3 de janeiro de 2010

COMO CONTAR ÀS PESSOAS SOBRE A SUA CONVERSÃO AO JUDAÍSMO

Fonte: Texto adaptado do site em inglês www.convert.org com a permissão de Barbara Shair
Tradução: Uri Lam - Edição: Adriana Lacerda - Adaptação para o judaísmo brasileiro: Uri Lam




Não há uma resposta correta à pergunta de quando contar às pessoas sobre a sua decisão de se converter ao judaísmo. Nesta seção será discutido o modo de contar aos seus pais sobre sua intenção de se converter, embora essas idéias gerais valham também para o caso de você decidir contar sobre a sua conversão para outras pessoas.

A maneira de abordar o assunto varia bastante. Alguns escrevem uma carta. Outros conversam durante o jantar. Outros ainda dão dicas, como presentear com livros sobre judaísmo, a fim de permitir que os pais se acostumem com a idéia da conversão. Há ainda aqueles que jamais contam aos pais.

Um conselho é você consultar o seu (sua) parceiro(a), um rabino ou um amigo de confiança que lhe ajude a decidir qual é a melhor forma de abordagem no seu caso. Esta sessão é um resumo dos pontos de vista de várias pessoas com experiência neste assunto. No entanto, não leve essas sugestões como se você tivesse necessariamente que seguí-las. Você precisa, acima de tudo, confiar no seu próprio julgamento. Só você sabe qual é situação. Aqui vão, então, as sugestões:

(1) Reflita sobre os seus sentimentos. Converse sobre eles com alguém. Pratique como se fosse um ensaio para o momento em que contará aos seus pais.

(2) A maioria dos especialistas considera que o melhor é contar pessoalmente para o pai e a mãe juntos. Por outro lado, esse é o momento que muitas pessoas consideram o mais difícil. Se isso não for possível, pense em alternativas.

(3) O melhor é contar aos seus pais o mais cedo possível. O perigo de adiar esse momento — como por exemplo só sugerir o tema de vez em quando mas não contar diretamente — é o risco dos seus pais virem a saber da sua conversão por meio de terceiros, o que poderá causar constrangimentos ou conflitos familiares. No caso de um casamento estar nos planos, o ideal é contar aos pais o mais cedo possível e permitir que eles participem da preparação para o casamento. Essa participação reforça que você não os abandonará após a sua conversão.

(4) Não há um momento certo para contar, mas certamente um anúncio dessa natureza não deve ser feito durante dias de óbvio significado religioso, como na Páscoa ou no Natal, tampouco em uma data de importância pessoal como no aniversário do seu pai ou da sua mãe.

(5) Entre os especialistas consultados há opiniões diversas se a pessoa deve levar ou não o parceiro judeu para essa conversa. A maioria deles disse que era melhor que fosse somente uma conversa entre pais e filho(a). No entanto, há quem precise do apoio e auxílio do seu parceiro para esse momento potencialmente difícil.

(6) Ao contar sobre a sua conversão para os seus pais, explique o que lhe atrai no judaísmo, como o judaísmo preencheu uma necessidade em particular, como ajudou na sua relação afetiva, e como agora você se sente mais próximo(a), e não mais distante, dos seus pais, em parte graças à ênfase do judaísmo na família. Deixe claro que você escolheu se converter livremente e que a conversão não se deve a uma pressão emocional do seu parceiro ou da família dele. A apresentação das suas razões deve vir acompanhada da garantia à sua família de que o seu amor por eles permanece, de que você obviamente continuará sendo filho(a) deles e que seguirá sendo parte da família. Alguns pais sentem-se rejeitados; por isso é fundamental esclarecer que não é esse o caso.

(7) Esteja preparado para uma gama de reações, do apoio ao choque, e até mesmo a plena reprovação. Mantenha a tranqüilidade, demonstre compreensão diante de qualquer resistência à sua idéia de se converter, mas defenda suas convicções. Seja cortês, mas firme.

(8) Após a visita, dê continuidade à conversa por meio de uma carta ou telefonema.

A imensa maioria dos convertidos entrevistados relataram que receberam apoio da parte dos seus pais, ou alguma resistência inicial seguida de apoio. Contudo, houve casos de resistência persistente.

