BBC Brasil
O órgão regulador da propaganda na Grã-Bretanha rejeitou um anúncio de turismo do governo de Israel que mostrava um mapa do país no qual a Faixa de Gaza e a Cisjordânia apareciam como parte do território israelense.
Os pôsteres com o anúncio do departamento de Turismo de Israel foram colocados em diversas estações de metrô de Londres e causaram diversas reclamações de grupos de defesa dos palestinos e cerca de 400 denúncias do público em geral.
A Advertising Standards Authority (ASA) disse que o mapa ilustrativo sugeria que os territórios ocupados seriam partes de Israel e que os anúncios não serão mais aceitos na Grã-Bretanha.
O ministério do Turismo israelense afirmou que o anúncio não tinha intenção de trazer nenhuma mensagem política.
Segundo representantes do ministério, o objetivo seria oferecer aos turistas uma idéia do território israelense e seus arredores.
A ASA, no entanto, afirmou que as fronteiras entre Israel e a Faixa de Gaza e a Cisjordânia eram ilustradas de maneira fraca e de difícil visualização.
O órgão também ressaltou que o mapa estava colocado abaixo do slogan: “Poucos países trazem tanta variedade num espaço tão pequeno como Israel”.
“Nós entendemos que as fronteiras e o status dos territórios ocupados da Cisjordânia, da Faixa de Gaza e das Colinas de Golan são temas de grande disputa internacional e porque consideramos que estes territórios aparecem como parte de Israel, concluímos que o anúncio é equivocado”, afirmou a ASA.
A agência afirmou ainda que não aceitará mais anúncios que tragam esse mapa ilustrativo.
Em maio, o ministério afirmou que houve um “erro professional” nos anúncios e que não usará mais mapas nos anúncios de turismo.
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