25 de setembro de 2008

DENOMINAÇÕES JUDAICAS: MOVIMENTO ORTODOXO

JUDAÍSMO ORTODOXO.


Jovem "haredi" (Ortodoxo em Hebraico) examina um "Etrog" (Fruta aromática da família do limão), usada durante as comemorações do "Sukkot" (Festa dos Tabernáculos)

Nos EUA o judaísmo ortodoxo representa cerca de 10% dos judeus filiados. Judeus ortodoxos aceitam integralmente a Halachá e, diferentemente dos judeus conservadores/massortís, entendem que ela não é passível de modificação. A ortodoxia entende que as 613 mitsvót contidas na Torá são obrigatórias para todos os judeus. Eles acreditam que a Torá foi revelada diretamente por D-us; em decorrência disso, as suas leis são divinas e devem ser obedecidas. Assim, os ortodoxos são os mais tradicionais entre todos os grupos judaicos. Homens e mulheres sentam-se separados por uma mechitzá (divisória) nos serviços religiosos; somente os homens compõem o minián (quorum mínimo de dez homens judeus adultos para a realização de um serviço religioso público) e sobem ao púlpito para ler na Torá. Não é permitido andar de carro no Shabat nem para ir à sinagoga e não há rabinas ortodoxas. Na prática, os judeus ortodoxos tendem a cumprir as leis judaicas em áreas como manter o Shabat e seguir uma dieta casher.

As exigências para a conversão ortodoxa são as mesmas que as do judaísmo conservador/massortí. A principal diferença entre eles é que os rabinos ortodoxos geralmente não aceitam as conversões praticadas por rabinos não-ortodoxos (conservadores/massortís e reformistas), pois não reconhecem o bet din (corte religiosa) formado para avaliar os conhecimentos e a convicção do candidato. Este fato tem causado uma polêmica considerável dentro da comunidade judaica, e é importante que os candidatos potenciais à conversão estejam cientes deste problema.

As dificuldades surgem em casos específicos. Aqui vai um exemplo: uma mãe nascida não-judia foi convertida por um rabino não-ortodoxo e se casou com um homem judeu. Os filhos deste matrimônio foram criados como judeus, são considerados judeus pela comunidade em geral, mas não pelo movimento ortodoxo, pois a conversão da mãe não é reconhecida pelos ortodoxos (os filhos de uma mãe judia são automaticamente considerados judeus, mesmo que não tenham sido criados como judeus). Conseqüentemente, se um desses filhos desejar se casar com uma pessoa ortodoxa, um rabino ortodoxo se recusará a celebrar o casamento sem uma prévia conversão ortodoxa. Os rabinos ortodoxos não celebram nem comparecem a um casamento ecumênico.



Cabe ressaltar que, em Israel, as conversões realizadas por todos os movimentos (ortodoxo, conservador/massortí e reformista) dentro e fora do Estado de Israel são legalmente reconhecidas, conferindo aos convertidos o direito de Aliá, a Lei de Retorno, que defende o direito de todo judeu morar em Israel. No entanto, o judaísmo ortodoxo é o único movimento cujos casamentos feitos em Israel são reconhecidos oficialmente; os casamentos feitos pelos demais movimentos só são reconhecidos em Israel se forem realizados no exterior.

Há diversas organizações ortodoxas ao redor do mundo, com práticas diferentes. A Orthodox Union é a maior delas. No Brasil não há um website específico para todo o movimento; a organização mais conhecida é o Beit Chabad, que também tem alguns websites regionais.

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