29 de janeiro de 2018

CASHRUT: VINHO CASHER É USADO PARA A SANTIFICAÇÃO DO SHABAT E FESTAS JUDAICAS



Atualmente, a maioria dos vinhos casher comercializados costuma vir fervida já da vinícola

O vinho e o suco de uva, mais do que qualquer outra bebida, representam a santidade do povo judeu. São usados para a santificação do Shabat e Festas Judaicas. No Templo Sagrado, o vinho era derramado sobre o Altar, juntamente com o sacrifício. Entretanto, uma vez que o vinho era e ainda é usado em muitas formas de culto idólatra, ele ocupa uma posição única na Lei Judaica, que impõe restrições especiais a sua produção e manipulação.

Qualquer subproduto que contenha vinho ou suco de uva, como vinagre de vinho, bala, geléia ou refrigerante de uva, conhaque e outras bebidas que possam ser destiladas ou misturadas com vinho, só poderão ser ingeridos quando possuírem supervisão rabínica confiável.




Para se ter certeza, basta verificar a etiqueta ou o invólucro se consta a palavra mevushal (fervido)

Vinho feito por um judeu, que após seu preparo tenha sido fervido, não apresenta mais problemas de cashrut. Um suco de uva ou vinho de passas cujas uvas ou passas foram cozidas antes de extrair o suco é considerado vinho cozido.

Atualmente, a maioria dos vinhos casher comercializados costuma vir fervida já da vinícola. Para se ter certeza, basta verificar a etiqueta ou o invólucro se consta a palavra mevushal (fervido). No entanto, muitos vinhos finos casher, principalmente os franceses, não vêm fervidos, o que presume que deve-se tomar redobrados e rigorosos cuidados em sua manipulação e na forma como deverá ser servido. Há leis muito específicas relativas ao vinho e um rabino especializado deverá ser consultado.

. Outras bebidas:




A maioria das cervejas, vodkas e uísques puros não costuma apresentar problemas

A maioria das cervejas, vodkas e uísques puros não costuma apresentar problemas. É necessário consultar sempre um rabino ou verificar a existência de selo confiável de cashrut antes do consumo destes produtos. Atualmente, há problemas com as vodkas já que há mistura de sabores na fabricação de novas bebidas que misturam a vodka pura com corantes além de outros ingredientes não-casher.

Outras bebidas alcoólicas como licores de frutas e brandies podem conter ingredientes problemáticos como leite, aditivos à base de vinho, etc e devem ter supervisão rabínica, com ou sem selo.

Bebidas alcoólicas tais como o conhaque e outras aguardentes de frutas são feitas a base de vinho. Licores e "blended whiskys" são muitas vezes misturados com vinho. Todas essas bebidas requerem supervisão de Cashrut, assim como o arenque com molho de vinho.

. Ingredientes de uvas em alimentos processados:


Alimentos com aditivos ou aromatizantes de uva devem sempre ter um selo de cashrut confiável

Todos os líquidos produzidos a partir de uvas frescas ou secas, sejam alcoólicos ou não-alcoólicos, tais como suco de uva e vinagre de vinho, são considerados como vinho de acordo com a Lei judaica. Portanto, alimentos com aditivos ou aromatizantes de uva devem sempre ter um selo de cashrut confiável. Exemplos típicos são as geléias, refrigerantes, picolés, balas, sucos artificiais, ponches de trutas e limonadas.

. Vinagre:

Molhos e temperos que contenham vinagre devem possuir supervisão rabínica para constatar sua procedência casher. O mesmo diz respeito ao vinagre de álcool ou maçã que só podem ser adquiridos se supervisionados anteriormente por um rabino, pois podem conter uma proporção mínima de vinagre de vinho e outros ingredientes não casher.

Muitas conservas contém vinagre, mesmo mantidas em salmoura; se vendidas a granel, como por exemplo, azeitonas e alcaparras, podem conter vinho ou vinagre, necessitando de supervisão.

Vários produtos que contém tártaro ou ácido tartárico e o próprio creme tártaro que é feito com borra de vinho requerem supervisão rabínica rigorosa; de outra forma, não é Casher.

. Adoçantes naturais:

Todos os tipos de açúcar existentes no mercado (refinado, cristal, demerara, mascavo, confeiteiro, etc) são casher. Quanto a adoçantes artificiais requerem verificação confiável ou selo de cashrut.

. Produtos industrializados:



Muitas conservas contém vinagre, mesmo mantidas em salmoura

Seguem a mesma regra básica: é imprescindível terem uma Supervisão Rabínica. Todos os alimentos processados requerem supervisão rabínica confiável que atestem que podem ser consumidos em acordo a lei judaica. Isto aplica-se a todo produto que passa por processo de fabricação: legumes congelados, bebidas, balas, biscoitos, etc.

Há problemas de cashrut em muitos aromas e corantes que constam em código na embalagem. Às vezes, o produto não-casher está em quantidade mínima, não aparecendo nos ingredientes e, mesmo assim, transforma o produto em não-casher. Por isso, não basta apenas olhar os ingredientes de um produto, tornando-se imprescindível a supervisão rabínica competente.

. Remédios e vitaminas:

A Torá considera de vital importância cuidar da saúde, prevenir e curar doenças. Mas vitaminas e remédios devem ser questões relevantes, devendo ser casher ou ter seu uso autorizado por um rabino ortodoxo.

Muitas vitaminas em cápsulas são feitas de gelatina animal e muitos comprimidos são revestidos com ceras e resinas de origem também animal. Suplementos e remédios naturais e/ou vegetarianos podem incluir cápsulas de fígado não-casher, cálcio derivado de ostras, aromatizantes ou corantes de uva.

Muitos xaropes para a tosse são feitos com álcool e um produto químico, muitas vezes, derivado de fontes animais, a fenilalanina.



Para um alimento ser casher é necessário que todo o processo, desde o início até estar apto ao consumo final, seja acompanhado por um judeu observante destas leis

. Bishul Acum:

Todo alimento deve ser preparado através de uma chama cujo fogo foi acesso por um judeu observante do Shabat, o que significa que ele é temente a D'us, segue os preceitos da Torá e procurará cumprir as leis de cashrut em todos os seus detalhes e com o máximo rigor.

Para um alimento ser casher é necessário que todo o processo, desde o início até estar apto ao consumo final, seja acompanhado por um judeu observante destas leis.

. Restaurantes, hotéis e afins:

Todo restaurante, hotel, etc, para ser casher necessita de supervisão rabínica em sua cozinha, o que inclui a presença de pessoas, shomer Shabat, observantes do Shabat, que irão acender o fogo, orientar e fiscalizar a confecção de todos os ingredientes e sua preparação, até o consumo final.

Jamais hesite: consulte sempre um rabino.

   
. Fonte: 

http://www.chabad.org.br/mitsvot/cashrut/principal_cashrut/index5.html

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