2 de janeiro de 2010

ETNIAS JUDAICAS

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre



RUA DOS JUDEUS EM LISBOA, PORTUGAL


Etnias judaicas é o conjunto de ramificações da comunidade judaica, considerando-se a cultura e os países onde foram radicados. Devido aos fatores de tempo, local, idioma vernacular, miscigenação e interpretação religiosa e filosófica, geralmente cada comunidade possui tradições diferenciadas de um grupo para outro.



Principais etnias judaicas:


• Asquenazi - Judeu da Europa Central e Oriental

o Judeus da Alsácia
o Yekke - Judeus Alemães
o Litvik - Judeus da Lituânia
o Galitzer - Judeus da Galícia (sul da Polônia e Oeste da Ucrânia - não confundir com Galiza)
o Judeus Russos
o Krimpchak - Judeus tátaros da Criméia

• Shuatita - Judeu Provençal
• Zapharnita - Judeu Francês
• Italkim - Judeu Italiano

o Judeu de San Nicandro Manduzio

• Sefaradi- Judeu Ibérico
o Judeus da Nação Portuguesa (Sefardi Ocidental)
o Judeus Marroquinos - Anusim
o Hebraicos da Amazônia
o Judeu Sefardi Italianos
o Chueta - Ilhas Baleares
o Judeu-Espanhol (Sefardi Oriental)
o Marrano
• Romaniote - Judeu Grego

• Judeus Mizrahi
o Judeus Curdos
o Judeus Iemenitas
o Judeus Líbaneses
o Judeus Sírios
o Judeus Palestinos
o Parsim
o Judeus Baghdadi
o Judeus Cirenaicos (Líbia)
o Judeus Egípicios
o Judeus de Djerba (Tunísia)

• Judeus Indianos
o Bene Ephraim
o Bene Israel
o Bnei Menashe
o Knanya

• Judeus Africanos
o Beta Israel ou Falashas
o Qemant - Etiópia
o Lemba - Moçambique e Malawi
o Abayudaya - Uganda
o Sefwi - Ghana
o Bnai Efraim - Nigéria
o Judeus de Timbuktu - Mali

• Judeus Bukharan
• Judeus Chineses
• Sabra (Judeus nascidos em Israel)


• Judeus Ameríndios
o Judíos índios de Venta Prieta - México
o Judeus Incas - Peru e Equator

O QUE É BIRCAT HAPAT ? BÊNÇÃO PARA O PÃO






Pega-se uma das chalot (Plural de Chalah), em geral em Rosh Hashaná elas costumam ter forma circular, como o ciclo do tempo, e se pronuncia a seguinte brachá (Reza em Hebraico):

BARUCH ATÁ ADONAI ELOHEINU MELECH HAOLAM HAMOTZI LECHEM MIN HAARETZ
Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus , Rei do universo, que extrais o pão da terra. 





Até aqui não há nada de especial com relação à festividade. A partir deste momento é que se inicia o pequeno Seder de Rosh Hashaná.

O QUE É NETILAT IADAIM ? RITUAL DE LAVAR AS MÃOS ANTES DA REFEIÇÃO





Antes de comer pão, é costume realizar o ritual de lavar as mãos. Não é somente uma mediada higiênica, pois as mãos já devem estar previamente limpas, mas implica em um símbolo de purificação espiritual. 




Jarra de lavagem ritual das mãos: Netilat Iadaim


O procedimento é o seguinte: pega-se um recipiente cheio de água e verte-se líquido suficiente (até o punho) sobre a mão direita três vezes e se repete o processo sobre a esquerda. Assim, lava-se ambas as mãos e se recita a bênção da seguinte maneira, enquanto as mãos vão se secando:
BARUCH ATÁ ADONAI ELOHEINU MELECH HAOLAM, ASHER KIDESHANU BEMITZVOTAV VETZIVANU AL NETILAT IADAIM.
Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus, Rei do Universo, que nos santificaste com Teus preceitos e nos ordenaste o ritual de lavar as mãos.

31 de dezembro de 2009

JUDEUS: RAÇA OU RELIGIÃO?




