23 de setembro de 2018

OPINIÃO: INTOLERÂNCIA RELIGIOSA


O Estado de Israel existe por que depois de séculos de tratamento como cidadãos de segunda categoria na Europa e no Islã, os judeus reivindicaram a igualdade

A intolerância fez mais vítimas na Europa. Foram assassinados uma pessoa que participava de um seminário sobre a liberdade de expressão e os limites da imprensa e o segurança da comunidade de Copenhagen, que guardava a entrada de uma sinagoga onde se celebrava um Bat Mitsvá. Cinco policiais ficaram feridos em consequência dos ataques, cujo perpetrador foi morto posteriormente pela polícia. Repete-se a tragédia de Paris de semanas atrás, inclusive na reação dos políticos. 



Temos o direito à vida na Dinamarca, na França, no Brasil e em Israel. Sem este reconhecimento inequívoco retornaremos à rotina de perseguições e degradações que marcaram a nossa história até a vitória do Iluminismo

O primeiro ministro de Israel, Benjamim Netanyahu declarou mais uma vez que “o lugar dos judeus da Europa é o Estado de Israel” e reuniu o gabinete para estudar um plano de apoio à imigração dos judeus europeus. A declaração de Netanyahu é completamente equivocada. O Estado de Israel existe por que depois de séculos de tratamento como cidadãos de segunda categoria na Europa e no Islã, os judeus reivindicaram a igualdade. O direito de serem iguais a todos os demais grupos nacionais do mundo resultou no Estado de Israel. O direito a cidadania plena nos Estados onde vivem resultou na consolidação da democracia nestes países. É impossível defender a legitimidade moral do Estado de Israel sem defender também a igualdade dos judeus em todas as partes do mundo. Ao afirmar que os judeus não têm mais lugar na Europa o primeiro ministro de Israel está colocando em dúvida o fundamento central do Estado de Israel. Temos o direito à vida na Dinamarca, na França, no Brasil e em Israel. Sem este reconhecimento inequívoco retornaremos à rotina de perseguições e degradações que marcaram a nossa história até a vitória do Iluminismo. O florescimento dos judeus e do judaísmo dentro e fora do Estado de Israel fortalece os judeus, o judaísmo e a democracia em todos os quadrantes do mundo. 

. Fonte:

Promover um judaísmo conectado ao seu rico passado e ao mesmo tempo integrado aos dias atuais. Este é o objetivo do Judaísmo Progressista, a maior corrente do judaísmo mundial, com mais de um milhão de afiliados. Fundada em 1942, a ARI – Associação Religiosa Israelita é a casa do Judaísmo Progressista no Rio de Janeiro, filiada à World Union for Progressive Judaism – WUPJ

http://arirj.com.br/

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