5 de dezembro de 2009

O QUE É HAVDALÁ E COMO DEVO FAZÊ-LA?

Fonte: www.chabad.org.br

RESPOSTA:


Havdalá é a cerimônia que fazemos semanalmente ao término do Shabat, após o completo anoitecer de sábado. Sua função é assinalar formalmente o fim do Shabat. A palavra significa "separação," pois Havdalá funciona como um divisor de tempo, separando a serenidade e santidade do Shabat, do trabalho e correria dos demais dias da semana.
A cerimônia da Havdalá não toma mais do que poucos minutos. Além de marcar o término do Shabat, preconiza o início de uma boa semana.




O que deve-se ter à mão para fazer a Havdalá?

Você precisará de um copo de prata repleto com vinho, cerveja ou suco de uva, cravos da índia colocados em uma caixinha que preserve seu aroma e guardado para este fim e uma vela com pavio duplo - tradicionalmente uma vela de cera retorcida especial para a Havdalá. Duas velas mantidas juntas pelas chamas também serve.
A Havdalá é realizada tradicionalmente com a família ou demais presentes reunindo-os ao redor da mesa e convidando a todos a participar.


Por que a bebida?


Porque estas bebidas dão a idéia de dignidade, e você deseja entrar e sair do Shabat com dignidade.


Por que os temperos?


Para restaurar sua alma quando da partida de uma alma adicional que nos acompanha durante o Shabat.

E por que os dois pavios/chamas?

Simbolizam os dois pedernais que Adam usou após o primeiro Shabat para acender sua vela de Havdalá.
Segura-se na palma da mão direita um cálice de vinho, suco de uva ou cerveja (contendo no mínimo 86 ml), e recita-se a havdalá, de pé, em voz alta:
Hinê E-l yeshuati; evtach velô efchad, ki ozi vezim-rat Y-a, A-do-nai, vayhi li lishuá. Ush'avtêm má-yim bessasson, mimaaynê hayshuá. L'A-do-nai hay-shuá; al amechá birchatêcha, sêla. A-do-nai Tseva-ot imánu; misgav lánu, E-lo-hê Yaacov, sêla. A-do-nai Tseva-ot, ashrê adam botêach Bach. A-do-nai hoshía; ha'Mêlech yaanênu veyom cor'ênu.

Tradução:

Eis que D'us é minha salvação; confiarei e não temerei, pois A-do-nai é minha força e canção, e Se tornou minha salvação. Portanto, hauri com alegria água das fontes de salvação. A salvação cabe a A-do-nai; Tua bênção está sobre Teu povo, para todo o sempre. A-do-nai dos Exércitos está conosco; o D'us de Yaacov é nossa Fortaleza, para todo o sempre. A-do-nai dos Exércitos, louvado é o homem que confia em Ti. Salva, A-do-nai; responde-nos, ó Rei, neste dia em que chamamos.
*Neste momento os presentes costumam recitar o seguinte versículo em voz alta e o condutor o repete:
Layhudim hayetá orá, vessimchá, vessasson, vicar; ken tihyê lánu.

Tradução:

Para os judeus houve luz, alegria, júbilo e honra; que assim seja para nós.
Cos yeshuot essá, uvshêm A-do-nai ecrá. Savri ma-ranan:
Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech hao-lam...
quando sobre vinho ou suco de uva:...borê peri hagáfen (quando sobre cerveja: ...shehacol nihyá bidvarô).

Tradução:

Elevarei o copo da salvação, e em nome de A-do-nai chamarei. Atenção Senhores: Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D'us, Rei do Universo quando sobre vinho: que cria o fruto da vinha (quando sobre cerveja, que tudo vem a existir por Seu verbo).
Passa-se o cálice com o vinho para a mão esquerda e, na direita, segura-se a caixa contendo especiarias (como cravo e/ou canela), recitando a bênção:
Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, borê minê bessamim.


Tradução:


Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D'us, Rei do Universo, que cria diversos tipos de especiarias aromáticas. Depois que o condutor cheira as especiarias, passa-as para os presentes. Cada um recita a bênção das especiarias antes de cheirá-las. Um dos presentes segura uma vela trançada acesa (ou, na falta desta, duas velas simples cruzadas de modo a fazer uma só chama dos dois pavios), e o oficiante recita a bênção do fogo:
Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, borê meorê haesh.

