15 de maio de 2013

AS REZAS DE ALIMENTOS EM HEBRAICO


Com estas palavras, recitadas antes de comer ou beber qualquer tipo de alimento, expressamos a gratidão ao Criador pelas múltiplas bênçãos que Ele nos concede para o sustento. Essas bênçãos são o reconhecimento de que a Terra e sua plenitude pertencem a D-us. Depois de admitir este fato, podemos então desfrutar a generosidade e a riqueza da Terra. Essas bênçãos não são meras verbalizações, mas parte essencial do serviço espiritual. Pronunciar uma bênção, uma habilidade essencialmente humana, é um momento oportuno de meditar na grandeza de D-us como Provedor e Criador. Este momento de consciência espiritual, representado pela recitação de uma bênção, transforma a atividade corriqueira de comer em um ato sagrado. A meta do judeu é imbuir todas as atividades mundanas com a intenção de servir a D-us. 

NOS ALIMENTAMOS PARA MANTER A VIDA; UM PRESENTE DE DEUS:

Comemos para manter a saúde e para conseguir forças para cumprir as Mitsvot e viver uma vida de Torà. Os ensinamentos chassidicos explicam que todos os alimentos contêm uma centelha Divina de santidade. Quando fazemos uma bênção antes da refeição e comemos com a intenção de servir a D-us, realmente elevamos a substância física do alimento à santidade. Esta centelha Divina, inerente ao alimento, se reunifica com sua fonte Divina. Seis diferentes Berachot (bênçãos) correspondem às diversas categorias de alimento. Elas pertencem ao tipo de bênção chamada Bircat Hanebenin (bênção de prazer e satisfação) exigida antes de desfrutarmos o prazer físico das criações de D-us. As crianças, a partir do momento em que têm idade suficiente para falar, também aprendem a recitar as bênçãos sobre os alimentos. Desta maneira, nutrimos nelas um sentimento de apreciação da generosidade de D-us. Depois de comermos, devemos também lembrar D-us como a fonte suprema do nosso sustento, conforme ordena a Torá: ”Comerás, te satisfarás e abençoarás o Eterno, teu D-us, pela boa Terra que Ele te deu” (Devarim 8:10).

Este mandamento foi outorgado aos judeus antes de entrarem na Terra de Israel, depois de peregrinar pelo deserto, onde D-us os sustentou com o miraculoso maná. Mesmo em tempos de grande prosperidade, quando podemos estar tentados a nos enganar, acreditando que a riqueza resulta apenas dos próprios esforços, somos lembrados a reconhecer a mercê de D-us.



. BÊNÇÃOS ANTERIORES AO ALIMENTO: 

Antes de compartilhar qualquer alimento, é dita a Berachá Rishoná (bênção preliminar). Há seis diferentes bênçãos, cada qual começando com as mesmas palavras:
"Baruch Ata, A-donai, E-lo-hê-nu Melech Haolam..."
(Bendito és Tu, o Eterno, nosso D-us, Rei do Universo...") e concluindo com as palavras relacionadas ao tipo de alimento que vai ser ingerido.

Segue-se uma transliteração de cada bênção em hebraico, com exemplos dos alimentos que a requerem:

1) - BARUCH ATÁ, A-DO-NAI, E-LOHÊ-NU MELECH HAOLAM, HAMOTSI LECHÊM MIN HAARÊTS. (Bendito és Tu, ó Senhor nosso D-us, Rei do Universo, que extrai pão da terra.)
Exemplos: pão, beiguels, Chalá, Matsá, pita e pães feitos de um dos seguintes cinco grãos: trigo, cevada, centeio, aveia ou espelta. Nota: muitos dos alimentos acima, especialmente Beiguels, pitas e pães doces, podem requerer uma bênção de Mezonot, dependendo dos ingredientes.

2) - BARUCH ATÁ, A-DO-NAI, E-LOHÊ-NU MELECH HAOLAM, BORÊ MINE MEZONOT. (Bendito és Tu, ó Senhor nosso D-us Rei do Universo que cria varias espécieis de sustentos)
Exemplos: bolos, cereais, biscoitos, bolinhos, roscas e massas se feitos de um ou mais dos cinco grãos listados na primeira bênção.

