A carioca Bruna Valeanu, de 24 anos, estava no festival de música que foi interrompido pela ação dos terroristas no sul do país
Milhares de pessoas se reuniram em Israel para o funeral da brasileira Bruna Valeanu, morta pelo ataque do Hamas. A carioca, de 24 anos, estava no festival de música, interrompido pela ação dos terroristas no sul do país. Imagens divulgadas pela embaixada de Israel no Brasil mostram a multidão que prestou solidariedade a jovem a apoio a família.
Além das tradições da fé judaica, a comoção causada pela morte de 260 jovens na rave ajuda a explicar a multidão que foi ao funeral de Bruna Valeanu
Natural do Rio de Janeiro, ela se mudou para Israel em 2015 e morava com a mãe, Roza Valeanu, também carioca, na cidade de Petah Tikva, a cerca de 10 km de Tel Aviv. Apesar da família pequena no país, o funeral da brasileira reuniu tanta gente, que filas de carros se formaram no entorno. Enquanto uns enfrentaram o congestionamento, outros desceram a pé para a despedida da jovem, que a maioria ali sequer conhecia.
Gabriel Eigner não chegou a conhecer a brasileira em vida, mas dirigiu por cerca de meia hora para prestar apoio aos familiares e amigos. Ele é diretor da ONG Olim (que quer dizer "imigrantes") do Brasil, uma organização que dá suporte aos brasileiros que moram em Israel ou pensam em fazer essa mudança. Diante da tragédia, no sábado, 7, o grupo se uniu para buscar informação dos brasileiros desaparecidos, como Bruna, que teve a morte confirmada nesta terça, após dias de procura e muita angústia dos amigos e familiares.
"Fui um dos primeiros a chegar, vi poucas pessoas e todas estavam falando em hebraico", relata Gabriel. Depois de confirmar que estava no lugar certo, ele então entrou na sala de funeral, que ficou cada vez mais lotada, a ponto de um segurança alertar que estava arriscado. Foi neste momento que Gabriel decidiu sair um pouco e viu a multidão que acompanhava o funeral do lado de fora. "Só então eu me dei conta da multidão, muitos brasileiros e, definitivamente, muitos israelenses também".
Além das tradições da fé judaica, ele acredita que a comoção causada pela morte de 260 jovens na rave ajuda a explicar a multidão que foi ao funeral de Bruna Valeanu.
"Foi um verdadeiro massacre o que aconteceu. Das mil mortes causados pelo ataque até agora, mais de 260 estavam na rave, em sua maioria, pessoas jovens. Isso mexeu muito com as pessoas neste momento tão pesado para o país", diz ele.
Na tarde desta terça, o Ministério das Relações Exteriores lamentou a morte de Bruna. "O governo brasileiro lamenta e manifesta seu profundo pesar com a morte da cidadã brasileira Bruna Valeanu, de 24 anos, natural do Rio de Janeiro, segunda vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro em Israel. Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Bruna, o governo brasileiro reitera seu total repúdio a todos os atos de violência contra a população civil", disse a nota.
Mais cedo, o governo brasileiro confirmou a morte de Ranani Glazer, gaúcho que também estava na rave com outros dois brasileiros — a namorada, Rafaela Treistman, e o amigo, Rafael Zimerman — em uma festa a 5 km da Faixa de Gaza. Com a notícia da morte de Ranani e Bruna, há ainda uma brasileira considerada desaparecida, a carioca Karla Stelzer Mendes, de 41 anos.
. Fonte:
https://odia.ig.com.br/mundo-e-ciencia/2023/10/6722340-funeral-de-brasileira-morta-em-ataque-do-hamas-reune-multidao-em-israel.html
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