Tradução:

Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D'us, Rei do Universo, que cria as chamas do fogo.
Com o cálice na mão esquerda, o condutor dobra o polegar da mão direita debaixo dos quatro dedos e mira o contraste da luz e da sombra, provocado pelas chamas da vela. Os homens presentes também miram a sombra dos dedos das mãos (as mulheres geralmente não o fazem).





Em seguida,o condutor pega novamente o cálice na mão direita e termina a havdalá.
Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, hamavdil ben côdesh lechol, ben or lechôshech, ben Yisrael laamim, ben yom hashevií leshêshet yemê hamaassê. Baruch Atá A-do-nai, hamavdil ben côdesh lechol.
Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D'us, Rei do Universo, que distingue entre santo e profano, entre luz e trevas, entre Israel e as nações, entre o sétimo dia e os seis dias de trabalho. Bendito és Tu, A-do-nai, que distingue entre o santo [Shabat] e o comum [os dias das semana].

Quem recitou a havdalá bebe a maior parte do conteúdo do copo de havdalá, sentado. (O vinho de havdalá não é repartido entre os presentes.) Com o restante da bebida apaga a vela trançada. E... Shavuá Tov!
Tenha uma ótima semana!
A bênção pós-alimento para vinho ou cerveja é recitada por qem fez a havdalá; ela que encontra-se no Sidur ou Manual de Bênçãos.





Após a havdalá do final de Shabat costuma-se recitar "Veyi-ten lechá", versículos que contêm bênçãos, para iniciar a nova semana abençoada. O texto completo encontra-se no Sidur.

O QUE É "SEVIVON"?

Fonte: Wikipédia

O dreidel (סביבון , Sevivon) é um pião de 4 lados jogado durante o feriado judaico de Chanucá.

Cada lado do dreidel possui uma letra do alfabeto hebraico: נ (Nun), ג (Gimel), ה (Hei), ש (Shin), que juntas foram o acrônimo para "נס גדול היה שם" (Nes Gadol Haya Sham – "um grande milagre aconteceu lá").



Estas letras também são um mnemônico para as regras do jogo tradicionalmente jogado pelas crianças com o dreidel Nun para a palavra Yiddish "nit" ('nada'), hei para "halb" ('metade'), guímel para "gants" ('tudo'), and shin para "shteln" ('coloque').


Em Israel:


Em Israel, ao invés de ש (Shin), a letra פ (Pe) é usada para indicar a localização do milagre — "פה" (Po – "aqui").

Este costume foi adotado depois da captura de Jerusalém durante a Guerra dos Seis Dias, mas é rejeitado pela maioria do Haredim. Por isso, nas lojas de brinquedos de Meah Shearim, um enclave ultra-ortodoxo, são os únicos lugares onde podem ser encontrados os dreidels com "Shin".

Origem das Palavras:

A palavra Yiddish "dreidel" vem da palavra alemã "drehen" ("turn" - "Volta").

A palavra hebraica "sevivon" vem da raiz "sov" ("volta") e foi inventada por Itamar Ben-Avi (o filho de Eliezer Ben-Yehuda) quando tinha apenas 5 anos. Antes disso, outras palavras foram usadas por Hayyim Nahman Bialik em seus poemas.



Origem do Jogo:

Segundo David Golinkin, rabino e professor e reitor do Schechter Institute of Jewish Studies em Jerusalem, a partir do século XIX, muitos rabinos procuraram explicações para o jogo do dreidel.

Uma explicação aventada é que o dreidel é jogado em parte para comemorar um jogo que os judeus sob o domínio Grego jogam para camuflar o estudo da Torá. Apesar da lei grega proibir esse estudo, os judeus se reuniam em cavernas para fazê-lo. Um vigia era posto para alerta o grupo da presença de soldados gregos, e caso esses aparecessem os judeus guardavam seus estudos e começavam a rodar piões e jogar com moedas.

Outras explicações existem, mas o mais provável, segundo Golinkin, é que o dreidel seja apenas uma variante de outros jogos semelhantes como o totum ou teetotum, jogado na Inglaterra e Irlanda na época do Natal pelo menos desde 1500, ou de um jogo semelhante, da Alemanha, onde aparecem no pião as letras N = Nichts = nada; G = Ganz = tudo; H = Halb = metade; and S = Stell ein = coloque.