3) - BARUCH ATA, A-DO-NAI, E-LOHÊ-NU MELECH HAOLAM, BORÊ PERI HAGÁFEN.
(Bendito és Tu, ó Senhor nosso D-us, Rei do Universo, que cria o fruto da vinha.)
Exemplos: vinho e suco de uva.

4) - BARUCH ATÁ, A-DO-NAI, E-LOHÊ-NU MELECH HAOLAM, BORÊ PERI HAÊTS.
(Bendito és Tu, ó Senhor nosso D-us, Rei do Universo, que cria o fruto da árvore.)
Exemplos: Todas as frutas de árvores permanentes, tais como maçãs, laranjas, pêssegos, etc., mesmo se essas frutas forem secas; também uvas, uva-passas e todas as nozes, com exceção de amendoim.

5) - BARUCH ATÁ, A-DO-NAI, E-LOHÊ-NU MELECH HAOLAM, BORÊ PERI HAADAMÁ. (Bendito és Tu, ó Senhor nosso D-us, Rei do Universo, que cria o fruto da terra.)
Exemplos: Todos os leguminosos que crescem na terra, incluindo amendoim e algumas frutas, tais como banana, melão e abacaxi.

6) - BARUCH ATA, A-DO-NAI, E-LOHÊ-NU MELECH HAOLAM, SHEHACÔL NIHYÁ BIDVARÔ. (Bendito és Tu, ó Senhor nosso D-us, Rei do Universo, que tudo vem a existir por Seu verbo.)
Exemplos: doces, laticínios, ovos, peixe, líquidos, carne, cogumelos e tudo o que não estiver incluído nas cinco bênçãos anteriores. Nota: as bênçãos acima se aplicam a alimentos em sua forma básica; entretanto, elas podem variar quando esta forma for modificada através de processamento ou quando os alimentos são combinados.



. Algumas leis básicas:

As regras das bênçãos sobre os alimentos são intrincadas, requerendo estudo cuidadoso. Seguem-se algumas das regras mais básicas. Somando-se ao conhecimento das bênçãos corretas a serem ditas sobre os diversos alimentos, muitas outras leis se aplicam.

a) Uma bênção é feita mesmo que se coma uma pequena quantidade.

b) Antes de iniciar a bênção, deve-se saber qual a bênção apropriada.

c) Os alimentos sobre os quais é dita a bênção devem ser segurados na mão direita (se a pessoa for destra e na esquerda para a canhota) no momento da bênção.

d) Não é permitido conversar, desde o momento em que se inicia a bênção até engolir o primeiro bocado.

e) Como o nome de D-us é mencionado em cada bênção e não nos é permitido pronunciar o nome de D-us em vão, jamais devemos recitar uma bênção desnecessariamente.
Entretanto quando ensinamos as bênçãos a uma criança, podemos pronunciar o nome de D-us, se necessário.

Deve se dizer Amên imediatamente depois de ouvir uma bênção sendo concluída por outra pessoa (Não se deve dizer Amên depois da própria benção.)

"Shehecheyánu" uma bênção periódica:

"BARUCH ATA, A-DO-NAI, E-LOHÊ-NU MELECH HAOLAM, SHEHECHEYANU VEKIYEMÁNU VEHIGUIÁNU LAZMAN HAZÊ”. (Bendito es Tu, ó Senhor nosso D-us; Rei do Universo, que nos deu vida e nos manteve e nos permitiu alcançar esta época.)
Esta bênção é dita pela primeira vez, em cada ano, em que se come uma fruta que seja própria da estação, que cresça apenas em uma determinada época do ano. O Shehecheyánu deve ser recitado, de preferência antes da bênção normal do fruto, embora alguns tenham o costume de dizê-lo depois. Shehecheyánu só deverá ser pronunciado se o fruto estiver maduro. Exemplos de frutos sazonais sobre os quais pode-se dizer esta bênção: kiwi, figos ou tâmaras frescos, romãs, cerejas, tangerinas, melões, morangos, etc. Nota: esta bênção também é pronunciada na primeira vez em que uma Mitsvá é realizada a cada ano, como no acendimento das velas de Chanucá, na leitura da MeguIiá em Purim e ao segurar o Lulav e o Etrog em Sucot.



