12 de julho de 2020

COMUNIDADE: ALFREDO SIRKIS MORRE EM ACIDENTE DE CARRO NO RIO DE JANEIRO


Ex-deputado federal e um dos fundadores do Partido Verde (PV), ele estava a caminho de um sítio para encontrar a família na cidade Vassouras (RJ)

O ex-deputado federal Alfredo Sirkis, de 69 anos, morreu em um acidente de carro na tarde desta sexta-feira, 10, por volta das 14h30, no Arco Metropolitano (BR-493), na altura de Nova Iguaçu, cidade da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ele estava sozinho em um Volkswagem Polo, que capotou numa reta, saiu da pista e, em seguida, bateu em um poste. O veículo ficou completamente destruído. Jornalista, escritor, ambientalista e um dos fundadores do Partido Verde (PV), Sirkis estava a caminho de um sítio, em Vassouras, para encontrar a família.


Na imprensa brasileira trabalhou como repórter das revistas Veja (1982) e Istoé (1983) e colaborou com os semanários Pasquim, Playboy, Jornal de Domingo e Shalom

O ex-deputado, que era judeu, foi homenageado pela página Judeus pela Democracia. “Lamentamos profundamente o falecimento de Alfredo Sirkis. De origem judaica, Sirkis foi um leão na luta pela Democracia. “Lamentamos profundamente o falecimento de Alfredo Sirkis. De origem judaica, Sirkis foi um leão na luta pela democracia. Foi deputado e um dos mais importantes ambientalistas da história do Brasil. Nossa mais sincera solidariedade aos familiares e amigos.” 

Alfredo Hélio Syrkis nasceu no Rio de Janeiro e era filho do casal de imigrantes judeus poloneses Herman Syrkis e Liliana Syrkis, de 97 anos. Ele era filho único e deixou 2 filhos. O ex-parlamentar participou de manifestações contra a ditadura militar e se exilou no Chile, na Argentina e em Portugal na década de 1970. Sirkis trabalhou como jornalista das revistas VEJA e “Isto É” e dos jornais “O Globo”, “Folha de S.Paulo”, “Correio Braziliense”, “Valor Econômico” e “O Estado de São Paulo”. 

Alfredo Hélio Syrkis (Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 1950 — Nova Iguaçu, 10 de julho de 2020) foi jornalista, escritor e roteirista de TV e cinema brasileiro, gestor ambiental e urbanístico e ex-parlamentar. Era o Diretor Executivo do think tank Centro Brasil no Clima (CBC). Entre outubro de 2016 e maio de 2019 foi o Coordenador Executivo do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima (FBMC), tendo organizado a campanha Ratifica Já! que propiciou a ratificação, pelo Brasil, em tempo recorde, do Acordo de Paris; do processo para a elaboração da Proposta Inicial para Implementação da NDC brasileira e da avaliação Brasil Carbono Neutro 2060. Quando deputado federal (2011-2015) presidiu a Comissão Mista de Mudança do Clima do Congresso Nacional (CMMC) e foi um dos vice-presidentes da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados. Decidiu não se candidatar à reeleição, em 2014.

Foi vereador em quatro mandatos, secretário municipal de urbanismo e presidente do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP), entre 2001 e 2006 e secretário municipal de meio ambiente, entre 1993 e 1996, na cidade do Rio de Janeiro. Membro da delegação brasileira às conferências do Clima de Montreal, Bali, Copenhagen, Durban, Varsóvia, Lima, Paris, Marrakech e Bonn. Integrou as comissões executivas do ICLEI (International Council for Local Environmental Initiatives) e do Metrópolis. Foi um dos fundadores do Partido Verde brasileiro e um dos expoentes da ideologia verde no Brasil.

Autor de nove livros, dos quais o mais conhecido é Os Carbonários (1980), Prêmio Jabuti de 1981, ele iniciou seu trabalho como jornalista, em Paris, em 1973, no recém fundado jornal Liberation, dirigido por Jean Paul Sartre, foi seu correspondente freelancer em Santiago (1973, durante o golpe de estado) e Buenos Aires(1974). Em Portugal, colaborou com os semanários Expresso e Gazeta da Semana e os diários República, Diário Popular, Diário de Lisboa, foi redator do Jornal Novo, editor internacional de Página Um e redator chefe da edição em português de Cadernos do Terceiro Mundo. Nessa época também colaborou com Le Monde diplomatique. Nesse período utilizava o pseudônimo "Marcelo Dias". Nos anos 70 passou oito anos e meio no exílio na França, Chile, Argentina e Portugal. Foi líder estudantil secundarista, em 1967 e 1968. Entre 1969 e 1971 participou da resistência armada contra a ditadura militar brasileira (1964–1985) (os Anos de Chumbo), participando de operações armadas, inclusive dois sequestros de diplomatas que levaram à libertação de presos políticos.

Na imprensa brasileira trabalhou como repórter das revistas Veja (1982) e Istoé (1983) e colaborou com os semanários Pasquim, Playboy, Jornal de Domingo e Shalom. Elaborou diversos roteiros para a série Teletema da TV Globo (1986-7) como Maria Testemunha, Estrela do Mar, O russo desaparecido e a Mulata Esmeralda, O grande prêmio e A árvore mágica. Foi colaborador dos jornais O Globo, Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Valor Econômico e Correio Brasiliense.

. Fontes:

https://veja.abril.com.br/brasil/alfredo-sirkis-morre-em-acidente-de-carro-no-rio-de-janeiro/

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