10 de maio de 2020

O QUE É HAMSÁ (חמסה)?


É uma mão simétrica, cujo polegar e o mindinho são idênticos e apontam para os lados e para o horizonte, e o dedo médio é o eixo de simetria

A hamsá ou chamsá (hebraico: חמסה, em árabe: خمسة, chamsa), trata-se de um símbolo da fé judaica e islâmica, é um objeto com a aparência da palma da mão com cinco dedos estendidos, usado popularmente não só como um amuleto contra o mau olhado, mas também para afastar as energias negativas e trazer felicidade, sorte e fortuna.



A Hamsa (חמסה), uma mão estilizada, representa os cinco níveis da alma, o órgão/canal através do qual uma pessoa abençoa outra, simbolizando portanto bênçãos e proteção

A Hamsa é um símbolo utilizado mais pela comunidade sefaradi, muito ligada com a parte mística e em sábios cabalistas. O Hamsa uma mão estilizada, representa os cinco níveis da alma, o órgão/canal através do qual uma pessoa abençoa outra, simbolizando portanto bênçãos e proteção. Este também é o motivo pelo qual se vê muitas placas de automóveis escolhidos com os números "5", onde presume-se que pertençam a sefaradim.

É uma mão simétrica, cujo polegar e o mindinho são idênticos e apontam para os lados e para o horizonte, e o dedo médio é o eixo de simetria. Há também hamsás com forma de pombas semelhantes a uma mão. Ela pode aparecer também como uma mão normal, com um polegar distinto do mindinho.
Frequentemente, possui o desenho de olhos, com pombos, peixes e estrelas de Davi para fortalecer o seu simbolismo. Em certas hamsás existem inscrições em hebraico, como a Shemá Israel, por exemplo.
A hamsá é usada como amuleto contra o mau-olhado. É muito popular no Oriente Médio, especialmente no Egito. A mão pode ser encontrada em diversas formas, desde joias até azulejos e chaveiros.

Embora o Alcorão vete o uso de amuletos, a hamsá é facilmente encontrada entre os muçulmanos. Os muçulmanos a associam aos cinco pilares do Islã, e também a chamam de mão de Fátima, sendo Fátima a filha preferida de Maomé. Notadamente, a hamsá aparece, junto com outros símbolos islâmicos, o emblema da Argélia.

A hamsá também é popular entre os judeus, especialmente os sefarditas. Os judeus inscrevem textos em hebraico, como a Shemá Israel, nas chamsás e também as chamam de mão de Miriam. Miriam, no caso, foi a irmã de Moisés e Aarão. O símbolo também é associado à Torá, que é composta por cinco livros.


A hamsá também é popular entre os judeus, especialmente os sefarditas

Existem evidências arqueológicas do uso da hamsá como um escudo contra o mau-olhado já antes do judaísmo e do islamismo. Há indícios de que a hamsá seria um símbolo fenício, associado a Tanit, deusa-chefe de Cartago cuja mão ou vulva afastava o mal.

Posteriormente, o símbolo foi adotado pela cultura árabe, que o passou para os judeus. A chamsa também aparece no Budismo; é chamada de Abhaya Mudra e possui conotação semelhante à descrita, significando a dissipação do medo. Uma alusão cristã a chamsá é encontrada na tradição mexicana é a imagem de La Mano Poderosa (A Mão Poderosa).

Atualmente, defensores da paz no Oriente Médio têm usado a chamsá. O símbolo lembraria as raízes comuns do judaísmo e do islamismo. Nesse caso, não seria mais um talismã contra o mau-olhado, mas um símbolo de esperança de paz na conturbada região.

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https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/1622554/jewish/Hamsa.htm

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