. AO COMER UMA REFEIÇÃO COM PÃO:

A bênção Hamotsi, feita no início de uma refeição, é abrangente e dispensa as bênçãos adicionais sobre os outros alimentos consumidos naquela refeição (vide abaixo as exceções). Abluir as mãos: antes de comer pão, é necessário lavar ritualmente as mãos. Ao abluir as mãos desta maneira, deve-se assegurar de que as mãos estejam limpas e livres de anéis ou qualquer outra coisa que possa interferir entre os dedos e a água corrente. É preferível usar uma caneca de duas alças, embora qualquer caneca grande possa ser usada. A água é derramada primeiro sobre a mão direita, duas ou três vezes, dependendo do costume e depois sobre a mão esquerda, o mesmo número de vezes. (O canhoto deve dar preferência à mão esquerda.) Esfrega-se então as mãos uma na outra e recita-se a seguinte bênção ao secá-las:

“BARUCH ATA, A-DO-NAI, E-LOHÊ-NU MELECH HAOLAM, ASHER KIDESHÁNU BEMITSVOTAV, VETSIYÁNU AL NETILAT YADÁYIM“. (Bendito és Tu, ó Senhor nosso D-us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou sobre a lavagem das mãos.)

Depois de secas as mãos, a bêncão Hamotsi deve ser pronunciada sobre o pão. Não é permitido conversar ou cuidar de outras atividades entre a lavagem ritual das mãos e o pronunciamento das bênçãos. Outras bênçãos durante a refeição: depois de pronunciada a bênção de Hamotsi, não é necessário pronunciar bênçãos sobre outros alimentos durante a refeição, com as seguintes exceções: É feita uma bênção sobre o vinho, a não ser que a refeição tenha sido precedida de um Kidush, quando a bênção sobre o vinho já foi recitada. É requerida uma bênção sobre a maioria das sobremesas. Em caso de dúvida, deve-se primeiro pronunciar o Bircat Hamazon (Bênção de Graças após a Refeição) e depois comer a sobremesa, dizendo as bênçãos apropriadas antes e depois dela. Depois de concluir uma refeição onde pelo menos 28 gramas de pão foi consumido, recitamos o Bircat Hamazon (Bênção de Graças.)

. AO COMER ALIMENTOS DIVERSOS SEM PÃO:

Ao comer um lanche ou uma refeição sem pão, deve-se conhecer a maneira adequada de pronunciar as bênçãos sobre cada alimento individual. Ao comer vários alimentos diferentes de uma mesma categoria, apenas uma bênção é recitada. Por exemplo, ao comer maçãs, laranjas e pêssegos, é pronunciada apenas uma vez a bênção ...Borê Peri Haêts. A bênção é feita sobre o item preferido, com a intenção de incluir todos os alimentos daquela categoria. Quando a pessoa não tem preferência (de uma fruta sobre outra) deve ingerir primeiro aquela das cinco espécies de frutas com as quais a Terra de Israel foi enaltecida, na seguinte ordem: azeitona, tâmara, uva, figo e romã. * Ao comer diversos alimentos de categorias diferentes, bênçãos separadas são pronunciadas sobre cada tipo de alimento. Por exemplo, Mezonot sobre biscoitos, Haadamá sobre salada de repolho, Shehacol sobre ovos.



. ORDEM DAS BÊNÇÃOS:

Ao comer alimentos que requerem bênçãos diferentes, a prioridade das bênçãos é seguinte:
1) Mezonot;
2) Hagáfen;
3) Haêts;
4) Haadamá;
5) Shehacôl.

