A festa de Shavuot, comemorada na Diáspora no sexto e sétimo dia do mês hebraico de Sivan, é a data na qual celebramos Matan Torá – a Entrega da Torá. É importante notar, contudo, que a transmissão da Torá não ocorreu em um único dia – mas sim, o Todo Poderoso a transmitiu a Moshé, que a ensinou ao Povo Judeu durante os 40 anos de sua permanência no Deserto do Sinai.
. Leis e costumes:
Tikun Leil Shavuot - Noite de vigília e estudo - Na primeira noite de Shavuot, este ano na 5a feira, 1º de junho, é costume se realizar uma vigília dedicada ao estudo da Torá, nas sinagogas, durante toda a noite. A Cabalá enfatiza a importância desse ritual, conhecido como Tikun Leil Shavuot. Uma explicação para a tradição é que o povo judeu não acordou cedo no dia em que D'us lhes outorgaria a Torá, tendo sido necessário que Ele Mesmo os despertasse. Como uma espécie de contrapartida ao fato, foi instituído o costume de se permanecer acordado desde a véspera, estudando a Torá.
. 1º dia:
Leitura dos Dez Mandamentos - Na manhã seguinte, primeiro dia de Shavuot, este ano na 6a feira, 2 de junho, ouve-se em todas as sinagogas a leitura dos Dez Mandamentos. É da maior importância que os pais participem desse momento ao lado de seus filhos.
. 2º dia:
Livro de Ruth - No segundo dia de Shavuot, este ano no Shabat, 3 de junho, lê-se, nas sinagogas, o Livro de Ruth. Os sábios consideravam a história de Ruth - uma moabita que abraçou o judaísmo - apropriada para a data, não apenas por se passar durante a colheita, mas especialmente em razão de seus ensinamentos. Na célebre passagem bíblica, que se tornou símbolo de profunda devoção e fé, Ruth, após a morte do marido judeu, declara à sogra: "Teu povo será meu povo e teu D'us será meu D'us". Ruth voltou a se casar e seu bisneto foi o rei David, que nasceu e faleceu durante Shavuot.
Folhagens verdes - Costuma-se enfeitar casas e sinagogas, nesta festa, com flores e folhagens. O Midrash ensina que quando a Torá foi entregue ao povo judeu, o Monte Sinai - uma montanha deserta e árida - viu-se subitamente coberto de flores, árvores e grama. As folhagens simbolizam, principalmente, o costume vigente na época do Templo Sagrado de se levar a Jerusalém as primícias, ou seja, os primeiros frutos colhidos dentre as sete espécies que caracterizam a Terra de Israel.
Alimentos à base de leite - Outro costume é consumir, durante os dois dias, laticínios, já que a Torá é comparada ao leite. A palavra hebraica para leite é chalav. Quando se soma o valor numérico de cada uma das letras desta palavra chega-se ao total de quarenta. Quarenta é o número de dias que Moisés passou no Monte Sinai. Explica-se, também, que a Torá, fonte de vida para tudo, pode ser comparada ao leite que é sustento para o recém-nascido. Existem outras explicações para o costume. A partir da outorga da Torá, as leis da cashrut tornaram-se obrigatórias. No entanto, como a Torá foi entregue num Shabat, nenhum animal podia ser abatido e nem os utensílios casherizados; e a tradição manteve o costume.
. Fonte:
http://www.morasha.com.br/nossas-festas/shavuot/historia.html
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