23 de fevereiro de 2019

A LUZ QUE IRRADIAVA DO ROSTO DE MOISÉS


Ao subir no Monte Sinai, a natureza humana de Moshê transformou-se na natureza dos anjos

 Quando Moshê subiu ao céu para receber a Tora, esteve ali quarenta dias e quarenta noites, a Torá conta: “pão não comeu e água não bebeu”. Pode-se perguntar: “É possível algo assim?” Maimônides que determinou as leis de juramento, diz que é impossível sobreviver mais de sete dias sem comer e se a pessoa jura que não comerá por sete dias, deve considerar este juramento em vão!



O semblante de Moshê irradiava a luz de sua alma

. Existem três explicações sobre este tema:

Inclusive enquanto Moshê se encontrava no céu, seguia se comportando como um ser humano normal. Seu corpo necessitava de alimento, líquido e descanso. Porém, Hashem produziu um milagre diário e constante que fazia com que, apesar da condição humana de Moshê, ele pudesse vencer sua natureza e permanecer com vida, totalmente ativo, sem necessidade de comer ou beber.
Não houve aqui nenhum milagre, mas tratava-se aqui de uma situação excepcional e estava dentro das leis da natureza. Quando Moshê subiu no Monte Sinai, por um lado sentia uma imensa alegria e simultaneamente, sua mente estava totalmente concentrada na captação da Divindade e Torá. Sua extraordinária dedicação mental e prazer pelo que ele recebia e percebia, preencheram tanto sua mente e suas forças espirituais ao ponto de que venceram e anularam suas necessidades físicas. Seu corpo estava faminto e cansado, porém Moshê não sentiu de forma nenhuma as exigências dele mesmo.

Ao subir no Monte Sinai, a natureza humana de Moshê transformou-se na natureza dos anjos. Assim como eles não necessitam de comida ou bebida, da mesma forma, Moshê podia abster-se também. Seu corpo elevou-se ao nível dos anjos celestiais. De acordo a esta interpretação, não sentia fome, sede nem cansaço. No nível espiritual em que ele se encontrava, não existe semelhantes sensações.

Podemos explicar então, que cada um destes conceitos pode-se aplicar a cada uma das três oportunidades que Moshê subiu ao Monte Sinai. Quando subiu pela primeira vez para receber as Tabuas da Lei, foi objeto de um milagre constante, que impedia que necessitasse de elementos materiais para subsistir. As Tábuas eram de origem Divina e também eram “a escrita de D’us”, e essa maneira milagrosa se estendeu também a Moshê.

A segunda oportunidade em que subiu era para pedir perdão pelo pecado do bezerro de ouro. Ele se encontrava totalmente entregue às suas rezas e súplicas pelo povo de Israel e suas necessidades físicas ficaram totalmente relegadas, podendo subsistir sem elas.

A terceira vez, quando subiu para receber as segundas Tábuas, chegou a uma elevação espiritual tão grande, que seu corpo chegou a transformar-se ao nível de um anjo.

Por isso mesmo, somente depois da terceira subida que ele teve o privilégio de receber os “karnei or” (raios de luz) que irradiavam de seu rosto; eles testemunharamm o refinamento da própria matéria de seu corpo. O mesmo semblante de Moshê irradiava a luz de sua alma.

. Fontes:

https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/4230760/jewish/A-Luz-Que-Irradiava-do-Rosto-de-Mosh.htm#utm_medium=email&utm_source=1616_revista_pt&utm_campaign=pt&utm_content=content

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