Mesmo que seus pais rejeitem a sua conversão ao judaísmo, tenha em mente que a posição deles poderá mudar com o tempo. Contudo, busque o apoio no seu parceiro e dentro da comunidade judaica, sem deixar ao mesmo tempo de buscar constantemente manter um elo de comunicação com seus pais.

Acima de tudo, tente manter o bom humor, demonstre claramente seu amor aos que lhe são queridos, e a convicção de que se converter ao judaísmo foi uma decisão correta e consciente.

7 comentários:

Anônimo disse...

Eu ainda não sou convertida ao judaísmo. Pertenço a uma familia católica e quando jovem, estudando um dos sacramentos da igreja na comunidade, percebi que não me encaixava naquele mundo.Em leituras posteriores e visitas à sinagoga da minha cidade, percebi uma paz interior e uma familiaridade que ainda não tinha encontrado em nenhuma outra congregação cristã que visitei antes(porque tentava imensamente adequar-me ao meu meio com medo do meu próprio sentimento de não crer no messias cristão). Sigo então por quase 8 anos estudando sozinha e pela internet. Como me aconselhou o líder da comunidade da minha cidade, eu deveria amadurecer minha cabeça de 15 anos e se o sentimento persistisse, buscar minha conversão. Hoje com 22 anos mudei de cidade para poder estudar em uma comunidade mais ampla, mas durante todo esse período preparei muito meus pais acrescentando ao dia-dia algumas características próprias, que eles encararam com curiosidade, mas nunca me reprovaram. Com relação aos amigos sim, muitas brincadeiras de mal-gosto e até reprovação total. Mas quando estamos amparados no Criador e possuimos inteligência para analizarmos o que acontece, isso tudo pode ser superado.

Anônimo disse...

hahahaha...como sou de Manaus, comemos muito camarão com tacacá...deixar de come-lo foi motivo de muita gozação por parte da minha família. Porco já foi mais fácil porque sempre há a possibilidade de trocarmos o tipo de alimentos. E o judaísmo possui uma alimentação bem mais saudável. Não guardo totalmente o sábado porque ainda não sou convertida, mas adquiri o hábito de torna-lo um dia de descanso (não de preguiça!!!), leituras próprias, músicas...arrumar casa só até sexta-feira pela manhã. Maior problema é com relação ao trabalho, que me pedia alguns sábados. Bom, isso eu ainda pretendo regularizar. Abraços, seu blog é muito interresante e informativo.

RENAN BEZERRA disse...

Sou de manaus estudo o judaismo por conta própria a 3 anos, antes eu era católico e sei que aqui em manaus existe uma sinagoga no centro da cidade, mais ainda não consegui ser convidado para as reuniões pois não conheço ninguem que me faça um convite,gostaria que a anonima de manaus me desse uma orientação acerca do que posso fazer e se ela pode me ajudar a conhecer um poucos mais sobre o judaismo ou o blog o meu e-mail é renan_qmk@hotmail.com !Obrigado!

Carlyle Wilde disse...

Tambem Sou de Manaus e gostaria de saber como faço para frequentar a sinagoga...

Anônimo disse...

Também não sou convertido, sou de São Paulo. Gosto muito da cultura judaica, a religião que elevou minha Fé em Ademai. Mas não vou a sinagoga por medo de ser discriminado por eu ser de origem Católica.

Egnaldo costa de oliveira disse...

meu nome é Egnaldo sou de salvador ,mas moro em São Paulo aqui eu pude conhecer o judaísmo fiquei imprecionado com sua cultura adorei . Comecei a estudar sobre este povo e pude perceber que tudo o que eu aprendi . era errado quis me tornar um judeu mas pude perceber o quanto é difícil estou a dez anos estudando procurando sempre me informar sobre este povo tive a oportunidade de participar de festas na sinagoga como o iom kipur eu amo a lei judaica vou me preparar sempre para me tornar um bom judeu ! (HASHEN)sempre vou e um dia eu chego !

betsy disse...

Recomendo este novo site para entender melhor a descoberta de origens judaicas, incluem realtos veridicos: http://nameyourroots.com/articles/stories