de acordo com seu potencial pode ser um pecador maior – uma grande decepção para D’us – do que uma pessoa simplória que se empenha para evitar cometer pecados terríveis. O julgamento de uma pessoa inclui seu esforço de ir além de suas aparentes limitações.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Um corolário deste conceito é que à medida que um ser humano fortalece sua alma Divina, tanto mais forte sua alma natural se tornará. Na vida, assim como em qualquer jogo brilhante e criativo, o grau de dificuldade aumenta à medida que se vai passando de uma fase à outra. Quanto mais elevado espiritualmente se torna o homem, maior se torna sua inclinação para o mal. Quanto mais sábio se torna, mais astuta fica sua alma natural. E tentará levá-lo a racionalizar seus maus atos; tentará confundi-lo a ponto de deixá-lo inseguro se um ato é grandioso e sagrado ou um grave pecado. A alma natural pode mesmo se disfarçar em alma Divina, levando a pessoa a fazer o que não deveria. Por isso, não basta uma pessoa desejar fazer o bem e agir com justiça; o progresso espiritual requer a aquisição de grande sabedoria e muito conhecimento, para que a pessoa possa evitar o risco de ser enganada pela alma natural.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">É muito importante notar – já que estamos discutindo aqui questões de espírito – que a espiritualidade em si não é sinônimo de santidade. Muitos de nós temos a crença errônea de que a maioria das pessoas são seres físicos e que entre nós há poucas pessoas espirituais – os bons e iluminados. A realidade é que cada pessoa é um ser espiritual. Vivemos mais no reino espiritual do que no físico, pois muito de nossa vida revolve em torno de nossos pensamentos e sentimentos, que são fenômenos espirituais. Por exemplo, a luxúria é um fenômeno físico, mas o amor, que é a motivação primária para quase tudo que fazemos na vida, é uma manifestação espiritual.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Contudo, toda moeda tem dois lados. O ódio, também, é uma manifestação espiritual, o que significa que espiritualmente também pode haver mal. Um exemplo de um homem profundamente espiritual e completamente malvado foi o profeta Bilaam, que foi contratado para amaldiçoar o Povo Judeu.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O que ele tentou fazer espiritualmente foi semelhante ao que Haman, na história de Purim, tentou fazer fisicamente, que foi aniquilar todos os Filhos de Israel. Portanto, temos que ter em mente que o mal tem muitas manifestações espirituais.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A vitória da alma Divina sobre a alma natural não ocorre quando a pessoa se torna mais espiritual; ocorre quando a pessoa pára de pensar em si própria e começa a pensar mais sobre as demais. A alma Divina se manifesta quando a pessoa realiza boas ações, simplesmente para ajudar outros seres humanos, sem quaisquer motivos pessoais, ou quando a pessoa atende a Vontade de D’us, simplesmente porque é o que D’us quer, e não porque procura uma recompensa pessoal.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Educando a alma natural:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O conceito de que “quanto maior a pessoa, maior sua Inclinação para o mal” significa que a pessoa que é fortemente atraída para o proibido tem em si o potencial de se tornar um ser humano elevado e sagrado. Pois enquanto a alma Divina é pura-parte integral de D’us, é a alma natural, com suas paixões, que pode ser utilizada para fazer o maior bem. Como vivemos em um mundo físico, estamos mais em contato com nossa alma natural do que com a Divina: a maioria de nós despenderá mais esforços para adquirir algo do que para realizar um ato abnegado. Como não se pode viver neste mundo físico sem uma alma natural – pois está vinculada a nosso sangue – apenas podemos redirecioná-la.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Redirecionamos nossa alma natural ensinando à mesma que pode haver grande alegria e auto-realização em assuntos de bondade e santidade. Por exemplo, se a pessoa tem uma alma natural apaixonada por assuntos intelectuais, direcione-a ao estudo do Talmud. Sua alma Divina já deseja estudar a Torá; se sua alma natural se une ao estudo, haverá duas almas estudando a um só tempo: a alma Divina, por estar assim espiritualmente programada, e a alma natural, porque encontra prazer no desafio intelectual.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Uma pessoa justa em toda a sua plenitude, um Tzadik Gamur, é aquele que não apenas redireciona sua alma natural – mas que a transforma. Sua alma natural continua a ser apaixonada, mas agora almeja a santidade. Voltando a uma analogia vista anteriormente: a guerra espiritual travada entre as duas almas é como um jogo, quanto maior o nível alcançado maior será o grau de dificuldade. Um Tzadik é aquele que passou com sucesso por todos os estágios do jogo. Apesar dos desafios, até dos sofrimentos, ele pôde prevalecer sobre todos os testes e tribulações. Seu prêmio por vencer o jogo é que sua alma natural se tornou seu aliado permanente e poderoso, ao invés de ser um adversário. O Tzadik é como um aluno que se torna professor – já não lhe dão problemas para solucionar. Com certeza, precisa continuar a crescer, mas agora o fará porque o quer, não porque o forçam a isso. Um Tzadik é esta força de bondade e justiça porque emprega toda a força de suas duas almas para praticar atos de bondade e santidade.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O motivo de ser tão raro encontrar Tzadikim como Avraham Avinu ou Moshé Rabenu – não é apenas porque poucos têm o potencial espiritual para ser tornarem verdadeiros Tzadikim, mas porque para uma pessoa ser verdadeiramente justa precisa empenhar-se enormemente em orações e estudo e na realização de caridade e boas ações. E ela precisa conseguir levantar-se sempre que cair. O conceito da pessoa ideal que nunca falha é estranho ao judaísmo. Nenhum judeu – nem mesmo o maior dos sábios ou dos profetas – jamais esteve livre de dificuldades, desapontamentos, falhas ou dúvidas. Não há tal coisa como alguém que só ascende e nunca descende. Uma grande pessoa que cai, ainda pode se encontrar em um nível muito mais elevado que os demais, mas inevitavelmente vivenciará contratempos em sua vida. Pois está escrito que “o justo poderá cair sete vezes e ainda assim se levantará”5. E a maioria de nós cairá muitas, muitas vezes mais do que sete. Mas não são as quedas que distinguem um homem do outro – são a sua capacidade de suportar as crises e de se recuperar, e, sobretudo, de fazer do fracasso uma fonte de força. Pois como pode se comprovar com um trampolim, quanto maior a queda, maior será o subseqüente levantar.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Poucos entre nós podem se tornar completos Tzadikim. Mas, ao longo de nossas vidas, temos a oportunidade de nos aperfeiçoar. Na luta entre a alma Divina e a natural, sempre haverá dias melhores e dias piores. Às vezes, prevalece um, outras vezes o outro. Este padrão de queda e ascensão são indicações da luta entre as duas almas. Cair, portanto, não é sinal de fraqueza, mas uma indicação de que a alma natural se tornou mais forte, mais astuta, porque a alma Divina da pessoa está sendo melhor utilizada. O essencial é seguir em frente sem desistir – não importa quantas vezes uma pessoa cai, o que importa é que no fim da vida, entre no Mundo Vindouro como um ser humano melhor do que era quando entrou neste mundo terreno.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. A reincarnação da alma:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A alma Divina entra em guerra contra a alma natural porque busca seu prêmio máximo: o progresso em direção a D’us. Mas é uma batalha difícil. Não seria mais fácil não lutar e ceder às demandas da alma natural? Não; porque ao contrário da alma natural, a alma Divina não pode ser redirecionada. Ela pode ser acorrentada, algemada, mas não silenciada. Quando fazemos algo errado e sofremos ou nos sentimos envergonhados, é a alma Divina que chora e grita dentro de nós. Algumas pessoas, no entanto, ignoram a alma Divina que nelas reside. Vivem como os antigos romanos – os descendentes de Esav: acreditam que devemos “comer e beber e viver felizes, pois amanhã morreremos”. Tais pessoas não se comportam como agentes de D’us no mundo, mas como turistas em uma viagem de prazer, que não estão aqui para dar, mas para receber. O problema desta mentalidade e deste modo de vida é que suas almas serão forçadas a retornar ao mundo para reparar os erros cometidos. Somos enviados a este mundo por D’us para desempenhar uma missão. Se a missão não for terminada, a alma terá que voltar ao mundo, em um corpo diferente, até ter cumprido sua missão.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Talvez muitas pessoas não estejam familiarizadas com o fato de que a reencarnação seja um princípio fundamental do judaísmo. </span></div><div><span style="font-family: verdana;">A reencarnação significa que a maioria das pessoas que morrem renascem inteiramente, ou quase inteiramente, como a mesma pessoa, apenas em outro corpo. O processo da reencarnação pode ocorrer mais de uma vez. Como a maioria das pessoas não completam sua missão em uma só vida devido a muitos erros e confundem o que é importante com o que não o é – eles são enviados de volta a este mundo. É como um estudante que precisa repetir uma matéria, ou até o ano inteiro, até que ele entenda o que é preciso entender para que possa ter sucesso e passar de ano nas provas que precisa fazer.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"> </span></div><div><span style="font-family: verdana;">Quando somos crianças, D’us nos trata como crianças. Mas quando nos tornamos adultos, D’us espera que façamos algo de bom com nossa vida. Não podemos viver existências sem propósito, nas quais a alma natural é constantemente alimentada e a alma Divina é negligenciada. Com certeza, a luta diária dentro de cada pessoa é sempre difícil, dolorosa, pois sempre envolve a frustração de não ceder a todos os desejos de sua alma natural. Mas tudo o que tem valor deve ser trabalhado – e quanto mais valor tem, mais esforço requer. Como ensina o Talmud, nada de bom dura a não ser que tenha sido adquirido mediante muito esforço. Nisso se inclui, é claro, o Mundo Vindouro, que é a recompensa eterna da alma. Pois está escrito que “Uma hora de felicidade no Mundo Vindouro é melhor do que toda a vida neste mundo”6. De fato, não há meio de comparação entre os prazeres deste mundo – não importa quão intensos ou doces possam ser – com os prazeres do Mundo Vindouro.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Não se trata meramente de uma diferença de intensidade; simplesmente não há denominador comum, e, portanto, não podemos entendê-lo nem descrevê-lo. Só podemos dizer que as alegrias do Mundo Vindouro são tão superiores a qualquer prazer deste mundo que valem uma vida de sacrifício para obtê-las.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Bibliografia:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>Rabi Shneur Zalman de Liadi, Likutei Amarim (Tanya) </i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>Rabi Menachem Mendel Schneerson, Likutei Sichot </i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>Arthur Kurzweil, Pebbles of Wisdom from Rabbi Adin Steinsaltz, Ed. Jossey-Bass</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>Rabbi Adin (Even Israel) Steinsaltz, Opening the Tanya, Ed. Jossey-Bass</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Referências:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>1 O tema das duas almas é discutido na obra cabalística, Etz Chayim (Árvore da Vida), escrita pelo Rabi Chayim Vital. Para compô-la, ele se baseou nos ensinamentos do Rabi Yitzhak Luria, o Arizal, o maior cabalista de todos os tempos. Esse tema é também explorado no livro Tanya do Rabi Shneur Zalman de Liadi, o Alter Rebe.</i></b></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>2 Bereshit (Gênese) – Parashat Toledot</i></b></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>3 Pirkei Avot 2:4</i></b></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>4 Talmud Bavli, Sucá, 52a</i></b></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>5 Provérbios, 24:16</i></b></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>6 Pirkei Avot, 4: 17</i></b></span></div><div><br /></div><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-56841192902949309382023-12-29T23:29:00.036-05:002023-12-30T12:50:56.562-05:00O ANJO METATRON (מטטרון) - O MENSAGEIRO MAIS PROXIMO DO TRONO DE DEUS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbQBuzEXw5KXWtrX7pXbng-oGV1KDYIajWJMlrfIZgDBSjyWE6FiOzk-5PB-SoiNp3zYiyjbnlf66Jde4hW9IIm7paH2g9l_IC7IU1liBE9wxG0_IzjWakSBegSMGuLHSCPBo_cDfNX446KRDFd6tCnxV98MQIO3D4poSjRxzPKLuBe0CVSOfRoyt9nA0/s999/man-receiving-energy-metatrons-cube.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="999" data-original-width="999" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbQBuzEXw5KXWtrX7pXbng-oGV1KDYIajWJMlrfIZgDBSjyWE6FiOzk-5PB-SoiNp3zYiyjbnlf66Jde4hW9IIm7paH2g9l_IC7IU1liBE9wxG0_IzjWakSBegSMGuLHSCPBo_cDfNX446KRDFd6tCnxV98MQIO3D4poSjRxzPKLuBe0CVSOfRoyt9nA0/s320/man-receiving-energy-metatrons-cube.jpeg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; text-align: left;"><b><i>No folclore é reconhecido como escrivão Divino. É uma figura importante na mística judaica e muito comum em textos pós-bíblicos e oculistas, que lhe atribuem a invenção do Tarot</i></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;">O Metatron (מטטרון) é um anjo serafim, na tradição judaica e cristianismo místico. Em algumas tradições cristas é tido como "O Anjo Supremo", Porta-voz Divino, mediador de Deus com a humanidade. Na tradição islâmica, ele também é conhecido como Mīṭaṭrūsh (árabe: ميططروش), o anjo do véu. É mencionado em três passagens do Talmude Babilônico. No folclore é reconhecido como escrivão Divino. É uma figura importante na mística judaica e muito comum em textos pós-bíblicos e oculistas, que lhe atribuem a invenção do Tarot. Postula-se que seu nome possa significar "O guardião da vigia" ou ainda "proteger".<span><a name='more'></a></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_2RQgXTUuJyi-t-BQid9RweS-ZseV2W-dq08zSApSJuPdXpD77tPuq3uaCeZS9FjBrB0WP9Ood-yBW7C59XfjlItEKkr1dvKYRpEObRHZ7d66wAd3HVrFj5BHxJ-ylhqhrst6-F4fvZzjfnmmxXlMJakOUDHuJm_nPnl7XuHLlD7K0TB23HnFLDYw3Z4/s400/the-pyramid-of-the-archangels-endre-balogh.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="400" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_2RQgXTUuJyi-t-BQid9RweS-ZseV2W-dq08zSApSJuPdXpD77tPuq3uaCeZS9FjBrB0WP9Ood-yBW7C59XfjlItEKkr1dvKYRpEObRHZ7d66wAd3HVrFj5BHxJ-ylhqhrst6-F4fvZzjfnmmxXlMJakOUDHuJm_nPnl7XuHLlD7K0TB23HnFLDYw3Z4/s320/the-pyramid-of-the-archangels-endre-balogh.jpeg" width="320" /></a></div><br /><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><b style="font-family: verdana;">. Origem:</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;">Um judeu do século I, Elisha Ben Abuyah, como relatado no Talmude, recebeu permissão divina para entrar no paraíso e viu Metatron sentado (uma ação que no céu é permitida apenas ao próprio Deus). Elisha, então, exclamou "Há de fato dois poderes no céu!", julgando que Metatron também era um deus. Diante disso o anjo recebeu humildemente 60 golpes de bastão de fogo, para provar que não era Deus.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;">Outras aparições de Metatron na literatura clássica judaica é no Livro de Enoque no qual ele desempenha o papel de "príncipe do mundo", e ganha as características sublimes que geralmente lhe são atribuídas.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><b>. Etimologia:</b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;">Não existe consenso sobre o significado de seu nome, mas estudiosos afirmam que tem origem no termo Metatron Hekhalot-Merkabah que teria origem nas antigas palavras mágicas hebraicas Adiriron e Dapdapiron. Outros sugerem que pode significar "O guardião da vigia" ou ainda "proteger". Também se sugere que foi retirado do nome persa Mithras. Em referência ao Talmude por vezes Metatron é identificado como a alma do messias (mashiach), como Anjo de YHWH (Anjo do Senhor), ou como Representante de YHWH. A palavra Metatron é numericamente equivalente a El Shaddai (Supremo Provedor, ou interpretativamente Todo Poderoso) na gematria, portanto, é dito que ele tem um "nome como o seu Mestre."</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;">Acredita-se que as poucas fontes que citam o nome Metatron, se explicam por ele adotar outros nomes. Alguns cristãos nazarenos atribuiram a Metatron o título de messias acreditando que Metatron seria a Alma do messias e uma manifestação do Eterno (YHWH).</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><b>. Identidade:</b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;">Não há consenso geral, mas é muito comum a associação de Metatron a Enoque, pai de Matusalém, antepassado de Noé, e um dos patriarcas bíblicos, a quem é atribuída uma vida relativamente curta se comparada com outros patriarcas. Segundo os cabalistas, Enoque teria sido transfigurado no anjo mais próximo de Deus, após sua ascensão. </span><span style="font-family: verdana;">E andou Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos, e gerou filhos e filhas. E foram todos os dias de Enoque trezentos e sessenta e cinco anos. E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou. [Gênesis 5:22-24]</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;">Este pequeno trecho sugere que Deus o transformou em Metatron, já que o Genesis silencia sobre os motivos que levaram a Deus a tomar Enoque. Samael Aun Weor também imagina Metatron como Profeta Enoque, o Anjo que forneceu a humanidade com as 22 letras hebraicas e original Tarot, afirmando que o anjo vive nos mundos superiores na região Atziluth (O Caminho Iniciático no Arcano para Tarot e Kabbalah). E de acordo com Johann Andreas Eisenmenger, Metatron transmite as ordens diárias de Deus para os anjos Gabriel e Samael, sendo frequentemente identificado como irmão gêmeo de Sandalfon, que se diz ter sido o Elias. Há ainda o parecem de serem dois Metatrons, uma escrito com seis letras (מטטרון), e um escrito com sete (מיטטרון). </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;">O primeiro pode ser o Enoque transformado, aquele relatado como Escriba Divino; e o Metatron Primordial, uma emanação da "Causa das Causas", especificamente a décima e última emanação, identificado com o Presença Divina terrena. O que abre margem para a interpretação de que Metatron, seria não um indivíduo, mas um título ou ainda um ser de nível muito elevado. Mas a doutrina mais comum é a ideia de um único Enoque-Metatron, sendo o este uma teofania. O que significa que ele não é uma divindade, mas Deus se manifesta diretamente em Metatron, e ele seria o ser mais próximo da divindade primordial. Muitas vezes Metatron é confundido com o Arcanjo Miguel, recebendo os mesmos títulos e funções. Mas é notório que Metatron é superior em hierarquia a Miguel, embora Miguel muitas vezes seja tido como o anjo na mais alta hierarquia celestial. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;">O famoso Anjo da Morte também é frequentemente associado a Metatron. Devido ao seu caráter misterioso, e a ligação com o Livro de Enoque, a figura de Metatron recebeu um forte sincretismo, sendo frequentemente associada ao esoterismo e a mitologia. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><b>. Aparições:</b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;">Várias aparições bíblicas tem anjos não denominados, mas estes porém são enviados para tarefas importantes, onde se supõe que somente um anjo de alta hierarquia poderia agir e alguns cabalistas frequentemente associam essas aparições a Metatron, sendo as mais conhecidas:</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;">Um anjo que teria guiado o povo hebreu na travessia do Mar Vermelho.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;">O anjo que impediu o sacrifício de Isaque por Abraao. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;">O Ano da Morte, a última praga que Moises lançou sobre o Egito, que teria matado o primogênito de cada família, cuja porta da casa não estivesse marcada com o sangue de um cordeiro.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;">O anjo, de nome secreto, que lutou com Jaco, e lhe feriu deslocando a juntura da coxa de Jaco. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;">O anjo porta-voz de Deus no livro do Apocalipse.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;">E de maneira geral, uma manifestação teofania de Deus Pai em forma corpórea.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;">Por isso alguns creem que Metatron e Cristo sejam a mesma pessoa.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><b>. Referências:</b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>↑ The Symbolic Meaning Behind Metatron’s Cube, Página visitada em 16/05/2022</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>↑ «GEMAṬRIA - JewishEncyclopedia.com». www.jewishencyclopedia.com. Consultado em 11 de fevereiro de 2017</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>↑ «Metatron» (em inglês). Encyclopædia Britannica Online. 2010. Consultado em 29 de setembro de 2010</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>↑ Wasserstrom, Steven M.,. Between Muslim and Jew : the problem of symbiosis under early Islam. Princeton, New Jersey: [s.n.] OCLC 889252912</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>↑ «Tarô». www.vopus.org. Consultado em 11 de fevereiro de 2017</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>↑ Jastrow, Marcus, ed. (31 de dezembro de 2012). «A Dictionary of the Targumim». doi:10.31826/9781463232344</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>↑ Martins, Nelson (2018). Terceiro Livro de Enoque. [S.l.: s.n.]</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: verdana;"><i>↑ Nettesheim, Heinrich Cornelius Agrippa von (1 de janeiro de 1993). Three Books of Occult Philosophy (em inglês). [S.l.]: Llewellyn Worldwide. ISBN 9780875428321</i></span></div><div><br /></div></div><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-85406280811400401992023-12-20T08:10:00.000-05:002023-12-20T08:10:43.485-05:00QUEIMADO NA FOGUEIRA DA INQUISIÇÃO - GÊNIO DA DRAMATURGIA - ANTÔNIO JOSÉ DA SILVA: O JUDEU<div class="xdj266r x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs x126k92a" style="caret-color: rgb(5, 5, 5); font-family: system-ui, -apple-system, BlinkMacSystemFont, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;"><div class="separator" style="clear: both; color: #050505; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhykSoewWEVJEyirX9IMDtHT1AvmqDrukD36aBTYTCnHJnzbkbMSbpAiopmcrcFmhwkp-lRPnw8odQLSbG1PDMNumVtJIwRPViFlYkaVW3wrTT7lbAKPPQW7VYfcgvVtSR5xnSzKKBR2ofSeWWWBiwCaRZmXnB-W3DJ4YOIJBmW66UIvu4aLE0id0XLLRU/s760/Antonio%20Jose%20da%20Silva.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="456" data-original-width="760" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhykSoewWEVJEyirX9IMDtHT1AvmqDrukD36aBTYTCnHJnzbkbMSbpAiopmcrcFmhwkp-lRPnw8odQLSbG1PDMNumVtJIwRPViFlYkaVW3wrTT7lbAKPPQW7VYfcgvVtSR5xnSzKKBR2ofSeWWWBiwCaRZmXnB-W3DJ4YOIJBmW66UIvu4aLE0id0XLLRU/s320/Antonio%20Jose%20da%20Silva.jpeg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; color: #050505; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #eeeeee; text-align: left;"><b><i>Antônio José era filho do advogado e poeta João Mendes da Silva, e pensa-se que ele conseguiu manter a sua fé judaica secretamente. Sua mãe, Lourença Coutinho, foi menos bem sucedida. Acusada de judaísmo, foi deportada para Portugal onde foi processada pela Inquisição</i></b></span></div><span style="color: #eeeeee;"><br /></span><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><span style="color: #eeeeee;"><span style="font-family: inherit;">Antônio nasceu numa fazenda nos arredores do Rio de Janeiro e mudou-se para a Candelária, no centro da capital, com a família. Batizado, mas de origem judaica, foi vítima da perseguição que dizimou a comunidade dos cristãos-novos do Rio de Janeiro em 1712. Em Lisboa, o dramaturgo e escritor foi preso pela Inquisição portuguesa com a mãe, tia, irmão (André) e a esposa, Leonor Maria de </span><span style="font-family: inherit;"><a style="cursor: pointer; font-family: inherit;" tabindex="-1"></a></span><span style="font-family: inherit;">Carvalho, que se encontrava grávida. Viria a morrer na fogueira às mãos da Inquisição, num Auto-de-Fé. A sua vida é retratada no filme luso-brasileiro: O Judeu (1995).