Uma pessoa que passe pela conversão formal, conforme a Halachá (ההלכה) (Lei Judaica), é considerada judia em todos os aspectos, igual a qualquer outro judeu de nascença e até mais
RESPOSTA:
A concepção judaica diz que judeu é aquele que nasce de mãe judia ou quem se converte de acordo com a Halachá (ההלכה), a Lei Judaica. Da mesma forma que ao nascer uma criança de um ventre judaico, adentra nela, automaticamente, uma alma judia, o mesmo ocorre com uma pessoa que passa por uma conversão feita conforme os pormenores da Halachá (ההלכה).
Com relação ao próprio processo de conversão, este deve ser feito por um Bet Din (Tribunal Rabínico) composto por três rabinos idôneos (que cumprem as leis judaicas à risca), sendo estes conhecedores da Halachá (ההלכה) a fundo
O que significa "feito conforme a Halachá"? Antes de mais nada, a Lei Judaica descreve que uma pessoa só pode passar por uma conversão quando tem a única e exclusiva intenção de abraçar o judaísmo por ideologia, ou seja, por achar que esta é a religião correta a seguir conforme seu entender, sem segundas intenções. Na Halachá (ההלכה) consta que, se uma pessoa deseja converter-se para enriquecer, para tornar-se eminente ou, até mesmo, com intenção de se casar, não se deve a princípio convertê-la. Portanto, conforme a Lei Judaica, antes de passar pelo processo de conversão, o Rabinato deve examinar cada caso para sentir se realmente é sincero.
Além disto, o candidato à conversão deve realmente tomar a firme decisão de manter as leis judaicas, não bastando apenas aceitar o judaísmo de coração, pois no judaísmo o que mais importa são as ações e não apenas as intenções. Antes de se converter, este já deve estar cumprindo as leis básicas do judaísmo para comprovar que as seguirá também posteriormente.
Com relação ao próprio processo de conversão, este deve ser feito por um Bet Din (Tribunal Rabínico) composto por três rabinos idôneos (que cumprem as leis judaicas à risca, logicamente), sendo estes conhecedores da Halachá a fundo.
Uma pessoa que passe por este tipo de conversão é considerada judia em todos os aspectos, igual a qualquer outro judeu de nascença e até mais; pois, conforme afirma Maimônides, um judeu de nascença é chamado de filho dos Patriarcas, Avraham, Yitschac e Yaacov; um verdadeiro convertido, porém, é considerado um filho de D'us. A Torá nos ordena tratá-lo com amor, sem reprimi-lo ou enganá-lo.
Uma pessoa, entretanto, que passa por uma conversão fictícia, por mais bem intencionada que seja, não pode ser considerada judia, não apenas conforme o chassidismo, mas conforme a Halachá; pois, no momento de uma conversão real, ocorre não somente uma mudança nos hábitos da pessoa, mas algo mais profundo: ela recebe uma alma judia. Isto só pode ocorrer quando a conversão é feita de acordo com a vontade do Criador das almas, a qual Ele expressou na Halachá por intermédio de Moshê.
Isto não quer dizer que uma pessoa que passou por outro tipo de conversão não seja benquista pela Halachá; muito pelo contrário, pode ser até que tenha as melhores intenções e seja uma ótima candidata, só que escolheu este caminho por falta de instrução.
Nossos sábios aprenderam a maioria das leis de conversão da história de Ruth, a moabita. Após sua sincera devoção e aceitação total do judaísmo, foi aceita pelo Bet Din, convertida e posteriormente desposou o então líder do povo judeu, Boaz. Entre seus descendentes, encontramos personalidades chaves de nossa história, como o rei David, o rei Shlomô (Salomão), e toda sua dinastia, até seu último herdeiro, Mashiach (Messias).
O Mikveh (lugar onde ocorre o banho ritual) tem que ser composto de água encanada misturada com a da chuva
. Ter a chance de cumprir mandamentos que só trazem bênçãos de paz, saúde e felicidade em TODOS os aspectos.
. Ter sua vida guiada pelos ensinamentos da Torá (livro sagrado dos judeus), dados pelo próprio D-us Eterno à raça humana, e não por pessoas de carne e osso que escreveram sobre um suposto Messias 100 anos após sua morte.
. Ter orientações sobre comportamento e ética que levam a uma relação harmoniosa com a natureza e com os nossos semelhantes.
. Ter a chance de lidar com o preconceito entendendo que quem o pratica carece do nosso amor e da nossa compreensão, pois ainda não assimilaram a mais sublime mensagem da Torá: o amor ao próximo.
. Levar um estilo de vida que valoriza a saúde como o bem mais precioso.
. Ter conexão com o Sagrado, sem intermediários.
. Aprender a ser justo e, como tal, estar seguro como o filho do "Leão" (Aryeh). (Prov. 28).
. Entender que o medo da desgraça é bem pior que a própria desgraça.
. Aprender que dias de felicidade são feitos de minutos de serenidade. (Rav. Fonseca)
. Ouvir 10 conselhos e decidir sozinho.
. JUDAÍSMO É RELIGIÃO, NÃO NACIONALIDADE:
Se você deseja se tornar judeu por causa da religião em si, você pode aderir a qualquer movimento judaico, seja ortodoxo, liberal, humanista, conservador, etc. Se você deseja se tornar judeu para obter a cidadania israelense, você deverá procurar um Rabino ortodoxo em Israel para realizar a sua conversão. Há pessoas que querem obter cidadania israelense para ir morar em Israel ou porque vão se casar com parceiro(a) israelense. Ser judeu e ser israelense são coisas distintas que devem estar bem claras na mente dos candidatos à conversão judaica.
Mesmo dentro de Israel a questão da judaicidade de uma pessoa ainda é muito discutida pois existem divisões até entre os diferentes movimentos ortodoxos que não reconhecem uns aos outros como legítimos. Há movimentos judaicos ortodoxos que sequer reconhecem a legitimidade do Estado de Israel como é o caso do Neturei Karta (guardiões da cidade).
. Aceitação?!
O Judaísmo não possui um órgão centralizador comparado à Santa Sé, no Vaticano, que determina as normas para as igrejas católicas no mundo portanto cada divisão judaica possui suas regras e particularidades sobre aceitação em sinagogas. Quanto a frequentar uma sinagoga local, não há impedimento desde que você atenda também às exigências do Rabino desta sinagoga. Ele tem poderes para aceitar você como membro ou impor outras condições para tal.
. Fontes:
http://www.chabad.org.br/interativo/FAQ/tor_judeu.html
https://sinagogaonline.org/conversao/
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