Por exemplo, Mezonot sobre biscoitos e então Haêts sobre uvas; Haadamá sobre pepino e então Shehacôl sobre leite. As duas execeções são:
a) Em Shabat Yom Tov, o Kidush sobre o vinho precede a bênção sobre o pão ou o bolo (sendo que estes últimos devem estar cobertos, já que o vinho está recebendo um tratamento preferencial);
b) Ao comer alimentos que requerem a bênção de Haêts e Haadamá, tais como maçã e banana, diz-se primeiro a bênção sobre o alimento preferido. Quando a pessoa bebe vinho, pronunciando a bênção precedente de Hagáfen, bênçãos adicionais, antes e depois de outros líquidos ou bebidas, não são necessárias.

. BÊNÇÃOS SOBRE ALIMENTOS COMBINADOS:

Quando um prato contém diferentes tipos de alimentos misturados, pertencentes a diferentes categorias de bênçãos, o seguinte critério se aplica:
Se um dos alimentos é claramente o principal, então, mesmo que muitos outros tipos estejam combinados, é feita a bênção apenas sobre o alimento principal. Por exemplo: numa salada de atum misturada com pedaços de verduras, a bênção é pronunciada sobre o atum, que é o alimento principal.
Se os diferentes alimentos são igualmente importantes, a bênção é pronunciada sobre um entre a maioria.
Quando os alimentos são feitos de grãos que exigem a bênção Mezonot, estes são considerados o alimento principal, mesmo se estiver em minoria. A bênção Mezonot é pronunciada sobre o prato inteiro e inclui todos os outros ingredientes. Exemplos: torta de frutas; macarrão e queijo.
Se o ingrediente Mezonot estiver presente apenas para ligação, espessamento ou para adicionar cor, a bênção é determinada pelos outros ingredientes. Por exemplo, farinha adicionada para engrossar a sopa não exige a bênção Mezonot.



. QUANDO O ALIMENTO ESTÁ EM FORMA MODIFICADA:

A maior parte dos sucos e alimentos totalmente peneirados ou moídos requer a bênção Shehacol. Entretanto, se o alimento ainda mantém a aparência de sua forma original, recita se as bênçãos que pronunciaríamos sobre o alimento em sua forma primitiva, como por exemplo, Haêts sobre compota de maçã.

Em caso de dúvida quanto à bênção apropriada, as seguintes opções se aplicam:

Abluir as mãos, pronunciar AL Netilat Yadayim e, em seguida, Hamotsi sobre um pedaço de pão. O alimento em questão poderá então ser comido durante o curso da refeição. Se o alimento sobre o qual há dúvida for uma fruta, deve ser comido simultaneamente com o pão.
Em caso de dúvida quanto a qual entre duas bênçãos deve ser pronunciada sobre um alimento em particular, pode-se comer primeiro um bocado de dois alimentos diferentes (sendo cada um da categoria da qual se está em dúvida), pronunciando sobre cada um a bênção apropriada, tendo também em mente o alimento sobre o qual há a dúvida. Então, aquele alimento poderá ser comido.
Se foi pronunciada a bênção Shehacôl sobre qualquer alimento em lugar de sua bênção mais especifica, o alimento fica isento de outras bênçãos. Entretanto, esta alternativa pode ser usada somente se houver opiniões diversas entre as autoridades haláchicas quanto à benção adequada para aquele alimento. Deve-se fazer um esforço para conhecer a bênção correta.

. BÊNÇÃOS POSTERIORES AO ALIMENTO:

Depois de comer pelo menos um Kezayit de alimento (aproximadamente 30g) ou beber uma Reviit de líquido (aproximadamente 90 ml), uma Berachá Acharoná (bênção posterior) é pronunciada. As bênçãos posteriores devem ser ditas o mais cedo possível, após o término da refeição. Há três tipos de bênção posteriores. Os textos podem ser encontrados em qualquer Sidur (livro de orações.) Para dizer a bênção posterior, a quantidade mínima de alimento (descrita acima) deve ser ingerida durante aproximadamente seis minutos. Se levar mais tempo, como quando tomando lentamente uma bebida quente, pode não ser permitido recitar a bênção posterior. Consulte um rabino ortodoxo quanto às leis relevantes.

