Fundador da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, o artista Rubens Gerchman revolucionou o universo artístico brasileiro
Há pessoas que são fortalezas. Conquistam o mundo, se e quando é preciso. Iluminam. Marcam caminhos. O artista plástico Rubens Gerchman era um desses. Quebrou barreiras, criou quando ninguém imaginava e acreditou quando vários disseram não.
Por falar em continuidade, o Instituto Rubens Gerchman é gerido pela filha, Clara Gerchman
“Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez". Em qualquer livro barato de auto-ajuda essa frase do dramaturgo francês Jean Cocteau aparece. Capaz de encontrarmos uma variação quando descobrirem essa faceta de Gerchman.
No terreno do impossível destaca-se na Escola de Artes Visuais a exposição “Como vai você, geração 80?", em 1984. Uma legião de jovens de diferentes tribos manifestou artisticamente a busca pela democracia e pela liberdade. Tinha dança, tinha poesia, tinha pintura, tinha literatura, tinha serigrafia. Tiveram romances que ficaram até hoje. Nessa ocasião, Gerchman não era mais o diretor, o que demonstra que herança é assunto sério.
“Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez". Em qualquer livro barato de auto-ajuda essa frase do dramaturgo francês Jean Cocteau aparece
Rubens Gerchman faleceu em janeiro de 2008. O Instituto foi criado dois anos após. Boa parte do acervo está sob cuidados de uma talentosa equipe. Diversas exposições já foram realizadas, permitindo que o público tenha contato. São os caminhos abertos.
Gerchman foi premiado no Salão Nacional de Arte Moderna (1967) com uma viagem ao estrangeiro e assim permaneceu Em New York, USA, por 4 anos (1968-1972) onde expôs e ampliou sua base cultural
. Seminário:
Desde de 16 de setembro, está rolando um seminário público e online debatendo os mais distintos experimentos na arte. É uma iniciativa do Instituto e da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, que compõe a extensa rede de aparelhos culturais da secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro.
O seminário é organizado por Ulisses Carrilho, curador da EAV Parque Lage.
. Livro:
Em dezembro sai o livro “Espaço de Emergência, Espaço de Resistência", contando a trajetória da Escola, pela editora Azougue, do incansável Sérgio Cohn. Vai ser possível conhecer melhor o pensamento artístico e educador de Rubens Gerchman.
. Biografia:
Artista plástico brasileiro nascido no Rio de Janeiro (1942), então Distrito Federal, ligado a tendências vanguardistas como a pop art e o happening. Iniciou sua aprendizagem artística (1957) cursando aulas noturnas de desenho no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro e no ano seguinte começou a trabalhar como programador visual em revistas e casas editoras cariocas, atividade que desenvolveu por cerca de oito anos. Matriculou-se (1960) na antiga Escola Nacional de Belas-Artes, onde estudou xilogravura com Adir Botelho, mas afastou-se do curso no ano seguinte.
Exibiu (1964) sua primeira mostra, de desenhos e litografias, na Galeria Vila Rica, mas só no ano seguinte realizaria uma individual de repercussão, na Galeria Relevo, quando começam a surgir os temas urbanos que iriam caracterizar nos próximos anos sua pintura. Passou a se destacar como um dos principais representantes da vanguarda carioca, quando participou de Opinião 65 no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1965). Foi premiado no Salão Nacional de Arte Moderna (1967) com uma viagem ao estrangeiro e assim permaneceu Em New York, USA, por quatro anos (1968-1972) onde expôs e ampliou sua base cultural.
Gerchman iniciou sua aprendizagem artística (1957) cursando aulas noturnas de desenho no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro
Também participou, com uma série de casas-roupas, do Fashion Show Poetry Event, mostra idealizada por um grupo de jovens poetas americanos, que contou com a participação de Andy Warhol, Les Levine e Robert Plate. De volta ao Brasil, participou de diversas mostras coletivas de artistas brasileiros de vanguarda. Foi co-fundador e diretor da revista de vanguarda Malas artes (1975-1976) e dirigiu com sucesso a Escola de Artes Visuais - INEART do Parque Lage, Rio de Janeiro (1975-1978). Com uma bolsa da The John Simon Guggenheim Memorial Foundation (1978), mais uma vez visitou os Estados Unidos, passando também por México e Guatemala. Expôs no Rio de Janeiro (1980) a série Registro policial e fez uma nova viagem ao exterior (1982), a convite do Deutsche Akademischer Austauschdienst Künstler Program, permanecendo cerca de um ano em Berlim como artista residente.
Expôs em São Paulo a série Beijos (1989), numa individual em que lançou o livro Rubens Gerchman, sobre seus trinta anos de pintura. DesEnvolvendo uma intensa carreira tem participado de eventos em muitas capitais e cidades do Brasil e do exterior como Joinville, Porto Alegre, Curitiba, Caxias do Sul, Salvador, João Pessoa, Paris, Buenos Aires, Córdoba, Calí, Tóquio, Nova Iorque, Medellín, Bruxelas, Londres, México, Toronto, Washington, Lisboa, Berlim, etc. Modernista e ativista, alguns críticos chegam a lhe classificar como popular ou popularesco.
Rubens Gerchman faleceu em São Paulo em janeiro de 2008.
. Fonte:
https://odia.ig.com.br/colunas/coisas-do-rio/2020/09/5990236-conhecer-gerchman-muda-a-vida.html#foto=1
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