19 de novembro de 2009

ANP CONDENA CONSTRUÇÃO DE 900 NOVAS CASAS EM COLÔNIA JUDAICA EM JERUSALÉM

Fonte: Agência Efe - Jerusalém

A Autoridade Nacional Palestina (ANP) condenou nesta quarta-feira a decisão israelense de construir 900 novas casas em uma colônia ao sul de Jerusalém, dizendo que a medida "destrói as possibilidades de retomada do processo de paz" entre ambos os lados.




A decisão do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu "fecha todas as portas para a retomada do processo de paz e destrói todos os esforços para reativá-lo", afirmou hoje, em comunicado, Nabil Abu Rudeina, porta-voz da Presidência palestina.

A aprovação pelo Comitê de Planejamento de Jerusalém de um plano para a construção de 900 casas na colônia de Gilo, no sul da cidade, "é uma mensagem dirigida aos americanos", acrescentou Rudeina, em referência aos pedidos da administração do presidente americano, Barack Obama, para que Israel paralise a construção nos assentamentos.

O comitê tomou a decisão de seguir adiante com seu plano apesar do enviado da Casa Branca para o Oriente Médio, George Mitchell, ter pedido especificamente a representantes do primeiro-ministro Netanyahu, que desistissem do projeto.

O prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, reagiu à informação com um comunicado no qual lembra que a lei israelense não distingue a construção entre as partes oeste e leste da cidade, ocupada desde a Guerra dos Seis Dias de 1967.

"O pedido da interrupção da construção unicamente para judeus é ilegal, também nos Estados Unidos e em qualquer outro lugar do mundo", aponta a nota, que acrescenta que a Prefeitura "continuará permitindo a construção em todas as partes da cidade para judeus, muçulmanos e cristãos".

Israel considera Jerusalém sua capital "única e indivisível" e, portanto, se sente legitimado para construir na parte leste da cidade, de maioria árabe e que os palestinos reivindicam como capital de seu futuro Estado.

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