. REZA: BORÊ NEFASHÔT:

Esta breve bênção é dita depois de comer uma variedade de alimentos.
· É pronunciada depois de comer um ou mais alimentos pertencentes às categorias de Haêts (frutas), Haadamá (verduras) e Shehacôl.
· Quando mais de um alimento que requer Borê Nefashôt é comido em uma única refeição, a bênção posterior e pronunciada apenas uma vez. Por exemplo: carne e verduras, batatas fritas e leite, café e ovos.

. BERACHÁ MEÊN SHALÔSH:

Esta bênção se constitui num curto parágrafo, cuja formulação varia ligeiramente de acordo com as seguintes três categorias:
· “AI Hamichyá” - depois de alimentos feitos de qualquer um dos seguintes cinco grãos: trigo, cevada, centeio, aveia ou espelta.
· "Al Hagáfen" - depois de vinho ou suco de uva.
· "Al Haêts"- depois de uma ou mais das cinco frutas com as quais a Terra de Israel foi enaltecida (uvas, figos, romãs, azeitonas ou tâmaras). Quando mais de um desses alimentos é digerido, a bênção posterior é pronunciada apenas uma vez, incorporando as variações apropriadas na formulação, conforme impressas no livro de orações. Em Shabat, Yom Tov ou Rosh Chodesh, uma frase referente ao dia santo é adicionada. Se um alimento ou alimentos, requerendo a bênção posterior de Borê Nefashôt, é comido juntamente com aqueles da Berachá Meên Shalôsh, então a Berachá Meên Shalosh é pronunciada antes de Borê Nefashôt As duas exceções para esta lei são:

a) Depois de beber vinho e outros líquidos, pronuncia-se somente a bênção posterior do vinho e Borê Nefashôt não precisa ser dita para os outros líquidos.

b) Depois de comer uma ou mais entre as cinco frutas (pelas quais a Terra de Israel foi enaltecida) juntamente com outras frutas, pronuncia-se apenas a bênção posterior sobre as frutas de Israel. Berachá Meên Shalôsh deve ser pronunciada enquanto a pessoa estiver sentada, imediatamente após ter comido e no mesmo lugar onde comeu.



Bircat Hamazôn (Bênção de Graças após a Refeição): 

Esta bênção especial é pronunciada após concluir uma refeição em que um Kezayit (no mínimo 28g) de pão foi comido. Ela contém diversos parágrafos originalmente instituidos por alguns dos nossos grandes líderes na História, agradecendo a D-us por nos dar o alimento. Nenhuma outra bênção posterior precisa ser pronunciada quando se recita o Bircat Hamazôn.

· Bircat Hamazôn deve ser recitado no mesmo lugar onde a pessoa comeu enquanto ainda estiver sentada, a não ser que no momento de dizer Hamotsi ela pretendia completar a refeição em outro lugar.

· Antes de pronunciar o Bircat Hamazôn, os homens devem lavar as pontas dos dedos e os labios ligeiramente. A água usada para isto é chamada de Mayim Acharonim (água final). Isto pode ser feito na pia, mas freqüentemente é feito à mesa, usando um prato especial. A água deve ser removida da mesa antes de iniciar o Bircat Hamazon.

· Quando três ou mais homens com idade superior ao Bar Mitsvá pronunciam o Bircat Hamazon juntos, um curto parágrafo introdutório é recitado. Isto conhecido como Zimun.

· Em Shabat, Yom Tov, Chanucá, Purim e Rosh Chodesh, há suplementos especiais que devem ser encaixados em Bircat Hamazôn. (Vide o texto no Sidur ou no "Manual de Bênçãos" disponível aos interessados no Beit Chabad.)

Fonte: www.montesinai0.tripod.com


EM QUE CONSISTE O CERTIFICADO KOSHER?