</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="caret-color: rgb(5, 5, 5); font-family: system-ui, -apple-system, BlinkMacSystemFont, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><span style="color: #eeeeee;"><a name='more'></a></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="caret-color: rgb(5, 5, 5); font-family: system-ui, -apple-system, BlinkMacSystemFont, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><span style="color: #eeeeee;">Antônio José era filho do advogado e poeta João Mendes da Silva, e pensa-se que ele conseguiu manter a sua fé judaica secretamente. Sua mãe, Lourença Coutinho, foi menos bem sucedida. Acusada de judaísmo, foi deportada para Portugal onde foi processada pela Inquisição. O pai de Antônio decidiu, então, partir para Portugal, para estar próximo de sua mulher, levando o jovem Antônio consigo.</span></div><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><span style="color: #eeeeee;"><br /></span></div><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><span style="color: #eeeeee;">Antônio José da Silva estudou Direito na Universidade de Coimbra, onde se inscreveu em 1725. Interessado pela dramaturgia, escreveu uma sátira, o que serviu de pretexto às autoridades para prendê-lo, acusado de práticas judaizantes. Foi torturado, tendo ficado parcialmente inválido durante algumas semanas, o que o impediu de assinar a sua "reconciliação" com a Igreja Católica, acabando por fazê-lo em auto-de-fé. Finalmente libertaram-no.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="caret-color: rgb(5, 5, 5); font-family: system-ui, -apple-system, BlinkMacSystemFont, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><b><span style="color: #eeeeee;">. Gênio do teatro:</span></b></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="caret-color: rgb(5, 5, 5); font-family: system-ui, -apple-system, BlinkMacSystemFont, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><span style="color: #eeeeee;">Antônio José da Silva iniciou-se na advocacia, mas acabaria por se dedicar à escrita, tendo-se tornado o mais famoso dramaturgo português do seu tempo. Ele foi um escritor prolífico, tendo escrito sátiras, criticando a sociedade portuguesa da época. As suas comédias ficaram conhecidas como a obra do "Judeu" e foram encenadas frequentemente em Portugal nos anos da década de 1730. Influenciado pelas ideias igualitárias do Iluminismo francês, o dramaturgo ligou-se a um grupo de “estrangeirados”, formado por eminentes figuras como o brasileiro Alexandre de Gusmão (1695-1753), o principal conselheiro do rei D. João V.</span></div><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><span style="color: #eeeeee;"><br /></span></div><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><span style="color: #eeeeee;">Sua obra teatral inspirava-se no espírito e na linguagem do povo, rompendo com os modelos clássicos e incorporando o canto e a música como elemento do espetáculo. Oito de suas óperas, publicadas em 1744, em dois volumes, na série que ostenta o título Theatro Cômico Portuguêz, foram recuperadas em 1940, pelo pesquisador Luís Freitas Branco. Mais tarde, o musicólogo Felipe de Souza confirmou a parceria de Antônio José com o Padre Antônio Teixeira, autor das músicas. </span></div><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><span style="color: #eeeeee;"><br /></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="caret-color: rgb(5, 5, 5); font-family: system-ui, -apple-system, BlinkMacSystemFont, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><b><span style="color: #eeeeee;">. Inquisição:</span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><span style="color: #eeeeee;"><br /></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="caret-color: rgb(5, 5, 5); font-family: system-ui, -apple-system, BlinkMacSystemFont, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><span style="color: #eeeeee;">Em 1737, Antônio foi preso pela Inquisição com a mãe e a esposa (Leonor de Carvalho, com quem casara em 1728, que era sua prima e também judia). A mãe e a mulher seriam libertadas posteriormente. Ele foi novamente torturado. Descobriram que era circuncisado. Uma escrava negra testemunhou que ele observava o Shabbat. O processo decorreu com notória má-fé por parte do tribunal e Antônio José da Silva foi condenado, apesar de a leitura da sentença deixar transparecer que ele não seria, de fato, "judaizante".</span></div><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><span style="color: #eeeeee;"><br /></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="caret-color: rgb(5, 5, 5); font-family: system-ui, -apple-system, BlinkMacSystemFont, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><b><span style="color: #eeeeee;">. A execução:</span></b></div><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><span style="color: #eeeeee;"><br /></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="caret-color: rgb(5, 5, 5); font-family: system-ui, -apple-system, BlinkMacSystemFont, ".SFNSText-Regular", sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; white-space: pre-wrap; word-wrap: break-word;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><span style="color: #eeeeee;">Como era regra com os prisioneiros que, condenados, afirmavam desejar morrer na fé católica, Antônio José da Silva foi garrotado antes de ser queimado num Auto-de-Fé em Lisboa em outubro de 1739, onde hoje é o Terreiro do Paço. Sua mulher, que assistiu à sua morte, morreria pouco depois.</span></div></div><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-74074507157789338032023-12-09T12:12:00.000-05:002023-12-09T12:12:26.576-05:00JUDAÍSMO: CURIOSIDADES<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFJPE9FnsFRVAyIfaseIWTZzPEo7-txjty_y3qUO0E44FNxP8JvLMOiUUnN8IycvA2OaEa09pW3Oq1WE_DgMfiYqp7oSdYiu6LkWxEMejhN5pfCSjW85c9YbmXEnghQlbUZfgHT8K-COKqhLIMCLrHWnfb-hly3oTSpPkIWkmj1Ghf7KpxiEybfl68JBQ/s300/download%20(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="168" data-original-width="300" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFJPE9FnsFRVAyIfaseIWTZzPEo7-txjty_y3qUO0E44FNxP8JvLMOiUUnN8IycvA2OaEa09pW3Oq1WE_DgMfiYqp7oSdYiu6LkWxEMejhN5pfCSjW85c9YbmXEnghQlbUZfgHT8K-COKqhLIMCLrHWnfb-hly3oTSpPkIWkmj1Ghf7KpxiEybfl68JBQ/s1600/download%20(1).jpg" width="300" /></a></div><span style="font-family: verdana; text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; text-align: left;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: left;">Nos dias de Chanucá, inclusive no Shabat, o Halel completo é recitado durante Shacharit – a reza da manhã – logo após a oração da Amidá. Também recitamos um trecho especial de Chanucá, chamado de Al Hanisim, que é inserido na Amidá de Shacharit, Michná (reza da tarde) e Arvit (reza da noite), na reza […]</span></div></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><span><a name='more'></a></span></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><div><span style="font-family: verdana;">Recomenda-se não beber café ou Coca-Cola nos dias antes de Yom Kipur. O café e muitos refrigerantes possuem cafeína. Pessoas que estão acostumadas a consumir cafeína em grandes quantidades podem sentir dores de cabeça devido à sua falta no Dia de Jejum.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Todo mês, no Shabat que antecede Rosh Chodesh (o novo mês judaico), abençoamos o novo mês com uma benção que é recitada na sinagoga. Há uma exceção: no último Shabat do mês de Elul, que precede Rosh Hashaná, não recitamos esta benção. Explica o Baal Shem Tov, mestre da Cabalá e fundador do movimento chassídico: não recitamos a benção de Tishrei porque é o próprio D’us que abençoa este mês, e é com o poder de Sua benção que o Povo Judeu abençoa os outros meses do ano.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Israel é o único país do mundo que, na entrada do século 21, teve um aumento no seu número de árvores, tendo plantado mais delas do que derrubado.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Rabbi Shimon Bar Yochai, o autor do Zohar e pai da Cabalá, faleceu em Lag BaOmer – no 33o dia da contagem do Omer. Ele foi enterrado em Meron, na Terra de Israel. Em Lag BaOmer, milhares e milhares de judeus fazem uma peregrinação para rezar em seu túmulo, pedindo para que D’us atenda seus pedidos em seu mérito.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Dia 7 de Adar. Esta é a data de aniversário e de falecimento de Moshê – o profeta Moisés, que foi o maior profeta de todos os tempos. Moshê nasceu no Egito no dia 7 de Adar do ano de 2368 (1393 AEC) e faleceu exatamente 120 anos depois, também no dia 7 de Adar, no ano de 2488 (1273 AEC).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Neste Shabat, que antecede a festa de Purim, serão tirados dois rolos da Torá. No primeiro rolo, leremos a perashá da semana. No segundo rolo, leremos a porção de Zachor (Deuteronômio 25:17-19), na qual somos obrigados a nos lembrar do mal de Amalek e aniquilá-lo da face da Terra. Nossos Sábios afirmam que é uma obrigação Bíblica ouvir a leitura da porção de Zachor. Portanto, é particularmente importante ouvir a leitura da Torá neste Shabat.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">CHABAD (Lubavitch), um dos maiores movimentos judaicos, é um acrônimo das palavras “Chochma” (Sabedoria), “Binah”(Compreensão) e “Daat” (Conhecimento). Este acrônimo simboliza a filosofia intelectual do movimento chassídico Chabad-Lubavitch.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">As empresas de tecnologia Microsoft e Cisco desenvolveram muitos de seus produtos em Israel. O Windows NT foi desenvolvido pela Microsoft em Israel e o chip de computadores Pentium MMX da Intel foi criado também no Estado Judeu.</span></div></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Shemini Atseret marca o início da temporada de chuvas em Israel. A reza por chuva – Tefilat Hageshem – é uma das principais rezas dessa festa judaica. Em Israel, Shemini Atseret e Simchat Torá são o mesmo feriado religioso. Fora de Israel, são duas datas distintas – dois dias de Yom Tov.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Rabi Akiva, o maior sábio do Talmud, só começou a estudar a Torá aos 40 anos de idade. Ele cresceu como um pastor ignorante e analfabeto. Rabi Akiva começou a estudar Torá para poder se casar com Raquel, filha de Kalba Savua. Posteriormente, Rabi Akiva se tornou o maior rabino da história judaica.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">No casamento judaico o rosto da noiva é coberto por um véu. Este costume vem desde o período dos patriarcas. Em Gênesis é contado que quando Rebeca viu pela primeira vez Isaac, ela se cobriu com um véu. A partir de então se tornou uma tradição a noiva cobrir seu rosto com um véu antes da cerimônia de casamento. Este ritual é chamado badeken – cobertura. Porém, como Jacob foi enganado e se casou com Leah acreditando que era Rachel – pois seu rosto estava coberto por um pesado véu – tornou-se um costume, para prevenir erros deste tipo, o noivo colocar o véu na noiva. Desta forma ele poderá ver o rosto de sua futura esposa e se certificar de que é a mulher que ele escolheu de fato.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Os Manuscritos do Mar Morto são, em sua maioria, escritos em hebraico, mas alguns foram escritos em aramaico. Aramaico era a língua comum dos judeus na Terra de Israel durante o início do primeiro século da Era Comum. A descoberta dos Manuscritos contribuiu para um maior conhecimento de ambas as línguas.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">No dia 6 de Tamuz, no ano de 1976 AEC, ocorreu o famoso e milagroso resgate de Entebbe. Um avião da Air France foi sequestrado por terroristas alemães e árabes. Os reféns judeus foram mantidos pelos terroristas no Aeroporto de Entebbe, na Uganda. Neste dia, eles foram resgatados por uma unidade de Comando Israelense. O único soldado israelense a falecer na operação foi o próprio comandante, Yoni Netanyahu, irmão mais velho do ex-primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Dia 3 do mês hebraico de Tamuz, é o aniversário de falecimento do Lubavitcher Rebe. Neste dia, dezenas de milhares de pessoas visitam seu túmulo, em Nova Iorque, para pedir bênçãos. Muitos que não podem viajar até Nova Iorque enviam cartas, por fax ou e-mail, com seus pedidos, para que elas sejam postas no túmulo do Rebe. Este costume de se pedir bênçãos de um Tzadik, especialmente no seu aniversário de falecimento, é um costume místico judaico mencionado várias vezes no Talmud, no Zohar e em outras importantes obras do judaísmo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Devido ao antissemitismo prevalente nas melhores universidades dos Estados Unidos, Abram Sachar, em 1948, fundou a Brandeis University. Brandeis foi fundada com o propósito de ser uma faculdade laica para alunos judeus. A universidade foi nomeada em homenagem a Louis Brandeis, o primeiro judeu a se tornar um juiz na Suprema Corte norte-americana.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Em 1645, Portugal entrou em guerra contra a Holanda numa disputa pelas terras do Brasil. Após nove anos de conflito, os portugueses prevaleceram. Qual foi a conseqüência disto para os judeus? Em 1654, todos os judeus foram expulsos do Brasil. Cristãos-Novos foram deportados para Lisboa, julgados e executados. 600 judeus voltaram para a Holanda e 23 foram para Nova Amsterdã (Nova Iorque).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Nos dias de Chanucá, inclusive no Shabat, o Halel completo é recitado durante Shacharit – a reza da manhã – logo após a oração da Amidá. Também recitamos um trecho especial de Chanucá, chamado de Al Hanisim, que é inserido na Amidá de Shacharit, Michná (reza da tarde) e Arvit (reza da noite), na reza […]</span></div><div><span style="font-family: verdana;">O termo “Cabalá” é uma palavra hebraica derivada do verbo “lekabel”, que significa receber ou aceitar. O conhecimento da Cabalá foi adquirido primeiramente pelo patriarca Avraham e transmitido, de geração em geração, para os líderes espirituais do povo judeu.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Inicialmente, o centro da comunidade judaica na Europa era a Alemanha, cujo nome na língua hebraica é “Ashkenaz”. Portanto, mesmo após os judeus terem sido espalhados pela Europa Oriental, eles continuaram a serem chamados de Ashkenazim.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O Lago Kineret é o único lago de água doce em Israel. Localiza-se na Galiléia Oriental e tem o formato de uma harpa. A palavra hebraica para harpa é kinor; daí o nome do lago. Algumas fontes laicas se referem ao lago como o “Mar da Galileia”.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Moisés tinha 120 anos quando deixou este mundo. Este tempo de vida é considerado o ideal. Na tradição judaica uma forma de abençoar uma pessoa é dizendo: “Que você possa viver até os 120 anos”.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">No judaísmo, é proibido comer carne e leite juntos. Mas o leite de uma mãe que amamenta seu bebê é parve – não é considerado nem leite, nem carne. Uma explicação para isso é que o leite materno é considerado sagrado pelo judaísmo e não pode ser comparado com o leite de um animal.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Os tzares tratavam os judeus de forma tão abominável, que muitos destes foram líderes da Revolução Bolshevique de 1917. Os judeus da Rússia fundaram e participaram de muitas organizações socialistas. Um dos mais importantes conselheiros de Lênin era judeu. Porém, com o passar do tempo, os comunistas russos se voltaram contra os judeus, proibindo a prática do judaísmo e promovendo o antissemitismo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Durante os anos de 1840-1880, a população judaica nos Estados Unidos cresceu de 14.000 para 200.000 habitantes. A maioria desses imigrantes judeus originou de países onde se falava alemão; muitos deles haviam sido líderes de revoltas fracassadas na Europa. Esses imigrantes judeus se estabeleceram em diferentes cidades dos Estados Unidos, formando grandes comunidades em Nova Iorque, Cleveland, New Orleans, Albany e Buffalo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">No dia 17 de Sivan, a arca de Noach (Noé) parou sobre o pico do Monte Ararat. Isto ocorreu sete meses após o início do grande Dilúvio que matou todos os seres vivos que não estavam na Arca (com exceção dos peixes). 17 dias após as águas do Dilúvio começarem a baixar, a Arca parou no Monte Ararat.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Fonte:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i><br /></i></b></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>https://www.morasha.com.br/curiosidades.html/page/2?ID=41072</i></b></span></div><div><br /></div><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-29334514352849999202023-12-06T13:15:00.021-05:002023-12-09T11:50:00.074-05:00NOSSA HISTÓRIA: O QUE É A MENORÁ?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO13aGi4UeO0MQZF2bcAVyfk0FdJUREVzA1sNHTF_wdaAcx5VI3tMkFF3jhfk8qUoQ_CIZ2MLziBoc9nMQTQZ3IurGNnkAEMbzB6d-uYHzdfrW6ZmLQXpyPBSQcSLtIR3nNOQjpUVn1gFD1uqHHwcsZOhoWZHceGruVQ3cbGRo8WipVzX-JeNEqm80jv4/s1702/Hanukkiah.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="630" data-original-width="1702" height="118" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO13aGi4UeO0MQZF2bcAVyfk0FdJUREVzA1sNHTF_wdaAcx5VI3tMkFF3jhfk8qUoQ_CIZ2MLziBoc9nMQTQZ3IurGNnkAEMbzB6d-uYHzdfrW6ZmLQXpyPBSQcSLtIR3nNOQjpUVn1gFD1uqHHwcsZOhoWZHceGruVQ3cbGRo8WipVzX-JeNEqm80jv4/s320/Hanukkiah.jpg" width="320" /></a></div><br /><span style="font-family: verdana; text-align: left;">Existe também a Chanukiá (חנוכיה), um candelabro adaptado com 9 braços (diferentemente da Menorá (</span><span style="font-family: verdana; text-align: left;">מנורה)</span><span style="font-family: verdana; text-align: left;">, que tem 7 braços)</span></div></div><br /><div><br /></div><div><span style="font-family: verdana;">A Menorá (no hebraico: מנורה - "lâmpada, lâmpada candelabro"), é um candelabro de 7 braços, e um dos principais e mais difundidos símbolos do Judaísmo. Originalmente era um objeto constituído de ouro batido, maciço puro, feito por Moisés para ser colocado dentro do Santo Lugar — átrio intermediário entre o Átrio Exterior do Santuário e o Santo dos Santos — juntamente com Altar de Incenso e a Mesa dos Pães da Proposição. Diz-se que simboliza os arbustos em chamas que Moisés viu no Monte Sinai.<span><a name='more'></a></span></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A Menorá existia tanto no Tabernáculo quanto no Primeiro e, posteriormente, no Segundo Templo (Êxodo 25:31–40; Êxodo 37:17–24, Zacarias 4:2–5; Zacarias 10:14). Só no ano 69 d.C., com a invasão romana a Jerusalém e a destruição do Templo, a Menorá foi levada pelos invasores para Roma, fato este retratado em forma de relevo no Arco de Tito .</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Atualmente, a Menorá constitui um símbolo do Estado de Israel, com a Estrela de Davi.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Existe também a Chanukiá (חנוכיה), um candelabro adaptado com 9 braços (diferentemente da Menorá, que tem 7 braços).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A primeira Menorah foi feita obedecendo a instruções minuciosas do Eterno. Na Menorá, há sete braços ao todo: uma haste central, e três braços que saiam de cada lado.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Naturalmente, o fogo e a iluminação sempre tiveram um papel muito importante. Quando o Templo foi destruído, a Menorá tornou-se principal símbolo artístico e decorativo da fé judaica. A Menorá foi reintroduzida em 1948 (proclamação do Estado de Israel) como símbolo nacional do povo judeu e da identidade de Israel. Embora sendo um utensílio genuinamente judaico, é também utilizado em igrejas cristãs, que veem nas lâmpadas do candelabro, sete características relacionadas na bíblia: “Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo. Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR.” Isaias (11:1-2).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeFKBeF7qwAR6geBrP9R2CiwcuvQw-dFZlQk-nY6M1feSJTlOjHILJ9Y_HhbJpu9OIxEs4sCVk0X58I4KAzUFXqOD7jydPNMl4-PvaxDAZHl4C9VkpWgnH_K25vSj9Vl-SniCrfZfNeWMwJIs8Ym2MYDZVJxthhyphenhyphenOtt0tVTNh8I0vek4etIgpJabvYQd0/s2000/hanukkah-menorah.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1334" data-original-width="2000" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeFKBeF7qwAR6geBrP9R2CiwcuvQw-dFZlQk-nY6M1feSJTlOjHILJ9Y_HhbJpu9OIxEs4sCVk0X58I4KAzUFXqOD7jydPNMl4-PvaxDAZHl4C9VkpWgnH_K25vSj9Vl-SniCrfZfNeWMwJIs8Ym2MYDZVJxthhyphenhyphenOtt0tVTNh8I0vek4etIgpJabvYQd0/s320/hanukkah-menorah.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><b><i>Atualmente, a Menorá constitui um símbolo do Estado de Israel, com a Estrela de Davi</i></b></span></div><div><br /></div><div><br /></div></div></div><div><b style="font-family: verdana;">. Onde ficava a Menorá?</b></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A Menorah ficava no Santo Lugar. O Tabernáculo em si era formado por dois compartimentos: o Santo Lugar e o Santo dos Santos. Além da Menorah, no Santo Lugar ficavam a mesa dos pães da proposição e o altar de incenso. A Menorah era colocada de fronte para a mesa dos pães da proposição, à esquerda de quem entrava na sala. Toda essa mobília tinha um significado específico na adoração do Antigo Testamento e seu cuidado estava entre as funções sacerdotais.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">As sete lâmpadas da Menorah eram abastecidas pelos sacerdotes com azeite puro de oliveira (Êxodo 27:20). As lâmpadas do candelabro deviam ficar acessas continuamente (Êxodo 27:20; Levítico 24:1-4). Há certa discussão entre os estudiosos sobre o que seria manter as lâmpadas da Menorah continuamente acessas.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Alguns entendem que isso significava que as lâmpadas jamais ficavam apagadas. Já outros entendem que isso significava que as lâmpadas ficavam acessas diariamente, mas não o tempo todo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">À luz de Êxodo 30, parece que os sacerdotes preparavam e abasteciam as lâmpadas da Menorah a cada manhã, e as ascendia ao crepúsculo da tarde (Êxodo 30:7,8; cf. 1 Samuel 3:3). Para executar essa tarefa relacionada ao candelabro, os sacerdotes usavam espevitadeiras e apagadores. Esses utensílios também eram feitos do mesmo ouro da Menorah (Êxodo 25:38).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Posteriormente o Templo de Salomão foi construído em Jerusalém. Nele havia dez candelabros no Santo Lugar, cinco de um lado e cinco de outro (1 Reis 7:48,49; 2 Crônicas 4:7; Jeremias 52:19).</span></div><div><span style="font-family: verdana;">A função prática da Menorah no serviço religioso em Israel era basicamente fornecer luz aos sacerdotes que serviam no Lugar Santo. Mas seu significado era muito mais profundo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Muitos estudiosos consideram que o Tabernáculo e o Templo, pelo menos em certo sentido, relembravam o Jardim do Éden onde o homem tinha comunhão com Deus. Então eles sugerem que a Menorah, cuja aparência era semelhante a uma amendoeira, de certa forma também era uma lembrança da árvore da vida que havia no centro do Jardim do Éden.