Como Jogar:

Parte da tradição é jogar sob a luz da Menorá de Chanucá, para manter as crianças entretidas enquanto as velas queimam.

Para começar, cada jogador deve receber a mesma quantidade de moedas iguais (ou o mesmo valor, o que pode ser confuso para crianças pequenas). Dez a quinze moedas é um valor razoável. Também podem ser utilizadas fichas, nozes ou outro marcador.

A cada partida, eles devem depositar uma quantia igual na mesa (combinada anteriormente). A cada rodada de uma partida, cada jogador deve girar o sevivon em seqüência, e obedecer o que manda a letra que obtiver:

* נ - Nun: não perde nem ganha nada
* ג - Guímel: ganha todas as moedas da mesa
* ה - Hei: ganha a metade das moedas da mesa
* ש - Shin: deposita na mesa o mesmo valor que depositou no início



O jogo pode durar até que um jogador tenha ficado com todo o dinheiro, ou simplesmente quando os jogadores quiserem parar.

O QUE É UMA “KIPAH”?

Fonte: Associação de Juventude Israelita Hehaver


Kipah, em hebraico, origina-se da palavra cúpula e abóbada. É uma espécie de gorro que cobre a cabeça dos homens.

Desde os dias de Moisés uma das características que distinguem o povo judeu tem sido o costume de cobrir a cabeça.





É expressamente proibido entrar numa sinagoga, mencionar o nome de D'us, recitar uma bênção, estudar a Torah ou realizar qualquer acto religioso de cabeça descoberta.

De onde veio o costume? O conceito do Kipah foi realmente estabelecido como uma parte do vestuário judaico para ser usado nas orações. D'us foi cuidadoso em deixar claro para Moisés que o povo necessitava de um mediador para que pudesse ter comunicações com Ele.

Embora esse costume fosse originalmente aplicável somente ao sacerdote, mais tarde, na história, um número de pessoas da comunidade judaica começou a usar a Kipah. A suposição era que se para os sacerdotes era exigido cobrir suas cabeças, então deveria ser apropriado para todos os homens usar esse sinal de submissão.





Por outro lado o homem deve ter a cabeça coberta para mostrar humildade ao orar. O cobrir a cabeça é uma lembrança para Israel que há alguém cuidando dele, lembrando que há alguém acima de nós, que nos acompanha e observa nossos actos.

Os judeus sempre caminham em submissão e humildade ante o Senhor que está sempre cuidando deles.

O QUE É TEFILIM?

Fonte: Wikipédia

Tefilin (em hebraico תפילין, com raiz na palavra tefilá, significando "prece") é o nome dado a duas caixinhas de couro, cada qual presa a uma tira de couro de animal kasher, dentro das quais está contido um pergaminho com os quatro trechos da Torá em que se baseia o uso dos filactérios (Shemá Israel, Vehaiá Im Shamoa, Cadêsh Li e Vehayá Ki Yeviachá).




Também é conhecido em português como filactério, vindo do termo grego fylaktérion, que significa basicamente "posto avançado", "fortificação" ou "protecção", o que explica a utilização destes objectos como protecção ou amuleto.

Conteúdo dos tefilim

Os tefilins contêm pergaminhos onde estão inscritos quatro trechos da Torá que enfatizam a recordação dos mandamentos e da obediência a D-us.

Essas porções do texto bíblico, conforme vertidos para português pela tradução Almeida, Versão Corrigida e Fiel, são alistados em seguida segundo a ordem em que surgem no conjunto dos textos sagrados:

* Êxodo 13:1-10



"Então falou o Senhor a Moisés, dizendo: Santifica-me todo o primogênito, o que abrir toda a madre entre os filhos de Israel, de homens e de animais; porque meu é. E Moisés disse ao povo: Lembrai-vos deste mesmo dia, em que saístes do Egito, da casa da servidão; pois com mão forte o Senhor vos tirou daqui; portanto não comereis pão levedado. Hoje, no mês de Abibe, vós saís. E acontecerá que, quando o Senhor te houver introduzido na terra dos cananeus, e dos heteus, e dos amorreus, e dos heveus, e dos jebuseus, a qual jurou a teus pais que te daria, terra que mana leite e mel, guardarás este culto neste mês. Sete dias comerás pães ázimos, e ao sétimo dia haverá festa ao Senhor. Sete dias se comerá pães ázimos, e o levedado não se verá contigo, nem ainda fermento será visto em todos os teus termos. E naquele mesmo dia farás saber a teu filho, dizendo: Isto é pelo que o Senhor me tem feito, quando eu saí do Egito. E te será por sinal sobre tua mão e por lembrança entre teus olhos, para que a lei do Senhor esteja em tua boca; porquanto com mão forte o Senhor te tirou do Egito. Portanto tu guardarás este estatuto a seu tempo, de ano em ano."


