O encontro entre Aharon e o faraó foi um confronto entre as forças do bem e do mal
Na porção desta semana, Vaerá, lemos sobre as instruções específicas dadas por Moshê por D’us antes que Moshê e Aharon comparecessem perante o faraó. Quando o faraó lhes pediu um sinal para provar que Aquele que os tinha enviado era poderoso, Aharon deveria jogar seu cajado e este se transformaria numa serpente. Quando Aharon, de fato, jogou o cajado, o faraó chamou imediatamente os seus conselheiros e seus mágicos, exigindo que repetissem o truque com seus próprios cajados. Eles realizaram facilmente este feito. No entanto, seus cajados foram todos engolidos pelo de Aharon.
As maravilhas e pragas ocorridas no Egito não foram apenas com o objetivo de punir os egípcios, mas sim de quebrar a resistência e oposição do povo egípcio a D’us
O milagre ocorreu não era o cajado de Aharon se transformando em serpente, pois os mágicos do faraó também conseguiam realizar este feito. Pelo contrário, foi o fato de o cajado de Aharon (depois de ter se transformado de serpente em cajado de novo) engolir os cajados dos mágicos.
As maravilhas e pragas ocorridas no Egito não foram apenas com o objetivo de punir os egípcios, mas sim de quebrar a resistência e oposição do povo egípcio a D’us. A filosofia egípcia alegava que D’us não tem poder ou influência no mundo. Segundo eles, depois da Criação o mundo foi entregue às leis da natureza e D’us desistiu de qualquer supervisão ou atenção no dia-a-dia.
As dez pragas serviram para desaprovar esta ideologia, e cada uma ilustra um erro diferente na filosofia deles. O milagre dos cajados engolidos foi uma introdução aos milagres que se seguiriam. O prelúdio geral para esta refutação foi o engolimento dos cajados.
O encontro entre Aharon e o faraó foi um confronto entre as forças do bem e do mal. O cajado de Aharon simbolizava a força Divina que vem da santidade. A serpente simbolizava o Egito, pois está escrito: “O Egito é uma grande serpente esticada dentro de seus rios.” Ao transformar o cajado numa serpente, Aharon mostrou ao faraó que o próprio Egito deve sua vitalidade a D’us. Quando os mágicos do faraó também puderam transformar seus cajados em serpentes, eles estavam insistindo em dizer que tinham seu próprio poder. Quando os cajados foram engolidos pelo de Aharon, isso provou que o poder da impureza e do profano nada representa em face do poder e força da santidade, e não pode ter existência ou duração.
Por meio deste milagre, D’us mostrou ao faraó e seus sábios que eles, também, estavam sob Seu domínio, e que o faraó não tinha realmente qualquer poder próprio. Isso enfatiza a lição que seria aprendida por todo o Egito, e prenunciou as dez pragas que estavam para chegar.
Dessa discussão sobre o confronto entre o faraó e Aharon, podemos aprender uma lição geral em nosso tratamento e relacionamento com o próximo. Aharon foi descrito como aquele “que amava a paz e buscava a paz, amava todas as criaturas e as aproximava da Torá”. Quando conhecemos alguém que se comporta indevidamente ou com falhas ofensivas de caráter, devemos abordá-lo com o cajado de Aharon – com verdadeiro amor, e devemos nos lembrar que estamos usando o cajado de Aharon, não a serpente; nossa interação deve ser sem raiva ou sentimentos negativos, sem envolver nossas próprias emoções, e não com um pedaço de madeira seca.
. Fonte:
https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/3183109/jewish/Guerra-entre-as-foras-do-bem-e-do-mal.htm#utm_medium=email&utm_source=1616_revista_pt&utm_campaign=pt&utm_content=content
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