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A Menorah era formada por sete hastes. O número sete na literatura judaica transmite o significado de perfeição e completude. Assim, eruditos judeus também consideram que as sete hastes da Menorah apontavam para a obra de Deus nos sete dias da criação. Dentro da cultura judaica a Menorah é tão importante que ainda hoje está diretamente relacionada à identidade do povo judeu, servindo como símbolo do Estado de Israel.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O profeta Zacarias viu em uma visão uma Menorah de ouro, mas suas características eram diferentes do candelabro do Tabernáculo e do Templo (Zacarias 4:2). A visão de Zacarias é de difícil interpretação, e parece conectar as sete lâmpadas do candelabro à onisciência de Deus (cf. Zacarias 4:10).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Com base no contexto da visão de Zacarias, alguns comentaristas também entendem que talvez a Menorah possa ter simbolizado a responsabilidade dos judeus no pós-exílio em ser luz para os gentios (cf. 42:6; 49:6).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Resumo:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A Menorá era um dos utensílios do Tabernáculo e do Templo Sagrado. Este era um candelabro de sete braços, aceso pelo Sumo Sacerdote diariamente, de manhã e à tarde. A Menorá possuía sete braços, e era acesa com puro azeite de oliva.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Existem muitos significados para este importante utensílio. Um deles explica que a Menorá representava o centro de onde a espiritualidade era irradiada para o mundo. A Menorá era acesa com azeite, que simboliza a sabedoria da Torá.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Outro ponto interessante é que a finalidade da Menorá não era iluminar o ambiente interno do Templo Sagrado, e sim iluminar o exterior. Aprendemos isto da forma como eram feitas as janelas do Templo Sagrado; ao invés de serem mais estreitas na parte de fora, e largas na parte de dentro (como eram as construções da época, a fim de que a luz natural iluminasse o aposento), as janelas do Templo eram estreitas no lado interior e largas na sua parte externa, com a finalidade de espalhar sua luz, da sabedoria e espiritualidade da Menorá, para o mundo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Fonte:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/1688680/jewish/Menor.htm</i></b></span></div><div><br /></div><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-65510624737459235742023-12-03T15:05:00.000-05:002023-12-03T15:05:54.002-05:00OPINIÃO: A PERIGOSA INVERSÃO DE VALORES - POR NUNO VASCONCELLOS (COLUNA: UM OLHAR SOBRE O RIO): nvasconcellos@igcorp.com.br<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe-3FthM_sGqMJA-mCh_ydiwkuVjbT0htCS7ZqH3UYtGd0wt-_-Moq7tcrAh79R7M1PkwF92vNtEi7snbQN3fZve5q7UWKPjVQWyweeR9w8DkfGs3fTRVNynS61sfRkwTSUzTplu5pZ-4io6khZ_Ark2EozHpIDaG_8RAtRp9bBt2AaLEoZjVLD0qGtlk/s1200/1_nuno3dez-31314509.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="750" data-original-width="1200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe-3FthM_sGqMJA-mCh_ydiwkuVjbT0htCS7ZqH3UYtGd0wt-_-Moq7tcrAh79R7M1PkwF92vNtEi7snbQN3fZve5q7UWKPjVQWyweeR9w8DkfGs3fTRVNynS61sfRkwTSUzTplu5pZ-4io6khZ_Ark2EozHpIDaG_8RAtRp9bBt2AaLEoZjVLD0qGtlk/s320/1_nuno3dez-31314509.webp" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; text-align: left;"><b><i>A aceitação de tudo que o Hamas diz em relação a Israel acabará, um dia, impedindo a turma de tomar chope no Leblon e proibindo as mulheres de usar biquini em Ipanema</i></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Pouca gente a essa altura ainda demonstra algum incômodo diante da perigosa inversão de valores embutida nos comentários sobre a guerra no Oriente Médio. A vítima vem sendo cada vez mais tratada como o agressor e o agressor, como a vítima. Qualquer informação que tenha como fonte as Forças de Defesa de Israel — que falam em nome de um governo democrático que, queira ou não, será cobrado por tudo o que for dito — é recebida com reservas. E sempre aparece alguém para lembrar que ela não foi “checada por fontes independentes” — o que equivale a dizer que não merece crédito.<span><a name='more'></a></span></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A reação é outra, porém, quando a informação vem do “Ministério da Saúde do Hamas”. Pouca gente, antes da guerra, tinha noção de que os terroristas, que desde 2007 dominam a Faixa de Gaza com mão de ferro, contavam com um “Ministério da Saúde” tão organizado, ágil e eficiente. Mas bastou ter sua existência revelada ao mundo para que a instituição fosse posta acima de qualquer suspeita. Tudo o que vem de lá é aceito como verdade pela própria Organização das Nações Unidas, ainda que se trate apenas de versões convenientes a terroristas que não prestam contas nem à sua própria consciência.</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Muitas outras atitudes, além da confiança depositada nesse “Ministério”, denunciam o tratamento gentil que muita gente no Ocidente dispensa aos terroristas — que para a própria ONU e para alguns governos, entre eles o do Brasil, nem terrorista é. Uma das lorotas mais frequentes que se ouve a respeito do Hamas, por exemplo, é a que aponta diferenças de métodos e de opiniões entre “o braço armado”, encarregado de cometer os atentados terroristas e conhecido como Brigada Izz el-Deen al-Qassan, e os “civis” do Conselho Político — que se apresentam ao mundo para falar em nome da organização.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Da forma como um e outro são tratados, é como se os “combatentes” que cometem os crimes não seguissem as orientações dos “políticos” que os ordenam — e como se os “políticos” não tivessem a mínima responsabilidade pelas ações “militares” do bando. Ou seja, para a turma que por conveniência política ou por afinidade ideológica aceita sem pensar tudo que escuta do Hamas, é como se a mão que desfere a facada tivesse vontade própria e não obedecesse às ordens do cérebro que toma a decisão de agredir.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>VITÓRIA DO TERROR —</b> Não é a primeira vez que esse tema é tratado neste espaço — mas como o problema tem se tornado mais preocupante a cada semana, é sempre necessário voltar a ele, nem que seja apenas para alertar sobre o risco que essa atitude representa. Isso é necessário — ainda mais neste momento em que as hostilidades foram retomadas na sexta-feira passada, após um cessar fogo que durou uma semana para resguardar a troca de reféns israelenses, que estavam em poder dos terroristas, por palestinos que cumpriam penas em Israel. A volta dos bombardeios logo levará os terroristas a falar em um número exagerado de vítimas civis entre a população palestina e se esqueçam de que foi deles que partiram as primeiras brutalidades.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Segundo o “Ministério do Hamas”, houve 39 vítimas logo nas horas seguintes à retomada dos ataques. Ninguém deu importância ao fato de que, pouco antes dos ataques a seus esconderijos, eles tinham disparado foguetes contra Israel. Ninguém, da mesma forma, considerou grave a recusa do Hamas em apresentar aquilo que, para Israel é ponto de honra: provas irrefutáveis de vida dos reféns arrancados à força de suas casas no dia 7 de outubro. Da mesma forma, não apresentaram a lista com os nomes dos reféns que deveriam ser trocados. A alegação para a recusa é ridícula. Muitos dos reféns, segundo os porta-vozes dos terroristas, estariam em poder de outras organizações, sobre as quais o Hamas não tem qualquer influência.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Outro ponto que não parece preocupar a ninguém é a parcialidade absurda da ONU num conflito em torno do qual, por sua própria natureza, ela tinha a obrigação de se manter neutra. Mas bastou que Israel partisse para a ofensiva logo depois da agressão covarde do dia 7 de outubro para que o Secretário-Geral António Guterres livrasse os terroristas de qualquer responsabilidade sobre o conflito e começasse a falar da força exagerada empregada por Israel em sua reação.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Com retomada das hostilidades, a organização voltou a demonstrar que já escolheu seu lado no conflito. Uma das declarações que deixaram isso claro foi dada por James Elder, porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância — Unicef.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A exemplo do que tem feito Guterres, Elder exigiu um cessar-fogo imediato e criticou as grandes potências aliadas de Israel por não evitarem a retomada dos conflitos. Além disso, afirmou que “a inação, em sua essência, é uma aprovação da matança de crianças. É imprudente pensar que mais ataques contra o povo de Gaza levarão a algo diferente de uma carnificina”. Há mais de 50 dias espera-se do Unicef uma condenação, mínima que seja, ao assassinato de recém-nascidos (alguns deles assados vivos em fornos domésticos) e ao sequestro de crianças pelos terroristas durante os atentados de 7 de outubro...</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Não há como negar que a reação de Israel tem sido firme e implacável — e que muitas vezes atinge civis. É igualmente obrigatório, porém, denunciar que os terroristas têm o hábito de expor a população civil a um risco exagerado ao se esconder atrás dela para se proteger dos ataques. Os organismos da ONU conhecem essa prática — mas nunca a condenaram. A impressão que fica é a de que o órgão internacional já havia decidido de quem é a culpa nessa história antes mesmo de a guerra começar e que, se não fosse a ação dos Estados Unidos no Conselho de Segurança, Israel já teria sido obrigado a oferecer a outra face aos terroristas que o agrediram. Seja como for, as declarações que condenam a reação como um fato mais grave do que a agressão que a motivou são prova de que, naquilo que depender das Nações Unidas, o terror sairá vitorioso dessa guerra.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A vitória, pelo menos agora, não será militar. E nem é esse o objetivo do terror neste momento. O que o Hamas pretende é encostar Israel contra a parede e, assim, obter uma espécie de salvo conduto que lhe permita continuar praticando seus crimes com a certeza de que o outro lado pagará por eles. E isso, convenhamos, é a vitória do terror.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A cada vez que as informações de seu interesse são tratadas com mais respeito do que as que são passadas pelo governo de Israel, os terroristas se fortalecem. E esse fortalecimento representa um perigo real não só para Israel, mas para todo o Ocidente. Alguém já parou para pensar no que aconteceria ao Oriente Médio e ao mundo caso o Hamas, no final das contas, ganhasse de fato essa guerra? O que poderia acontecer caso os terroristas alcançassem o objetivo de destruir Israel e impusessem seus valores a todos os que estiverem sob seu domínio?</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">É bom que os brasileiros, a começar por integrantes do próprio governo, comecem a refletir sobre questões como essas antes de sair por aí culpando Israel e seus aliados por tudo de ruim que está acontecendo no Oriente Médio — uma postura que, no final das contas, significa a defesa de tudo o que os terroristas defendem. Na sexta-feira passada, em sua participação na abertura da COP-28, a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, que acontece em Dubai nos Emirados Árabes Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a fazer críticas veladas aos Estados Unidos — que, em outubro, vetou no Conselho de Segurança a resolução apresentada pelo Brasil, que determinava um cessar-fogo, mas não reconhecia o direito de Israel reagir à agressão nem exigia a libertação dos reféns sequestrado pelos facínoras.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">“É inexplicável que a ONU, apesar de seus esforços, se mostre incapaz de manter a paz simplesmente porque alguns de seus membros lucram com a guerra”, disse Lula. O presidente, ao insinuar que os Estados Unidos lucram com a guerra, não fez qualquer menção ao Irã, país que jamais escondeu seu interesse nesse conflito nem negou seu patrocínio a organizações terroristas como o Hezbollah e o Hamas, que estão por trás de toda a violência que se vê no Oriente Médio. O governo atual pode não considerar isso um problema, mas o fato é que a postura do Brasil tem sido vista com reserva crescente por seus tradicionais aliados do Ocidente — e isso poderá custar caro na negociação de temas importantes que envolvam os Estados Unidos ou os países europeus. A diplomacia brasileira, cada vez mais, tem se alinhado com os países que preferem fechar os olhos para as verdadeiras causas da guerra. E que, como fez o porta-voz do Unicef, se referem às vítimas entre a população civil da Faixa de Gaza sem demonstrar qualquer comoção diante das vítimas da agressão. Isso tem servido para que o Brasil perca a confiança de seus antigos aliados e seja visto como um país subserviente aos interesses de quem, de fato, quer lucrar com o terrorismo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Mantido esse nível de submissão a seus interesses, os terroristas do Hamas não terão dificuldades para expandir seus domínios para além da Palestina. Pouco a pouco, eles acabarão fincando sua bandeira no Brasil e, diante da simpatia que despertam em alguns setores políticos do país, talvez até consigam crescer entre nós. Sem enfrentar resistências, eles expandirão sua influência e até (quem sabe?) chegar ao ponto de impor por aqui a mesma rédea curta com que mantêm o controle sobre as populações dominadas por eles. Como acontece, por exemplo, no Irã, onde o povo é sufocado pelo regime de terror dos fundamentalistas desde 1979.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">E assim, quando menos esperarmos, as mulheres cariocas se verão proibidas de andar de minissaia ou de usar biquíni em Ipanema. Os integrantes da população LGBTQIA+ serão arremessados do 41º do Edifício Cândido Mendes, na Rua da Assembleia. E a rapaziada não poderá mais tomar seu chope e suas caipirinhas nas noites animadas do Leblon.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>TRUCULÊNCIA E OPRESSÃO —</b> A imagem acima, sem dúvida, é exagerada e até mesmo grotesca. Certamente, cenas como essa são improváveis e não passam pela cabeça de nenhum brasileiro que demonstra sua simpatia ao Hamas. Mas, com toda certeza, isso é levado em conta pela turma do Hamas, do Hezbollah ou de qualquer outro grupo que, ao ser acolhido num país estrangeiro, não faz a menor questão de assimilar os valores da cultura local. E que, ao contrário, tenta impor os seus valores a quem os recebeu. É isso que está por trás de uma série de atentados que volta e meia são cometidos em países europeus por gente que, depois de se abrigar no Ocidente, passa a combater os princípios e os valores que as democracias ocidentais levaram séculos para construir. Para quem impõe seu domínio pelo terror, a liberdade de que os outros desfrutam é ofensiva.</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Ninguém pode ignorar que, por trás da guerra que se trava em Gaza, mais do que uma disputa por territórios, existe um choque de cultura e de valores que precisa ser levado em conta. A despeito das ideias anacrônicas defendidas por alguns integrantes do atual gabinete de coalizão liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Israel é e continuará sendo, até prova em contrário, a única democracia daquela parte do mundo — e até por essa razão, sua existência não é suportada por vizinhos que só conseguem se afirmar pela truculência, pela opressão e pelo medo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Os milhares e milhares de árabes e palestinos que vivem no território israelense desfrutam de mais liberdade de expressão, de movimentação, de escolha e até mesmo de crença do que teriam em qualquer outro país da região. O que está em curso neste momento, portanto, não é apenas uma guerra entre o Estado de Israel e os terroristas que tentam destruí-lo com seus métodos cruéis e covardes. O que está em disputa são os princípios e valores democráticos da sociedade ocidental contra o modo de vida arcaico que os terroristas impõem às áreas sob seu domínio na Palestina ou em qualquer outra parte.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>O FILHO DO HAMAS —</b> Outro aspecto que precisa ser debatido com mais profundidade diz respeito à verdadeira razão da inexistência até este momento de um Estado Palestino na região. Ele poderia ter sido criado em 1948 e ter, portanto, a mesma idade de Israel. Foram os próprios líderes palestinos que, naquele momento, rejeitaram a decisão da ONU nesse sentido. Desde então, e por mais que expressassem o desejo de ter seu próprio Estado, eles nunca moveram esforços reais para viabilizar a iniciativa. Por duas razões.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A primeira delas é a de que eles simplesmente não aceitam compartilhar o território com Israel, a quem desejam varrer do mapa. A outra é a de que um Estado formal, com instituições estruturadas e sujeitas aos padrões contemporâneos de convivência entre as nações, dificultaria o uso do terrorismo como arma de afirmação política.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Portanto, quem estiver disposto a acreditar na visão que praticamente isenta de culpa a organização terrorista que invadiu Israel, estuprou mulheres, degolou crianças e sequestrou mais de duas centenas de pessoas, que acredite. É bom saber, porém, que os “políticos” e os “combatentes” do Hamas se submetem ao mesmo comando e se guiam pelos mesmíssimos propósitos.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">E esses propósitos são: aniquilar o Estado de Israel, combater os valores da sociedade ocidental e impor a “sharia” — a justiça islâmica que, neste momento, pesa contra o povo do Afeganistão ou de qualquer outro espaço dominado pelos fanáticos que corrompem os valores da fé islâmica para impor o terror sobre o povo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Isso ficou ainda mais claro nos últimos dias, com a passagem pelo Brasil do palestino Mossab Hassan Yousef. Autor do livro Filho do Hamas, lançado em 2010, ele fala do papel de seu pai, o sheik Hassan Youssef, um dos sete fundadores da organização terrorista. O texto descreve com detalhes as agressões físicas frequentes, que Mossab, na juventude, sofreu dos líderes da organização para que desenvolvesse o mesmo fanatismo que move o grupo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Em sua jornada, Mossab foi deserdado pela família, trabalhou por mais de uma década como agente infiltrado da inteligência israelense junto aos palestinos mais radicais. Se converteu ao cristianismo, é considerado um traidor e vive nos Estados Unidos sob permanente ameaça de morte.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>BANDEIRA TERRORISTA —</b> Na passagem pelo Brasil, Mossab concedeu entrevistas a diversos órgãos de imprensa. Numa delas, ao apresentador Paulo Mathias, da TV Jovem Pan, ele foi convidado a analisar a fotografia de um grupo jovens militantes da esquerda brasileira — que, no dia 12 de novembro, tiveram a desfaçatez de sair às ruas de São Paulo numa manifestação a favor do Hamas. Atenção! Os manifestantes sequer se deram ao trabalho, como outros fazem a todo instante, de camuflar seu apoio aos terroristas atrás da suposta solidariedade ao povo palestino. Em todo momento, eles deixaram claro sua admiração pelo Hamas e por seus métodos assassinos.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Na foto, os jovens brasileiros, todos sorridentes, empunhavam as bandeiras verdes com palavras em árabe escritas em letras douradas. Mossab disse que os manifestantes não sabiam que aquilo significava “Alá é Deus e Maomé é Seu Profeta” — expressão utilizada pelo Hamas para impor a superioridade de suas crenças sobre todas as demais.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Desfraldar aquela bandeira, disse ele, significa aceitar o discurso de ódio utilizado pelo terror para disseminar as posições antissemitas com as quais os terroristas obtêm — eles, sim — lucros formidáveis. Em outras palavras, aqueles estudantes, ligados a partidos nanicos da esquerda radical, como PSTU e PCO, não passam de cordeirinhos prontos para serem imolados, de inocentes úteis à propaganda terrorista.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">É importante, acima de tudo, não perder o contato com a realidade. Na medida em que a tentativa de transformar a vítima em agressor ganha força pelo mundo, as pessoas precisam ser lembradas o tempo todo de que a guerra só está sendo travada porque um bando de terroristas se achou no direito de invadir o território israelense e sair estuprando mulheres, degolando crianças e sequestrando pessoas. Mas isso é um detalhe insignificante aos olhos de quem faz questão de ignorar o ato de extrema covardia e exige que Israel nunca reaja ao Hamas. É isso que interessa: no dia em que a opinião pública mundial conseguir manter Israel imóvel diante das agressões, o terror terá vencido a guerra. E nesse dia, pode ter certeza, os sinos dobrarão pela democracia e pelos valores que já custaram a vida de tantas pessoas.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Fonte:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/um-olhar-sobre-o-rio/2023/12/6751707-a-perigosa-inversao-de-valores.html</i></b></span></div><div><br /></div><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-75426527271620658722023-12-01T16:07:00.000-05:002023-12-01T16:07:21.341-05:00TRADIÇÃO: CELEBRANDO CHANUCÁ<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrbZ2IenTcbqxlOWu6DNmyBjTgYR2ZHgvrfY_KWTDy_ON1UyQO5jTm4q5TqppRxP_nFYhYIxjbfzpw_4QSybPWM_fITXmyo-lomS2XGbfxESVTKzJyHnpJtr_0jAGmXaRmQHBeGWyvFzAF3eZoqqAMQlcaCZ4VkNpKvf9KRattsx0VjJ6w8qqNjH4pazo/s1200/facts-about-hanukkah-1200x675-2.jpg.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="675" data-original-width="1200" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrbZ2IenTcbqxlOWu6DNmyBjTgYR2ZHgvrfY_KWTDy_ON1UyQO5jTm4q5TqppRxP_nFYhYIxjbfzpw_4QSybPWM_fITXmyo-lomS2XGbfxESVTKzJyHnpJtr_0jAGmXaRmQHBeGWyvFzAF3eZoqqAMQlcaCZ4VkNpKvf9KRattsx0VjJ6w8qqNjH4pazo/s320/facts-about-hanukkah-1200x675-2.jpg.webp" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; text-align: left;"><b><i>As luzes de Chanucá são acesas noite após noite nesta festividade de oito dias</i></b></span></div><br /><div><span style="font-family: verdana;">A festa de Chanucá se inicia no dia 25 de Kislev, este ano, 07 de dezembro, a noite. o acendimento das velas vai até 3 de Tevet – 14 de dezembro, a noite.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><span><a name='more'></a></span></span></div><div><span style="font-family: verdana;">As luzes de Chanucá são acesas noite após noite nesta festividade de oito dias. Acendemos uma luz na primeira noite, duas na segunda e assim por diante. Na oitava e última noite, acendemos todas as oito. Na primeira noite, acende-se a vela da extrema direita e, a cada noite subsequente, vai-se acrescentando uma nova vela do lado esquerdo à anterior e, assim, sucessivamente. A primeira vela a ser acesa é sempre a nova, à esquerda. </span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A Chanuquiá deve ser acesa diariamente após o aparecimento das estrelas, com exceção da véspera do Shabat, quando isso deve ser feito antes do pôr do sol. Por ter um propósito sagrado, a luz da Chanuquiá não poderá ser usada para nenhum outro fim, como trabalho ou leitura.