* Êxodo 13:11-16


"Também acontecerá que, quando o Senhor te houver introduzido na terra dos cananeus, como jurou a ti e a teus pais, quando ta houver dado, separarás para o Senhor tudo o que abrir a madre e todo o primogênito dos animais que tiveres; os machos serão do Senhor. Porém, todo o primogênito da jumenta resgatarás com um cordeiro; e se o não resgatares, cortar-lhe-ás a cabeça; mas todo o primogênito do homem, entre teus filhos, resgatarás. E quando teu filho te perguntar no futuro, dizendo: Que é isto? Dir-lhe-ás: O Senhor nos tirou com mão forte do Egito, da casa da servidão. Porque sucedeu que, endurecendo-se Faraó, para não nos deixar ir, o Senhor matou todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito do homem até o primogênito dos animais; por isso eu sacrifico ao Senhor todos os primogênitos, sendo machos; porém a todo o primogênito de meus filhos eu resgato. E será isso por sinal sobre tua mão, e por frontais entre os teus olhos; porque o Senhor, com mão forte, nos tirou do Egito."

* Deuteronômio 6:4-9

"Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças. E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas."


* Deuteronômio 11:13-21


"E será que, se diligentemente obedecerdes a meus mandamentos que hoje vos ordeno, de amar ao Senhor vosso Deus, e de o servir de todo o vosso coração e de toda a vossa alma, então darei a chuva da vossa terra a seu tempo, a temporã e a serôdia, para que recolhais o vosso grão, e o vosso mosto e o vosso azeite. E darei erva no teu campo aos teus animais, e comerás, e fartar-te-ás. Guardai-vos, que o vosso coração não se engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e vos inclineis perante eles; e a ira do Senhor se acenda contra vós, e feche ele os céus, e não haja água, e a terra não dê o seu fruto, e cedo pereçais da boa terra que o Senhor vos dá. Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontais entre os vossos olhos. E ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te; e escreve-as nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas; para que se multipliquem os vossos dias e os dias de vossos filhos na terra que o Senhor jurou a vossos pais dar-lhes, como os dias dos céus sobre a terra."

Estes trechos da Torá são conhecidos pelos judeus como Shemá Yisrael (o mais importante, e citado acima em terceiro lugar), Vehaiá Im Shamoa, Cadêsh Li e Vehayá Ki Yeviachá.
Utilização:



O judaísmo rabínico diz que além dos mandamentos da Torá, Moshê também recebeu através da Torá Oral os procedimentos de como confeccionar os tefilin, que teriam sido transmitidos de geração em geração até serem escritos na Mishná, no Talmud e no Shulkhan Arukh.

Os rabinos defendem que os tefilin sejam colocados diariamente pelas manhãs com a prece matinal ou pelo menos até o pôr-do-sol recitando-se o Shemá. Os tefilin somente não são utilizados em Shabat, Yom Tov e Chol Hamoêd. A partir dos 13 anos de idade, com o Bar mitsvá um menino passa a usar os tefilin.

Em seu método de utilização coloca-se uma caixinha no braço esquerdo para que fique próxima do coração (shel yad) e enrola-se uma das tiras na mão esquerda, e a outra caixinha na testa, entre os olhos, como frontal (shel rosh).


A respeito da prática de usar tais caixinhas, ou filactérios, The Jewish Encyclopedia (A Enciclopédia Judaica, 1976, Vol. X, página 21) observa:


"As leis que governavam o uso de filactérios foram tiradas pelos Rabinos de quatro trechos bíblicos. Ao passo que esses trechos foram interpretados literalmente pela maioria dos comentaristas, [...] os Rabinos sustentavam que somente a lei geral foi expressa na Bíblia, a sua aplicação e elaboração sendo assuntos inteiramente da alçada da tradição e da dedução."

