26 de setembro de 2018

O FERIADO DE SUCOT (סֻכּוֹת) (CABANAS)



O Etrog tem sabor e aroma, o Lulav tem sabor mas não tem aroma, a murta tem aroma mas não tem sabor e o salgueiro não possui nem um nem outro

Os 7 dias de Sucot (סֻכּוֹת), celebrados com a construção de uma sucá, adquirindo as Quatro Espécies e alegrando-se com a festa, são seguidos por Simchat Torá (A Alegria da Torá). As plantas usadas como cobertura para o teto da sucá nos lembra da proteção divina quando nossos antepassados viajavam no deserto. As Quatro Espécies são uma expressão de nossa unidade e nossa fé na onipresença de D'us. Após os dias solenes das Grandes Festas vivemos estes dias ampliando em alegria.



As plantas usadas como cobertura para o teto da sucá nos lembra da proteção divina quando nossos antepassados viajavam no deserto

Os primeiros dois dias (um, se for em Israel) são de Yom Tov, quando o trabalho é proibido, velas são acesas ao entardecer e refeições festivas são precedidas por kidush seguido pela chalá mergulhada no mel. Os dias remanescentes são semi feriados, conhecidos como Chol Hamoed. Durante todos os dias de Sucot pronunciamos a bênção sobre as Quatro Espécies, exceto no Shabat.

. O Significado das Quatro Espécies:

 Nossos sábios procuram responder sobre o significado das Quatro Espécies, comparando-as aos quatro tipos de judeus que formam nosso povo. O Etrog tem sabor e aroma, o Lulav tem sabor mas não tem aroma, a murta tem aroma mas não tem sabor e o salgueiro não possui nem um nem outro. Da mesma forma também existem judeus que têm a seu crédito tanto as boas ações como o estudo da Torá; outros possuem apenas uma dessas virtudes e a outros ainda faltam-lhes ambas.
Assim como essas quatro variedades precisam ser reunidas para que seja cumprido o mandamento, assim também é necessário que as quatro categorias de judeus estejam unidas para formar uma comunidade, um povo. A união é uma das bases da existência. Enquanto nos conservarmos unidos e um velar pelo bem-estar do outro, estará assegurado o futuro. Este é o intuito das quatro variedades de plantas - a reunião de todas as partes do povo, não excluindo os que desconhecem a tradição.
Quando seguramos as Quatro Espécies nas mãos, o Etrog, segundo a tradição, deve estar mais perto das Aravot do que das outras duas variedades. Com isto, mostramos que este não se recusa a se misturar com as espécies de menor valor, especialmente o salgueiro; o Etrog expressa a sua humildade e o desejo de união. Esta é a mais bela lição que as plantas nos oferecem.
Uma mensagem para o ano todo: É preciso lembrar, no entanto, que apenas a união não é suficiente; cada um precisa esforçar-se para elevar-se à qualidade do Etrog. O que simboliza este? A sidra não tem, como as outras frutas, época certa de amadurecimento. É encontrada o ano todo.


Aos judeus foi ordenado trocarem suas moradas por Sucot (cabanas) no dia 15 do sétimo mês do calendário judaico, Tishrei, em lembrança às Sucot nas quais D'us os instalou quando saíram do Egito

Por outro lado, existem judeus cujo judaísmo e devoção dependem de certas condições ou épocas. Alguns, por exemplo, tornam-se religiosos nas horas difíceis - mas em tempos normais, quando tudo lhes corre bem, seu judaísmo não se manifesta. São os judeus de ocasião.
Outros seguem a tradição apenas em certos dias, por exemplo, nas Grandes Festas, mas durante o resto do ano mostram-se indiferentes à religião. São os judeus de temporada. O verdadeiro judeu, no entanto, é aquele para quem o judaísmo não está condicionado a circunstâncias ou épocas. Este é representado pelo Etrog - "a fruta que pode ser encontrada na árvore o ano todo."
Dizem ainda os nossos sábios que as Quatro Espécies também representam a união dentro do indivíduo. O Etrog tem a aparência do coração; o Lulav da espinha dorsal; os Hadassím simbolizam os olhos e o salgueiro, a boca.
Todos os membros e sentidos devem estar unidos para desempenhar suas funções com perfeição. Se o coração sente uma coisa e a boca diz outra, o homem não é honesto. Se os olhos vêem a verdade e a espinha dorsal se curva diante da mentira porque esta é mais forte, o homem não é o que devia ser.
Mais uma lição nos traz o Etrog. A mitsvá principal em relação à sidra é que ela deve ser de propriedade da pessoa - de seu próprio jardim ou comprada com seu dinheiro. Com um Etrog alheio, não se cumpre o mandamento. O Etrog - coração do povo judeu - sempre deve ser dele mesmo, leal ao povo judeu e a D'us. Deve participar das alegrias e tristezas de sua gente. Se o coração do judeu está repleto de idéias e opiniões alheias, não é um coração judaico.