Um judeu (em hebraico: יְהוּדִי, transl. Yehudi, no singular; יְהוּדִים, Yehudim, no plural; ladino: ג׳ודיו, Djudio, sing.; ג׳ודיוס, Djudios, pl.; iídiche: ייִד, Yid, sing.; ייִדן, Yidn, pl.) é um membro do grupo étnico e religioso originado nas Tribos de Israel ou hebreus do Antigo Oriente. O grupo étnico e a religião judaica, a fé tradicional da nação judia, são fortemente inter-relacionados, e pessoas convertidas para o judaísmo foram incluídas no povo judeu e judeus convertidos para outras religiões foram excluídos do povo judeu durante milênios.



Os judeus foram palco de uma longa história de perseguições em várias terras, resultando numa população que teve frequentemente seus números e suas distribuições alteradas ao longo dos séculos. A maioria das autoridades coloca o número de judeus entre 12 e 14 milhões, representando 0,2% da atual estimada população mundial. De acordo com a Agência Judia para Israel, no ano de 2007 havia 13,2 milhões de judeus mundialmente; 5,4 milhões (40,9%) em Israel, 5,3 milhões (40,2%) nos EUA, e o resto distribuído em comunidades de vários tamanhos no mundo inteiro. Esses números incluem todos aqueles que se consideram judeus se ou não se afiliaram, e, com a exceção da população judia de Israel, não inclui aqueles que não se consideram judeus ou que não são judeus por halachá. A população total mundial judia, entretanto, é difícil para medir. Além das considerações haláhicas, há fatores seculares, políticos e identificações ancestrais em definindo quem é judeu que aumentam o quadro consideravelmente.



ETIMOLOGIA:

A palavra "judeu" originalmente era usada para designar aos filhos de Judá, filho de Jacó, posteriormente foi designado aos nascidos na Judéia. Depois da libertação do cativeiro da Babilônia, os hebreus começaram a ser chamados de judeus. A palavra portuguesa "judeu" se origina do latim judaeu e do grego ioudaîos. Ambas palavras vêm do hebraico, יהודי, pronuncia-se "iehudí". O primeiro registro do vocábulo em português foi no ano de 1018.
Palavras etimologicamente semelhantes são usadas em outras línguas, tais como jew (inglês), jude (alemão), jøde (dinamarquês), يهودي ou yahudi (árabe). No entanto, variações da palavra "hebreu" também são usadas para designar um judeu, como acontece em ebreo (italiano), еврей ou yevrey (russo), εβραίος ou εvraios (grego moderno) e evreu (romeno). Em turco, a palavra usada é musevi, derivada de Moisés.

JUDEUS E JUDAÍSMO:

A tradição judaica defende que a origem deles dá-se com a libertação dos filhos de Israel da terra do Egito pelas mãos de Moisés. Com a fundamentação e solidificação da doutrina mosaica, um grupo de hebreus passou a ser conhecida como "Filhos de Israel" (Bnei Israel). É deste evento que surge a noção de nação, fundamentada nos preceitos tribais e na crença monoteísta.
No entanto, a história demonstra que os antigos israelitas valorizavam a sua linhagem tribal e a nação, que só viria a ser construída com o início das monarquias de Saul e Davi, que, todavia, oculta mesmo assim um choque entre as tribos que compunham o antigo reino de Israel. Com a morte do filho de Davi, Salomão, ocorre a crise que leva à separação das tribos de Israel em dois reinos distintos: dez tribos formam o reino de Israel, enquanto a tribo de Judá, Benjamim e Levi constituem o reino de Judá que continua a ser governada pelos descendentes de Davi. Aqui, pela primeira vez, os israelitas do sul são chamados de judeus devido à sua conexão com o reino de Judá e posteriormente por todos aqueles que aderissem à doutrina religiosa deste reino, que passou a ser conhecida como judaísmo.



Com a extinção do reino de Israel, o reino de Judá permanece, e mesmo com a sua destruição, o termo "judeu" passa a designar todos aqueles que descendessem dos antigos israelitas, não importando a sua tribo. A ênfase do judaísmo da separação entre judeus e não judeus, deu à comunidade judaica um sentido de povo separado e religioso, embora, segundo pesquisadores judeus anti-sionistas, este sentido de separação tenha sido impulsionado e exarcebado pelo movimento sionista, com objetivos políticos, durante o século XX.