De acordo com o Shulkhan Arukh, no momento de colocar tefilin é considerado como se o judeu cumprisse toda a Torá. Talmud Rosh Hashaná 17a menciona que aquele que nunca colocou tefilin comete uma falha muito grave. Os sábios judeus consideram que ao usar tefilin, todos os povos temerão Israel. Esta ênfase foi dada, por exemplo, pelo Rebe de Chabad em 1967 que pouco antes da Guerra dos Seis Dias proclamou que Israel estava em grande perigo e incentivou uma campanha pelo uso dos tefilins. A surpreendente e rápida vitória de Israel nesta guerra foi atribuída pelo Rebe ao grande número de pessoas que aderiram a campanha.

A recomendação é que tefilins sejam adquiridos apenas de pessoas confiáveis e que sejam verificados de ano em ano por um sofêr.

O QUE É MEZUZAH?

Fonte: Associação da Juventude Israelita Hehaver

A Mezuzah é um símbolo da fé judaica merecedor de grande respeito. A mezuzah é uma caixa tubular de madeira, vidro ou metal, em geral de 3 a 4 polegadas de comprimento, contendo um pedaço pequeno de pergaminho, no qual em 22 linhas estão escritas passagens bíblicas que fazem parte do "shemá" (oração da unicidade de D'us). Tem uma pequena abertura na parte superior com a palavra Shadai (um dos nomes místicos de D'us), impressa no verso do pergaminho.




É fixada na batente direita das portas de cada quarto de uma residência ou escritório (incluindo garagens), mas nunca deve ser colocada na entrada de banheiros e em espaços com uma área inferior a 1,8 metros quadrados. Ela é afixada no terço superior do batente direito, na parte mais externa do umbral e em posição oblíqua, com a parte superior apontada para o interior do aposento, para os ashkenazim, e em posição quase reta para os sefaradim.

Costuma-se beijá-la quando se sai ou entra em casa, tocando-a com as pontas do dedos e em seguida tocando os lábios. O significado religioso mais profundo do seu simbolismo seria lembrar ao homem a unicidade de D'us e induzi-lo a amá-lo. Essa contemplação desperta-o e o conduz ao caminho certo. 






COMO FIXAR A MEZUZAH:






A pessoa a afixar a mezuzah deve ter uma idade superior a do bar mitzvah (menino com idade superior a 13 anos) e a colocação deve ser feita de uma maneira permanente. Se mais de uma mezuzah for afixada ao mesmo tempo, só uma prece deve ser recitada.
Antes de afixarmos a mezuzah no batente da porta a seguinte benção deve ser recitada:
Baruch ata Adonai Elohênu mélech haolam, asher kideshanú bemitsvotav vetsivanu likboa mezuzah.
(Bendito sejas, ó Eterno, nosso D'us, rei do Universo, que nos santificastes com seus preceitos, ordenando-nos a colocação da mezuzah).

Tradicionalmente, pão e sal também devem ser trazidos a casa nova e abençoados, simbolizando que nunca deverá haver falta de comida na casa.

O QUE É “TALIT”?

Fonte: Wikipédia

O talit – טַלִּית (no hebraico moderno), talet - טַלֵּית (em sefaradi) ou talis (em Iídiche) é um acessório religioso judaico em forma de um xale feito de seda, lã (mais caro e elegante que o de seda) ou linho, tendo em suas extremidades as tsitsiot ou sissiot "sefaradi" (franjas). Ele é usado como uma cobertura na hora das preces judaicas, principalmente no momento da oração de Shacharit (primeiras orações feitas pela manhã).






O talit (também conhecido como "talit gadol" - טלית גדול) é usado pelos homens no momento da oração na sinagoga e no momento da oração do Shacharit. O talit isola o que esta orando do mundo a sua volta e facilita-o na em sua concentração durante a oração. Sobre o talit se interpreta que um dos objetivos deste acessório é criar um ambiente de igualdade entre os que estão orando na sinagoga, tendo então concordância com uma cobertura homogênea que estaria sobre as roupas que as pessoas realmente estavam usando – que mostram a qualidade e o estado econômico do que ora.

