6 de maio de 2018

MATRILINEALIDADE - O HOMEM NÃO PASSA O JUDAÍSMO AOS SEUS DESCENDENTES: SOMENTE A MÃE E A CONVERSÃO OFICIAL


O princípio estende-se não somente aos judeus genealógicos, mas aos convertidos também

. Pergunta:

Minha irmã foi batizada e, desde então, se casou e teve um filho. Minha mãe diz que a criança é judia, mas como pode ser isso? Se o Judaísmo é uma religião, se alguém o deixa, ele não é mais judeu, certo?






Como Israel é eterno, assim seu vínculo com eles é irreversível, inquebrantável e eterno


. Resposta:

Logicamente, eu teria que concordar com você. Se o Judaísmo é uma religião, então alguém que não acredita na religião não deveria mais ser judeu. A realidade, porém, é que não funciona dessa forma.
Ao longo de todo o Tanach, encontramos judeus quebrando todas as facetas da sua aliança com D'us, juntando-se e formando todos os tipos de cultos idólatras e práticas pagãs. No entanto, quando os profetas repreendem-nos, eles são chamados de "Meu povo, Israel."
O Talmud[1] focaliza especialmente sobre o precedente de um personagem notório chamado Achan, que aparece na história da queda de Jericó.[2] "Israel pecou", exclama D'us. "Eles transgrediram o Meu pacto que Eu lhes ordenei." No entanto, na narração da história, descobrimos que o pecador solitário é Achan, que retirou objetos dos despojos de Jericó. O Talmud assinala que, no entanto, Achan é considerado "Israel", e observa, "Israel, embora ele tenha pecado, ainda é Israel."
A escolha do precedente é pungente e os textos são carregados de sutil significado: Achan quebrou "Meu pacto que Eu lhes ordenei."— interpretado pelo Talmud a significar não apenas um detalhe, mas toda a aliança da Torá. No entanto, ele continua a ser não apenas um judeu, mas "Israel" — a totalidade do Povo Judeu em um único indivíduo.
O princípio estende-se não somente aos judeus genealógicos, mas aos convertidos também. No Tratado de Yevamot[3] aprendemos que uma vez que uma pessoa tenha cumprido todas as exigências de uma conversão adequada, ela é considerada "como Israel em todas as questões." O Talmud explica essas últimas palavras para dizer que, mesmo que esse convertido retornasse a seus costumes pagãos, "se ele se casar com uma mulher judia, ele tem o mesmo estatuto que um judeu apóstata, e eles são considerados casados".
Por que o Talmud escolheu discutir o Judaísmo em termos de se um casamento é válido ou não? Isso também é preciso: Quando se trata de ter esse judeu a abater carne para você, ou confiar nele em outras áreas de assuntos kasher e semelhantes, seu status pode, de fato, ser o mesmo que o de um não-judeu. Mas esses são aspectos técnicos, dependentes de fatores externos. O casamento, no entanto, é o verdadeiro teste do Judaísmo. Mesmo se um não-judeu se casasse com uma judia sob uma chupá (Tenda) e um rabino oficiasse com todos os procedimentos "legais ao pé da letra", o casamento não tem a validade de um casamento santificado em conformidade com a lei judaica. Dizer que "eles são considerados casados" é a melhor linguagem talmúdica disponível para "Sim, ele ainda é judeu."



Aparentemente, o Judaísmo não é nem religião nem raça. Ao contrário de uma raça, você pode entrar, mas ao contrário da religião, uma vez que você entra, você não pode sair

Com base na declaração acima do Talmud, o Código Judaico de Leis[4] determina que um casamento entre um judeu e uma mulher judia que "se converteu a outra religião" é plenamente válido. Portanto, seus filhos são considerados judeus e também poderiam se casar com outros judeus.
O que nos leva ao seu caso, no qual uma mulher judia adotou outra religião e casou-se com um não-judeu. Neste caso, também, como o Judaísmo é matrilinear, seus filhos são considerados judeus.[5]
Aparentemente, o Judaísmo não é nem religião nem raça. Ao contrário de uma raça, você pode entrar, mas ao contrário da religião, uma vez que você entra, você não pode sair. Tal como aconteceu com Achan, uma vez que você é uma parte deste povo, você é o povo inteiro. Como Israel é eterno, assim seu vínculo com eles é irreversível, inquebrantável e eterno.

. Fonte: 

http://www.beitlubavitchrio.org/templates/blog/post_cdo/aid/1846446/PostID/54641/jewish/PERGUNTE-AO-RABINO.htm

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