QUEM SÃO OS JUDEUS?

A pergunta "quem são os judeus?" gera um debate político, social e religioso entre os diversos grupos judaicos sobre quem pode ser considerado como tal.
O povo judeu não pode atualmente ser reduzido a sendo somente religião, raça ou cultura, porque ultrapassa seus limites conceituais aceites. Reduzi-lo a qualquer um desses pontos seria mero reducionismo, pois ele é na verdade uma miscelânea das três, dando espaço a várias interpretações do que é ser judeu e, especialmente, quem é judeu. Interpretações essas que dependem muitíssimo de qual a sua tradição religiosa (ortodoxa, conservadora, reformista, caraíta) e do espaço geográfico onde se encontram (sefaraditas, asquenazitas, persas, norte-africanos, indianos etc. (ver etnias judaicas).
Na história recente ocidental, e consequentemente na história judaica, uma revolução conceitual levou o judaísmo e o povo judeu a um tempo de grandes mudanças estruturais. A essa revolução, a história deu o nome de iluminismo (Hebraico: השכלה; Haskalá). Nesse período histórico, os antigos grupos religiosos detentores de tradições milenares observaram o nascimento de uma geração que via na criação de grupos com novas formas de pensar a possibilidade de saída de seus guetos milenares, não somente no plano físico, mas também mental e filosófico. Por vezes esses novos grupos distanciaram-se da velha ligação do judeu com a religião judaica-mãe, porém sem nunca perder a sua chama interna de identidade, sentimento esse que é o ponto de aproximação de todos os judeus e a mais importante linha para complexa continuação da nação que é, hoje, esse povo.



Assim, com a inserção de novas filosofias no seio do judaísmo, dispares concepções surgiram sobre as questões básicas da tradição judaica. E obviamente cada grupo desenvolveu suas discussões de como pode-se definir uma resposta sensata à pergunta constante: "Quem é judeu?". Essa definição de resposta se deu, em sua maioria, sob duas linhas gerais: Pessoa que tenha passado por um processo de conversão ao judaísmo ou pessoa que seja descendente de um membro da comunidade judaica.
Contudo, esses dois assuntos são repletos de divergências. Quanto às conversões, existe divergências principalmente sobre a formação dos tribunais judaicos responsáveis pelos atos. Isso faz com que pessoas conversas através de um tribunal judaico reformista ou conservador não sejam aceitas nos círculos ortodoxos e seus rabinos que exigem um tribunal formado somente por rabinos ortodoxos, pois entendem serem outros rabinos incapazes de fazer o converso entender a grandeza da lei que está tomando sobre si. Por outro lado, o judaísmo reformista e conservador, acusam os ortodoxos de fazerem exigências absurdas, não mais se preocupando com a essência do ser judeu e sim, com regras e rigidez desnecessária.



Já quanto a descendência judaica, a divergência aparece na definição de quem viria a linha judaica, se matrilinearmente, patrilinearmente ou ambas as hipóteses. A primeira é a majoritária, sendo apoiada pelo judaísmo rabínico ortodoxo e conservador. Essa tese têm força e raio de ação maiores por ser adotada pelo Estado de Israel, além de grande parte das comunidades ao redor do mundo. Porém, a patrilinealidade é defendida pelo judaísmo caraíta e os judeus Kaifeng da China, grupos separados dos grandes centros judaicos e que desenvolveram sob tradições diferentes com base em costumes que remontam a vários séculos passados. Por último, existe a tese que ambos os pais podem dar ao filho a condição de judeu que é defendida pelo judeus reformistas que em março de 1983 por três votos a um reconheceu a validade da descendência paterna mesmo que a mãe não seja judia desde que a criança seja criada como judeu e se identifique com a fé judaica.



Questões, como se os atos podem abalar a identidade judaica, também entram na discussão, como por exemplo um judeu que faz tatuagens ou até mesmo nega seu próprio judaísmo, pode continuar sendo considerado como tal? Apesar de um judeu necessariamente não ter que seguir o judaísmo, as autoridades religiosas geralmente enfatizam o risco da assimilação do povo judeu ao se abandonar os mandamentos e tradições do judaísmo. Porém defende-se que não importa a geração ou ações futuras de pai ou mãe, o judaísmo e o consequente "ser judeu" é um direito natural da criança.
Atualmente, estima-se que exista, ao redor do mundo, uma população judaica de aproximadamente 13 milhões de pessoas, concentradas principalmente nos Estados Unidos e em Israel.

