Antes de nos enfurecermos em geral, incluindo a Internet, devemos fazer esta pergunta: Por que especificamente isso?
Sempre foi um desafio distinguir entre ultraje saudável (por crimes graves, por exemplo) e ultraje doentio (resultante de alguém ter um pavio curto ou alguém exagerar um problema por motivos subjetivos). Mas com o advento da tecnologia, esse desafio foi ampliado para novas proporções.
Com o advento da tecnologia cibernética, esse desafio foi ampliado para novas proporções
Ultrage torrnou-se o nome do jogo na Internet. No Facebook, você já “ouviu” alguém dizer: “Esse cara é tudo o que há de errado na sociedade!” Você já viu alguém gritar virtualmente com um conhecido com palavras como: "Você é parte do problema!" Você já leu comentários em artigos sugerindo que alguém seja morto, ou colocado na prisão perpétua, ou pelo menos envergonhado publicamente por algo que ele ou ela fez de errado?
Todos nós já vimos esse tipo de reação viciosa, já que as pessoas parecem ficar indignadas assim que surge um novo escândalo. A indignação é justificada? Por que as pessoas ficam repentinamente sensíveis a questões específicas, a ponto de ficarem furiosas com amigos e mesmo com estranhos? Não negamos que existem grandes problemas no mundo e que a depravação e a violência que existem por aí merecem críticas. Você deve se perguntar, porém, se o julgamento e reatividade geral das pessoas estão sendo encobertos pela preocupação com o bem-estar da humanidade.
Antes de nos enfurecermos em geral, incluindo a Internet, devemos fazer esta pergunta: Por que especificamente isso? Mesmo que nossa crítica seja perfeitamente legítima, por que nos apegamos a essa questão específica? Existe um problema que pode ser mais importante para resolver? Quem nos designou para policiar todos os problemas e escândalos que aparecem em nossos feeds de notícias? Talvez nossa indignação seja desproporcional.
Ênfase excessiva - e reações exageradas - pode ser algo que desvia as pessoas de nossas perspectivas, em vez de aproximá-las. Quando estamos gritando um com o outro, por que as pessoas não estão nos ouvindo? Se nos importamos tanto, como somos incapazes de influenciar alguém? Claramente, se falamos com alguém e você não está causando nenhum efeito sobre ela , isso significa que há algo errado na forma como estamos nos comunicando. “Palavras do coração vão entrar no coração”, dizem nossos sábios.
Não podemos aproximar alguém da verdade dizendo o quão errado e estúpido ela é. Temos que nos concentrar na abordagem positiva. As pessoas não se importam com o quanto você sabe até que saibam o quanto você se importa. Nossa atitude tem que ser de melhorar, não de criticar.
A indignação é um sinal de intolerância. Hoje está reagindo a algo online; amanhã estará reagindo a algo em nossas vidas pessoais. O problema são nossas atitudes, muito mais do que os crimes mais recentes relatados na Internet. Existe alguém que pode se levantar e dizer: “Eu sou perfeito. Eu tenho tudo resolvido”? A maioria das críticas é uma cortina de fumaça para outros problemas. Talvez a maneira como expressamos nossa atitude em relação às questões polêmicas seja um sintoma de nossos próprios erros pessoais. Se quisermos procurar falhas, há muito o que olhar dentro de nós mesmos.
. Exercício:
Quando você discorda ou se encontra em uma discussão com um amigo ou familiar pare um momento e pergunte-se: Isso é julgamento geral e reatividade ou estou genuinamente preocupado com o bem-estar da humanidade? Faça um esforço para influenciar, não criticar.
. Fonte:
Por Rabino Simon Jacobson – MLC - Meaningful Life Center. O Rabino Simon Jacobson é autor do campeão de vendas Rumo a Uma Vida Significativa: A Sabedoria do Rebe (William Morrow, 1995), e fundador e diretor do Meaningful Life Center.
https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/5007042/jewish/Antes-de-Ficar-Indignado.htm
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