21 de outubro de 2020

CIENTISTAS ISRAELENSES DESCOBREM NOVA FORMA DE AVALIAR E DETER O AVANÇO DO CÂNCER


Uma das maiores preocupações dos pacientes com câncer é que, após a remoção do tumor inicial, surjam outros tumores secundários

Cientistas israelenses descobriram acidentalmente uma nova maneira de prever a probabilidade de pacientes com câncer desenvolverem tumores secundários potencialmente fatais. Uma das maiores preocupações dos pacientes com câncer é que, após a remoção do tumor inicial, surjam outros tumores secundários. Esses crescimentos secundários - conhecidos como metástase - são responsáveis por 90% das mortes relacionadas ao câncer, mas normalmente leva um tempo após a cirurgia até que uma avaliação da patologia forneça aos pacientes uma ideia do nível de risco.
A professora Daphne Weihs disse ao Times de Israel que seu laboratório de engenharia biomédica no Instituto de Tecnologia Technion descobriu como usar um gel especial para fazer uma avaliação instantânea da probabilidade de um paciente desenvolver um tumor secundário."Nosso método é mais rápido, preciso e quantitativo do que os resultados de uma avaliação de laboratório", disse ela.

Weihs disse que seu método poderá ser o "salvador de vidas", pois informações precisas são essenciais para garantir que os pacientes sejam monitorados corretamente quanto ao seu nível de risco, para que novos tumores secundários sejam detectados precocemente ou prevenidos antes que eles possam se desenvolver. Ela alegou que sua inovação reduz as chances de os pacientes serem informados de que estão seguros contra tumores secundários quando não estão, em comparação com os relatórios que existem sobre a patologia.

Weihs disse que "como todas as melhores ciências", o método foi descoberto acidentalmente quando seu laboratório preparou um gel polimérico e colocou células cancerígenas nele para observação geral. "Nós estudamos as interações das células agressivas com o meio ambiente e encontramos um fenômeno surpreendente". Uma aluna pesquisadora observou as células pressionando o gel, e não acreditou no que viu. "A aluna disse que não entendia o que estava vendo: 'Algumas células estão fazendo algo esquisito e estimulante', disse ela". "E perguntou: 'Isso é relevante?'"

Weihs percebeu que a força que as células estavam exercendo sobre o gel era a mesma força que as células usariam para atravessar o corpo e espalhar o câncer para novas áreas.

Ela passou a desenvolver maneiras de medir a extensão da pressão e construiu um modelo que prevê a capacidade das células de causar tumores secundários. O método foi testado em amostras de pacientes com câncer de pâncreas em tratamento no Rambam Health Care Campus em Haifa. Weihs fez uma referência cruzada de suas descobertas com relatórios de patologia para pacientes e acompanhamento médico. "Avaliamos como elas se comportam no gel, através de uma correlação entre a mecânica e a biologia da célula, e fazemos previsões com base nisso", disse ela. "Nossa medida mostra quantas células estão empurrando e quão profundo elas alcançam. E quanto mais altos os valores, mais agressivas são as células".

Células que fazem pouco progresso no gel normalmente apresentam menos risco para tumores secundários, enquanto aquelas que pressionam com mais força têm maior risco, observou Weihs.

. Fontes:

Por Nathan Jefay, Times of israel

Publicado na Newsletter da CONIB 31 de julho, 2020

https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/4833831/jewish/Cientistas-Israelenses-Descobrem-Nova-Forma-de-Avaliar-e-Deter-o-Avano-do-Cncer.htm

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