29 de dezembro de 2009

O QUE É PEIOT?




Peiot (em hebraico פאות, é o plural da palavra hebraica pe'ah, isto é "borda" também chamada de Peíes em ídiche).

Peiot designa os cachos de cabelos laterais característicos dos judeus ortodoxos, que cumprem este mandamento devido à ordenança de não rapar os lados da cabeça (Levítico 19:27 : "Não raparás em torno de tua cabeça, nem tirarás as bordas da tua barba").

O QUE É TZITZIT?




Tzitzit (no hebraico ציצת ou ציצית) é o nome dado à franjas do talit, que servem como meio de lembrança dos mandamentos de Deus.

. Origem:

O mandamento de “tzitzit” encontra-se em duas passagens da Torá:
"Que façam para eles “tzitzit” (franjas) sobre as bordas das suas vestes, pelas suas gerações e porão sobre os “tzitzit” da borda um cordão azul celeste. E será para vós por “tzitzit” e vereis e lembrareis todos os mandamentos de Deus e os cumprireis e não errareis indo atrás do vosso coração e atrás dos vossos olhos, atrás dos quais vós andais errando; para que vos lembreis e cumprais todos os Meus mandamentos e sejais santos para com vosso Deus." (Números 15:38-41)
"Franjas farás para ti e as porás nos quatro cantos de tua vestimenta com que te cobrires." (Deuteronômio 12:12)

Os judeus utilizam hoje apenas “tzitzit” brancas, já que crêem que não seja possível obter a cor azul obrigatória do mandamento. De acordo com o judaísmo este azul não pode mais ser obtido pelo que não é mais utilizado. Este azul era obtido de uma criatura marinha chamada “chilazon”, cuja identificação é incerta. Pequenos grupos de pesquisadores em Israel acreditam que encontraram o “chilazon” e, portanto, utilizam um dos fios azul conforme está escrito. Os judeus caraítas no, entanto, crêem que possa ser utilizado qualquer tipo de azul de modo que possuem esta cor no “tzitzit”.

. Citação:

Disse Rabi Shimon bar Yochai:
"Quando o homem levanta de manhã e coloca
os tefilin e tzitzit, a Shechiná (Essência feminina de Deus)
paira sobre ele e proclama: ‘Tu és Meu servo,
Israel, através do qual Serei Glorificado".

27 de dezembro de 2009

O QUE É TASHLICH?

Fonte: PT.Habad.Org (Uma extensão do Habad.Org)




Em sua explicação sobre nossos costumes e tradições, o Rabi Yaacov Levi, conhecido como Maharil, codificador de leis, retrata a origem do costume de Tashlich até épocas muito remotas. É realizado pouco antes do pôr-do-sol na tarde do primeiro dia de Rosh Hashaná, indo às margens de um rio, lago, ou algo semelhante, onde certas preces são recitadas, seguidas pelo simbólico agitar dos cantos de nossas roupas.

Os três últimos versos do profeta Michá, que recitamos em Tashlich, contém a explicação para este costume. Dizemos: "Quem é um D'us como Vós, perdoando a iniqüidade e perdoando a transgressão aos herdeiros de Seu legado. Ele não reteve Sua ira para sempre, porque Ele se regozija na bondade. Ele mais uma vez terá misericórdia de nós. Ele suprimirá nossas iniqüidades; sim, Vós jogareis nossos pecados às profundezas do mar."

O Maharil nos fornece uma explicação mais completa de Tashlich. O Midrash nos diz que quando Avraham (Abraão) e Yitschac (Isaac) foram ao Monte Moriyá para a Akedá (amarração de Yitschac), precisaram cruzar um rio, uma das formas que Satan (o Acusador) usou para impedi-los de cumprirem as ordens de D'us. A correnteza ameaçava levá-los, mas Avraham rezou: "Salve-nos, D'us, pois a água atingiu nossas próprias vidas," e foram salvos da correnteza.