. Por que Comemora-se Sucot no Mês de Tishrei:

Aos judeus foi ordenado trocarem suas moradas por Sucot (cabanas) no dia 15 do sétimo mês do calendário judaico, Tishrei, em lembrança às Sucot nas quais D'us os instalou quando saíram do Egito. Entretanto pode-se perguntar: o Êxodo do Egito ocorreu em Nissan; seria, portanto, mais adequado lembrar o evento na sua época original - Nissan. Por que fomos ordenados a observar Sucot em Tishrei? Inúmeras razões foram dadas.
Durante Nissan, mês da primavera em Israel, o clima fica mais quente, usualmente saímos para ficar em cabanas. E é exatamente em Tishrei que as pessoas voltam a ficar em casa devido às chuvas e ao frio das noites. Portanto, quando neste período os judeus residem em tendas, fica claro perante todos que isto está sendo feito para servir a D'us e cumprir Sua vontade, como está escrito: "A fim de que as gerações saibam."
Nossos sábios também responderam à pergunta por que observamos Sucot depois de Yom Kipur: Em Rosh Hashaná D'us julga todos os habitantes do mundo; em Yom Kipur Ele sela o julgamento. E uma vez que possa ter sido decretado que Israel vá ao exílio, erigimos a sucá.


Quando seguramos as Quatro Espécies nas mãos, o Etrog, segundo a tradição, deve estar mais perto das Aravot do que das outras duas variedades

Outras razões foram apontadas pelas autoridades judaicas. Não comemoramos as nuvens de glória que rodearam o povo judeu quando da saída do Egito, uma vez que desapareceram com o pecado do bezerro de ouro. Comemoramos somente as nuvens de glória que retornaram - depois de Yom Kipur - e que continuaram durante os quarenta anos de permanência do povo no deserto.
Depois de Israel ter pecado com o bezerro e do desaparecimento das nuvens de glória, Moshê (Moisés) subiu aos Céus três vezes. Ao descer pela terceira vez, trouxe para Israel a mitsvá de erigir o Mishcan - Tabernáculo, como uma prova de que D'us havia se reconciliado com o povo e a partir de então iria habitar em nosso meio.
Em Yom Kipur, Moshê desceu do monte. No dia seguinte, está escrito: "Moshê reuniu toda a congregação dos filhos de Israel e disse... tomai de vós uma oferenda para D'us." Nos dois dias seguintes - dia 12 e 13 de Tishrei - eles trouxeram suas contribuições. No dia 14 de Tishrei, os artesãos que construíram o Mishcan receberam todas as contribuições de Moshê. No dia 15, começou a construção e, então, as nuvens de glória retornaram e formaram uma sucá - uma cobertura protetora - sobre o acampamento de Israel. Conseqüentemente, determinou-se que ficássemos em tendas naquele dia. Da mesma maneira que D'us, por assim dizer, deixou os Céus e fez Sua Presença repousar no seio dos filhos de Israel, assim Israel mostra a D'us que também deixam suas casas e permanecem com Ele, numa sucá - na sombra protetora de Sua fé.


Durante todos os dias de Sucot pronunciamos a bênção sobre as Quatro Espécies, exceto no Shabat.

Durante os Dias de Reverência, de Rosh Hashaná a Yom Kipur, Israel pede perdão pelos pecados de todo o ano. Mas apesar do arrependimento ser aceito e os pecados perdoados, ainda nos preocupamos com pecados no passado. Normalmente, uma pessoa arrependida se sente como se não pudesse encontrar lugar no mundo. D'us então nos diz: "Desde que não conseguem encontrar um lugar, devido ao seu sentimento de culpa, Eu lhes farei um lugar. Venha a Mim e encontre proteção na Minha sombra - na sucá da Minha paz."

. Fonte:

https://www.beitchabad.org.br/library/article_cdo/aid/659995/jewish/Por-que-Comemora-se-Sucot-no-Ms-de-Tishrei.htm

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