A Menorá (no hebraico: מנורה - "lâmpada, lâmpada candelabro"), é um candelabro de 7 braços, e um dos principais e mais difundidos símbolos do Judaísmo. Originalmente era um objeto constituído de ouro batido, maciço puro, feito por Moisés para ser colocado dentro do Santo Lugar — átrio intermediário entre o Átrio Exterior do Santuário e o Santo dos Santos — juntamente com Altar de Incenso e a Mesa dos Pães da Proposição. Diz-se que simboliza os arbustos em chamas que Moisés viu no Monte Sinai.
A Menorá existia tanto no Tabernáculo quanto no Primeiro e, posteriormente, no Segundo Templo (Êxodo 25:31–40; Êxodo 37:17–24, Zacarias 4:2–5; Zacarias 10:14). Só no ano 69 d.C., com a invasão romana a Jerusalém e a destruição do Templo, a Menorá foi levada pelos invasores para Roma, fato este retratado em forma de relevo no Arco de Tito .
Atualmente, a Menorá constitui um símbolo do Estado de Israel, com a Estrela de Davi.
Existe também a Chanukiá (חנוכיה), um candelabro adaptado com 9 braços (diferentemente da Menorá, que tem 7 braços).
A primeira Menorah foi feita obedecendo a instruções minuciosas do Eterno. Na Menorá, há sete braços ao todo: uma haste central, e três braços que saiam de cada lado.
Naturalmente, o fogo e a iluminação sempre tiveram um papel muito importante. Quando o Templo foi destruído, a Menorá tornou-se principal símbolo artístico e decorativo da fé judaica. A Menorá foi reintroduzida em 1948 (proclamação do Estado de Israel) como símbolo nacional do povo judeu e da identidade de Israel. Embora sendo um utensílio genuinamente judaico, é também utilizado em igrejas cristãs, que veem nas lâmpadas do candelabro, sete características relacionadas na bíblia: “Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo. Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR.” Isaias (11:1-2).
. Onde ficava a Menorá?
A Menorah ficava no Santo Lugar. O Tabernáculo em si era formado por dois compartimentos: o Santo Lugar e o Santo dos Santos. Além da Menorah, no Santo Lugar ficavam a mesa dos pães da proposição e o altar de incenso. A Menorah era colocada de fronte para a mesa dos pães da proposição, à esquerda de quem entrava na sala. Toda essa mobília tinha um significado específico na adoração do Antigo Testamento e seu cuidado estava entre as funções sacerdotais.
As sete lâmpadas da Menorah eram abastecidas pelos sacerdotes com azeite puro de oliveira (Êxodo 27:20). As lâmpadas do candelabro deviam ficar acessas continuamente (Êxodo 27:20; Levítico 24:1-4). Há certa discussão entre os estudiosos sobre o que seria manter as lâmpadas da Menorah continuamente acessas.
Alguns entendem que isso significava que as lâmpadas jamais ficavam apagadas. Já outros entendem que isso significava que as lâmpadas ficavam acessas diariamente, mas não o tempo todo.
À luz de Êxodo 30, parece que os sacerdotes preparavam e abasteciam as lâmpadas da Menorah a cada manhã, e as ascendia ao crepúsculo da tarde (Êxodo 30:7,8; cf. 1 Samuel 3:3). Para executar essa tarefa relacionada ao candelabro, os sacerdotes usavam espevitadeiras e apagadores. Esses utensílios também eram feitos do mesmo ouro da Menorah (Êxodo 25:38).
Posteriormente o Templo de Salomão foi construído em Jerusalém. Nele havia dez candelabros no Santo Lugar, cinco de um lado e cinco de outro (1 Reis 7:48,49; 2 Crônicas 4:7; Jeremias 52:19).
A função prática da Menorah no serviço religioso em Israel era basicamente fornecer luz aos sacerdotes que serviam no Lugar Santo. Mas seu significado era muito mais profundo.
Muitos estudiosos consideram que o Tabernáculo e o Templo, pelo menos em certo sentido, relembravam o Jardim do Éden onde o homem tinha comunhão com Deus. Então eles sugerem que a Menorah, cuja aparência era semelhante a uma amendoeira, de certa forma também era uma lembrança da árvore da vida que havia no centro do Jardim do Éden.
A Menorah era formada por sete hastes. O número sete na literatura judaica transmite o significado de perfeição e completude. Assim, eruditos judeus também consideram que as sete hastes da Menorah apontavam para a obra de Deus nos sete dias da criação. Dentro da cultura judaica a Menorah é tão importante que ainda hoje está diretamente relacionada à identidade do povo judeu, servindo como símbolo do Estado de Israel.
O profeta Zacarias viu em uma visão uma Menorah de ouro, mas suas características eram diferentes do candelabro do Tabernáculo e do Templo (Zacarias 4:2). A visão de Zacarias é de difícil interpretação, e parece conectar as sete lâmpadas do candelabro à onisciência de Deus (cf. Zacarias 4:10).
Com base no contexto da visão de Zacarias, alguns comentaristas também entendem que talvez a Menorah possa ter simbolizado a responsabilidade dos judeus no pós-exílio em ser luz para os gentios (cf. 42:6; 49:6).
. Resumo:
A Menorá era um dos utensílios do Tabernáculo e do Templo Sagrado. Este era um candelabro de sete braços, aceso pelo Sumo Sacerdote diariamente, de manhã e à tarde. A Menorá possuía sete braços, e era acesa com puro azeite de oliva.
Existem muitos significados para este importante utensílio. Um deles explica que a Menorá representava o centro de onde a espiritualidade era irradiada para o mundo. A Menorá era acesa com azeite, que simboliza a sabedoria da Torá.
Outro ponto interessante é que a finalidade da Menorá não era iluminar o ambiente interno do Templo Sagrado, e sim iluminar o exterior. Aprendemos isto da forma como eram feitas as janelas do Templo Sagrado; ao invés de serem mais estreitas na parte de fora, e largas na parte de dentro (como eram as construções da época, a fim de que a luz natural iluminasse o aposento), as janelas do Templo eram estreitas no lado interior e largas na sua parte externa, com a finalidade de espalhar sua luz, da sabedoria e espiritualidade da Menorá, para o mundo.
. Fonte:
https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/1688680/jewish/Menor.htm
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