Assim, diz Maharil, nenhum obstáculo deveria impedir-nos de obedecer às ordens de D'us. Aquele que pode mostrar o amor abnegado de Avraham sua prontidão para morrer pela palavra Divina, pode estar certo de que "seus pecados serão jogados ao mar".

Nós e os peixes:

A prece de Tashlich, recitada às margens de um rio, lago ou mar, onde quer que haja peixes, tem um outro significado, despertando-nos pensamentos de arrependimento. Pois isto nos lembra da insegurança da vida do peixe, e o perigo do peixe ser atraído pela isca, ou de ser apanhado na rede do pescador. Nossa vida, também, está repleta de ciladas e tentações.

Somos lembrados da clássica parábola de Rabi Akiva, que desafiou o decreto proibindo o estudo de Torá que o imperador romano Adriano tentou impor aos judeus.

Ao lhe perguntarem por que arriscava sua vida estudando e espalhando os ensinamentos da Torá, Rabi Akiva replicou com a seguinte parábola:

"Uma raposa faminta chegou até a margem de um regato. Viu os peixes nadando incessantemente. A astuta raposa disse aos peixes: 'Vejo que estão vivendo num terror mortal de que caiam na rede do pescador. Saiam aqui para a margem seca, e escaparão da rede do pescador, e então viveremos felizes para sempre, como meus antepassados viveram com os seus.'

"Mas os peixes zombaram da esperta raposa, e responderam: 'Se na água, que representa nossa própria vida, estamos em perigo, certamente deixar a água significaria morte certa para nós!'

"A Torá é nossa própria vida, e não podemos viver sem ela, assim como os peixes não podem viver sem a água. Podemos salvar-nos abandonando nosso modo de vida, os caminhos da Torá?"

Tais são as reflexões que Tashlich desperta no coração.

Finalmente, o peixe nos serve de lembrete adicional do "olho sempre vigilante" da Providência, pois os peixes não têm pálpebras; seus olhos estão sempre abertos. Assim, nada pode ser oculto de D'us. Pelo mesmo padrão, a pessoa extrai coragem e esperança da fé em D'us, pois o Guardião de Israel jamais dorme ou cochila.



Tempo precioso:

Na Idade Média o costume de Tashlich era usado muitas vezes para acusar os judeus de fazer um feitiço sobre a água, ou mesmo envenená-la, e os Rabis eram, naquela época, obrigados a proibir a observância de Tashlich pelas suas comunidades, de forma a não ameaçar-lhes a vida.

Rabi Abahu disse: "Os Anjos Auxiliares perguntaram ao Todo Poderoso: 'Mestre do Universo, por que os judeus não recitam a canção de Halel perante Vós em Rosh Hashaná e Yom Kipur?'

"Respondeu-lhes D'us: Quando um rei senta-se no Trono do Julgamento, com o Livro da Vida e da Morte aberto à Sua frente, é correto que os judeus cantem a Mim nesta época?"

Não há horário para se dormir em Rosh Hashaná: o tempo é precioso demais. Nem bem acabamos a refeição, e voltamos para a sinagoga. No primeiro dia de Rosh Hashaná, Minchá (a prece vespertina) é recitada cedo devido ao Tashlich, e além disso, queremos recitar o maior número de Salmos. Alguns conseguem dizer todo o livro de Tehilim (Salmos) diversas vezes durante os dois dias de Rosh Hashaná. Depois de Minchá, as pessoas saem para Tashlich, ao local mais próximo onde haja água natural e peixes (lago, rio ou oceano).

Ali, à beira da água, fazemos as orações de Tashlich e sacudimos os fios do tsitsit. Isto é simbólico das palavras do profeta Michá: "E atirarás para a profundeza do mar todos os seus pecados..."

Naturalmente, sacudir os cantos da roupa não nos livra de nossos pecados. Mas certamente nos recorda de que devemos fazer uma boa limpeza no coração e livrá-lo de todo o mal.

E de fato, temos a sensação depois do Tashlich de termos nos livrado de um pesado fardo. É uma sensação reconfortante, que nos ajuda na realização das nossas boas decisões para o ano que entra.