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Qualquer material incandescente pode ser usado para acender a Chanuquiá, mas deve-se preferir a luz intensa do azeite ou de velas de cera ou parafina, grandes o bastante para permanecer ardendo no mínimo por meia hora após o cair da noite. Por isso, se uma vela apagar durante esse tempo – com exceção da noite de Shabat, ela deve ser reacendida. É importante ressaltar que não se devem usar Chanuquiot elétricas. Elas podem ser colocadas em locais públicos para divulgar os milagres de Chanucá – mas não para cumprir o mandamento.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Na Chanuquiá há uma outra vela auxiliar, de preferência de cera, chamada Shamash, que fica um pouco acima ou abaixo do que as demais velas ou suportes para o azeite: é importante distingui-lo dos demais, senão poderia parecer que a Chanuquiá tem nove braços. Algumas comunidades usam o Shamash para acender as demais velas; outras, uma vela adicional. Uma vez acesas as velas de Chanucá, não se deve apagar o Shamash.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Na sexta-feira, véspera do Shabat, acendemos a Chanuquiá logo antes de acender as velas do Shabat. Devemos usar azeite suficiente ou velas suficientemente grandes para que as luzes de Chanucá fiquem acesas cerca de 1 ½ horas após a entrada do Shabat. Uma vez iniciado o Shabat, não podemos reacender chamas apagadas nem mover de lugar a Chanuquiá; tampouco preparar as velas para serem acesas sábado à noite. Isso somente poderá ser feito ao término do Shabat. Sábado à noite, as luzes de Chanucá são acesas após a realização da Havdalá.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Há diferentes tradições sobre o local no lar onde colocar a Chanuquiá. Alguns a colocam em uma entrada central, perto do vão da porta onde está a Mezuzá. Outra opção é colocá-la no peitoral de uma janela de frente para a rua. Essa opção é preferível, pois assim as luzes de Chanucá podem ser vistas pelo público passante.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">É importante que todos os judeus, de todas as idades, estejam presentes e envolvidos quando o mandamento de acender as luzes de Chanucá é cumprido. Em Chanucá, é tradição comer alimentos ricos em azeite, como sufganiot (sonhos) e latkes (panquecas fritas de batata), celebrando também dessa forma o milagre do azeite.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Acendendo a Chanuquiá:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Todas as noites, antes de acender as velas, pronunciam-se as seguintes bênçãos:</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, asher kideshánu bemitsvotav, vetsivánu lehadlic ner Chanucá.</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Bendito és Tu, Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificaste com Teus mandamentos, e nos ordenaste acender a vela de Chanucá.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, sheassá nissim laavotênu, bayamim hahêm, bazeman hazê.</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Bendito és Tu, Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que fizeste milagres para nossos antepassados, naqueles dias, nesta época.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Apenas na primeira noite, depois de recitar as duas bênçãos, recita-se o shehecheyánu:</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, shehecheyánu vekiyemánu vehiguiyánu lazeman hazê.</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Bendito és Tu, Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que nos deste vida, nos mantiveste e nos fizeste chegar até a presente época.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A cada noite, após recitar as bênçãos, acendem-se as velas da Chanuquiá com o Shamash, que é colocado na Chanuquiá de modo a ficar mais alto do que as demais chamas. Após acender as velas, recita-se em seguida Hanerot halálu:</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>Hanerot halálu ánu madlikim, al hanissim veal hapurkan, veal haguevurot veal hateshuot, veal haniflaot, veal hanechamot, sheassita laavotênu, bayamim hahêm, bazeman hazê, al yedê cohanêcha hakedoshim. Vechol shemonat yemê Chanucá, hanerot halálu côdesh hem, veen lánu reshut lehishtamesh bahem êla lir’otam bilvad, kedê lehodot lishmêcha, al nissêcha, veal nifleotêcha, veal yeshuotêcha.</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Acendemos estas luzes em virtude dos milagres, redenções, bravuras, salvações, feitos maravilhosos e auxílios que realizaste para nossos antepassados, naqueles dias, nesta época, por intermédio de Teus sagrados sacerdotes. Durante todos os oito dias de Chanucá, estas luzes são sagradas, não nos sendo permitido fazer qualquer uso delas, apenas mirá-las, a fim de que possamos agradecer a Teu grande nome, por Teus milagres, Teus feitos maravilhosos e Tuas salvações.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Costuma-se colocar a Chanuquiá sobre uma mesa no lado esquerdo da porta de entrada, em frente à Mezuzá, ou na janela que dá para a via pública. Os seguintes horários são referentes apenas a São Paulo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>1ª noite</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>25 de Kislev</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>Quinta-feira, 07 de dezembro, a partir das19:10 horas</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>2ª noite</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>26 de Kislev</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>Sexta-feira, 08 de dezembro, 18:25 horas, antes de acender as velas de Shabat</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>3ª noite</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>27 de Kislev</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>Sábado, 09 de dezembro, a partir das 19:25 horas, após a Havdalá</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>4ª noite</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>28 de Kislev</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>Domingo, 10 de dezembro, a partir das 19:12 horas</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>5ª noite</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>29 de Kislev</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>Segunda-feira, 11 de dezembro, a partir das 19:13 horas</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>6ª noite</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>1 de Tevet</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>Terça-feira, 12 de dezembro, a partir das 19:13 horas</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>7ª noite</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>2 de Tevet</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>Quarta-feira</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>13 de dezembro, a partir das 19:14 horas</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>8ª noite</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>3 de Tevet</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>Quinta-feira, 14 de dezembro, a partir das 19:14 horas</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Fonte:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>https://www.morasha.com.br/chanuca/celebrando-chanuca.html</i></b></span></div><div><br /></div><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-73867172297317146362023-11-24T14:47:00.002-05:002023-11-24T14:47:56.653-05:00CURIOSIDADE: A SINAGOGA "ESPANHOLA" DE PRAGA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRdvnVDqefS9m-QeqX84LRC2fCefGXTaaBU7XvnfxLpjuYoVlirLWf1LdxNx8zkzTjjz_U-LDz6nWRN9dgJjLSmOOVLM5aeRk7b_Dze1XzDvt0Ju6NslUEWFCucoDde7JkMwz-V78TOxb5ETEFB98eh3jffyhz4fCVG2ABpsaTJE2i-spXCd8NfIvB4c4/s1009/xim36b7nfy-foto-spanelska-synagoga.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="619" data-original-width="1009" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRdvnVDqefS9m-QeqX84LRC2fCefGXTaaBU7XvnfxLpjuYoVlirLWf1LdxNx8zkzTjjz_U-LDz6nWRN9dgJjLSmOOVLM5aeRk7b_Dze1XzDvt0Ju6NslUEWFCucoDde7JkMwz-V78TOxb5ETEFB98eh3jffyhz4fCVG2ABpsaTJE2i-spXCd8NfIvB4c4/s320/xim36b7nfy-foto-spanelska-synagoga.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; text-align: left;"><b><i>Seu nome se refere, provavelmente, ao estilo arquitetônico neomourisco, inspirado na arte do período islâmico, na história espanhola</i></b></span></div><br /><div><br /></div><div><span style="font-family: verdana;">Construída em 1868, a Sinagoga Espanhola de Praga é uma das mais bonitas da Europa. Seu nome se refere, provavelmente, ao estilo arquitetônico neomourisco, inspirado na arte do período islâmico, na história espanhola. </span><span style="font-family: verdana;">Ao visitar as sinagogas de Praga, é possível vivenciar a longa história dos judeus da cidade. Suas estruturas físicas são testemunhas silenciosas da vida judaica no período em que foram erguidas, reformadas ou, por vezes, reconstruídas. O tamanho, localização e estilo arquitetônico nos revelam fatos importantes sobre o grau de religiosidade, o momento histórico, as restrições legais impostas pelos governantes assim como as preferências estéticas e o status econômico de seus membros.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><span><a name='more'></a></span></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">No século 19, com a emancipação dos judeus de Praga e do restante da Europa, a vida judaica se abriu à modernidade. Os judeus passam a participar da vida econômica, política, cultural e social do país onde viviam. As sinagogas se tornam um símbolo de sua nova posição social e de seu desejo de se inserir e serem aceitos na vida da sociedade maior.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Com a emancipação, haviam caído por terra as restrições legais que limitavam a construção de novas sinagogas. Tampouco seus membros precisavam temer que o tamanho, beleza ou imponência de suas sinagogas provocassem a ira de não-judeus ou dos governantes. Se antes da emancipação as sinagogas eram construções modestas, com fachadas simples, muitas vezes adornadas apenas em seu interior, as novas sinagogas são edifícios monumentais com requintados interiores.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Os rabinos do século 19 aprovam a construção dessas magníficas sinagogas, pois o Judaísmo considera apropriado adornar e embelezar suas casas de orações, assim como seus objetos de culto, como mais uma forma de honrar a D’us. O uso da arte nas sinagogas é um mandamento, Hidu mitzvá, segundo o qual deve ser adicionada uma dimensão estética a todos os objetos religiosos. E, seguindo esse princípio, a Sinagoga Espanhola é, certamente, uma das casas de oração mais lindas da Europa.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Essa sinagoga não foi a primeira a ser erguida no local. Até 1868 em seu lugar erguia-se aquela que era provavelmente a mais antiga da Cidade Judaica de Praga, a Altschul (Antiga Escola ou Antiga Sinagoga), construída no séc. 11 ou 12. De acordo com vários historiadores, a sinagoga foi erguida por judeus bizantinos vindos do Oriente que aí se estabeleceram no início do século 11. Outros acreditam que judeus expulsos da Espanha teriam se fixado na área em torno da Altschul, no final do séc. 15, e teriam reformado ou reerguido a sinagoga que havia sido destruída ou extremamente danificada. O que sabemos é que, em algum momento da história dos judeus de Praga, as orações na Altschul seguiam o rito sefardita. Em 1605, por exemplo, foi impresso em Praga um livro de orações usado na Altschul que seguia o rito dos judeus oriundos de Sefarad.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Várias vezes essa sinagoga passou por extensas reformas. Na segunda metade do séc. 19, havia se tornado pequena para a comunidade que a frequentava, razão pela qual foi remodelada, em 1837. Mas, em1867, quando da emancipação dos judeus, seus membros decidem erguer uma nova sinagoga mais imponente, um impactante símbolo da emancipação e da prosperidade da comunidade judaica. A Altschul foi totalmente demolida. O novo projeto ficou a cargo de dois profissionais de renome, à época, o arquiteto Vojtěch Ignác Ullmann e o designer de interiores Josef Niklas. Terminado em 1868, o exterior da construção, com uma fachada em três partes, é em estilo neorromântico, com influências mouras em alguns detalhes.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Olhando-se de fora, é impossível imaginar a espetacular abóbada que há em seu interior. O detalhe mais lindo da decoração é o arabesco multicolorido, em verdadeira colagem de mosaicos simétricos e rebuscados, adornados com belo trabalho em filigrana de ouro. Uma das paredes contém uma enorme janela com vitral colorido que tem no centro um Maguen David, o Escudo de David de seis pontas, e foi instalado em 1882-1883. Abaixo do mesmo fica o deslumbrante Aron Hakodesh, a arca que guarda os Rolos da Torá.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A comunidade da Sinagoga Espanhola não seguia o rito do Judaísmo ashquenazi ortodoxo como as outras sinagogas de Praga, à época, mas o reformista, ainda que não o radicalismo do movimento reformista do Judaísmo alemão. Optaram por uma linha mais moderada. Praticamente toda a liturgia era conduzida em hebraico, sendo apenas os sermões em alemão. A nova sinagoganão foi erguida para professar um movimento religioso, mas sim como representação da nova prosperidade judaica. Com o tempo, porém, a sinagoga torna-se um símbolo da grande assimilação por parte dos judeus de Praga.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Em 15 de março de 1939, as tropas alemãs invadiram a Boêmia e a Morávia. A então jovem Checoslováquia não foi capaz de resistir aos invasores e foi ocupada pelo Terceiro Reich por um período de seis anos. A região foi praticamente anexada pela Alemanha, que criou o Protetorado da Boêmia e Morávia.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Durante a 2ª Guerra os nazistas usaram a Sinagoga Espanhola como um de seus depósitos de objetos judaicos roubados aos judeus que assassinavam. Eles pretendiam montar uma riquíssima coleção que seria exposta, após sua suposta vitória, no que chamariam de Museu Nazista de uma Raça Extinta.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Após o final da Guerra e a derrota alemã, a Sinagoga Espanhola se tornou parte do Museu Estatal Judaico. As autoridades comunistas checas por fim devolveram a sinagoga a quem de direito – a comunidade judaica. Mas, na década de 1970, a Sinagoga Espanhola estava em avançado estado de deterioração e, em 1982, fechou suas portas.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Após a Revolução de Veludo na antiga Checoslováquia, a revolução pacífica ocorrida em dezembro de 1989 que testemunhou a deposição do governo comunista, a comunidade judaica começou a pôr em prática um projeto para a renovação da sinagoga. Foi o projeto mais custoso do Museu Judaico de Praga. Após dez anos de intensos trabalhos, a Sinagoga Espanhola foi reinaugurada em 1998, no ano em que celebrava o 130º aniversário de sua construção.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Com o nome de Museu Judaico-Sinagoga Espanhola, e sob a direção da comunidade, lá também funciona uma exposição permanente sobre a moderna história dos judeus na República Checa, começando pelas reformas instituídas pelo Imperador dos Habsburgos, José II, e cobrindo até o Holocausto.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Fonte:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>https://www.morasha.com.br/comunidades-da-diaspora/a-sinagoga-espanhola-de-praga.html</i></b></span></div><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-3649335357659108132023-11-24T14:37:00.000-05:002023-11-24T14:37:48.452-05:00NOSSA HISTÓRIA: JUDEUS DE PRAGA - DO SÉCULO 10 À EMANCIPAÇÃO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiD4Z5-p5d6KjqeLfhv5aq_UXSvtzJ-5XWucr-i7ltNVwXxoOa1_51njxpPUpYmnsMIZz66L4XaQBVhtGq8_RyRLxnoTygeH656mdNFga6qKkgaQ2GGIkUHC2L46LuWargTbLRDPXYMIAoCsXaL28UIIhAXeTlCCkLedsd5ZVOEtJVmnQ7kD18CXd200LE/s1170/es-blog-the-city-of-a-hundred-spires.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="570" data-original-width="1170" height="156" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiD4Z5-p5d6KjqeLfhv5aq_UXSvtzJ-5XWucr-i7ltNVwXxoOa1_51njxpPUpYmnsMIZz66L4XaQBVhtGq8_RyRLxnoTygeH656mdNFga6qKkgaQ2GGIkUHC2L46LuWargTbLRDPXYMIAoCsXaL28UIIhAXeTlCCkLedsd5ZVOEtJVmnQ7kD18CXd200LE/s320/es-blog-the-city-of-a-hundred-spires.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; text-align: left;"><b><i>O primeiro documento que menciona a existência de Praga é datado de 965-6 e foi escrito por um judeu espanhol, Abraham ben Jacob de Tortosa, conhecido como Ibrāhīm ibn Ya’qūb</i></b></span></div><br /><div><span style="font-family: verdana;">A comunidade judaica de Praga, criada na Alta Idade Média, é a mais antiga da Boêmia. Sua história é marcada por profundo antissemitismo cuja intensidade reflete os problemas sociais e econômicos de cada período histórico. Entre os séculos 17 e 19, no entanto, Praga se tornaria um importante centro judaico.</span></div><div><span style="font-family: verdana;">A capital da República Checa, Praga, é um dos centros urbanos mais antigos da Europa Centro-Oriental. A presença de judeus na região remonta à Antiguidade. De acordo com o historiador checo V. V. Tomek, os primeiros a se aventurarem na Boêmia eram mercadores que seguiam as legiões romanas. Não se tem certeza, porém, quando foram estabelecidos os primeiros assentamentos judaicos.<span><a name='more'></a></span></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Há uma lenda checa que menciona Praga e os judeus. Conta a tradição que Lubossa1, ancestral da dinastia de Premislidas e do povo checo, previa o futuro e, certo dia, encontrando-se em um penhasco acima do rio Moldava, teve uma visão de que ali se estabeleceria “uma grande cidade”. A visão a alertou de que seus descendentes entrariam em contato com um povo de um país distante e religião diferente. Se esse povo fosse recebido em paz, a cidade seria abençoada com prosperidade.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Bořivoj Přemyslovec, descendente de Lubossa, que assumiu o poder em 870, é o fundador da dinastia dos Premislidas, que governou o Ducado da Boêmia até 1301. Bořivoj e sua esposa Ludmila foram os primeiros governantes a aceitarem o batismo, cristianizando em seguida seus domínios. Acredita-se, ainda, que tenha sido ele (ou seu filho) quem teria fundado o Castelo de Praga, no final do século 9, na colina Hradchany, na margem esquerda do rio Moldava. Atualmente, o Castelo é utilizado como sede da Presidência da República Checa.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O primeiro documento que menciona a existência de Praga é datado de 965-6 e foi escrito por um judeu espanhol, Abraham ben Jacob de Tortosa, conhecido como Ibrāhīm ibn Ya’qūb. Comerciante e diplomata, ibn Ya’qūb fora enviado por al-Hakam II, califa de Córdoba, à corte de Oto I, o Grande, imperador do Sacro Império Romano-Germânico. Terminada a missão diplomática, ibn Ya’qūb percorreu outros lugares da Europa. Em seu relato de viagem, ele descreve, entre outros, Praga. Conta que havia um importante centro de comércio em volta e aos pés do Castelo de Praga, onde mercadores judeus e não-judeus vendiam produtos vindos do Oriente e Ocidente.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Na época, os judeus eram livres para viver onde quisessem, desfrutando dos mesmos direitos e privilégios que os comerciantes alemães e francos. Um cronista checo do século 16, Václav Hájek de Libočany2, relata que uma sinagoga fora erguida em Praga, no final do século 10, às margens do rio Moldava, em meio à população cristã. O cronista conta que no ano de 995 os cristãos haviam pedido aos judeus ajuda militar contra rebeldes pagãos. Os judeus lutaram com tamanha bravura que receberam autorização para construir uma sinagoga no bairro de Malá Strana3 (Cidade Inferior de Praga ou Cidade Velha). A relativa tranquilidade judaica, no entanto, teve curta duração. O clero cristão incitava constantemente os governantes e as massas contra os judeus. Durante toda a década de 1050 a população judaica da Boêmia é alvo das “típicas” acusações antijudaicas cristãs: envenenamento dos rios e poços e do ar das residências cristãs, sequestro e matança de crianças cristãs e uso de seu sangue em “encantamentos contra a população”. Em 1059, ainda de acordo com Hájek, padres acusam judeus de incendiar várias igrejas. Enraivecido, o príncipe Spytihněv condena 45 judeus à fogueira e expulsa o restante da população judaica do Ducado da Boêmia, confiscando seus bens.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Com a expulsão dos judeus instala-se uma crise econômica no Ducado, o que fez com que cinco anos mais tarde, em 1064, os judeus fossem autorizados a voltar, obtendo, no final de 1067, permissão do príncipe Vratislaus II para se mudar da Cidade Velha de Praga para a Staré Mesto, a Cidade Superior. A três quilômetros de distância do Castelo de Praga, o príncipe construíra o Castelo no Alto, Vyšehrad, ao redor do qual foi-se formando um novo bairro judaico.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Nos 30 anos seguintes a comunidade judaica se reergue e prospera, mas a tranquilidade termina em 1096, quando passam por Praga membros da 1ª Cruzada.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">No ano anterior, a Cruzada fora proclamada pelo Papa Urbano II, com o intuito de libertar a Terra Santa do jugo muçulmano. Mas, antes de chegar ao Oriente Médio, os cruzados se voltaram contra “os infiéis europeus”, isto é, os judeus. Em abril de 1096, mais de 10 mil cristãos saíram de Rouen e Normandia em direção ao Norte, saqueando e assassinando todos os judeus à sua frente. Quando chegavam a uma cidade, juntavam-se ao populacho cristão, sempre pronto a matar judeus e pilhar suas riquezas. O cronista checo Cosme de Praga (c.1039–1125) relatou que, ao chegar a Praga, os cruzados assassinaram muitos judeus e saquearam suas propriedades. Outros tantos foram obrigados a aceitar o batismo. Incendiaram os bairros judeus, mas não suas propriedades na Cidade Velha temendo que o fogo atingisse suas igrejas.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Uma parcela da população judaica se mudou para a margem direita do rio Moldava, em 1142, depois que o Castelo de Praga foi cercado e incendiado pelo rei Conrado III. As chamas atingiram o bairro judeu, localizado abaixo do castelo, com sua sinagoga, a mais antiga da cidade.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O status da população judaica local foi-se deteriorando nos séculos 12 e 13 com o fortalecimento da Igreja. O ódio dos cristãos se manifestava quando uma das acusações antissemitas medievais era levantada contra os judeus e a violência se abatia sobre toda a comunidade. Em 1181, por exemplo, foram queimados vivos 85 judeus e destruída uma sinagoga.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Na segunda metade do século 12 grande parte da população judaica de Praga vivia na Cidade Judaica4. Na época, os judeus viviam nessa área por sua própria opção e os seis portões que a rodeavam haviam sido construídos para protegê-los de pogroms.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. O “Estatuto Judaico”:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Em 1215, o Concílio Latrão IV promulgou cânones antijudaicos visando “impedir a contaminação dos cristãos”. O Concílio “intimou” os monarcas da Europa a adotarem uma legislação que obrigasse os judeus a viver em bairros separados, portassem o “distintivo judaico” em suas vestes e os proibissem de exercer “profissões cristãs”, ocupar cargos públicos, trabalhar na agricultura e fazer parte de corporações de ofício.