Entre os asquenazitas, o costume de se cobrir com o talit se reserva aos homens apenas após o casamento. De acordo com este costume, quando se está solteiro, é permitido cobrir-se com talit só em ocasiões especiais, como no momento que eles são chamados para serem “Olim” - עולים (plural de “Olê” - עולה, denominação aos que são chamados para ler a Torá nas sinagogas). Os judeus orientais (também chamados de “mizrahiim”) têm o costume de se cobrir com o talit a partir da idade de treze anos, quando o menino faz o Bar Mitzvah ou até mesmo antes dessa cerimônia. Comunidades Conservadoras e Reformistas permitem também é às mulheres fazerem uso do talit apesar da lei Judaica tradicional isentarem as mulheres dessa obrigação.





Detalhe - tzitzit ou sissit "sefaradi" (franjas) num dos cantos de um talit.


Há também um outro tipo de talit denominado “talit katan” – טלית קטן – (talit pequeno) conhecido também só pelo nome de “tzitzit”, que é utilizado durante o dia inteiro por baixo da roupa no qual se está vestido, afim de cumprir este mandamento durando todo o dia.

DETALHE:

O Talit faz parte do vestiário religioso do Judaísmo, portanto não é um acessório para ser utilizado simplesmente quando faz frio, ou seja, não é uma peça de roupa comum, não está na "moda". Ele tem conotação profundamente religiosa. Caso não judeus visitem uma sinagoga ou participem de uma cerimônia religiosa judaica, eles não são obrigados a se cobrirem com o Talit, mas devem usar a Kipah em sinal de respeito. O uso do Kipah não faz ninguém judeu; é somente um sinal de respeito perante a Deus, visto que alguns muçulmanos também utilizam uma espécie de cobertura na cabeça semelhante à Kipah.





A bandeira do Estado de Israel é baseada em um talit (as duas faixas que a compoem), tendo uma estrela de David ao centro dela.

CHANUKAH: FESTA DAS LUZES

Fonte: Aish Brasil

O que é Chanukah?


Os judeus guardam o feriado por oito dias em honra a vitória histórica dos Macabeus e ao milagre do óleo.




A palavra hebraica Chanuká quer dizer "dedicação." No segundo século antes de Cristo, o regime sírio-greco de Antiocus procurava afastar os judeus do Judaísmo com a esperanças de assimilá-los ao helenismo, a cultura Grega. Antiocus proibiu aspectos da observância judaica, incluindo o estudo da Torá, o que enfraquecia a fundação da vida e prática judaica. Durante este período, muitos dos judeus começaram a se assimilar à cultura grega, passando a possuir nomes gregos e se casando com não-judeus.

Em resposta, um grupo de colonos judeus levou para as colinas de Judéia uma revolta contra esta ameaça para a vida judaica. Liderados por Matitiahu, e mais tarde por seu filho "Judá, o Macabeu", este pequeno grupo de piedosos judeus comandaram uma guerra contra o exército sírio.

Antiocus enviou milhares de tropas bem armadas para esmagar a rebelião, mas os Macabeus venceram e tiraram os estrangeiros de sua terra.

Os lutadores judeus entraram em Jerusalém em dezembro, 164 A.C. O Templo Sagrado estava destruído, sujo e profanado por soldados estrangeiros. Eles limparam o Templo e reinauguraram-lo no 25° dia do mês judaico de Kislev. Quando chegou o tempo de iluminar novamente a Menorá, eles procuraram no Templo inteiro, mas só encontraram um jarro pequeno de óleo com a autentificação do Sumo-Sacerdote.





Milagrosamente, o pequeno jarro de óleo queimou por oito dias, até que um novo suplemento de óleo pôde ser trazido.

Daí em diante, os judeus guardam o feriado por oito dias em honra à histórica vitória e ao milagre do óleo.

Hoje em dia, a observância de Chanuká é caracterizada pela iluminação de uma menorá especial de Chanuká, com oito ramificações (mais uma vela ajudante), e se adiciona uma nova vela toda noite. Outros costumes incluem girar o dreidel (um pião com letras hebraicas nos lados), comer "comidas oleosas como latkes de batata (panquecas) e sufganiot (sonhos) (geléia donuts), e dar moedas de Chanuká (Chanuká gelt ) para as crianças.