Tashlich:

1) MI El Camocha, 2) nossê avon,3) veovêr al pesha, 4) lish’erit nachalato, 5) lo hechezíc laád apo, 6) ki chafêts chessed Hu. 7) Iashuv ierachamênu, 8) yichbosh avotênu, 9) vetashlich bim’tsulot iam col chatotam. 10) Titên emet le Yaacov,11) chessed leAvraham, 12) asher nishbá’ta laavotênu, 13) mimê kedem. 1) Min hametsar caráti Yáh, 2) anani bamerchav Yáh. 3) A-do-nai li, 3) lo ira, 5) ma iaassê li adam. 6) A-do-nai li beozrai, 7) vaani er’ê vesson’ai. 8) Tov lachassot b’A-do-nai mibetoach baadam. 9) Tov lachassot b’A-do-nai mibetoach bindivim.

RANENÚ tsadikim b’A-do-nai, laisharím navá tehilá. Hodú l’A-do-nai bechinór, benêvel assór zamerú ló. Shíru ló shir chadásh, hetívu naguên bit’ruá. Ki iashár devar A-do-nai, vechol maassêhu beemuná. Ohêv tsedacá umishpát, chéssed A-do-nai maleá haárets. Bidvar A-do-nai shamáyim naassú, uvrúach piv col tsevaám. Conês canêd mê haiám, notên beotsarót tehomót. Yireú me’A-do-nai col haárets, miménu iagúru col ioshevê tevel. Ki Hu amar vaiéhi, Hu tsivá vaiaamód. A-do-nai hefir atsát goyím, heni mach’shevót amím.

Atsát A-do-nai leolám taamód, mach’shevót libó ledór vadór. Ashrê hagói asher A-do-nai Eloháv, haám bachár lenachalá ló. Mishamáyim hibit A-do-nai, raá ét col benê haadam. Mimechón shivtó hishguíach, él col ioshevê haárets. Haiotsêr iáchadlibám, hamevin él col maassehém. Ên hamélech noshá beróv cháyil, guibór ló yinatsêl beróv cóach. Shéker hassús lit’shuá, uv’rov chelo ló iemalêt. Hinê ên A-do-nai él iereáv, lameiachalím lechasdó. Lehatsíl mamávet nafshám, ul’chaiotám baraáv. Nafshênu chiketá l’A-do-nai, ezrênu umaguinênu Hu. Ki vó yismách libênu, ki veshêm codshó vatáchnu. Iehí chassdechá A-do-nai alênu caasher yichálnu lách.

LO iarêu velo iash’chítu bechol har codshí, ki mal’á haárets deá et A-do-nai camáyim la’iám mechassim.

IEHÍ ratson milefanecha, A-do-nai E-lo-hê-nu v’Elohê avotênu, El Elion muchtar beshlosh esrê midot mechilin derachamê shetehê shaá zu êt ratson lefanecha vihê olá lefanecha keriát shelosh esrê mechilin derachamê shebipessukê " Mi El camocha", ham’chuvanim el shelosh esrê midot "El Rachum ve Chanun", asher carínu lefanecha, keílu hissagnu col hassodot vetserufê shemot hakedoshim haiots’ím mehem, vezivuguê midotehen, asher achat beachat yigashu lehamtíc et hadinim takifin.
Uvechên tashlich bim’tsulot iam col chatotênu, vetashpía alênu shefa ieshuá verachamim mehen, vezochrênu lechayím, Melech chafêts bachayím, vechotvênu bessêfer hachayím, lemaanchá Elohim chayím, venizke lit’shuvá ilaá, ki ieminchá peshutá lekabêl shavim, uk’rá roa guezar dinênu, vyicar’u lefanecha zechuiotênu, vetaarich apechá alênu letová, Amên.
YIHIÚ leratson imrê fi veheguion libí lefanecha, A-do-nai Tsurí veGoalí.
Sacode-se as pontas do talit catan (a roupa de quatro pontas com franjas, usadas pelos varões).