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Os reis, porém, estavam cientes de que os talentos e a riqueza judaica eram necessários à economia ao bem-estar do reino, sendo, portanto, preciso dar à população judaica proteção legal. Durante a Idade Média os judeus recebiam dos governantes cartas de privilégios e direitos de residência e, em troca, lhes concediam empréstimos e pagavam altos impostos.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Em 1236, Frederico II, imperador do Sacro Império Romano-Germânico, declara todos os judeus como Kammerknechtschaft (em latim, Servi camerae regis, servos da Câmara Real). Isso significava que a receita gerada por eles era uma regalia do imperador, pertencendo ao tesouro imperial e o governante era obrigado a protegê-los.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A Boêmia tornara-se um reino hereditário, em 1212, e com Otakar II (1233- 1278), a dinastia Premislidas atingiu o auge de seu poderio. Em terras checas, os reis tinham o poder legislativo nos assuntos referentes aos judeus e Otakar II foi um dos monarcas que mais contribuíram para seu bem-estar.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Entre 1254 e 1262 (não se sabe com precisão a data) o monarca outorgou uma carta de privilégios, Statuta Judaeorum, ainda mais favorável aos judeus do que o Estatuto promulgado pelo imperador Frederico II. De acordo com o documento, eles ficavam sob jurisdição e proteção real, e a receita fiscal que gerassem pertencia aos cofres reais. O Estatuto incluía, entre outros, liberdade de movimento e de moradia, a proibição do batismo forçado e ações ilegais contra os judeus ou suas propriedades, bem como qualquer intervenção cristã na celebração do Shabat e festas judaicas. Incorporou também as bulas papais de Inocêncio IV, que rejeitavam o libelo de sangue, isto é, o mito sobre os supostos assassinatos de cristãos por judeus com fins rituais. Em 1247, o Papa Inocêncio IV emitira a bula Sicut Judaeis, que proibia aos cristãos, sob pena de excomunhão, acusar os judeus de utilizarem sangue humano em seus rituais.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Desenvolvimento da comunidade:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Desde o século 11, a Cidade Judaica de Praga se tornara um importante centro de estudo da Torá eláviveram importantes rabinos, entre os quais Yitzhak ben Ya’akov ha-Lavan de Praga, e seu pupilo Avraham ben Azri’el, e ainda o respeitado Yitzhak ben Moshe.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O rei Otakar II dera a permissão à comunidade judaica para o estabelecimento de um cemitério e uma nova sinagoga. Construída em estilo gótico, o nome da sinagoga, inaugurada em 1270, era Nova ou Grande Sinagoga, mas quando foram construídas outras, passou a ser chamada de Altneuschul (Velha-Nova Sinagoga). Durante mais de 750 anos foi o centro da vida judaica em Praga e é, hoje, a sinagoga mais antiga do mundo ainda em uso cotidiano.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Durante o reinado do imperador Carlos IV (1316-1378), floresceram tanto Praga quanto a comunidade judaica. O primeiro rei da Boêmia a ascender ao trono do Sacro Império Romano-Germânico, Carlos IV, fez da cidade a sua capital, reconstruiu os Castelo de Praga e de Vyšehrad e estabeleceu a Cidade Nova (Nové Město), autorizando os judeus a lá se estabelecer.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A situação da população judaica, porém, piorou com a subida ao trono de Wenceslau IV (1378–1419), filho de Carlos IV. A Boêmia entrou num período de instabilidade política e social, com dramáticas consequências para os judeus. O antissemitismo religioso alimentado pela Igreja havia encontrado terreno fértil na Boêmia. Os mitos do libelo de sangue, de profanação da hóstia e de supostas tramas insidiosas dos judeus contra a religião cristã estavam fortemente enraizados no imaginário da população.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">No dia 18 de abril de 1389, véspera do domingo de Páscoa, o populacho cristão atacou a comunidade judaica da cidade. Os dramáticos eventos foram descritos por Rabi Avigdor ben Yitzhak Kara, falecido em 1439: “O clero de Praga espalhou a acusação de que os judeus haviam profanado a hóstia e incentivaram o povo a atacar, saquear e incendiar a Cidade Judaica. Com isso, mais de três mil judeus foram mortos, alguns pelo fogo e outros por violentos meios. Algumas mulheres e crianças foram levadas à força e batizadas para apaziguar a multidão enfurecida”. Esse pogrom foi a carnificina mais devastadora contra os judeus de Praga em todos os séculos que antecederam a Shoá.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Rabi Kara redigiu um famoso tributo (kiná, em hebraico) sobre os trágicos acontecimentos, intitulado “Todas as agruras que recaíram sobre nós”, incluído no livro de orações de Rosh Hashaná e Yom Kipur usado pelos judeus de Praga e que é rezado, até hoje, na Altneuschul, no dia de Yom Kipur.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. O Século 15 e o Período Hussita:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O antijudaísmo tornou-se ainda mais forte ao longo do século 15 e a vida dos judeus, mais precária, apenas havendo melhora nos anos em que os hussitas – seguidores de Jan Hus – estiveram no controle da Boêmia, durante as chamadas Guerras Hussitas (1420-1436).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Teólogo checo precursor do movimento protestante, Jan Hus foi queimado vivo pela Inquisição após ser acusado de heresia. Sua morte, em 1415, provocou protestos e uma rebelião dos protestantes da Boêmia. O conflito entre estes e as forças católicas vindas de toda a Europa estouraria cinco anos mais tarde e duraria 16 anos.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Os judeus deram amplo apoio financeiro aos hussitas, que, por sua vez, consideravam os judeus aliados “naturais”, já que ambos enfrentavam o ódio católico. Porém, apesar da atitude filossemita por parte dos hussitas, os judeus não ficaram a salvo da violência. O bairro judeu de Praga foi palco de pogroms em 1421-1422 e 1483.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Uma das consequências das Guerras Hussitas foi o enfraquecimento do poder real e o fortalecimento da nobreza e das cidades. Os judeus passam a ter que pagar impostos não apenas aos cofres reais, mas também aos nobres e às câmaras municipais. Em Praga, enquanto os impostos continuavam a encher os cofres da cidade, os judeus eram deixados em relativa paz.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Nesse período é construída a Sinagoga Pinchas. Financiada pela família Horowitz como um local privado de orações, acabou por se tornar uma das principais sinagogas de Praga.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">No século 16 a cidade é um dos maiores centros de impressão em hebraico da Europa. Entre as obras publicadas nesse período, destacam-se um livro de hinos em hebraico, de 1514, ilustrado com ricas iluminuras; o Pentateuco, em 1518, e posteriormente, uma outra edição do mesmo em 1530, e a famosa Hagadá de Praga, de 1526. A tipologia inovadora e o estilo de suas ilustrações foram copiados em toda a Europa.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Em 1501, Vladislav II, rei da Boêmia, fez uma proposta “irrecusável” aos judeus: garantiria seu direito de viver em Praga, e em outros lugares da Boêmia, caso pagassem aos cofres reais mais uma exorbitante taxa anual. A proteção real foi posta à prova no ano seguinte, em 1502. Para os cristãos da Cidade Velha, os impostos pagos pelos judeus não eram suficientes para permitir que lá vivessem. Sendo assim, pediram sua expulsão da cidade e de toda a Boêmia. O rei recusou e, em 1510, após mais dois pedidos de expulsão (em 1507 e 1509), ele outorgou o Edito de Olomouc onde reafirmava o direito dos judeus de permanecer na Boêmia.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Mas, em 1526, mais uma vez a situação muda para os judeus quando Fernando I sobe ao trono da Boêmia. Viviam em Praga 1.200 deles, em 1541, quando o monarca decide pela expulsão. Três anos mais tarde, após vários adiamentos, praticamente todos os judeus de Praga já tinham sido forçados a deixar a cidade. Dois anos depois, os judeus foram autorizados a retornar, para serem novamente expulsos em 1557.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Idade de Ouro dos judeus de Praga:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Uma era de prosperidade se inicia quando Maximiliano II se torna imperador, em 1564. Visando a paz no Sacro Império Romano-Germânico, o imperador manteve uma política de neutralidade religiosa na luta entre católicos e protestantes. No tocante à população judaica da Boêmia, em 1567 ele cancelou a ordem de expulsão de Fernando I, reconfirmando os direitos dos judeus de Praga, e aboliu grande parte das interdições ao comércio que pesavam contra eles. Foi Maximiliano II quem instaurou a base da tolerância que abriria espaço para uma era de prosperidade – a Idade de Ouro do Judaísmo de Praga, de 1570 a 1620.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A Idade de Ouro floresceu durante o reinado do Rodolfo II (1576-1612), imperador romano-germânico. Após assumir o trono da Boêmia, o monarca se muda para o Castelo de Praga, que permaneceu sendo sua residência principal. Em 1584, mudou a sede do Império de Viena para Praga e, com isso, a cidade vivencia um grande boom econômico, cultural e populacional.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Em 1593, Rodolfo II deslancha uma guerra contra o Império Otomano, a Longa Guerra Turca. Excêntrico, dado a períodos de depressão e insanidade, o monarca não conseguiu manter a coesão de seus domínios. Isto deu espaço a que outros membros dos Habsburgos passassem a intervir nos assuntos do império. Na realidade, ele conseguiu reinar apenas sobre a Boêmia.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Rodolfo II ampliou os direitos e privilégios judaicos, determinando que as disputas entre judeus e cristãos fossem julgadas pela Corte real. Emitiu decretos para proteger os judeus contra a hostilidade dos cristãos e das corporações de ofício. Em 1599, os isentou do pagamento dos impostos municipais e deu-lhes a permissão para se tornarem artesãos. Usufruindo de liberdade econômica, eles ramificaram suas atividades e muitos se tornaram pequenos comerciantes e artesãos. A cidade passou a atrair judeus de toda a Europa, sendo que mais de três mil viviam na Cidade Judaica no final do século 16.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Personalidades da Idade de ouro:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Duas personalidades se destacam durante a Idade de Ouro: Mordechai Maisel, líder comunitário e filantropo, e Rabi Yehuda Loew ben Bezalel, o Maharal de Praga, o maior líder espiritual da história dos judeus de Praga.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Financista e comerciante, Maisel (1528-1601) é considerado o primeiro dos chamados “Judeus da Corte”. Rodolfo II o fez seu conselheiro real, em retribuição pelo auxílio financeiro prestado durante a guerra contra os turcos. O monarca lhe garantiu privilégios extraordinários; entre outros, em 1593, o direito de negociar livremente, recebendo proteção contra as ações judiciais por parte dos cristãos.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Maisel usou sua riqueza para melhorar a vida de seus correligionários: apoiou instituições de assistência social, concedeu empréstimos sem juros para os artesãos e os menos favorecidos, apoiou financeiramente os eruditos, rabinos e alunos das ieshivot, e fez da Cidade Judaica um lugar onde seus irmãos, judeus, podiam viver decentemente. Foi ele quem pavimentou as ruelas lamacentas do bairro judaico, e seu nome está ligado à grande maioria dos edifícios construídos enquanto viveu. Empreendeu a construção da Grande Sinagoga, em estilo renascentista, inaugurada em 1568, e o edifício da Prefeitura Judaica. Maisel financiou ainda a ampliação do cemitério, construiu um hospital para os carentes, uma micvê, a Sinagoga Klausen e a sinagoga que leva seu nome, a Sinagoga Maisel.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Em 1598, o imperador Rodolfo II decretou que Maisel poderia dispor livremente de seus bens após seu falecimento. Mas, após a sua morte, em 1601, toda a sua fortuna foi confiscada.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Não restam dúvidas de que o líder espiritual mais proeminente na história judaica de Praga foi o Rabi Yehuda Loew (1525-1609), conhecido como o Maharal de Praga. Líder destemido, era um exímio cabalista, importante mestre da Halachá e da Agadá. O Maharalé muito conhecido por ter criado o Golem – uma criatura de barro que protegia a comunidade judaica de Praga contra os ataques liderados por antissemitas.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Guerra dos Trinta Anos:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">No início do século 17 a comunidade judaica de Praga já somava seis mil pessoas, tornando-se, na década seguinte, a segunda maior na Europa depois de Roma.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Outro grande benfeitor e líder comunitário surgiu em Praga no século 17: Yaacov Bashevi (1570-1634). Entre outros, Bashevi obteve permissão do governador da Boêmia para que, em 1623, os judeus de Praga comprassem 39 casas de cristãos, transação essa que permitiu aumentar a limitada Cidade Judaica.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Ele ocupou lugar de destaque junto aos imperadores Rodolfo II e seu irmão, Matias, e a Fernando II. Foi o primeiro judeu nos domínios dos Habsburgos a receber um título de nobreza, passando a usar o nome de Yaacov Bashevi von Treuenberg. Teve papel importante na corte de Fernando II, a quem prestara grande assistência financeira durante a Guerra dos 30 Anos (1618–1648). Esse conflito se iniciara na Boêmia, com a revolta dos protestantes contra as tentativas do imperador Fernando II de impor o Catolicismo em seus domínios.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A devastação provocada pela Guerra não teve consequências dramáticas para a comunidade judaica de Praga, já que Fernando II, desesperado por apoio econômico, procurou garantir sua segurança. Enquanto suas tropas saqueavam Praga, em 1620, após a Batalha da Montanha Branca, por exemplo, o imperador lhes proibiu de danificar a Cidade Judaica. Em 1623 e 1627, Fernando II permitiu aos judeus negociar livremente e os isentou de taxas alfandegárias e de pedágio. Em troca, porém, a comunidade judaica foi obrigada a concordar com um aumento considerável nos impostos e a fornecer ao imperador um vultuoso empréstimo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Apesar dos pesados impostos que drenaram os recursos comunitários, a comunidade judaica de Praga continua a crescer, chegando a 7.815 pessoas em 1638.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. A população judaica e o Estatuto das Famílias:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Na década de 1680 dois desastres naturais quase tiraram do mapa a Cidade Judaica. O primeiro foi a praga de 1680, que ceifou a vida de mais de três mil de nossos correligionários. Nove anos mais tarde, em junho de 1689, um incêndio devastou a Cidade Judaica destruindo 318 casas, 11 sinagogas e tirando a vida de 150 pessoas.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Como se não bastasse, o antijudaísmo era cada vez mais forte. Os judeus eram forçados pelo clero cristão a assistir sermões proselitistas e todos os seus livros eram censurados. Ademais, sofriam constantes ataques dos jesuítas. Estes costumavam realizar julgamentos e sessões de tortura públicos para “convencer” as massas a se tornarem católicos devotos. Os judeus, naturalmente, levavam a pior nessas verdadeiras “sessões teatrais”.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">No início do séc. 18, os judeus representavam metade da população da Cidade Velha de Praga. Na época, a cidade abrigava a maior comunidade judaica do mundo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O século 18, o “Século das Luzes”, viu o surgimento do Iluminismo, um movimento intelectual e filosófico que enfatizava a razão e os direitos naturais do ser humano. Mas, nos domínios dos Habsburgos, os judeus ainda estavam sujeitos a restrições e discriminações medievais. Somente alguns “judeus úteis” gozavam de privilégios especiais.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Há algum tempo, vinham tomando corpo em Praga certas “ideias” para o controle da população judaica, chegando-se a considerar a sua transferência para fora dos limites da Cidade Velha e da Boêmia.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Até que em 1726-1727 o imperador Carlos VI emite o famigerado “Estatuto das Famílias”, pois considerava “intolerável” o crescimento da população judaica. Tais leis decretavam que apenas 8.541 famílias judias seriam “toleradas” na Boêmia e que apenas o filho mais velho de uma família teria o direito de se casar. Caso os demais quisessem se casar teriam que fazê-lo de forma ilegal, no interior do reino ou sob proteção da nobreza, ou até mesmo deixar o país. Essa legislação permaneceu em vigor por cerca de 120 anos, até 1848.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A vida dos judeus se torna ainda mais precária quando, em 1740, Maria Theresa sobe ao trono do Sacro Império Romano-Germânico. Católica fervorosa, ela considerava protestantes e judeus “elementos perigosos”. Extremamente antissemita, algo que jamais negou, a imperatriz revelou seus sentimentos em várias ocasiões. Em 1777, escreveu: “Não conheço maior praga do que essa raça ... sua falsidade, usura e avareza..., na medida do possível, os judeus devem ser evitados e mantidos à distância”.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Maria Theresa impôs tributos ainda mais pesados aos súditos judeus e, em dezembro de 1744, decide expulsá-los da Boêmia. A oposição das autoridades municipais não impediu que os judeus de Praga tivessem que deixar a cidade em janeiro de 1745. Uma intensa pressão política internacional levou a imperatriz a permitir, de má vontade, que eles permanecessem por um tempo em aldeias a uma distância mínima de dois dias de viagem de Praga.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A expulsão foi devastadora para a economia da cidade e, em agosto de 1748, após a intervenção de autoridades municipais, os judeus foram autorizados a retornar. Maria Theresa, porém, lhes impôs um pesado “imposto de tolerância” anual, para evitar futuras expulsões.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Ao voltar, os judeus encontraram seu bairro em ruínas. A reconstrução foi interrompida quando, em 1754, irrompeu um incêndio que destruiu 190 casas e seis sinagogas. O custo da reconstrução e o “imposto de tolerância”, que a imperatriz incessantemente aumentava, minaram economicamente a comunidade. Ainda assim, a cultura judaica continuou a florescer. Entre os rabinos do século 18 destacaram-se Simon Spira-Wedeles, Elias Spira, David Oppenheim e Yehezkel Landau.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. O “Edito de Tolerância”:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A vida dos judeus só melhora quando José II (1780-1790), filho de Maria Theresa, torna-se Imperador Romano-Germânico. Para Maria Theresa, a única forma de resolver “a questão judaica” era expulsando os judeus do Império, com o que José II, no entanto, não concordava. Ele considerava as leis que regulavam a vida judaica um anacronismo medieval, prejudicial à economia do Império. Os judeus passam a ser vistos sob outra ótica que não a cristã, que levava em conta sua “utilidade” para o Estado.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O imperador acreditava que o Estado devia adotar uma política econômica intervencionista e protecionista que visasse o desenvolvimento da indústria e do comércio exterior, e estava ciente de que os judeus eram experientes no comércio e nas finanças, com amplas conexões internacionais. Além disso, havia entre eles os que haviam acumulado uma riqueza líquida. Para o Estado, o “problema judaico” deixa então a esfera religiosa passando para a econômica e política.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">José II consegue exercer plenamente o poder depois da morte da mãe, em 1780. No ano seguinte, emite o Toleranzpatent – o “Edito de Tolerância”, que concedeu a liberdade de culto a todos os cristãos, embora os protestantes não obtivessem todos os direitos.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O debate sobre a “questão judaica” tomou as ruas de Viena e Praga. O governo boêmio argumentava que, em vez de dar direitos aos judeus, o imperador deveria deportar todos, exceto os mais ricos. Mas, apesar dos argumentos contrários, em outubro de 1781 José II emitiu o Edito de Tolerância para os judeus da Boêmia. É importante ressaltar que não era uma declaração de igualdade de direitos. O Edito mantinha as restrições acerca do número de judeus que poderiam se estabelecer em Praga e as terríveis Leis do Estatuto das Famílias.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Os judeus“tolerados” – ainda estavam sujeitos a rigorosas cotas e impostos especiais – podiam viver onde quisessem, apesar de não poderem adquirir imóveis ou erguer uma sinagoga. Podiam também frequentar universidades. Praga se torna um importante centro da Haskalá, o Iluminismo Judaico, e os acadêmicos judeus alcançam grande sucesso na Medicina, Direito e na área de Humanidades.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Por outro lado, foram postas em vigor várias leis para acabar com as particularidades do Judaísmo e sua estrutura comunitária. Foi abolida a autoridade dos Beit Din, os tribunais judaicos,excetuando-se nas questões religiosas e maritais. Foi proibido o uso do iídiche e do hebraico e passou a ser obrigatória a reforma do sistema educacional, sendo criadas escolas primárias seculares supervisionadas pelo Estado. Em 1786, somente os judeus que se formassem nessas escolas tinham permissão para se casar. Uma lei de 1787 obriga os judeus a adotarem sobrenomes alemães.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Uma vez derrubadas as barreiras legais, abriram-se as portas para a entrada dos judeus na sociedade maior, o que irá causar uma assimilação sem precedentes.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Igualdade e Assimilação:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Em 1789, a Revolução Francesa sacode a Europa. As notícias da emancipação dos judeus franceses percorrem esse continente como um raio de esperança. Em 1799, um golpe de Estado leva Napoleão ao poder e os exércitos napoleônicos iniciam sua conquista de grande parte do continente europeu, levando consigo os ideais de liberdade e igualdade. Derrubam-se os guetos da Europa e os judeus são emancipados.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O Sacro Império Romano-Germânico, atacado por Napoleão, é dissolvido em 1806 e Francisco IIé obrigado a abdicar do trono, tornando-se imperador da Áustria.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Entretanto, a Inglaterra, o Império Turco-otomano, a Rússia e o Reino de Nápoles formam uma poderosa aliança e conseguem derrotar Napoleão. Após essa derrota é formado o Congresso de Viena, uma conferência entre grandes potências europeias para redesenhar o mapa político do continente europeu. O Congresso encerrou suas atividades em 1815 e entre as resoluções estava a criação da Confederação Germânica, sob hegemonia austríaca.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Em 1848, os judeus recebem direitos iguais perante a primeira Constituição austríaca e o Estatuto das Famílias é abolido. Na época, a comunidade judaica de Praga, com uma população de mais de 10 milpessoas, era uma das maiores da Europa. A partir de 1852, os judeus tiveram permissão para possuir propriedades e, em 1859, a possuir terras. O processo de emancipação judaica na Áustria-Hungria foi completado quando da promulgação da constituição de 1867.