O Certificado kosher é um documento emitido para atestar que os produtos fabricados por uma determinada empresa obedecem as normas específicas que regem a dieta judaica ortodoxa. Ele é mundialmente reconhecido e atribuído como sinônimo de controle máximo de qualidade. 
O processo de emissão para um Certificado Kosher depende da colaboração e total transparência nas informações que serão permutadas entre ambas: a empresa que fabrica o produto e a entidade judaica que emitirá o documento.
Na primeira etapa deste procedimento, uma pesquisa minuciosa é realizada para levantamento de dados sobre os ingredientes que compõem os produtos (componentes, fluxograma e lista de fornecedores), bem como o processo de fabricação empregado (sistema de caldeiras, vapor, planta da fábrica e etc.). Esta pesquisa é realizada via fax, fone e/ou e-mail, onde todas as informações obtidas vão sendo preenchidas e documentadas, em caráter sigiloso, pelo departamento de “Cashrut” responsável pela pesquisa e, se tudo estiver de acordo, com a provável emissão do certificado.
Na segunda etapa, após ter sido constatado que o produto (ou produtos) em questão preenche as normas da dieta casher, é agendada uma visita de um rabino ortodoxo à fábrica, para que o produto possa ser aprovado. Sem a avaliação de um rabino ortodoxo, perito neste assunto, um Certificado kosher jamais poderá ser emitido.
O rabino deverá ser acompanhado na fábrica por uma pessoa que responda por todos os detalhes no processo de fabricação. Geralmente esta tarefa é realizada pelo gerente de produção ou gerente de qualidade. Inclusive deve possuir uma ampla visão do planejamento estratégico da empresa (previsão de lançamento de novos produtos e seus prazos, planejamento de testes de outros produtos em determinada linha de produção, se já houve, há ou haverá terceirização de alguns produtos dentro e/ou fora da empresa e etc.).
Os produtos continuarão sendo acompanhados periodicamente para que continuem a preencher todos os requisitos que o tornam apto para o recebimento de certificado Kosher.
O mesmo possui validade internacional de um ano, a vigorar a partir da data na qual é emitido, e poderá ser renovado ao final deste prazo, mediante nova visita do rabino à fábrica.
Um ponto fundamental que deve ser salientado é uma relação de total transparência que deve ser mantida entre a empresa fabricante e a entidade judaica que aprova o consumo de seu produto para a comunidade judaica. No caso de haver qualquer alteração dos ingredientes ou no processo de fabricação, estes deverão ser imediatamente comunicados ao departamento de cashrut responsável, sob a pena de perda de confiabilidade e anulação do certificado.



. As Leis derivam-se das seguintes regras básicas:

- Certos animais não podem ser consumidos de forma alguma e essa restrição inclui a carne, os órgãos, os ovos e o leite desses animais. Mesmo os animais permitidos só podem ser ingeridos se forem abatidos de acordo com as regras da lei judaica.

- Todo sangue deve ser drenado da carne antes de comer.

- Algumas partes de animais permitidos não podem ser ingeridas.

- Carne não pode ser ingerida junto com leite. Peixes, frutas, vegetais e grãos podem ser comidos tanto com carne quanto com leite.

- Os utensílios que estiveram em contato com carne não podem ser utilizados com leite e vice versa.

- Produtos à base de uva fabricados por um não judeu não podem ser consumidos.

- Somente os peixes que possuem escamas e nadadeiras podem ser consumidos.

- Todos os tipos de moluscos e frutos do mar são proibidos.

- Os vegetais e grãos devem ser rigorosamente supervisionados para que não haja vermes ou insetos.




GLOSSÁRIO:

- CHALAV ISROEL – é o leite ou seu derivado cuja produção esteve sob constante supervisão rabínica.

- CHAMETZ – produtos fermentados que não são permitidos em pessach, a páscoa judaica.

- FLEISHING ou BASSARI - derivado do yidish “fleish” – meat.termo usado para denominar alimentos a base de carne ou seus respectivos utensílios.

- GLATT KOSHER – carne que está de acordo com o mais alto nível de kashrut, e que não deixa dúvidas.

- HASHGACHÁ – certificação de kashrut assinada por um rabino ou uma organização de kashrut.

- MASHGUIACH - o supervisor da kashrut de um estabelecimento que produz um produto kosher. a sua presença na produção é indispensável para a certificação kosher.