TRADUÇÃO:

MI 1) Quem é um D’us como Tu, 2) que perdoa a iniquidade 3) e desculpa a transgressão 4) ao restante de Seu patrimônio? 5) Ele não mantém Sua ira para sempre. 6) pois Ele deseja [fazer] bondade. 7) Voltará a mostrar-Se misericordioso conosco, 8) eliminará nossas iniquidades; 9) e Tu atirarás todos os seus pecados às profundezas do mar. 10) Concede verdade a Yaacov, 11) bondade a Avraham, 12) tal como juraste aos nossos pais 13) desde os dias de outrora. 1) Desde a opressão chamei a D’us; 2) com abundante alívio, D’us me respondeu 3) A-do-nai está comigo, 4) não temo – 5) O que pode fazer-me o homem? 6) A-do-nai está comigo entre os que me ajudam, 7) e eu verei [a queda de] meus inimigos. 8) É melhor depender de A-do-nai do que confiar no homem. 9) É melhor depender de A-do-nai do que confiar nos nobres.

RANENÚ Cantem jubilosamente a A-do-nai, vocês, os justos; é digno aos retos oferecer louvor. Louvem a A-do-nai com harpa; cantem-Lhe com lira de dez cordas. Cantem-Lhe uma nova canção; toquem habilmente sons de júbilo. Pois a palavra de A-do-nai é justa; todas Suas obras são feitas com fidelidade. Ele ama a retidão e a justiça; a bondade de A-do-nai preenche a terra. Pela palavra de A-do-nai foram feitos os céus, e pelo sopro de Sua boca todas suas hostes. Ele reúne as águas do mar como um montículo; Ele aloja as profundezas em depósitos subterrâneos. Toda a terra tema a A-do-nai; todos os habitantes do mundo tremam perante Ele. Porque Ele falou, e foi; Ele ordenou, e perdurou. A-do-nai anulou o conselho de nações; Ele desbaratou os ardis dos povos.

O conselho de A-do-nai perdura eternamente; os pensamentos de Seu coração durante todas as gerações. Feliz é a nação cujo D’us é A-do-nai, o povo que Ele elegeu como patrimônio para Si. A-do-nai olha do céu; Ele contempla toda a humanidade. De Sua morada Ele observa atentamente a todos os habitantes da terra. É Ele quem forma os corações de todos eles, quem percebe todas suas ações. Um rei não é salvo graças a um grande exército; um guerreiro não é resgatado graças a uma grande força. Um corcel é uma falsa garantia de vitória; com todo seu grande vigor não concede a fuga. Mas o olho de A-do-nai está dirigido àqueles que O temem, àqueles que esperam Sua bondade; para salvar sua alma da morte e para provê-los durante épocas de fome. Nossa alma anseia por A-do-nai; Ele é nossa ajuda e nosso escudo. Pois n’Ele se alegrará nosso coração, pois temos confiado no Seu santo Nome. Esteja Tua bondade, A-do-nai, sobre nós, assim como temos depositado nossa esperança em Ti.

LO Não farão o mal nem destruirão em toda a Minha montanha sagrada, pois a terra estará cheia do conhecimento de A-do-nai, como as águas cobrem o mar.

IEHÍ Que seja Tua vontade, A-do-nai nosso D’us e D’us de nossos pais, D’us exaltado, coroado com treze atributos, qualidades de misericórdia, que seja este um momento propício diante de Ti e que Tu consideres a recitação dos Treze Atributos de Misericórdia nos versículos "Quem é um D’us como Tu" que correspondem aos treze atributos "D’us benevolente, misericordioso e gracioso, etc.," que recitamos diante de Ti como se tivéssemos compreendido todos os significados esotéricos e as combinações dos santos Nomes que se formam com eles, e a união de seus atributos, que, um a um, se aproximarão para "adocicar" os julgamentos severos. E assim, atira todos os nossos pecados nas profundezas do mar, e concede-nos dele a plenitude da salvação e da misericórdia. Recorda-nos para a vida, Rei que deseja a vida; inscreve-nos no Livro da Vida, por Ti, D’us vivo. Que sejamos merecedores de alcançar a teshuvá ilaá ("arrependimento do nível mais elevado") pois Tua destra está estendida para receber os penitentes. Rasga o (aspecto) maligno do veredito decretado contra nós; que nossos méritos sejam mencionados diante de Ti, e que Tu Te mostres paciente conosco para o bem. Amén.

YIHIÚ Que as palavras de minha boca e a meditação de meu coração sejam aceitáveis perante Ti, A-do-nai, minha Força e meu Redentor.

(Sacode-se as pontas do talit catan: a roupa de quatro pontas com franjas, usadas pelos varões).