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A comunidade judaica de Praga do século 19 foi marcada por duas tendências: por um lado, os judeus fizeram enormes avanços na vida econômica e cultural da sociedade checa, e, por outro, houve a erosão quase total da vida religiosa judaica na Boêmia. Como resultado da emancipação do século 19, os judeus foram-se integrando ao Estado laico, e sua estrutura comunitária, que definira a vida judaica por mais de 500 anos, foi desmantelada. Muitas comunidades judaicas da Europa Central apresentavam alta taxa de assimilação, mas, em Praga, o afastamento dos judeus de sua tradição ocorreu mais cedo, sendo ainda mais severo, chegando a causar a estagnação em seus números populacionais. Em 1890 eram 27 mil os judeus de Praga, em 1921 o número chegava a meros 32 mil.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Quais teriam sido as razões para esse afastamento sem paralelo de nossas tradições? Primeiro, foi o Edito da Tolerância e a abrangente transformação da comunidade e da educação judaica. Segundo, foi a plena emancipação dos judeus em 1867. Em sua ânsia por se assimilar, os judeus de Praga abraçaram plenamente o idioma e a cultura alemã.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Prósperos e confiantes no futuro, buscavam demonstrar sua nova situação, de liberdade existencial e sucesso financeiro. E inauguram, em 1868, uma nova sinagoga, a majestosa Sinagoga Espanhola, condizente com a emancipação que vivenciavam.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A história de Lubossa (Libuše) foi recontada no séc. 12 por Cosme de Praga em sua obra Chronica Boemoru.</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Historiografia: The Czech Chronicle, de Václav Hájek de Libočany, séc. 16.</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Malá Strana em checo significa “Margem Pequena do Rio”. Embora seja mais utilizado em português o termo “Cidade Inferior”, o nome se originou do fato do local ficar na margem esquerda (oeste) do rio Moldava, nas encostas da montanha onde fica o Castelo de Praga, em oposição às maiores áreas da cidade que ficam na margem direita (a leste) do rio.</span></div><div><span style="font-family: verdana;">O local é hoje conhecido como Distrito de Josefov, geralmente chamado de Bairro Judaico ou Gueto Judaico de Praga.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Bibliografia:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>Čapková, Kateřina e Kieval, Hillel, J. Prague and Beyond: Jews in the Bohemian Lands (English Edition), Kindle</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>Valley, Eli, Great Jewish Cities of Central and Eastern Europe: A Travel Guide & Resource Book to Prague, Warsaw, Crakow & Budapest</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i><br /></i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>V.V. Tomek, Jewish Stories of Prague: Jewish Prague in History and Legend (English Edition). Kindle</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Fonte:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>https://www.morasha.com.br/comunidades-da-diaspora/judeus-de-praga-do-seculo-10-a-emancipacao.html</i></b></span></div><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-55506388649564549902023-11-24T14:21:00.000-05:002023-11-24T14:21:09.018-05:00VOCÊ SABIA? NA CIDADE DE TEL AVIV ESTÁ LOCALIZADO O MAIOR MUSEU JUDAICO DO MUNDO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2HWW-trfFlkCK0uK4PVrTQgmWRxCdCKfotKb_Q5Jyay8yoY7UTp5JVYOK-cgNEfSXgL6idAIPZSKYAu4in1flYiLjzM-LTJDYJ197KB-IgKUwQ6hFmr24XE72uTk09V0vfQLwghCRL-Vgu59wwB2n6FDjyBeljhqB1bE8rT9N5tT9ZrB36LrhiS4DnYU/s599/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="399" data-original-width="599" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2HWW-trfFlkCK0uK4PVrTQgmWRxCdCKfotKb_Q5Jyay8yoY7UTp5JVYOK-cgNEfSXgL6idAIPZSKYAu4in1flYiLjzM-LTJDYJ197KB-IgKUwQ6hFmr24XE72uTk09V0vfQLwghCRL-Vgu59wwB2n6FDjyBeljhqB1bE8rT9N5tT9ZrB36LrhiS4DnYU/s320/download.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; text-align: left;"><b><i>O nome “ANU” é uma referência ao pronome pessoal, em hebraico, que se refere à primeira pessoa do plural, “nós”</i></b></span></div><br /><div><br /></div><div><span style="font-family: verdana;">Depois de 10 anos de muito trabalho, foi reinaugurado em 2021 aquele que está sendo considerado o maior e mais abrangente museu judaico do mundo, ANU – Museu do Povo Judeu, contando com mais de 6.690 metros quadrados de galerias.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><span><a name='more'></a></span></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Aberto em 1978 por inspiração de Nahum Goldmann, presidente do Congresso Mundial Judaico de 1954 a 1977, recebeu então o nome de Nahum Goldmann – Museu da Diáspora Beth Hatefutsoth. Em 2005, após a aprovação de uma lei pelo Knesset (Parlamento), passou a ser considerado o “Centro Nacional para as Comunidades Judaicas em Israel e em todo o mundo”. Desde sua fundação, está instalado no campus da Universidade de Tel Aviv.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O nome “ANU” é uma referência ao pronome pessoal, em hebraico, que se refere à primeira pessoa do plural, “nós”. A reforma do Museu da Diáspora teve o custo de US$ 100 milhões. Cerca de um terço deste total foi financiado pela Fundação Nadav, de propriedade do russo-israelense Leonid Nevzlin, ex-magnata da área de petróleo. Cerca de US$ 52 milhões foram doados por uma fundação filantrópica norte-americana e US$ 18 milhões pelo governo israelense. O Museu é uma organização pública, sem fins lucrativos, e conta com apoio privado e governamental. Está sob a responsabilidade de quatro parceiros: o Estado de Israel, a Agência Judaica/Organização Sionista Mundial, a Universidade de Tel Aviv e o Congresso Judaico Mundial.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O Museu busca contar a história do Povo Judeu desde seus primórdios até os tempos atuais, apresentando toda a sua diversidade; conectar o Povo Judeu a suas raízes e fortalecer sua identidade judaica coletiva. Com o uso dos mais modernos recursos tecnológicos, leva os visitantes ao rico universo da história, da cultura em suas diferentes manifestações e da fé do Povo Judeu, ao mesmo tempo em que mostra sua contribuição à humanidade. O museu mantém, também, um banco de dados de genealogia.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">As antigas galerias com jogos de luzes, efeitos visuais e maquetes, quando da inauguração em 1978 do então Beth Hatefutsoth, foram substituídas por amplas mostras interativas, entre outras inovações, tornando a tecnologia um elemento muito presente em cada espaço. “O objetivo do Museu é contar a história do Povo Judeu através da diversidade da cultura judaica nas realizações de nosso povo, não apenas em suas tragédias”, disse quando da inauguração a curadora-chefe Orit Shaham-Gover. Uma exposição permanente destacando os aspectos multiculturais do Judaísmo e a imensa diversidade entre judeus de diferentes culturas fazem parte do projeto novo. Ao entrar na galeria principal, os visitantes se deparam com projeções de judeus em tamanho real, a partir de um caleidoscópio de correntes e estilos de vida – desde ultraortodoxos até reformistas – explicando de que maneira eles definem sua identidade judaica.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">“Todos que entram aqui precisam se encontrar, a si próprios, independentemente de gênero, denominação ou origem étnica”, disse Dan Tadmor, CEO do Museu. “Esta é a nossa história e cada um precisa se sentir parte dela”, afirmação que foi completada pela curadora Orit: “O Museu não é um templo silencioso, ele nos conta sobre a vida e faz parte da vida de cada visitante”. Sua declaração confirma um dos slogans do ANU: “Esta história é sobre todos nós e cada um de nós é parte dela”.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Roteiro educativo:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Para melhor apreciar o rico conteúdo do acervo é importante seguir o roteiro sugerido, iniciando pelo terceiro piso. A visita começa nesse andar, na ala “Mosaico – Identidade e Cultura”. A história parte do presente e apresenta a diversidade das expressões da identidade e da cultura judaica, permitindo que cada um encontre algo de si mesmo. Estão presentes o folclore e as artes, a língua e a literatura e a contribuição judaica para a humanidade.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A visita continua no segundo andar com a mostra “A Jornada – A história através das gerações”, abordando a singularidade e continuidade do Povo Judeu desde os tempos antigos até o presente. Esta ala traz capítulos sobre o crescimento, prosperidade e diálogo cultural do Povo Judeu, ao lado de períodos de pogroms e perseguições. A jornada, que se estende por milhares de anos, começa com a história das migrações judaicas, examina os grandes centros da vida judaica, bem como a cultura e os estudos judaicos, e termina com o renascimento do Povo Judeu após o Holocausto, o estabelecimento do Estado de Israel e uma representação das várias comunidades judaicas atualmente.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Já no primeiro andar são apresentados os princípios básicos sobre os quais foi construída a trajetória do Povo Judeu, com a mostra “Os fundamentos. Uma base comum, uma mensagem universal” traz valores que têm tanto uma dimensão judaica particular como uma dimensão geral universal que influencia a civilização humana como um todo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">É importante destacar que o Museu possui também um espaço destinado a exposições temporárias voltadas ao público infantil.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Acervo único:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Entre os inúmeros objetos e documentos raros que compõemo acervo do ANU, destaca-se o Codex Sassoon, que, desde outubro deste ano, está exposto em caráter permanente no Museu. É provavelmente a cópia mais antiga e completa do Tanach – estudos indicam que tem mais de 1.100 anos. Em maio último, tornou-se também o mais caro manuscrito judaico da história. Graças à generosa doação de Alfred H. Moses, o Codex foi comprado por cerca de US$ 38 milhões em um leilão público da Sotheby’s, em Nova York, e doado à coleção permanente do Museu.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Outro destaque é a mostra “Aleluia! Reunir, Orar, Estudar – Sinagogas do Passado e do Presente” exibida no Hall Alfred H. Moses e Família, que sedia a importante coleção de maquetes de sinagogas de diferentes países. Inaugurada em 2016, quando foi aberta uma nova ala, reúne 21 modelos representando diversas comunidades e os diferentes ciclos da vida judaica como casamentos, Bar e Bat Mitzot. Ao lado de cada maquete está exposto, também, um objeto ritual original proveniente da sinagoga ou da respectiva comunidade. O formato da mostra permite aos visitantes conhecer melhor as nuances que compõem a singularidade da identidade judaica de acordo com a origem da comunidade. A ala abriga, ainda, o vitral criado na Alemanha, em 1919, pelo artista Friedrich Adler, além de possuir importante acervo de filmes, videoarte e oferecer atividades interativas para adultos e crianças.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Desde os primeiros anos, o ANU, então ainda com o nome de Beth Hatefutsoth, teve como objetivo a estruturação de um amplo banco de dados sobre a genealogia judaica. Seu acervo contém, atualmente, a árvore genealógica de mais de cinco milhões de indivíduos, centenas de milhares de imagens e filmes; pesquisas sobre as origens dos sobrenomes judaicos e as histórias das comunidades em todo o mundo, além de um amplo acervo de música.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Desde 2006 o Museu mantém um braço dedicado à educação: a Escola Internacional Koret para o Povo Judeu. Criada por iniciativa e apoio da Fundação Nadav, oferece diversos programas para educadores, estudantes, soldados, grupos e organizações educativas de Israel e do exterior. Em 2017, recebeu uma doação da Fundação Koret que permitiu a ampliação de seus projetos.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Os fundadores:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Não se pode contar a história do atual ANU – Museu do Povo Judeu sem mencionar seus fundadores, os homens que se empenharam para transformar uma visão em realidade: Abba Kovner (1918-1987), Nahum Goldmann (1895-1982), Yeshayahu Weinberg (1918-2000) e Meyer Weisgal (1894-1977). Cada um desempenhou um papel fundamental neste projeto e inspirou muitos outros a continuarem nessa jornada. O poeta e escritor Abba Kovner foi quem criou o conceito da primeira exposição permanente do Museu, em exibição até outubro de 2017. Kovner acreditava que a ideia principal do então Beth Hatefutsoth deveria incluir os conceitos-chaves que caracterizaram a existência judaica ao longo das gerações. Ele também escreveu os textos das exposições e se dedicou ao Museu até o dia da sua morte. Partisan, artista, escritor, poeta premiado, estudioso e especialista em história do pensamento judaico, tradicional e secular, Kovner nasceu em Sebastopol, Ucrânia, e foi ativo no Hashomer Hatzair. Na 2a Guerra Mundial, foi um dos líderes dos combatentes judeus. Ele se mudou para a então Palestina sob Mandato Britânico em 1945 e seus livros de poesia o consagraram como um dos principais escritores da geração da Shoá. Kovner ganhou o Prêmio Israel de Literatura em 1970.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Nahum Goldmann foi o principal pensador por trás da ideia de estabelecer um museu como testemunho vivo da dispersão judaica após a Shoá. Considerava importante disseminar entre as novas gerações, que nasceram em um país livre e autônomo, Israel, a vida e o legado dos judeus da Diáspora. Foi um importante líder sionista, presidente da Agência Judaica no período que se seguiu ao estabelecimento do Estado de Israel e esteve entre os fundadores do Congresso Judaico Mundial, sendo seu presidente de 1954 a 1978. Envolveu-se profundamente nos temas importantes da agenda judaica, entre os quais, a situação dos judeus na Rússia, educação e cultura judaica. Goldmann acreditava que o futuro do Judaísmo mundial dependia principalmente da luta bem-sucedida contra a assimilação.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Yeshayahu (Shaike) Weinberg foi o primeiro diretor do Beth Hatefutsoth, de 1976 a 1981. Nascido na Polônia, foi educado na Alemanha e, em 1933, imigrou para a então Palestina sob Mandato Britânico, participou do Hashomer Hatzair e serviu na Brigada Judaica. De 1961 a 1976 foi diretor do Teatro Cameri, em Tel Aviv e, em 1970, integrou-se ao Comitê de Planejamento do Beth Hatefutsoth como voluntário. Após aposentar-se do cargo de diretor do Museu, tornou-se consultor para a criação do Museu Judaico em Los Angeles, Nova York, Alemanha e Polônia. Em 1988 e 1989 participou da criação do Museu do Holocausto em Washington, do qual foi diretor até 1996. Em 1999 recebeu o Prêmio Israel por sua importante contribuição a Israel e à sociedade.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Meyer Weisgal (1884-1977) foi o primeiro presidente do Beth Hatefutsoth, tendo, no início dos anos 1970, coordenado os preparativos para a sua abertura. Figura pública, sionista e arrecadador de recursos, nasceu na Polônia em 1894, imigrando para os Estados Unidos em 1905, onde foi ativo no movimento sionista, chegando ao cargo de secretário da Organização Sionista Americana. Durante anos, Weisgal foi a mão direita de Chaim Weizmann. Fez aliá em 1949 e dedicou-se à promoção do Instituto Weizmann de Ciências, primeiro como presidente do Comitê Executivo e, de 1966 a 1969, como seu presidente. Weisgal foi um acadêmico, empreendedor e amante do teatro. Editou jornais e publicou uma autobiografia.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Todos esses visionários, amantes da cultura e das tradições, deixaram uma marca indelével na cultura do nosso povo e do Estado de Israel.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Fonte:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i><br /></i></b></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>https://www.morasha.com.br/arte-e-cultura/em-tel-aviv-o-maior-museu-judaico-do-mundo.html</i></b></span></div><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-20430958329670094712023-11-19T09:15:00.000-05:002023-11-19T09:15:23.342-05:00OPINIÃO: A CULPA É DA VÍTIMA (POR NUNO VASCONCELLOS) - nvasconcellos@igcorp.com.br<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgULPy9umPzWzyLUw-Pa75rS3exuPbHpPQbW7mANe2mhCPSfr9kE-xIf2YAv3D78Oj4oHTKgl3EYsJVa4SZgfCOoG6ULRQ3Ndm4pcQ1vo4FU5ebtpjC4r32jzPfmnhsERYj2QnK1QvAGWjChCGcQalqdDXRDXn9YdqzuqQuQLPmzxf61XbNEMI-qmIC46g/s1200/1_arte_coluna_nuno_19_novembro_2023-31179190.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="750" data-original-width="1200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgULPy9umPzWzyLUw-Pa75rS3exuPbHpPQbW7mANe2mhCPSfr9kE-xIf2YAv3D78Oj4oHTKgl3EYsJVa4SZgfCOoG6ULRQ3Ndm4pcQ1vo4FU5ebtpjC4r32jzPfmnhsERYj2QnK1QvAGWjChCGcQalqdDXRDXn9YdqzuqQuQLPmzxf61XbNEMI-qmIC46g/s320/1_arte_coluna_nuno_19_novembro_2023-31179190.webp" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; text-align: left;"><b><i>O Brasil e o mundo parecem se esquecer de que a guerra começou com o atentado do Hamas e querem fazer de Israel o único responsável pelas mortes em Gaza</i></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; text-align: left;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">As tentativas de livrar os terroristas do Hamas de qualquer responsabilidade e de construir uma “narrativa” que faça de Israel o único culpado pelas mortes que acontecem neste momento no Oriente Médio cresceram nos últimos dias.<span><a name='more'></a></span></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Cresceram tanto que algumas pessoas que têm apreço pela verdade se sentem cada vez mais obrigadas a impedir que a infâmia do dia 7 de outubro caia no esquecimento. É preciso, como vem sendo dito neste espaço nas últimas semanas, não esquecer a brutalidade atentado — que deixou mais de 1400 mortos, fez 240 reféns e foi comemorado pelos terroristas e por seus apoiadores como uma vitória na luta pela destruição de Israel.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">É preciso não esquecer, portanto, que Israel não é o agressor, mas o agredido. Ao longo dos 43 dias que se passaram desde o início da guerra, os terroristas nunca deixaram de seguir tentando bombardear Israel com seus foguetes. Por mais rudimentares que sejam essas armas, elas são letais e poderiam ter feito um estrago muito maior do que fizeram. O morticínio do lado israelense só não foi maior porque o Domo de Ferro, o sistema criado para proteger Israel dos ataques, entrou em ação. Conforme cálculos feitos antes da guerra, os terroristas dispunham de pelo menos 8 mil desses foguetes.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Ninguém leva em conta a ameaça permanente que pesa contra Israel quando critica a força “desproporcional” da resposta contra as bases terroristas em Gaza. A pergunta a ser feita é: qual é a proporção adequada para se reagir a um ataque terrorista que incluiu o estupro de mulheres, a degola de recém-nascidos e a tomada de pessoas como reféns?</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Essa questão, certamente, não passa pela cabeça dos que, cada vez mais, tentam apresentar Israel como um lobo voraz e tratam os terroristas como cordeirinhos indefesos. Do ponto de vista do Brasil, a situação ganhou novos ingredientes na semana passada. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rasgou o manto da falsa neutralidade do Brasil diante do conflito e elevou o tom para dar eco às teses que o Hamas, em nome do “povo palestino”, espalha a respeito da guerra. Ao fazer isso, o presidente dirigiu a Israel uma acusação gravíssima. “Se o Hamas cometeu um ato de terrorismo e fez o que fez, o Estado de Israel também está cometendo vários atos de terrorismo ao não levar em conta que as crianças não estão na guerra”, disse o presidente (os grifos são nossos).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A preocupação do presidente com as crianças palestinas é justa, louvável e digna de elogios. A questão, porém, foi ele não ter considerado em nenhum momento que essas mortes poderiam ser evitadas caso os terroristas não utilizassem as crianças como escudos para se tentar se proteger da reação israelenses. Lula também não estendeu sua indignação ao caso dos bebês israelenses que foram incinerados vivos, decapitados ou que tiveram seus corpinhos transpassados pelas lâminas dos terroristas do Hamas. Nem tampouco aos que foram arrancados de suas famílias e levados como reféns para buracos em Gaza.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O discurso contra a “desproporção” da força empregada por Israel em seus ataques também menciona com frequência as mulheres palestinas mortas no conflito. Mas não considera as israelenses estupradas, degoladas ou abatidas a sangue frio pela brutalidade do Hamas. Num tema que não está incluído na guerra, mas faz parte do mesmo problema, Brasília também se cala diante do caso da iraniana Narges Mohammadi, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz este ano. Ela foi condenada a 31 anos de cadeia e a 154 chibatadas por liderar manifestações a favor de uma jovem que morreu em razão das agressões que sofreu por não usar corretamente o véu muçulmano.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">É preciso não se esquecer, em hipótese alguma, que os brasileiros que já morreram nessa guerra estavam do lado israelense. Três deles foram assassinados no dia 7 de outubro — mas a reação do governo brasileiro diante das mortes de Karla Stelzer, Ranani Glazer e Bruna Valeanu foi, na melhor das hipóteses, protocolar. Um quarto, nome, o de Celeste Fishbein, filha de brasileira, mas nascida em Israel, pode ser acrescentado à lista.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Outro brasileiro está desaparecido e pode ter sido levado como refém pelos terroristas. Seu nome é Michel Nisembaun. Ele tem 59 anos, é pai e avô. Além disso, muitos dos brasileiros que retornaram ao país trazidos pelo governo ou por seus próprios meios viviam em pequenas comunidades ou em kibutzim localizados na região invadida pelos fanáticos. Alguns chegaram a ver os terroristas praticando seus crimes — mas o testemunho deles parece não ter valor aos ouvidos de quem se mostra decidido a culpar a vítima pelas atrocidades.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">“ANÃO DIPLOMÁTICO” — O silêncio de Brasília diante do drama desses cidadãos tem sido ensurdecedor e chega a ser incômodo. Mas seria bom que o governo pensasse um pouco no futuro e não engrossasse ainda mais o coro dos que querem livrar os terroristas de qualquer responsabilidade pelo conflito. Cada palavra dita agora pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo assessor para assuntos internacionais Celso Amorim, pelo ministro da Justiça Flávio Dino ou por qualquer outro funcionário do governo será lembrada mais tarde por todos que tiverem negócios a tratar com o país.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A diplomacia brasileira sabe disso muito bem. O Itamaraty ainda hoje fica incomodado com a fama de “anão diplomático” que o Brasil ganhou anos atrás — em razão das posições da ex-presidente Dilma Rousseff diante do conflito de Israel com o Hamas. Justa ou injusta, sempre é bom lembrar como essa fama teve início.