Não cabe a nós julgar quem é melhor; deixamos esta tarefa para D’us
. Pergunta:
É melhor ser um judeu observante (guardar Shabat, comer casher) e ser uma pessoa má (indiferente ao próximo) ou ser uma pessoa boa, não observante?
. Resposta:
Todos conhecemos pessoas de grande caráter que não são religiosos, e malandros que apresentam uma face piedosa. Algumas pessoas concentram-se em ter um bom relacionamento com D’us, enquanto outros preferem focar em ter bons relacionamentos com outros seres humanos.
Não cabe a nós julgar quem é melhor; deixamos esta tarefa para D’us. Entretanto, temos que decidir o que está certo para nossas vidas. Tem significado cumprir rituais quando não são acompanhados por um bom coração? Falta algo na bondade quando ela é humanista, em vez de baseada no divino?
Temos que decidir o que está certo para nossas vidas
Na verdade, na perspectiva judaico, não pode haver um sem o outro. Ritual sem compaixão humana é vazio e bondade sem espiritualidade é limitada. Se alguém é capaz de servir a D’us, rezar fervorosamente, comer casher, observar todos os feriados religiosos- mas no entanto age com maldade, está praticando uma religião disfuncional. Se você ama D’us de verdade, certamente deveria também amar os Seus filhos! O serviço de tal pessoa é vazio.
Da mesma forma, aquele que é gentil e carinhoso, mas não tem nenhuma ligação espiritual apesar de ser uma pessoa muito agradável, carece de um elemento vital: o elemento da alma.
De uma perspectiva puramente “humanista”, eu sou eu, você é você; podemos nos amar, mas permaneceremos eternamente distintos e separados. Se eu sou gentil com você, sou “eu” saindo do meu caminho para fazer um favor para “você”. Já sob a perspectiva da alma, somos todos um. Nossos corpos podem ser desligados, mas nossas almas estão profundamente conectadas. Então a bondade que lhe demonstro é tão natural e inata quanto a bondade que pratico para mim mesmo.
Nossos corpos podem ser desligados, mas nossas almas estão profundamente conectadas
Todos os rituais judaicos são meios para se tornar mais sensibilizado a essa realidade de alma que nos une. Sim, existem ‘malandros’ religiosos. Mas imagine quanto mais baixo seriam sem a religião. E há santos seculares. Porém, em ambos, sua bondade seria mais profunda e significativa se eles se tornassem conscientes da dimensão da alma. Dessa forma suas ações positivas se tornariam uma fonte divina infinita em suas vidas.
Fonte:
O Rabino Aron Moss ensina Cabalá, Talmud e Judaísmo prático em Sydney, Austrália, e contribui frequentemente com Chabad.org
Link: http://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/3864296/jewish/Uma-pessoa-pode-ser-boa-sem-ser-espiritual.htm#utm_medium=email&utm_source=1616_revista_pt&utm_campaign=pt&utm_content=content
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