- KASHERIZAR –termo usado nos procedimentos da produção de alimentos kosher.também é usado para descrever o processo de preparação de equipamentos ou utensílios utilizados anteriormente com alimentos não kosher e que poderão, a partir desse processo ser utilizados nos produtos kosher.

- KASHRUT – o termo geral usado para indicar todo aspecto de preparo de alimentos de acordo com a lei judaica e próprio para a mesa judaica.

- KOSHER FOR PASSOVER – além dos requerimentos normais de kashrut, existem regras de produção de alimentos sem levedura para serem consumidos em pessach- páscoa judaica.

- MEVUSHAL – termo usado para indicar que o vinho kosher foi pasteurizado.

- MILCHIG ou CHALAVI – termo proveniente do yidish usado para indicar alimentos e utensílios de leite.

- PAREVE – um termo que indica que o alimento não contém nem carne nem leite e pode assim ser misturado com outro ingrediente kosher.os itens pareve são basicamente as frutas, vegetais , legumes, graõs, ovos , peixes kosher etc.

- SHECHITA - é a maneira própria de abater os animais kosher para consumo.

- SHOCHET – a pessoa profissionalmente autorizada a abater a carne kosher de cordo com a tradição judaica.

- TREIF: termo em Idish que indica o alimento não kosher.

Fonte: www.certificadokosher.com.br

ISRAEL PERMITE A ADOÇÃO DE CRIANÇAS POR CASAIS GAYS



No estado de Israel, até o ano de 1988, havia um código penal contra a homossexualidade, resquício do mandado britânico. Esse código, entretanto, nunca foi aplicado por aconselhamento do primeiro consultor judiciário do governo de Israel, Chaim Cohen. Em 1988, a Knesset (o parlamento de Israel) aboliu esse item do código penal e dessa forma foram tornadas legais as relações homossexuais.
Desde novembro de 2006, o casamento gay é reconhecido em Israel. A união civil entre pessoas do mesmo sexo é reconhecida desde 1993, e um casal homossexual usufrui de quase todos os direitos de um matrimônio heterossexual. O exército israelense também aceita homossexuais (desde 1993). Aliás, ser homossexual não é empecilho para o serviço obrigatório no exército.
Desde a revogação da ilegalidade da homossexualidade em 1988, um enorme progresso vem sido alcançado na legislação pró-homossexuais. Em áreas tais qual a previdência social, o direito à herança e adoção de crianças por casais gays, os homossexuais têm direitos quase iguais aos casos de heterossexuais.
Em 2002, pela primeira vez na história de Israel, representantes da associação LGBT foram convidados ao escritório do primeiro-ministro Ariel Sharon. Nesse dia ele firmou o seu apoio à políticas pró-gays.
Os partidos Meretz, Ale Yarok, Avoda e Shinui são os partidos que mais favorecem o casamento gay, enquanto os partidos religiosos como Mafdal, Agudat Israel e Shas recusam qualquer alteração na lei conjugal de Israel.
Em Israel, desde 1993, ocorrem todos os anos paradas do Orgulho GLBT em Tel Aviv, e também desde 2005 em Jerusalém e Eilat. A cidade de Haifa conta com paradas desde 2007. Em 2010, foi a vez de Beersheba organizar a sua primeira parada GLBT 2. Há, nas paradas israelenses, a participação cada vez maior não apenas de homossexuais, mas também de parte da comunidade mais ampla, assim como nas maiores cidades do Ocidente, dando sinais que os cidadãos de Israel apoiam os gays e lésbicas e sua devida integração na sociedade.
Em novembro de 2005 foi aceito o pedido de uma lésbica adotar o filho da sua namorada pelo tribunal de justiça de Berseba.
Israel é o centro religioso das três maiores fés monoteísticas do mundo. Os representantes das três religiões apresentam visões negativas a respeito da homossexualidade. Partidos israelenses ortodoxos como Shas e Agudat Israel várias vezes expressaram-se contra leis pró-gays e contra eventos de manifestação pública da homossexualidade.
Em 2005, os chefes das maiores religiões de Israel reuniram-se em Jerusalém para tentar impedir, sem sucesso, a realização da Parada do Orgulho GLBT na capital do país. Em geral, o movimento religioso não consegue obter a maioria parlamentar para desfazer as resoluções pró-homossexuais (até hoje não foi desfeita nenhuma resolução favorável aos direitos humanos dos gays e lésbicas).
No dia 21 de dezembro de 2006, a ministra da educação de Israel, Yuli Tamir ordenou os reitores de escolas no país a integrar o assunto GLBT nos planos educativos e a conscientizar a existência de organizações de ajuda aos jovens gays e lésbicas.
Israel é o único país no Oriente Médio, além da Turquia, onde há vida gay aberta e assumida, como nos modelos ocidentais. Não é esse o caso nos territórios palestinos, onde a homossexualidade constitui um crime. Gays e lésbicas são rigidamente perseguidos pelas autoridades e por grupos como o Hamas. Muitos homossexuais palestinos fogem para Israel, onde são por vezes suspeitos de serem terroristas, podendo ser deportados a qualquer momento.
As leis internacionais estabelecem que qualquer pessoa perseguida no seu país de origem não pode ser deportada, desde que apresente motivos bem fundamentados. O Supremo Tribunal de Israel emitiu três decisões que proíbem as autoridades israelitas de deportar gays e lésbicas do país, mas na prática elas não têm sido aplicadas.
Há casas noturnas e grupos de apoio em todas as regiões de Israel. 