</span></div><div><span style="font-family: verdana;">Em julho de 2014, terroristas lançaram contra o território israelense um ataque de foguetes que, naquela época, antes da entrada em operação do Domo de Ferro, costumavam fazer mais vítimas e fazer mais estragos do que hoje. A reposta foi implacável e os mísseis disparados contra as bases terroristas fizeram dezenas de vítimas do lado palestino. Dilma considerou a reação de Israel “desproporcional” e mandou chamar para consulta o então embaixador do Brasil em Tel Aviv, Rafael Eldad.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Além do Brasil, apenas um país, o Equador, na época presidido pelo esquerdista Rafael Correa, teve a mesma atitude. Pelos códigos da diplomacia, essa decisão indica um abalo sério na convivência entre dois países. Mais grave, só o rompimento de relações.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O tempo passou e hoje quase ninguém se recorda que o embaixador Eldad foi um dia chamado por Dilma para discutir a guerra. Por outro lado, e quase dez anos depois, todos se lembram da reação do porta-voz do ministério de Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor. O fato era, segundo ele, “uma demonstração lamentável de como o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a ser um anão diplomático”. O presidente de Israel à época, Reuven Rivlin, chegou a telefonar para Dilma e pedir desculpas pelas palavras do funcionário, mas disso também ninguém se lembra.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Dilma voltou à carga em 2015, quando se recusou a receber as credenciais de Dani Dayan, indicado por seu governo para ser embaixador de Israel em Brasília. A razão da recusa foi meramente ideológica. Dilma não aprovava a atuação do israelense à frente da agência que cuidava dos assentamentos na Cisjordânia e, por essa razão, se recusou a conceder o “agreement” que daria a Dayan o direito de atuar como embaixador no Brasil. A atitude desencadeou uma crise diplomática que só foi resolvida no governo Michel Temer.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Mil e uma vezes mais sensato do que sua sucessora, Lula nunca chegou ao ponto de tomar medidas extremas como essas. Mas, por outro lado, sempre fez questão de se aproximar de países que nunca esconderam a intenção de varrer Israel do mapa. Em 2003, menos de um ano depois do início de seu primeiro mandato presidencial, Lula visitou em Trípoli o ditador da Líbia Muamar Kaddafi, inimigo declarado de Israel, a quem se referia como “amigo e irmão”. No mandato atual, o presidente tem no Irã — o patrocinador das organizações terroristas Hamas e Hezbollah — um de seus aliados mais próximos.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Nunca é demais insistir em apontar os riscos diplomáticos dessa postura, que aproxima o Brasil das ditaduras mais sanguinárias do mundo e o afasta dos aliados tradicionais entre as democracias ocidentais. No cenário atual, ainda é cedo para saber qual será a reação dos Estados Unidos, da Alemanha e de outras potências ocidentais diante das declarações feitas por Lula na semana passada. Mas, que ela virá é quase uma certeza.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">EMPECILHOS DIPLOMÁTICOS — Lula mencionou as crianças mortas pelos ataques de Israel na noite de segunda-feira passada, na cerimônia montada pelo governo para receber na Base Aérea de Brasília as 32 pessoas, entre cidadãos brasileiros e seus parentes palestinos, que viviam na Faixa de Gaza e foram trazidos ao Brasil num avião da FAB. Foi um momento importante e o voo mobilizou o governo inteiro — como se as pessoas a bordo merecessem um tratamento especial em relação ao que foi dado aos outros 1445 brasileiros trazidos nos outros nove voos de repatriação realizados desde o início da guerra, numa operação bem sucedida, que foi elogiada no mundo inteiro.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Assim que as hostilidades tiveram início, aviões da Força Aérea Brasileira foram despachados para Roma e ali aguardaram o momento oportuno de voar para Israel e resgatar brasileiros. Oito desses voos de repatriação partiram do aeroporto Ben Gurion, próximo a Tel Aviv, e o nono, do aeroporto internacional do Cairo. Nesse viajaram 32 brasileiros de origem palestina que viviam na Cisjordânia e cruzaram a fronteira.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O governo de Israel não causou qualquer embaraço à saída dessas pessoas. Nenhuma delas, até onde se sabe, recebeu do governo brasileiro sequer um cartão de boas-vindas. Os brasileiros que desembarcaram em Brasília na semana passada, foram recebidos com honras pelo governo. O presidente Lula, em pessoa, estava à frente de uma comitiva que tinha cinco ministros de Estado e de dezenas de outras autoridades do governo federal. “Primeiro, vamos salvar as crianças e as mulheres. Depois, faz a briga com quem quiser fazer”, afirmou o presidente na ocasião, depois de chamar Israel de terrorista.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Seria espetacular se todos os problemas tivessem soluções simples como essa. A questão é que os terroristas são os primeiros a impedir que os civis deixem a zona de guerra. Para eles, quando maior for o número de mortes, melhor. Eles contam com isso para continuar na dianteira da batalha de informações que, nas últimas semanas, tem transformado Israel, que foi vítima de uma agressão covarde, no culpado por tudo que acontece em Gaza. Nesse trabalho bem sucedido, que conta com o apoio de políticos, jornalistas, militantes e inocentes úteis dispostos a duvidar de tudo que possa atribuir ao Hamas qualquer culpa pelo conflito, os terroristas chegam ao cúmulo de negar hoje aquilo que apresentavam como trunfo um mês atrás.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">É o caso, por exemplo, da tal rede de túneis que, segundo os terroristas, se estenderia por inacreditáveis 500 quilômetros sob o território de Gaza — o que representa, como já foi dito aqui, uma distância superior à que separa o Rio de Janeiro de São Paulo. Antes da guerra, ninguém negava a existência desses túneis nem que muitos deles tinham entradas e saídas em hospitais e escolas. Isso era parte de uma estratégia “inteligente”, destinada a protegê-los do exército israelense, que pensaria mil vezes antes de atacar um hospital.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Ao longo desta guerra, foi mais do que comprovado por imagens aéreas que alguns desses hospitais eram, de fato, usados como base de operações. Em um desses hospitais, o As-Shifa, a sala de ressonância magnética era usada como depósito de armas. O Hamas passou, então, a negar que seus túneis levem a esses hospitais e a contestar a veracidade das imagens feitas no local por militares israelenses.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Na caça aos terroristas, infelizmente, muitas vítimas inocentes acabam tombando. Isso é lamentável. Mais uma vez, porém, é bom insistir em um detalhe abordado neste espaço na semana passada. Entre os mortos anunciados pelo “Ministério da Saúde” do Hamas, só há crianças, mulheres e inocentes. Nenhum dos mortos, a se acreditar nos comunicados que os simpatizantes dos terroristas acatam como verdadeiros, era um combatente com armas nas mãos.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">É bom não se esquecer de que, antes do ataque desumano do dia 7 de outubro, os terroristas se gabavam de ter 30 mil integrantes dispostos a tudo para varrer Israel do mapa. Na hora de se deixar filmar matando israelenses pegos de surpresa, atirando em pessoas desarmadas e violentando mulheres diante dos filhos e dos maridos, eles são tigrões. Mas na hora de enfrentar soldados bem treinados, eles juram inocência, se dizem vítimas de uma força “desproporcional”, fazem cara de choro e se comportam como tchutchucas. Assim são os terroristas.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">CONDENAÇÃO AO ANTISSEMITISMO — Depois do estrago diplomático causado pela acusação de que Israel havia cometido “vários” atos terroristas Lula tentou desfazer o estrago. Na quinta-feira, telefonou para o presidente de Israel Isaac Herzog e, segundo divulgou sua assessoria de imprensa, se comprometeu a apelar pela libertação dos reféns. Tomara, mas tomara mesmo, que ele aja nessa direção e faça um apelo contundente. O mais provável, porém, é que, caso volte a tocar no assunto, ele ponha Israel e o Hamas na mesma balança e livre os terroristas de qualquer responsabilidade sobre seus atos hediondos.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O presidente se comprometeu, também, a condenar o antissemitismo que, estimulado por declarações que jogam em Israel toda culpa pelas atrocidades, vem crescendo no mundo e no Brasil desde o início da guerra. Será difícil — uma vez que seus próprios companheiros petistas estão na linha de frente dos que defendem o Hamas e não perdem uma oportunidade de apontar o dedo na direção de Israel e do povo judeu para acusá-los de responsáveis por todas as atrocidades. Mas uma condenação do presidente ao antissemitismo, desde que soe sincera, talvez ajudasse a diminuir o mal-estar que suas palavras e de alguns de seus ministros vêm causando na colônia judaica brasileira.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">No telefonema, Lula também teria pedido que Herzog intercedesse em favor da inclusão na lista de autorizados a deixar a Faixa de Gaza os nomes de mais 60 brasileiros que teriam ficado para trás na primeira leva e, mais do que isso, de seus parentes palestinos. Será difícil que esse pedido seja atendido — até porque, foi endereçado à autoridade errada. Na condição de presidente de uma República parlamentarista, Herzog pode até influenciar, mas não tem poder para tomar qualquer decisão nesse sentido. Quem age nesses casos neste momento é o gabinete de coalizão comandado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu — cujas prioridades diplomáticas, com certeza, não incluem tomar decisões que beneficiem um país cujos governantes dirigem palavras tão duras a Israel.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Nos dias que antecederam à viagem dos brasileiros, muitos no Brasil acreditaram na ideia espalhada por gente supostamente bem informada de que o governo israelense estaria criando obstáculos à saída do grupo — e dando preferência a outras nacionalidades na hora de escolher quem seria incluído na lista dos autorizados a deixar a Faixa de Gaza. Os diplomatas israelenses, porém, têm um ponto de vista diferente.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Parte da demora, conforme admitem fontes diplomáticas de Israel e do Brasil, se deveu à verificação da presença, em meio ao grupo de brasileiros, de pessoas ligadas à organização terrorista. Ainda que Israel interceda pela inclusão na lista de pessoas autorizadas a sair de Gaza os 60 nomes solicitados por Lula, é de se esperar que a triagem e a verificação de eventuais ligações com o terror sejam ainda mais rigorosas do que foram da primeira vez. E é bom que sejam mesmo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Numa situação como a atual, em que o Ministério da Justiça e da Segurança Pública —que, em última instância, é o responsável pela entrada e saída de pessoas do Brasil — não consegue ter controle sequer sobre a ficha policial das pessoas que se reúnem com os secretários da pasta, o pior que poderia acontecer ao Brasil seria receber terroristas do Hamas. Já basta os do Hezbollah, que tentaram entrar na semana passada para promover atentados contra a colônia judaica e foram presos pela Polícia Federal, numa operação cujo sucesso contou com a ajuda de agências internacionais de inteligência — inclusive do israelense Mossad. O Hezbollah e o Hamas, nunca é bom esquecer, são financiados pela ditadura iraniana. </span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A pergunta a ser feita é: de que país é melhor ser amigo? Daquele que financia terroristas e os manda praticar atentados no Brasil ou de outro, que ajuda a impedir que eles entrem no Brasil?</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Fonte:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i><br /></i></b></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/um-olhar-sobre-o-rio/2023/11/6744023-a-culpa-e-da-vitima.html</i></b></span></div><div><br /></div><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-16839113248515730332023-11-14T09:40:00.000-05:002023-11-14T09:40:25.316-05:00JUDAÍSMO: O "MUSSAF" DO ANO NOVO JUDAICO (ROSH-HASHANÁ) <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjquRwz_UPM6jpYInbex9qztWZwFmj0JvcOBP4LKW7fZ_LECdFEJ9NXij_S6gcCWA4sHpcVJv7JRTVwUv1KOKyG-6rWINnJOGhdKjbMgzMupcnXiCJAoL3uLIw2HzcoA56iY0k6g4rMlOHn89xVotkEdqCDn2ZrmhgAzE4hjFd3_uFBi2L_ldlgaorQQRE/s2048/WhatsApp-Image-2022-04-18-at-11.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjquRwz_UPM6jpYInbex9qztWZwFmj0JvcOBP4LKW7fZ_LECdFEJ9NXij_S6gcCWA4sHpcVJv7JRTVwUv1KOKyG-6rWINnJOGhdKjbMgzMupcnXiCJAoL3uLIw2HzcoA56iY0k6g4rMlOHn89xVotkEdqCDn2ZrmhgAzE4hjFd3_uFBi2L_ldlgaorQQRE/s320/WhatsApp-Image-2022-04-18-at-11.webp" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; text-align: left;"><b><i>Em Rosh Hashaná, o Mussaf assume uma importância central. Minucioso e poético nessa ocasião, é uma das orações mais extensas e comoventes da liturgia judaica</i></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Oração central do Judaísmo, a Amidá é recitada em pé e em voz baixa três vezes ao dia: durante as preces de Shacharit (matinais), Minchá (vespertinas) e Arvit (noturnas). Profere-se uma adicional, denominada Mussaf, no Shabat, em Rosh Chodesh (início do mês) e nas Festas Judaicas.<span><a name='more'></a></span></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">De acordo com o Talmud(Bavli, Berachot 26b), as três orações diárias do Judaísmo estão associadas a rituais religiosos, em especial aos sacrifícios realizados pelos Cohanim (sacerdotes) no Templo Sagrado de Jerusalém. Após a destruição do Templo, instituíram-se as preces em lugar desses rituais, conforme proclamou o profeta Hoshea: “Substituiremos os touros pelos nossos lábios” (Hoshea 14:3). O Mussaf, que se traduz por “adicional” ou “suplementar”, está relacionado aos sacrifícios adicionais oferecidos durante o Shabat, Rosh Chodesh e as Festas Judaicas (Yamim Tovim e Chol HaMoed).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Em Rosh Hashaná, o Mussaf assume uma importância central. Minucioso e poético nessa ocasião, é uma das orações mais extensas e comoventes da liturgia judaica. Aborda os principais temas da festa, descreve eventos decisivos da História humana e judaica, além de incorporar o som do Shofar, tocado pelo Chazan (cantor).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Em geral, o Mussaf é composto por sete bênçãos, seis que, como padrão, estão presentes em todas as Amidot e uma adicional chamada Kedushat HaYom (Santificação do Dia). Esta última realça a singularidade da ocasião, seja Shabat, Rosh Chodesh ou uma Festa Judaica, e descreve os sacrifícios adicionais realizados na ocasião no Templo Sagrado de Jerusalém.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O Mussaf singularde Rosh Hashaná inclui nove bênçãos, entre as quais três suplementares ligadas aos temas essenciais da festividade: Malchuyot (Reinado ou Soberania), Zichronot (Recordações) e Shofarot (Sons do Shofar). Estas são apresentadas, conforme esclarecido pelo Midrash, em uma sequência específica: Malchuyot, que simboliza a aceitação da soberania de D’us; Zichronot, que representa a súplica para que Ele Se “lembre”, isto é, considere nossos méritos e os de nossos antepassados em Seu julgamento; e Shofarot, que alude ao toque do Shofar como um chamado à misericórdia Divina. Como reforça o Midrash:</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">“Primeiro, reconheça-O como seu Rei e, depois, rogue por misericórdia para que Ele Se lembre de você. Como fazer isso? Por meio do Shofar” (Sifrei, Bamidbar 77). De acordo com o Talmud (Mishná, Rosh Hashaná 32b), cada uma das três bênçãos deve incluir dez versículos do Tanach. Esses trechos específicos foram selecionados devido à sua relação com o tema da respectiva bênção.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. A bênção de Malchuyot:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Rosh Hashaná tem como tema central Malchuyot, que simboliza o Reinado e a Soberania Divina. Essa festa religiosa de dois dias, que marca o início do Ano Judaico, é a ocasião na qual simbolicamente coroamos D’us como nosso Rei, em claro reconhecimento e submissão à indiscutível primazia de D’us. A imagem metafórica do Altíssimo como o Rei Supremo, que ecoa através do Tanach e da liturgia judaica, constitui um tema recorrente no Judaísmo. Quase todas as bênçãos referem-se a Ele como Melech HaOlam, o Rei do Universo. Aoressaltar Sua autoridade total e absoluta, bem como Seu domínio sobre todos os aspectos da existência, Malchuyot firma-se como a base da nossa fé e prática religiosa.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Por meio do misticismo judaico, compreendemos o porquê de Malchuyot, o Reinado Divino, ser o tema central de Rosh Hashaná. Segundo a Cabalá, a dimensão mística da Torá, há dez emanações ou atributos Divinos, chamados Sefirot, estruturas metafísicas do cosmo que formam um elo entre D’us e os mundos e por meio dos quais o Infinito (Ein Sof) atua e cria continuamente o Universo. A décima e última emanação, Malchut (“Reino”), representa a manifestação de D’us no mundo físico, conhecida como Shechiná, e conclui um processo que começa com a mais elevada, Keter (“Coroa”), e evolui até o plano material. Malchut é, portanto, a Sefirá mais diretamente relacionada ao mundo físico. Ao contrário das demais, que são ativas – atributos emanadores de D’us –, é um aspecto passivo, receptor do Divino. Assim, essa Sefirá estabelece a conexão entre D’us e o mundo físico. Em resumo, simboliza Sua Presença na esfera material uma vez que é a última Sefirá pela qual passa a energia Divina antes de alcançar o nosso plano de existência.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Em Rosh Hashaná, reafirmamos Malchuyot – o Reinado, a Soberania Divina – para fortalecer a Sefirá de Malchut (o Reino de D’us). Sem aquela (isto é, sem um Rei), não poderia haver esta (ou seja, um Reino), pois, cessada a interação Divina com o mundo físico, este deixaria de existir. Portanto, é compreensível que, sobretudo em Rosh Hashaná – o Dia do Julgamento, quando o destino do mundo inteiro está em jogo –, o tema de Malchuyot adquira uma relevância crucial.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Para elucidar a questão de maneira mais profunda: a Cabalá revela que a Criação não foi um acontecimento único, mas, ao contrário, é um ato Divino constante e ininterrupto. Tudo o que existe depende integralmente da vontade de D’us. Assim, a mínima interrupção de Sua participação no processo resultaria na reversão imediata de todo o Universo a seu prévio estado de não-existência. Desse modo, todos os seres, vivos ou não, só se sustentam pela vontade do Criador. Em vista disso, Rosh Hashaná adquire uma relevância incomparável como o momento em que D’us julga a todos e decide se renovará o Seu compromisso com o mundo por mais um ano. Assim, no Ano Novo Judaico, nós O coroamos como nosso Rei e Lhe suplicamos que mantenha Seu Reinado (Malchuyot) sobre nós. Se Ele perdesse o interesse em Seu Reino (Malchut), o mundo cessaria instantaneamente de existir e seria como se nunca tivesse sequer existido. Por isso, as orações e os mandamentos de Rosh Hashaná concentram-se no reconhecimento e aceitação do Todo-Poderoso como Rei. Por exemplo, a principal obrigação da festividade e o tema de uma das bênçãos do Mussaf é ouvir os toques do Shofar. Entre suas diversas interpretações simbólicas, o som anuncia a “coroação”, a proclamação de D’us como nosso Soberano. É uma forma de comunicação com Ele além das palavras, que reforça a Sefirá de Malchut e, por conseguinte, amplia o fluxo de energia Divina para o mundo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">É importante frisar que o tema do Reinado Divino não é exclusivo de Rosh Hashaná. O texto padrão da Amidá, recitado nos dias comuns da semana judaica (em Shabat e nos dias sagrados, proferimos uma versão diferenciada e mais curta), inclui uma bênção na qual solicitamos ao Todo-Poderoso que reine sobre nós. Além disso, todos os serviços de oração realizados todos os dias do ano terminam com o Alenu, que discorre sobre Malchuyot e se encerra com um versículo de um dos livros dos Nevi’im (Profetas) referente à Era Messiânica: “E o Eterno será Rei sobre toda a terra; naquele dia, o Eterno será Um e Seu Nome será Um” (Zacarias 14:9).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Aspiração por um rei pode parecer anacrônico, pois os monarcas passaram a ser associados à tirania e à corrupção. No entanto, ao contrário da maioria dos governantes humanos, sejam os soberanos antigos ou os líderes atuais, muitas vezes indiferentes, imprudentes, negligentes e injustos, D’us é onipresente, onisciente, onipotente, verdadeiro, justo, virtuoso e misericordioso. É o Rei Sagrado, HaMelech HaKadosh, infinitamente poderoso, mas também, conforme lemos no Livro dos Salmos, o Pai dos órfãos e o Defensor das viúvas, que protege os fracos e oprimidos. Ao contrário dos humanos, é um governante infalível, incorruptível e justo que não favorece partidarismos, não Se deixa corromper por subornos e não comete erros ou injustiças.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Malchuyot expressa a aspiração judaica de que todas as pessoas reconheçam D’us como Rei. Dessa forma, a bênção do Mussaf, que a tem como tema, inicia-se com o Alenu, que, como mencionado anteriormente, conclui todos os serviços de oração judaica e remete à Era Messiânica, quando toda a humanidade reconhecerá o reinado de D’us. Prossegue com dez versículos do Tanach: em sequência, três da Torá, três dos Ketuvim (Escritos), três dos Nevi’im (Profetas) e um final novamente da Torá.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O primeiro excerto citado na bênção de Malchuyot, “O Eterno reinará para sempre” (Êxodo 15:18), provém do cântico entoado pelos Filhos de Israel quando D’us milagrosamente abriu o Mar dos Juncos para salvá-los das legiões do faraó após a partida do Egito. Trata-se da primeira declaração do Reinado do Altíssimo pelo Povo de Israel.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O segundo versículo da Torá provém, paradoxalmente, de uma bênção proferida por um arqui-inimigo, Bilaam, profeta não judeu que tentou amaldiçoar os Filhos de Israel, mas acabou por abençoá-los, além de referir-se a D’us como o Rei do Povo de Israel: “Ele não observou iniquidade em Jacob, nem viu perversidade em Israel: o Eterno, seu D’us, está com ele, e o amor do Rei (Teruat HaMelech) está entre eles” (Números 23:21). Vale ressaltar que, nesse versículo, a palavra hebraica traduzida como “amor”, Teruá, também é o nome de um dos sons do Shofar, a série de toques staccato. Esse duplo sentido do vocábulo sugere que, ao ouvirmos o Shofar, se fortalece o vínculo de afeto entre D’us e o Povo Judeu.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O terceiro versículo da Torá vem da sua última Parashá (porção), Vezot HaBerachá: “Ele (D’us) tornou-se Rei em Yeshurun (um dos nomes do Povo Judeu) quando os líderes do povo se reuniram, todas as tribos de Israel unidas” (Deuteronômio 33:5). Alude à entrega da Torá por D’us e destaca a posição do Eterno como Rei do Povo Judeu.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Por sua vez, os três versículos dos Ketuvim (Escritos) retirados do Livro dos Salmos ilustram o Reinado do Todo-Poderoso de uma perspectiva universal. Por exemplo, um deles diz: “Pois a soberania pertence ao Eterno e Ele governa sobre as nações” (Salmos 22:29). Esses excertos representam a Soberania Divina que transcende o Povo de Israel e abrange todas as nações. Realçam a autoridade universal e domínio de D’us como Rei.