11 de abril de 2010

TATUAGEM E JUDAÍSMO




Fonte: Internet

Se você é do tipo inovador que gosta de realizar trocas em sua vida mudando seu guarda roupa, a marca de seu carro ou o destino de suas férias no próximo verão, tudo bem. Mas se as mudanças que você busca em sua vida são daquelas radicais, que talvez tornem-se quase irreversíveis, pesquise em exaustivas consultas ver se realmente vale a pena a aventura...e o risco!
A Torá declara explicitamente que "não farás tatuagem em seu corpo."

A moda "Tatoo" se espalhou. E hoje vemos as mais assombrosas ou discretas, discrepantes ou ocultas formas de tatuagem nos mais estranhos, ou normais, tipos de pessoas. Mas antes de se entusiasmar com a idéia: consulte sua fonte. Qual a posição do judaísmo sobre isto?

A Lei Judaica proíbe a tatuagem. A Torá declara explicitamente que "não farás tatuagem em seu corpo." (Vayicrá 19:27).




Esta é uma prática judaica aceita, por estar escrita no Código da lei Judaica - Yoreh Deah 180:1.

"D'us fez o homem à Sua imagem" (Bereshit 1:26). Evidentemente, isso não significa que D'us Se parece conosco, mas sim que nosso corpo é uma expressão finita da infinita sabedoria de D'us. Um Midrash diz até que Avraham entendeu todas as mitsvot ao olhar para as partes diferentes de seu corpo! E como disse Job: "Em minha carne, eu vejo D'us" (Job 19:26).

Imagine que você possui uma casa com uma enorme janela de vidro com vista para um lindo lago. Você pode ver claramente as árvores, os cisnes e garças e ao longe o contorno das montanhas. Agora imagine uma criança pequena suja de chocolate passando as mãos meladas por todo o vidro. Quando você olha pela janela, o que vê?

Nada! Nada além de uma camada de sujeira, chocolate, e um esboço de uma paisagem desmantelada, borrada ao fundo.

O corpo é uma janela da alma, que por sua vez é uma centelha do Infinito. Você vai querer sujar sua janela e cobri-la com marcas de mãos e borrões?

QUEM É JUDEU?

Rabino Shmuel M. Butman




1. Quem é judeu?
Resposta:
Nos últimos 3.300 anos, a definição universal aceita por todos os judeus, sem exceção, é a da Halachá (Lei Tradicional da Torá):

a) Qualquer pessoa nascida de mãe judia é um judeu.

b) Um não-judeu pode ser convertido para se tornar judeu, mas somente de acordo com as condições da halachá, incluindo circuncisão (Ratafá Dan Brit para os homens, por ventura, já circuncizados), imersão num micvê casher (Banho ritual) e a aceitação de todos os mandamentos da Torá (613 no total). Outra condição haláchica: a conversão deve ser supervisionada por um Bet Din (corte de Lei da Torá), de eruditos da Torá, que se sujeitam à autoridade Divina da Halachá e a seguem em suas vidas cotidianas.

2. Pode qualquer não-judeu se tornar judeu?
Resposta; Sim! Desde que seja sincero com o seu compromisso e o Bet Din estiver convencido de sua sinceridade.

3. Esta é a única maneira de se tornar judeu?
Resposta: Sim. Este padrão haláchico tem sido aceito através da história judaica por todos os judeus, sem exceção, observantes ou não da Torá, pelo seu bisavô tanto quanto pelo meu.
David Ben Gurion, o primeiro Chefe de Estado de Israel, judeu tão secular quanto possível, compreendeu em seu entendimento de Estadista que só pode existir um padrão de Halachá, e preservou o antiquíssimo “status quo”. Consequentemente, o único padrão para a conversão em Israel (como em todos os assuntos religiosos, casamentos, divórcios, etc), sempre foi o tradicional haláchico.
Um assunto tão sério e profundo como conversão ao judaísmo obviamente exige um critério sério e universalmente aceito, pelo qual medir sua autenticidade.

4. A Halachá aceita conversões do movimento Reformista ou Conservador?
Resposta: A Halachá só reconhece uma conversão quando realizada de acordo com todas as suas regras. Mas isto não é uma questão de Ortodoxo em contra partida a Conservador ou Reformista. O que conta aqui não é o rótulo que se tenta dar a um determinado grupo, mas o processo da própria conversão: se um rabino ortodoxo realiza uma conversão não totalmente de acordo com a Halachá, então essa conversão não será reconhecida pela Halachá. A Halachá é o critério exclusivo para determinar como e quando um não-judeu pode se tornar judeu, como tem sido nos últimos 3.300 anos.

5. Por que os judeus que aceitam a Halachá não são tolerantes com os outros padrões?
Resposta: Os judeus sempre acreditaram que a Halachá, como parte da Torá, foi dada por D’us. Alguém que acredita nisto, obviamente não pode aceitar concessões numa questão tão fundamental. Ou o processo da conversão é realizado de acordo com a Halachá e é portanto sancionada por D’us, ou ela não concorda com a Halachá e permanece obra humana.