Organizações LGBT:
·         Aguda: Associação de homossexuais, lésbicas, bissexuais e travestis.
·         Klaf: Comunidade lesbo-feminista
·         A casa aberta (habáyit hapatuach): Organização gay hierosolamita.
·         Lefanekha beraadá (diante de vós com temor): organização de apoio ao gay religioso

. Veja as principais conquistas na área:

. Europa:

Dinamarca: Em 1999, o governo permite a homossexuais ligados por união civil a adotar o filho de seu companheiro ou companheira. Dez anos depois, o país aprova o direito de um casal gay adotar em conjunto uma criança.
Holanda: Em 2001, o país se torna o primeiro país europeu a autorizar a adoção por casais gays de crianças sem relação de parentesco. As regras são idênticas à adoção por casais heterossexuais.
Alemanha: Também em 2001, a Alemanha autoriza um membro do casal homossexual a adotar o filho biológico do outro desde que haja união civil.
Suécia: No ano seguinte, a Suécia legaliza a adoção por casais homossexuais desde que haja união civil.
Inglaterra e País de Gales: Os dois países permitem, a partir de 2005, que casais gays adotem crianças.
Espanha: Em 2006, Espanha adota a mesma medida da Inglaterra.
Islândia: Em 2006, o país aprova lei que permite a adoção por casais homossexuais com relação estável de mais de cinco anos.
Bélgica: O país adota medida semelhante à da Islândia em 2006.
Noruega: Em 2008, o país legaliza tanto a união civil entre homossexuais como a possibilidade de adoção de crianças.
*
. América:

EUA: Em 1986, duas mulheres da Califórnia se tornam o primeiro casal gay a adotar legalmente uma criança. Desde então, o número de Estados nos EUA que permitem a adoção por casais do mesmo sexo subiu para 14. A lista inclui Nova York, Connecticut e Nova Jersey. A situação em alguns Estados é ambígua, com a adoção por homossexuais não definida explicitamente.
Uruguai: Em setembro de 2009, o Uruguai se converte no primeiro país latino-americano a legalizar a adoção de crianças por casais homossexuais.
Argentina: Reconhece oficialmente o casamento de homossexuais.
*
. Oceania:

Western (Austrália): A adoção por casais homossexuais foi permitida no Estado a partir de 2002. Logo depois, a medida foi adotada também no território da capital, Camberra.
*
. África:

África do Sul: A Suprema Corte legalizou a adoção por casais homossexuais em 2002, sendo o único país da África a adotar a medida.
*
. Oriente Médio:

Israel: Em 2008, uma decisão do procurador-geral de Israel facilitou a adoção para casais do mesmo sexo.