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Já dos três versículos dos Nevi’im (Profetas), os dois primeiros (Isaías 44:6 e Obadias 1:21) fazem referência ao Onipotente como o Soberano de Israel. O terceiro (Zacarias 14:9) constitui uma profecia sobre uma época, a Era Messiânica, quando Ele governará como Rei sobre toda a terra.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O décimo e último versículo na bênção de Malchuyot é talvez o mais célebre da Torá: “Shemá Israel (‘Ouve, ó Israel’), o Eterno é nosso D’us, o Eterno é Um” (Deuteronômio 6:4). Constitui a declaração fundamental do Judaísmo: a existência de apenas um Ser Supremo e, portanto, um verdadeiro Rei no Universo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. A benção de Zichronot:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O tema da segunda bênção adicional do Mussaf, Zichronot (Recordações), requer elucidação. Como D’us é atemporal, ilimitado e onisciente, qualquer conceito de tempo, incluindo esquecimento e memória, não se aplica a Ele. Seria um grave equívoco não acreditar que o Altíssimo esteja permanentemente ciente de todos os acontecimentos passados, presentes e futuros, entre os quais os pensamentos mais íntimos de cada indivíduo. De fato, a bênção de Zichronot começa com o reconhecimento da memória de D’us de todas as ações pretéritas de todo ser humano e, em seguida, descreve Rosh Hashaná como o Dia do Julgamento, o momento do ano em que Ele avalia todos os seres humanos com base em suas ações passadas. A ideia de que “Pois és Tu quem eternamente lembra todas as coisas esquecidas, e não há esquecimento diante do Teu Trono de Glória” é um tema recorrente nas orações do Ano Novo Judaico.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O tema de Zichronot, as Recordações Divinas, não sugere nem que D’us precise recordar, nem que devamos lembrá-Lo de algo que Ele possa ter esquecido. Em vez disso, a metáfora de Sua memória indica que, ao proferir um julgamento, Ele considera acontecimentos ou fenômenos passados. Por exemplo, quando em nossas orações, pedimos a D’us que lembre os Patriarcas, isso não significa que Ele os tenha esquecido. Na verdade, pedimos a Ele que atente para os méritos deles ao julgar a nós, seus descendentes. Por outro lado, o esquecimento Divino sugere que D’us deliberadamente desconsidera algo, geralmente erros e transgressões, para que Seu veredito seja favorável. Por exemplo, a ideia de que a Teshuvá apaga os pecados não significa que D’us os esquece, mas sim, que pode ignorá-los ao emitir Seu juízo. Ele Se lembra de tudo e de nada Se esquece, mas Seus vereditos dependem do que decide considerar ou não ao julgar indivíduos e nações. Assim, na bênção de Zichronot, pedimos a D’us que, quando nos julga e determina nosso destino individual e coletivo para o próximo ano, “lembre”, ou seja, leve em conta, acontecimentos e fenômenos meritórios em nossa História como povo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A bênção de Zichronot inclui três versículos da Torá, cada um dos quais ressalta momentos em que D’us “recordou”, ou seja, considerou e proporcionou salvação àqueles em dificuldade. O primeiro refere-se à lembrança de Noé durante o Dilúvio. Como todas as pessoas e animais descendem daqueles que se abrigaram na famosa arca, essa passagem revela o amor e o cuidado Divino por todos os habitantes da Terra.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Por sua vez, o segundo versículo da Torá refere-se especificamente aos Filhos de Israel. Descreve sua escravidão no Egito e a lembrança do Altíssimo da aliança com Avraham, Yitzhak e Yaakov, que resultou no Êxodo: “D’us ouviu os seus gemidos, e D’us recordou-Se da Sua aliança com Avraham, com Yitzhak e com Yaakov” (Êxodo 2:24). Esse trecho realça Sua resposta ao sofrimento dos Filhos de Israel e Sua fidelidade às promessas feitas aos Patriarcas.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O terceiro versículo provém de um trecho da Torá no qual D’us admoesta os judeus, porém assegura-lhes que jamais renegará Sua aliança com Seu Povo e, no final das contas, trará todos de volta à Terra de Israel: “Recordar-Me-ei da Minha aliança com Yaakov, e também da Minha aliança com Yitzhak, e também da Minha aliança com Avraham recordar-Me-ei, e recordar-Me-ei da Terra” (Levítico 26:42). Esse versículo manifesta o compromisso inabalável de D’us com Sua aliança com os três Patriarcas, que garante a continuidade de seus descendentes, os judeus, e a eterna dádiva da Terra Prometida ao Povo de Israel.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Esses três versículos da Torá exemplificam, em conjunto, a memória de D’us como fonte de consolo, redenção e segurança. Demonstram Seu amor, compromisso contínuo e preocupação com todos os seres vivos.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A bênção de Zichronot inclui três versículos do Livro dos Salmos (Salmos 111:4, 111:5, 106:45) que associam a memória de D’us a manifestações de Sua compaixão e benevolência. As citações dos Livros dos Profetas – Jeremias 2:2, Ezequiel 16:60 e Jeremias 31:19 – evocam a lembrança do Altíssimo dos primeiros anos dos Filhos de Israel como nação, uma época marcada pelo amor intenso e pela lealdade do Povo Judeu a Ele.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O décimo e último versículo da bênção de Zichronot afirma: “E lembrar-Me-ei para eles da aliança dos primeiros, aos quais retirei da terra do Egito diante dos olhos das nações, para ser seu D’us; Eu sou o Eterno” (Levítico 26:45). Esse trecho, que relembra o mérito de nossos Patriarcas (“os primeiros”), remete ao tema principal da bênção de Zichronot: Akedat Yitzhak, o sacrifício de Yitzhak (literalmente, a “amarração de Yitzhak”). Em uma das passagens mais dramáticas, a Torá narra como nosso primeiro Patriarca, Avraham, em obediência à ordem Divina, estava disposto a sacrificar o próprio filho, que, por sua vez, estava preparado para a suprema renúncia. Akedat Yitzhak foi um marco na História do nosso povo, pois, superada essa prova, D’us fez uma aliança com ambos e prometeu que seus descendentes, o Povo Judeu, seriam uma nação eterna e abençoada. Por simbolizar uma fonte inesgotável de mérito para o Povo de Israel perante o Eterno, Akedat Yitzhak é um dos temas principais de Rosh Hashaná. De fato, a passagem é a leitura da Torá no segundo dia dessa festa. Além disso, o toque do Shofar estabelece uma ligação significativa com essa narrativa, pois o instrumento é tradicionalmente feito de um chifre de carneiro, o animal que Avraham, em obediência à ordem de D’us, sacrificou em substituição ao filho, Yitzhak.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Em Rosh Hashaná, a festividade religiosa em que D’us determina o destino de cada indivíduo, suplicamos a Ele que “recorde”, ou seja, considere o supremo ato de devoção demonstrado pelos nossos dois primeiros Patriarcas – Avraham e Yitzhak– em que um pai reprimiu seu imenso amor pelo filho e se prontificou a sacrificá-lo em obediência à ordem de D’us. Da mesma forma, Yitzhak subjugou seu instinto natural de autopreservação e mostrou-se disposto a servir de oferenda em cumprimento à determinação Divina. Em Rosh Hashaná, invocamos Akedat Yitzhak porque pedimos a D’us que suprima Seu atributo de justiça rigorosa (a Sefirá de Guevurá), assim como nosso antepassado Avraham temporariamente reprimiu seu amor (a Sefirá de Chessed) por seu filho para atender a um comando do Todo-Poderoso. Como expresso no Mussaf: “Que apareça diante de Ti a Akedá quando Avraham, nosso pai, amarrou Yitzhak, seu filho, no altar, e ele reprimiu sua misericórdia para cumprir a Tua vontade de todo coração. Assim, que a Tua misericórdia suprima a Tua ira sobre nós.”</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A bênção de Zichronot termina com a declaração: “Porque és Tu quem eternamente Se recorda de todas as coisas esquecidas, e não há esquecimento diante do Teu Trono de Glória, e que Tu Te lembres com compaixão hoje da amarração de Yitzhak em benefício de sua descendência. Bendito és Tu, Eterno, que Te lembras da aliança”.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O Rabino Adin Steinsaltz, Zt’’l, explicou que uma aliança, por sua natureza, permanece intacta mesmo quando uma das partes envolvidas não cumpre suas obrigações. Portanto, o objetivo principal da bênção de Zichronot é suplicar a D’us que, ao nos julgar em Rosh Hashaná, considere Sua aliança eterna com o Povo Judeu, bem como as virtudes de nossos Patriarcas e antepassados.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. A benção de Shofarot:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A bênção de Shofarot (Toques do Shofar), a terceira e última bênção adicional do Mussaf, estabelece uma ligação entre as duas anteriores, Malchuyot e Zichronot. O soar desse instrumento anuncia a coroação do Rei (Malchuyot) e apela para que D’us Se recorde de nós favoravelmente (Zichronot). O Talmud (Rosh Hashaná 34b) ensina que, no Ano Novo Judaico, o Todo-Poderoso manda: “Recitem diante de Mim versos cujos temas são Malchuyot (Soberania), Zichronot (Recordações) e Shofarot: Soberania, para que Me coroem como Rei sobre vocês; Memórias, para que Eu me lembre de vocês para o bem; e com o quê? Com um Shofar”.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O instrumento é tão essencial para a festa que a Torá se refere a essa data sagrada como Yom Teruá – um dia de toque do Shofar (Números 29:1). Rav Saadiah Gaon elenca dez simbolismos associados ao mandamento. Um deles é que, no Monte Sinai, quando D’us Se revelou ao Povo de Israel, “o som do Shofar aumentava constantemente e era muito forte” (Êxodo 33:2-3). De fato, os três versículos da Torá (Êxodo 19:16, 19:19 e 20:15) na bênção de Shofarot fazem referência ao soar do instrumento, Kol Shofar, ouvido durante a Revelação Divina no Sinai. Esse acontecimento, ocorrido 50 dias após o Êxodo do Egito, constitui a base do Judaísmo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A bênção de Shofarot também inclui versículos de Ketuvim, mais especificamente do Livro dos Salmos, que ressaltam a Realeza de D’us (Salmos 98:6 e 81:4-5), além do Salmo 150, o capítulo final do respectivo livro, que contém dez convocações para exaltar o Onipotente com diversos instrumentos, incluindo o Shofar. Esse Salmo conclui com um apelo para que todos os seres vivos O louvem. Por fim, os versículos de Nevi’im (Isaías 18:3, Isaías 27:13 e Zacarias 9:14-15) antecipam uma futura redenção universal, a Era Messiânica, quando D’us Se revelará ao som do Shofar.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O décimo e último versículo da bênção de Shofarot, também recitado no Kidush durante as duas noites de Rosh Hashaná, é proveniente da Torá: “E no dia de seu regozijo, nas suas festas e em seus inícios de meses, devereis tocar com trombetas sobre seus sacrifícios e sobre suas oferendas de paz; e servirão para vocês, como recordação perante vosso D’us; Eu sou o Eterno, vosso D’us” (Números 10:10). Apesar de não ser mencionado explicitamente nessa passagem, o Shofar é incorporado à bênção, pois, como esclarece o Talmud, era tocado juntamente com as trombetas. A propósito, essa obra (Bavli, Sotah 43a) ensina que a mesma palavra hebraica pode referir-se a ambos os instrumentos.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Ao unir, de forma harmoniosa, os temas de Malchuyot, Zichronot e Shofarot, aquele versículo serve como uma conclusão apropriada para o trio de bênçãos centrais no Mussaf de Rosh Hashaná. Na antiguidade, o soar de trombetas ou de um Shofar era, com frequência, usado para anunciar a sagração de um monarca (vide Reis 1:34). Por isso, esse trecho alude a Malchuyot, a coroação do Todo-Poderoso como Rei. Ademais, afirma que os sons daqueles instrumentos evocam memórias positivas, Zichronot, do Povo Judeu perante o Eterno. Assim, o toque do Shofar, que simboliza tanto a revelação Divina no Monte Sinai quanto a vinda da Era Messiânica, representa nossa aceitação da soberania de D’us e evoca Sua lembrança de nossos méritos, para que Ele possa julgar-nos com misericórdia em Rosh Hashaná, o Dia do Julgamento. Por conseguinte, a bênção de Shofarot conclui: “Pois Tu ouves o som do Shofar e atentas à Teruá, e ninguém se compara a Ti. Bendito és Tu, Eterno, que escutas o som do Shofar de Teu povo Israel com misericórdia”.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"> Isaías, um dos maiores profetas do Tanach, previu que a chegada do Mashiach será anunciada pelo toque do Shofar. De fato, em dois versículos de sua autoria citados na bênção de Shofarot, o profeta proclama em nome de D’us: “Todos os habitantes do mundo e os que residem na terra verão (o ajuntamento do Povo de Israel) como se uma bandeira fosse hasteada nos cumes das montanhas e ouvirão como se um Shofar fosse tocado... E será naquele dia que um grande Shofar será tocado; e aqueles que estavam perdidos na terra da Assíria e os dispersos na terra do Egito virão e se prostrarão perante o Eterno no monte sagrado em Jerusalém” (Isaías 18:3, 27:13).</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Bibliografia:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><i>The Complete Artscroll Machzor - Rosh Hashanah. A new translation and anthologized commentary. Rabbi Nosson Scherman. Mesorah Publications.</i></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Fonte:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i><br /></i></b></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>https://www.morasha.com.br/rosh-hashana/o-mussaf-de-rosh-hashana.html</i></b></span></div><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-42105477110586080012023-11-13T10:01:00.000-05:002023-11-13T10:01:08.496-05:00POLÍCIA FEDERAL (PF) PRENDE NO RIO DE JANEIRO (RJ) SUSPEITO DE INTEGRAR SISTEMA DE RECRUTAMENTO DE BRASILEIROS PARA O GRUPO TERRORISTA HEZBOLLAH<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHPwHgVdPLWmkvFgeUpkrUJupDVVVTRCcSXJaHeC4DImMV382rHl5JyKo-klKVneN_4vY93XZF-cerdL8SVtfw_9HrhxCrPS7Mj9ily0ovkItjRGLUnEeU5TZmPVwsMAf6mcQehTa_WxE6fuyF2TJDL3Hy-zKBmL7hwIslFXU8QE-_EF_wR2aTVZaw9ew/s1600/1be9ef68-2abb-45f3-98e2-3fb842683b9e.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1066" data-original-width="1600" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHPwHgVdPLWmkvFgeUpkrUJupDVVVTRCcSXJaHeC4DImMV382rHl5JyKo-klKVneN_4vY93XZF-cerdL8SVtfw_9HrhxCrPS7Mj9ily0ovkItjRGLUnEeU5TZmPVwsMAf6mcQehTa_WxE6fuyF2TJDL3Hy-zKBmL7hwIslFXU8QE-_EF_wR2aTVZaw9ew/s320/1be9ef68-2abb-45f3-98e2-3fb842683b9e.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; text-align: left;"><b><i>O sírio, naturalizado brasileiro e imigrou em 2008, foi detido em um quiosque na Praia de Copacabana (detalhe), na Zona Sul do Rio de Janeiro (RJ)</i></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Mais um suspeito de participar do esquema de recrutamento de brasileiros para o grupo terrorista Hezbollah foi preso pela Polícia Federal, neste domingo (12), em um quiosque na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio. Inicialmente, o homem não teve a identidade revelada.<span><a name='more'></a></span></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Na última quarta-feira (8), outros dois homens suspeitos de envolvimento no esquema foram presos em São Paulo durante a operação Trapiche, deflagrada pela PF. De acordo com a corporação, o recrutamento para atentados no país pelo Hezbollah seriam cometidos contra prédios da comunidade judaica no Brasil, incluindo sinagogas.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Segundo as primeiras informações divulgadas pela PF, os presos e outros brasileiros investigados planejavam ataques a prédios da comunidade judaica no Brasil. Os investigadores afirmaram, ainda, que sinagogas estavam sendo monitoradas e fotografadas e relataram o recrutamento de pessoas para atuar com grupos terroristas que atuam no Oriente Médio. O inquérito foi aberto a partir de um alerta dos serviços de inteligência dos Estados Unidos e de Israel.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A PF cumpriu ainda 11 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal. Um dos homens foi detido ao desembarcar no aeroporto de Guarulhos, vindo do Líbano e o outro capturado perto de um hotel onde estava hospedado, no centro da capital paulista. Segundo a Polícia Federal, os suspeitos seriam financiados pelo grupo terrorista para recrutar brasileiros para as ações.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A operação Trapiche foi deflagrada com objetivo de interromper os preparativos para os ataques e impedir o trabalho de cooptação de pessoas para a execução dos atentados. Os presos podem ser enquadrados na Lei do Terrorismo pelos crimes de construir ou integrar organização terrorista e preparar atentados. Se condenados, as penas somadas chegam a 15 anos e seis meses. Esses delitos são considerados hediondos e inafiançáveis. Para eles, não há possibilidade de anistia ou indulto.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Principal investigado:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Mohamad Khir Abdulmajid é o principal investigado na operação que apura o recrutamento de brasileiros pelo grupo terrorista Hezbollah. As informações foram divulgadas pelo programa 'Fantástico', da TV Globo.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Foi informado, ainda, que o criminoso, procurado pela Interpol, é sírio, naturalizado brasileiro, e imigrou ao Brasil em 2008. Segundo a corporação, em 2021, ele começou a ser investigado pela PF por contrabando. Ao logo das investigações, os delegados desconfiaram que a venda de produto ilegal tinha como objetivo financiar atos terroristas.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Em uma rede social, Mohamad chegou a publicar uma foto com uniforme militar em cima de um blindado. </span><span style="font-family: verdana;">Em um trecho da representação policial da operação Trapiche, um dos delegados responsáveis pelo caso afirma que Mohamad seria no mínimo simpatizante, senão apoiador e integrante do grupo Hezbollah.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. O que é o Hezbollah:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O Hezbollah surgiu em 1982, durante a guerra civil do Líbano. O grupo islâmico xiita foi criado para defender os muçulmanos dos ataques das milícias cristãs, que contavam com o apoio de Israel. Seus fundadores foram clérigos muçulmanos que buscavam a expulsão das tropas israelenses do território libanês.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O Hezbollah prega o fim do Estado de Israel e conta com o apoio do Irã. Atualmente, seu poderio militar supera o do próprio exército do Líbano. Após os ataques do Hamas de 7 de outubro, o Hezbollah ameaçou iniciar uma guerra contra os judeus em território israelense. Apontado como autor ou financiador de vários atentados, o grupo é classificado pelos Estados Unidos e por vários países da Europa como “organização terrorista”.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">No Brasil, já surgiram denúncias da atuação do Hezbollah na região da Tríplice Fronteira, principalmente na cidade paranaense de Foz do Iguaçu. O grupo teria empresas de fachada, usadas para o recrutamento de futuros militantes e a lavagem de dinheiro, que seria utilizado em ações terroristas.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Fonte:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2023/11/6740706-pf-prende-suspeito-de-integrar-esquema-de-recrutamento-de-brasileiros-para-o-hezbollah.html</i></b></span></div><div><br /></div><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4688366312065545890.post-7112392142103880102023-11-09T14:27:00.001-05:002023-11-09T14:27:58.822-05:00TERRORISMO: POLÍCIA FEDERAL (PF) PRENDE DOIS HOMENS SUSPEITOS DE PLANEJAR ATENTADOS DO HEZBOLLAH NO BRASIL<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxe6xfQw9kTeOVciIzlLwAr0UKdHPf9So8wkf8GsIjVue43bYbL_nAxw_H5ob3rbf3DSAJeDIfVWA0f2bWMMeWTFElRS5sWGd4RzGkV_HQAjpNmpqZ3a2EKwQt_1tbtM_IiZDD9CAI1VSVId3ON3yJlPAAEACyMuTXblhu1oioZtpR4eKavswwh8zchuA/s1200/1_01_g-30523251.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="750" data-original-width="1200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxe6xfQw9kTeOVciIzlLwAr0UKdHPf9So8wkf8GsIjVue43bYbL_nAxw_H5ob3rbf3DSAJeDIfVWA0f2bWMMeWTFElRS5sWGd4RzGkV_HQAjpNmpqZ3a2EKwQt_1tbtM_IiZDD9CAI1VSVId3ON3yJlPAAEACyMuTXblhu1oioZtpR4eKavswwh8zchuA/s320/1_01_g-30523251.webp" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; text-align: left;"><b><i>De acordo com a Polícia Federal, os detidos recebiam financiamento do grupo terrorista para preparar ataques a prédios da comunidade judaica no Brasil, incluindo sinagogas</i></b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (8) a Operação Trapiche. Os agentes prenderam dois homens suspeitos de envolvimento no recrutamento de brasileiros para atentados terroristas que seriam promovidos no país pelo grupo Hezbollah. De acordo com os agentes, os ataques seriam cometidos contra prédios da comunidade judaica no Brasil, incluindo sinagogas.<span><a name='more'></a></span></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">As prisões ocorreram em São Paulo. A PF cumpriu ainda 11 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal. Um dos homens foi detido ao desembarcar no aeroporto de Guarulhos, vindo do Líbano. Segundo a Polícia Federal, os suspeitos seriam financiados pelo grupo terrorista para recrutar brasileiros para as ações.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Ambos os presos são brasileiros descendentes de libaneses. Eles não tiveram as identidades reveladas pela PF. A Operação Trapiche foi deflagrada com vistas a interromper os preparativos para os ataques e impedir o trabalho de cooptação de pessoas para a execução dos atentados.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Os presos podem ser enquadrados na Lei do Terrorismo pelos crimes de construir ou integrar organização terrorista e preparar atentados. Se condenados, as penas somadas chegam a 15 anos e seis meses. Esses delitos são considerados hediondos e inafiançáveis. Para eles, não há possibilidade de anistia ou indulto.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. O que é o Hezbollah:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O Hezbollah surgiu em 1982, durante a guerra civil do Líbano. O grupo islâmico xiita foi criado para defender os muçulmanos dos ataques das milícias cristãs, que contavam com o apoio de Israel. Seus fundadores foram clérigos muçulmanos que buscavam a expulsão das tropas israelenses do território libanês.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">O Hezbollah prega o fim do Estado de Israel e conta com o apoio do Irã. Atualmente, seu poderio militar supera o do próprio exército do Líbano. Após os ataques do Hamas de 7 de outubro, o Hezbollah ameaçou iniciar uma guerra contra os judeus em território israelense. Apontado como autor ou financiador de vários atentados, o grupo é classificado pelos Estados Unidos e por vários países da Europa como “organização terrorista”.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">No Brasil, já surgiram denúncias da atuação do Hezbollah na região da Tríplice Fronteira, principalmente na cidade paranaense de Foz do Iguaçu. O grupo teria empresas de fachada, usadas para o recrutamento de futuros militantes e a lavagem de dinheiro, que seria utilizado em ações terroristas.</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><b>. Fonte:</b></span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;"><b><i>https://odia.ig.com.br/brasil/2023/11/6738257-pf-prende-dois-homens-suspeitos-de-planejar-atentados-do-hezbollah-no-brasil.html</i></b></span></div><div><br /></div><span class="fullpost"></span>Unknownnoreply@blogger.com0