Conversão implica numa mudança espiritual, por isso, para um judeu que acredita na origem Divina da Halachá a conversão só pode ser feita de acordo com as condições da Lei de D’us. Qualque outra fdorma ou “formula” é desprovida de sentido.

6. A insistência no padrão haláchico não divide nosso povo?
Resposta; Pelo contrário, ela é a única maneira de unir nosso povo. Insistir no contrario é demagógico e deliberadamente enganoso. Para capacitar um não-judeu a se tornar um membro do povo judeu, somente um padrão de conversão tem sido aceito e ainda o é por todos os judeus sem exceção – o Haláchico. Mesmo aqueles que não se sentem obrigados pela Halachá ainda aceitam como judeus aqueles convertidos pelo padrão haláchico.
Uma simples analogia: certa vez perguntaram a Golda Meir por que as Forças Armadas de Israel só serviam alimentos casher, se há muitos soldados que não observam a cashrut. “Se a comida é casher”, ela respondeu, “aqueles que não se importam com a cashrut (Lei dietética judaica) não perdem nada ao comê-la. Mas se a comida não for casher, aqueles que guardam cashrut serão forçados a ir a outro lugar…” Obviamente, um soldado que não observa cashrut, de modo algum compromete seus princípios ao comer alimentos casher.
No nosso caso também, judeus que não se sentem obrigados pela Halachá podem ainda, em nome da unidade judaica, viver com o padrão estabelecido pela Torá para a conversão.

7. Os judeus ortodoxos consideram os outros judeus plenamente judeus?
Resposta: Absolutamente! Qualquer um nascido de mãe judia permanece por toda a vida um membro total e completo do povo judeu, independente dos seus atos ou práticas, opiniões ou afiliações. Independente das suas ações, opiniões ou graus de comprometimento, todo e qualquer judeu é nosso irmão ou irmã em todos os aspectos. Isso está declarado no Talmud e reiterado nos Códigos da Lei haláchica de Maimônides, o Shulchan Aruch, etc.
De acordo com a Torá, todo judeu, sem exceção, tem valor intrínseco e é um componente essencial do povo judeu, sem o qual a nação inteira não pode realizar seu pleno potencial.

8. Por que há uma ênfase tão grande a não realização de casamentos mistos?
Resposta: Permanecemos muito firmes nesta questão, pois o que mais tem afastado nosso povo de suas raizes é o casamento misto e a assimilação. Nossa batalha é conservar dentro de cada judeu a chama judaica viva. Cada judeu é valioso, independente de quem seja. Temos a obrigação de lutar com todas nossas forcças pela sua sobrevivência, não apenas material mas espiritual. O que tem nos mantido vivos até hoje é a não assimilação e a transmissão de nossos valores em todas as gerações. Todo e qualquer judeu vale esta batalha!

POR QUE COBRIMOS OS OLHOS AO ACENDER AS VELAS DE SHABAT?





RESPOSTA:

Presumo que você esteja se referindo ao costume de se cobrir os olhos com a mão durante a prece do acendimento das velas. O acendimento em si é feito com os olhos bem abertos. Fazê-lo de outra forma seria uma façanha e tanto.

De qualquer modo, o motivo para cobrirmos os olhos durante a bênção é um tanto complicado.

Geralmente, as bênçãos são recitadas antes do ato, Você pronuncia a bênção sobre uma fruta, por exemplo, antes de comê-la (a razão óbvia para isso é que você estará no correto estado de espírito quando cumprir a mitsvá. No entanto, existem também motivos cabalistas.)

No caso do acendimento das velas do Shabat, a bênção é recitada depois que as velas são acesas. Por quê? A bênção não deveria ser pronunciada antes do acendimento?

A resposta é que uma vez que a bênção tenha sido recitada, a mulher começou a mitsvá do acendimento das velas e assim inaugurou o dia do Shabat. Seria agora inadequado para ela acender uma vela – um ato que profana o Shabat. Então, ela acende as velas antes de rezar a bênção, enquanto ainda é dia de semana. Porém, ela ainda deseja cumprir o conceito de recitar a bênção antes do ato. Como resolve isso? Não completando a mitsvá inteiramente até depois de recitar a bênção.




Após acender as velas, ela imediatamente cobre os olhos. Pronuncia então a bênção e somente depois descobre os olhos e aprecia a luz das velas. Assim, ela cumpriu o conceito de recitar a bênção antes do ato, pois o ato de acender não está completo até que ela realmente aprecie a luz.

Este é o motivo técnico. Praticamente falando, cobrir os olhos ajuda a pessoa a se concentrar melhor na bênção e nas preces silenciosas que são recitadas nesta hora propícia, que é o acendimento das velas de Shabat e Yom Tov – quando pede pela saúde, prosperidade e alegrias para seus familiares e amigos.

Fonte: Rabi Moshe Isserles, Código da Lei Judaica, Orach Chaim 263:5.